Fanfics Brasil - Zumbis e Humanos Você está sozinho, parceiro!

Fanfic: Você está sozinho, parceiro! | Tema: The Walking Dead


Capítulo: Zumbis e Humanos

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 Duck estava paralisado, sua respiração estava curta, lenta, baixa, quase como se estivesse dormindo acordado. Seus olhos arregalados se focavam na única coisa que parecia importante para si naquele momento. O sangue de sua mãe, escorrendo pela lateral de torso, a blusa rasgada, deixando o local da ferida completamente visível. Deixando bem a mostra o estrago do ferimento.


Uma mordida.


Uma sentença de morte.


O garoto, apesar de sempre parecer “alheio” aos acontecimentos ao seu redor, não era burro, ele sabia a gravidade da situação em que estava, sabia o risco que tanto seu pai, quanto Lee, corriam todos os dias saindo do motel em busca de suprimentos.


Sabia que uma mordida de zumbi, era letal.


Ele sempre escolheu ignorar a situação, sempre escolheu ser positivo e brincalhão, pois queria deixar o ar mais leve, deixar o clima menos pesado e fazer os outros adultos relaxarem mais, sorrissem, pelo menos um pouco.


Sua mente estava a mil, seu coração acelerado, e seus olhos ainda focados na mordida em sua mãe. Ele nem pareceu notar a briga que se desenrolava em sua frente.


Ben- Puta que paril! Puta que paril!


O jovem parecia hiperventilar, falava rápido, em meio a uma respiração forte, seu corpo tremia, e ele sentia como se fosse cair, mesmo estando sentado.


Calrey- Porra Kenny! Você abandonou eles!!


A mulher gritou, se apoiando no assento do passageiro e olhando feio para Kenny, que apenas a ignorou. Não havia remorso em sua face, arrependimento em seu olhar, nem culpa em seu peite, ele se sentia normal, como se nada tivesse acontecido.


Carley- Para essa porra trailer!!


Gritou de novo, dessa vez, recebendo um olhar irritado, de relance, por parte de Kenny, que voltou a ignorá-la, pisando fundo no acelerador. Carley parecia que ia explodir de raiva, não acreditando na crueldade do homem a sua frente, em como ele foi capaz de abandonar dois companheiros, e uma garotinha, para a morte, e não se sentir nem um pouco incomodado com isso.


Katjaa- Kenny...para esse trailer.


Não gritou, seu tom era mais voltado para a súplica, do que para qualquer outra coisa, a face de Kenny se contorceu, mas ele não a olhou, muito menos diminuiu a velocidade, continuou com seus olhos focados na estrada.


Katjaa- Kenny….o que aconteceu com o homem com quem eu me casei?


Perguntou, ainda em um tom baixo, melancólico, suspirando pesadamente enquanto abaixava a cabeça.


Kenny se incomodou com aquelas palavras, por alguns instantes, ele até pensou em diminuir a velocidade, ouvir o que ela tinha a dizer, porém, descartou a ideia logo em seguida, diminuindo a velocidade apenas para fazer uma curva fechada, entrando na rodovia.


Kenny- Ele está protegendo você e o Duck, e fez o que precisou ser feito para isso!


Respondeu, ignorando o grito de raiva e repreensão que Carley lhe lançou.


Katjaa nem pôde acreditar no que havia ouvido, seu marido havia mudado, ele sempre teve problemas com raiva, mas não eram tão frequentes, não o controlavam daquela forma, ele sempre foi um homem bom, um homem responsável e que estava com o coração no lugar certo.


Mas, ao olhar para ele agora, ela já não via mais aquele homem por qual se apaixonou, em seu lugar, havia apenas um estranho, uma pessoa que nunca havia visto na vida.


Carley- Deixar uma garotinha para morrer é proteger sua família Kenny??!! Filho da puta!!! Para essa merda desse trailer, eu vou descer!


Gritou raivosa, ela nunca se sentiu tão irritada, tão incrédula daquele jeito antes, era quase inacreditável a mentalidade errada daquele homem, e ela preferia enfrentar dezenas de bandidos sozinha do que passar mais um minuto com ele no mesmo lugar.


Kenny- Descer?? Você vai morrer no instante que pisar os pés fora desse trailer!


Gritou de volta, sem tirar o pé do acelerador, sem tirar seus olhos irritados da estrada, sem perceber as tristes e silenciosas lágrimas que desciam pelo rosto de sua esposa.


Katjaa- ...Eu fui mordida.


Disse, interrompendo a briga ao seu lado, não desviando seu olhar da estrada, sentindo perfeitamente aqueles dois pares de olhos a fitarem intensamente. A mordida, não doía tanto, não comparado ao que faria, não comparado ao que estava por vir.


