Fanfics Brasil - Onodora Ritsu no baai: O dia em que parti O dia em que

Fanfic: O dia em que | Tema: Sekaiichi Hatsukoi


Capítulo: Onodora Ritsu no baai: O dia em que parti

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Ele sempre gostou de livros e a leitura era seu único hobby. Gostava dos lugares para onde era levado através da leitura, gostava também da atmosfera tranquila da biblioteca. E foi na biblioteca, que por acaso, o conheceu — Saga Masamune — e foi através de um livro que soube seu nome. Por três anos o amou em silêncio e a distância, afinal, quais chances teriam um cara que se declara para outro? Foi através dos livros que o conheceu, este se tornou seu segundo hobby: buscar e ler os mesmos livros que ele lia, ou talvez tenha sido o terceiro, e o segundo era observá-lo lendo compenetrado na biblioteca.


Saga ia muito à biblioteca, praticamente todos os dias e ali ficava até o horário de fechar. Ficava sozinho, lendo, sem conversar com ninguém.


Quando Ritsu pegou o primeiro livro que havia sido emprestado por Saga, lhe ocorreu um pensamento paranoico que seu senpai poderia descobrir o que ele estava fazendo. Olhou para o cartão de empréstimo com seu nome escrito — Onodera Ritsu — e só por precaução apagou seus sobrenome e escreveu um falso — Oda Ritsu — assim se sentiria mais seguro, afinal, morreria de vergonha se fosse descoberto. Seu amor por ele era apenas seu, ele nunca ficaria sabendo.


Pelo menos era o que Ritsu planejava. Mas, foi na biblioteca que ele se declarou.


— Amo você.


Quando deu por si, essas palavras já haviam escapado de sua boca quando esbarrou com ele pela segunda vez. Seus sentimentos eram maiores do que ele pensava, eles trasbordaram se libertaram.


Naquele momento ele quis morrer, quis que um buraco se abrisse no chão e o engolisse para sempre, mas a surpresa de se declarar só foi menor do que a surpresa do que ouviu a seguir:


— Então, você quer namorar comigo?


Foi na biblioteca que começaram a namorar. Era na biblioteca que se encontravam todos os dias para conversar. Foi na biblioteca que tiveram seu primeiro desentendimento. Ritsu achava que aquilo havia sido culpa sua. Ele sabia que Saga estava preocupado com alguma coisa, andava abatido por aqueles dias, mas ele só queria animá-lo, porém em vez disso só aumentou o seu estresse.


Foi na biblioteca que Saga o chamou para ir a sua casa pela primeira vez. Ele tinha muitos livros em seu quarto, e tinha também um gato — Sorata — que Ritsu já havia visto antes. Ele ficou feliz que o gato estivesse com Saga, não que ele tivesse ficado feliz que alguém o tivesse abandonado, mas Sorata fazia companhia ao senpai enquanto estava sozinho em casa.


Foi na casa dele a sua primeira vez, mas foi na biblioteca a segunda vez que fizeram amor.


Gradualmente o tempo que passavam na biblioteca foi diminuindo, mas era ali que se encontravam e depois iam para a casa de Saga. Aqueles dias tranquilos foram os mais felizes de sua vida.


Geralmente, Saga o surpreendia com um beijo roubado. Não conseguindo vê-lo tão de perto, Ritsu apertava seus olhos com força e inconscientemente seus lábios também.


— Seus lábios. Não aperte seus lábios, assim não posso te beijar direito.


— Desculpa...!


— Não precisa se desculpar, — dizia Saga, segurando seu rosto e retomando o beijo. Os lábios de Saga sempre tocavam os seus com tanta ternura, então, suavemente sua língua deslizava para dentro de sua boca e quando suas línguas finalmente se tocaram, Ritsu sentia os pelos de seu corpo se arrepiarem. Sua boca era devastada enquanto seu corpo perdia as forças e as batidas do seu coração ficavam mais intensas. Quando Saga terminou, ainda chupou de leve seu lábio inferior. Ritsu já estava sem fôlego.


— Posso continuar?


Seu beijo deixou Ritsu sem palavras.


— Ritsu?


— ...Ah... ....Sim, sim! — Ouvi-lo pronunciar seu nome o trouxe de volta à realidade e a urgência de lhe dar uma resposta. Era claro que ele queria, por mais que morresse de vergonha, estar nos seus braços era o paraíso para o pequeno kouhai.


Saga voltou a beijá-lo enquanto despia seu uniforme. A jaqueta e a camisa logo foram deixadas no chão, ao lado de onde estavam sentados. Com cuidado, o senpai o tomou em seus braços e o deitou sobre sua cama, então voltou a beijá-lo. Ritsu estava trêmulo. Ele o amava tanto, ele o desejava tanto.


Saga começou a distribuir beijos pelo seu rosto, beijos doces e cheios de desejo, pareciam que devorariam seu corpo todo. Saga também o desejava. Os beijos começaram a se espalhar pelo pescoço, pelo peito. Beijou um mamilo e depois colocou o outro na boca, chupava, lambia, mordiscava... Ritsu nunca pensou que isso pudesse ser tão bom a ponto de fazê-lo se contorcer sob sua boca. Sentia sua roupa íntima ficando úmida. Nesse ritmo vou acabar gozando antes mesmo que ele tire as minhas calças, ele pensou.