O que doía mesmo, era que ela morreria ao lado de um completo estranho, que ela deixaria seu filho nas mãos desse estranho, que ela não poderia ver Duck crescer, e se tornar um homem bom.


Agora, ela apenas pensava em seu filho crescendo, e se tornando igual ao estranho ao seu lado.


Um homem frio, cruel, ignorante, e que não se importava com nada além de seus princípios, seus planos, sua vida.


Nada e ninguém.


Kenny-...O-o que….?


Seu tom irritado, se tornou um tanto choroso, incrédulo, amedrontado. Seus olhos se desviaram da estrada e se focaram na mulher ao seu lado, arregalados, surpresos e assustados.


Katjaa- Por favor Ken, pare esse trailer.


Suplicou mais uma vez, abaixando a cabeça e fechando os olhos.


Kenny estava em choque, com aquelas palavras se repetindo infinitas vezes em sua mente, foi então, que seus olhos caíram sobre a mordido na lateral de seu corpo, o sangue, ainda fresco, pingava de sua roupa manchada naquele carmesim brilhante.


Ele diminuiu a velocidade, virou o volante, e parou no acostamento, suas mãos trêmulas quase se recusavam a soltar o volante, mesmo quando Katjaa abriu a porta do trailer e saiu do veículo.


Carley e Ben se entreolharam, com aquela notícia chocante, Ben nem se lembrou que estava se consumindo em pensamentos a poucos instantes atrás. Eles também saíram do trailer, dando uma rápida olhada em Duck, que agora, tinha uma expressão séria estampada em seu rosto.


Uma expressão que ele nunca mostrou a ninguém, nem mesmo, a seus pais.


Kenny se aproximou hesitante de sua esposa, a mordida em seu corpo parecia ter ficado mais nítida, como se o destino estivesse esfregando em sua cara a sua incapacidade de proteger aquilo que lhe era importante.


Era algo até irônico, ele sempre disse que iria pegar o trailer e ir embora do motel, deixar sua família segura, e no momento em que ele faz exatamente o que disse, sua esposa é mordida.


Se existisse algum Deus, então ele tinha um humor fodido pra caralho.


Kenny nunca foi religioso, mas xingou tudo e todos os deuses que já ouviu falar em sua vida, esperando que, em algum momento, tenha xingado o deus certo.


Kenny- Katjaa…eu...


Tentou dizer algo, mas não conseguiu, não achou as palavras certas, não achou algum conforto em alguma frase emotiva que pensou, pois ele mesmo sabia, que não importava o que dissesse, nada mudaria o fato de que sua esposa ia morrer.


Katjaa- Kenny, eu preciso que você me escute.


Ela se virou para ele, caminhando em sua direção e colocando suas mãos no rosto de Kenny, o forçando a olhar em seus olhos caramelo, com uma solitária lágrima descendo pelo seu rosto.


Katjaa- Eu quero que você escute isso de mim, pois eu não quero que outras pessoas te digam isso do jeito errado.


Kenny sentiu sua garganta se fechar, seus lábios ficaram trêmulos e, assim como Katjaa, uma solitária lágrima descia pelo seu rosto, enquanto seus olhos castanhos encaravam profundamente os olhos de sua esposa.


Katjaa- Você é um bom homem Ken, um dos melhores que já conheci, nos conhecemos a muito tempo, mas, eu não reconheço quem você é hoje. O que você fez, foi a coisa mais errada que já vi você fazendo.


Kenny tentou se desvincilhar de seu apego, mas Katjaa forçou mais suas mãos, literalmente, o forçando a olhar para si.


Katjaa- Deixar um homem que apenas tentava proteger uma garotinha para trás, deixar essa mesma garotinha para trás, para morrerem, isso vai te assombrar Ken, esse não é o homem por quem eu me apaixonei, não é o homem no qual eu via um exemplo para Duck.


Ela mesmo tentou limpar as grossas lágrimas que escorriam pelo seu rosto, passando sua face sobre o tecido de sua blusa, deixando sua vestimenta molhada entre a região de seu ombro, e de seus bíceps, se recusando a soltar a face de seu marido.


Katjaa- Nós temos um filho, Ken, um filho que eu amo mais do que minha própria vida, e eu sei que você também, Duck não vai esquecer o que você fez, e é por isso Ken, que eu quero que me prometa que vai cuidar do nosso filho da maneira correta, me promete que não vai fazer algo do tipo de novo, ele precisa de um pai, e eu sinto que o homem que você era está morrendo, desaparecendo a cada dia que passa.


Ela disse séria, as lágrimas cessaram, e suas expressões se tornaram mais duras. Ela dizia aquelas palavras de coração, apesar de dizer na maneira mais “legal” que conseguiu, ainda eram palavras duras, e que se marcariam no fundo da mente de Kenny.


Por alguns instantes, ele ficou irritado, por ela não ver o seu lado, por ela não ver o sacrifício que fez, e por ela não ver que Lee não era tudo aquilo que achavam que era, ele não era o amigo que ele achou que era, e pagou o preço por isso.


Ambos pagaram o preço.


Depois, sua mente começou a trabalhar rapidamente, talvez, aquilo fosse karma, uma punição divina pelos seus pecados, por ter tentado matar Lee tantas vezes, por ter desejado que o mesmo morresse em tantas ocasiões, e agora, esses seus pecados finalmente haviam o alcançado, e levariam sua esposa no lugar de Lee.


Kenny- Eu…..eu prometo…


Suas forças foram até ali apenas, conseguiu dizer somente duas palavras, antes que começasse a chorar de forma incontrolável, abraçando Katjaa o mais forte que conseguia.


A mulher deu um sorriso triste, satisfeita com a promessa de seu marido, mas ainda preocupada m seu interior. E com esses pensamentos em mente, ela devolve o abraço, tão forte quanto ele a apertava.


 


Lee ofegava fortemente enquanto corria pelas ruas desertas de Macon. Havia conseguido escapar do motel por pouco, por muito pouco, se não fosse pelos zumbis, ele provavelmente estaria morto.


Infelizmente, ele ouviu alguns passos atrás de si, e vozes lhe perseguindo, alguns bandidos ainda estavam em sua cola, não sabia quantos, mas sabia que estavam sem armas, visto que ainda não atiraram em sua direção, ou não queriam desperdiçar munição.


Ele apertava fortemente o corpo da garota contra o seu, não havia a soltado para nada. Clementine ainda se segurava firmemente em seu pescoço, com sua face enterrada em seu ombro, talvez com medo de olhar para os bandidos, ou com medo de Lee ver as lágrimas silenciosas que descia pelo seu pequeno rosto.


O tiroteio no motel deve ter atraído boa parte dos zumbis para aquela direção, visto que as ruas estavam praticamente vazias, apesar de saber que alguns zumbis se escondiam dentro dos estabelecimentos vazios.


Ele conhecia a cidade como a palma da sua mão, se ele conseguisse continuar por apenas mais algum tempo, conseguiria despistar os bandidos, usando uma pequena rota que usava quando era criança e queria fugir dos valentões da escola, ou quando brincava com seu irmão.


Não sabia a quanto tempo estava correndo, não sabia se Lilly havia conseguido fugir do motel, assim como ele. Apenas sabia que continuava a ser perseguido pelos bandidos.


Seu peito parecia que ia explodir, ele ficava mais e mais cansado a cada passo dado, mas não parava, ele se forçava a continuar, mesmo com a sensação de que seu coração sairia de seu peito a qualquer momento.


E mais uma vez, Lee Everett podia se considerar o filho da puta mais azarado que existia na terra, antes mesmo conseguir chegar até a rota que usaria, ele foi forçado a parar de correr.


A rua a frente, junto as ruas ao redor (fora a rua em que ele corria) estavam bloqueadas por diversos carros abandonados, e alguns zumbis que caminhavam sem rumo por entre os veículos.


Ele até poderia pular por cima dos carros, se não fosse o enorme caminhão capotado impedindo seu caminho.


Ele começou a se desesperar, respirando mais forte do que já estava, e tudo piorou ao ouvir passos se aproximando atrás de si, junto com o barulho de homens ofegantes.


Ao se virar, ele se deparou com três homens a sua frente, cada um segurando um pedaço de ferro, onde um deles, o do meio, segurava um facão.


- Você….hurf, hurf, é um filho…..hurf….filho da puta rápido!


O homem da direita disse, ofegando forte em meio a suas palavras, se curvando para frente e apoiando os braços em seus joelhos, descansando.


- Correu tudo isso….hurf...pra acabar preso…..hurf, como a porra de um rato!


O bandido com o facão falou, não tão ofegante quanto o anterior, mas também, bem cansado.


Lee observava o local com olhos atentos e desesperado, estava cercado, em sua frente, três homens bem irritados por terem corrido tão longe, por tanto tempo, e atrás de si, alguns zumbis que começavam a se aproximar de si, e um caminho sem saída.


Sua mente pensou imediatamente em Clementine, se ele conseguisse deixá-la segura, poderia lidar com os outros dois problemas sem hesitar.


Olhando para trás rapidamente, seu olhar cai em um dos carros, não muito longe dali, de todos os outros veículos, aquele parecia o mais limpo, e o que menos tinha chance de ter algum zumbi lá dentro, pois Lee não enxergou nenhum pela janela.


Sem pensar duas vezes, Lee corre em direção ao carro, derrubando um zumbi no chão durante o caminho e ouvindo os homens atrás de si reclamarem mais uma vez. Abrindo a porta com velocidade e certo desespero, Lee tira Clementine de seus braços e a coloca no banco de trás, dando uma rápida olhada no interior do veículo, se garantindo de que não havia nenhum zumbi por ali.


“ótimo” - Pensou ao não ver nenhuma surpresa indesejada dentro do carro.


Lee- Não abra a porta!!


Disse sério, com um olhar duro, e Clementine soube imediatamente que aquilo era uma ordem, não pedido gentil que ele sempre fazia, ele não deu escolhas a ela, apenas disse o que tinha que fazer, e fechou a porta logo em seguida, se virando e caminhando para longe do veículo.


Clementine sentiu seu peito se apertar ao ver Lee ficar entre ela, zumbis e alguns bandidos, sentindo suas pequenas mãos ficarem trêmulas, e sua garganta se fechar o observar tudo ocorrer pela janela do carro.


- Desiste, e eu garanto...hurf, caralho, garanto que você não vai sofrer...hahah, hurf, pelo menos, não muito.


Um dos homens com a barra de ferro na mão falou, apontando a arma branca em sua direção. Lee não se intimidou, apesar de estar em desvantagem numérica, e sem nenhuma arma, sua pistola estava sem munição, e a faca que tinha estava na bolsa que havia ficado no motel.


Lee suspirou pesadamente, aquilo seria a coisa mais radical que faria em toda sua vida, mas, tentou se manter otimista, se sobrevivesse, teria uma história pra contar algum dia.


Lee- Cuidado ai atrás.


Disse, alertando um dos bandidos sobre um zumbi que vinha em sua direção, porém, o mesmo não pareceu acreditar em sua palavra, reagindo apenas quando o homem já em decomposição o agarrou pelo ombro.


Ele gritou, de susto e medo, chamando a atenção dos outros dois homens, que desviaram seu olhar para ele.


Aproveitando a distração, Lee avança em direção ao bandido mais próximo, que não esperava pela súbita aproximação. Em um movimento rápido, Lee o acerta com um soco no rosto, mandando-o para o chão com certa violência, vendo pelo canto de seu olho, ele soltar a barra de ferro que segurava.


Aproveitando a surpresa, Lee avança, agora, em direção ao homem com o facão, lhe acertando um soco no estômago e o mandando para o chão. Ele tentou fazer algo mais, como tomar o facão de suas mãos, porém, um zumbi se aproximou atrás de si, e ele se virou rapidamente, a tempo o bastante para segurar o cadáver pelos ombros e impedi-lo de avançar mais.


O primeiro bandido que havia acertado agora já se encontrava de pé, com o pedaço de ferro novamente em suas mãos, e avançando rapidamente em direção a Lee.


Ele percebeu isso, e a adrenalina correu forte em seu corpo. Usando toda a força possível, ele vira o zumbi para o lado, usando-o como escudo, e a barra de ferro vai de encontro ao crânio podre do infectado. Aproveitando a surpresa, e o súbito amolecimento do corpo que segurava, Lee o empurrou em cima do homem que o atacou, mandando os dois novamente para o chão.


Lee sentiu uma forte dor no canto de sua cabeça, tudo ficou escuro momentaneamente, e seu corpo foi em direção ao chão, porém, ele se recuperou rapidamente e se levantou, ainda atordoado e com uma dor aguda em sua cabeça. Seus olhos tentaram se focar no movimento a sua frente, onde ele ignorava aquele líquido quente que descia pelo seu rosto.


Por puro reflexo, ele se abaixo de mais um ataque feito com a barra de ferro, e chuta o joelho do seu atacante o mais forte que conseguiu, derrubando-o, em um movimento rápido, ele o chuta no estômago, mandando-o para o chão, e pega a barra de ferro de suas mãos.


Olhando para sua situação, Lee começou a se preocupar, os zumbis estavam o cercando lentamente, ainda havia dois bandidos armados com armas brancas, e um que já se levantava do chão, apesar de claramente atordoado.


- Cacete, a gente não tem tempo pra essa merda!!


O homem que segurava o facão gritou, matando um dos zumbis que se aproximavam em sua direção.


Com aquela cena, um estalo ecoou pela mente de Lee, era assim que ele se livraria dos bandidos, usando zumbis.


Que ótima coisa que eles estavam cercados não é?


“Lee Everett, o azarado mais sortudo do mundo”. - Pensou, riria se a situação não fosse tão séria.


Ele respirou fundo, e esperou, o homem com o facão cuidava dos zumbis que se aproximavam de suas costas, o bandido desarmado ainda estava um pouco atordoado, e o outro homem, que segurava a barra de ferro, avançava em sua direção.


Lee o encarou até que o mesmo chegasse a uma distância relativamente próxima, em um movimento rápido, ele agarra o braço de um zumbi que se aproximava ao seu lado, e o joga em direção ao homem.


O bandido tentou desviar, porém, ele estava rápido de mais para parar de uma vez, então fez o que conseguia, colocou a barra de ferro em frente a seu corpo, como forma de proteção, e caiu por cima do zumbi.


Aproveitando que seu inimigo estava desatento, Lee o golpeou com a barra de ferro. Apenas um golpe, um movimento, um ataque forte o bastante para abrir um enorme corte na cabeça do homem, e o mesmo ser nocauteado por alguns poucos instantes, mas foi tempo o suficiente para o zumbi arrancar um bom pedaço de seu pescoço.


Lee observou o próximo homem a sua frente, seus olhos estavam arregalados e parecia assustado, seu corpo tremia e ele dava alguns passos hesitantes para trás.


Lee avançou rapidamente em sua direção, o homem tentou dizer algo, mas Lee o ignorou, e com um belo movimento, acertou a barra de ferro em sua cabeça, mandando-o para chão e abrindo um corte em sua pele, onde seu rosto foi logo manchado por aquele vermelho carmesim.


Lee não o matou, não o mataria, lhe daria uma chance, a chance de se levantar e sair dali, os zumbis se encarregariam de tirar sua vida, caso esse fosse seu destino.


Lee ouviu passos rápidos a sua frente, e por reflexo, o mesmo se joga para trás, desviando de um ataque cortante com o facão, vindo do último bandido. O facão cortou sua barriga, não um corte profundo, mas rasgou suas roupas e perfurou sua pele, onde uma quantidade de sangue começou a escorrer logo abaixo de seu peitoral.


Ele gemeu de dor, mas não se intimidou, seus olhos encaravam firmemente o homem a sua frente. O mesmo avança em sua direção, com o facão mirado na região de seu pescoço.


Lee se abaixa, desviando do ataque do bandido, e com um movimento rápido, ele acerta a barra de ferro em seu estômago, fazendo o homem se curvar para frente enquanto cuspia uma certa quantidade de saliva.


Endireitando sua postura, Lee acerta mais um golpe com sua barra de ferro, agora, acertando em cheio o rosto do bandido, que cai de costas para o chão com as duas mãos cobrindo sua faca, largando o facão logo após ser golpeado.


Lee jogou a barra de ferro para longe, pegando a lâmina que caiu aos seus pés. Os zumbis agora havia o cercado, porém, ele tinha algumas iscas que o ajudariam a sair dali.


Ele olhou para o homem no chão com certo pesar em seu olhar, odiava ter que matar, ter que ser igual às pessoas ruins que encontrou durante esses meses, ser igual ao homem que era antes de tudo isso acontecer, mas ele sabia que, as vezes, ele tinha que fazer esse tipo de coisa.


Lee não o mataria, ele deixaria com que os zumbis se encarregassem disso, mas sabia que estava ceifando aquelas vidas, mesmo que de forma indireta.


Matando alguns zumbis em sua frente, ele faz seu caminho de volta para o carro em que havia deixado Clementine, muito desesperado e nervoso para notar o olhar que ela carregava, colocando-a em seu colo logo em seguida, sentindo a garota entrelaçar seus braços em seu pescoço, e suas pernas em sua cintura.


Enquanto Lee corria para longe daquela bagunça, os olhos dourados de Clementine estavam focados no bolo de zumbis que se formou em cima dos corpos dos bandidos.


Ela não tinha um olhar assustado, ou amedrontado, ela apenas tinha um olhar firme, enquanto encarava o local onde Lee havia lutado tanto contra humanos, quanto contra zumbis.


Tudo isso para protegê-la, da mesma forma que ele havia dito.


Clementine continuou a olhar fixamente para o local, até mesmo depois que ele já se encontrava fora de vista, tendo as cenas anteriores, onde Lee lutava com tudo que tinha para a proteger, sendo fixadas profundamente em sua mente.



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Autor(a): louiz_st

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