Parecia que Saga conseguia ler os seus pensamentos, porque começou a desafivelar seu cinto. Quando Ritsu se deu conta, um pouco tarde demais, estava completamente nu na frente dele, que ainda estava completamente vestido, e uma onda de vergonha se apoderou dele que cobriu seu rosto em chamas com as mãos.


— Não cubra seu rosto. Não tenha vergonha de mim, — ele disse, enquanto o segurava pelos pulsos, afastando suas mãos do rosto.


Ele plantou outro beijo em seus lábios antes de começar a se despir e Ritsu ficou fascinado ao ver seu membro também ereto e molhado. Ah, como o corpo do Saga-senpai é incrível. Voltou a beijar seu peito, sua barriga...


— Ah...! O qu...?!


Ritsu estremeceu quando os lábios dele tocaram a ponta do seu pênis.


— Quando você vai se acostumar com isso? — disse como se se divertisse com a sua reação.


Foi depositando beijinhos por toda a glande, depois colocou só a cabeça dentro da boca. Sua língua então passou a varrer a pequena fenda, o que o fazia gemer e ofegar.


— Ah... ...nh...


Era tão bom e ainda assim torturante o modo lento que ele o tomava. Então ele engoliu seu pênis, chupando lenta, mas vigorosamente.


— Sen–senpai... eu... ...ngh...


— Não goze ainda.


Ao perceber que Ritsu estava chegando ao meu limite, subitamente Saga o deixou. Ritsu estava ofegante, já não conseguia pensar com clareza. Saga estendeu a mão sobre a mesinha de cabeceira, mas o outro não conseguia ver o que ele tinha pegado, só se deu conta do que era quando sentiu o creme hidratante que ele costumava usar para lubrificá-lo, depois que colocou um travesseiro sob seu quadril e abriu suas pernas. Saga sempre o preparava com muito cuidado, primeiro, colocando um dedo na abertura apertada, massageando até que começasse a relaxar. Depois ele colocou outro dedo e continuou mexendo dentro dele, até que Ritsu não pudesse mais conter os gemidos.


— Posso entrar? — Ele também sempre pedia sua autorização, o que o outro achava desnecessário a essa altura dos acontecimentos.


— ...Sim...


Saga se posicionou entre suas pernas e lentamente o penetrou.


— Ah...


— Você está bem? — Por que ele se preocupava tanto?


— Sim.


— Então vou me mover.


Dito isso, começou a sair e entrar. Suas mãos seguravam seus quadris, mas seus movimentos eram sempre suaves. Ritsu podia senti-lo pulsando quando se enterrava fundo dentro dele. Seu coração parecia que ia explodir, pois sempre era difícil de acreditar o que estava acontecendo, que Saga era seu namorado, que ele o possuía tão calmamente. Será que isso não o deixava nem um pouco nervoso?


Seu ritmo começou a ficar mais rápido, então ele se curvou sobre seu kouhai e o beijou apaixonadamente. Seus braços o envolveram e quando ele se ergueu o levou com ele, o que Ritsu respondeu prendendo suas pernas ao redor da cintura firme do parceiro e também o abraçando. Ele o segurava com tanto cuidado, como se Ritsu fosse algo muito valioso para ele, que não queria que se quebrasse... ou talvez esse fosse o desejo de Ritsu, que desejava ser importante para ele, ser valioso, ser insubstituível. Ele voltou a mover sobre sua ereção, que o penetrava inteiramente, Ritsu gemia em sua boca enquanto seus beijos ficavam cada vez mais ávidos. Ele podia senti-lo com todo seu corpo, cada pedacinho dele vibrava ao seu toque. Como era possível amar tanto uma pessoa? Como pôde viver todos esses anos sem ele? Como pôde acreditar que bastava amá-lo sem precisar ser correspondido? Senpai, eu te amo tanto... Foi a última coisa que conseguiu pensar antes que sua mente ficasse totalmente turva pelo prazer. E eram nesses momentos que sua mente parecia enganá-lo.


— Ritsu... Eu te amo... Eu te amo...


Ritsu pensou ter imaginado Saga sussurrando uma declaração sobre seus lábios e as lágrimas varreram seu rosto. Eu queria tanto ouvi-lo dizer que me ama...


Logo o pequeno chegou ao clímax se agarrando a seu senpai, que também o apertava contra seu corpo quando Ritsu sentiu seu sêmen o invadindo. Ofegantes, permaneceram entrelaçados assim até bem depois que suas respirações se acalmaram, enquanto ele plantava beijos delicados sobre seus lábios, ao que Ritsu correspondia fracamente, enquanto sua mente não voltava à realidade.


— Mm... — Ele ainda estava mole em seus braços.


— Oi, — ele disse com um sorriso.


— Ah...! Desculpe-me! — Finalmente, ele despertou e sentiu meu rosto ruborizando ao se lembrar da posição em que estavam e que Saga ainda estava dentro dele. Ritsu tentou se desvencilhar. — Ah...! — ofegou diante do vazio quando ele saiu de dentro dele.


— Calma, não precisa fugir. — Parecia que Saga estava se divertindo.


Ritsu vestiu suas calças, mas permaneceu sentado na cama enquanto passava o braço pela manga da camisa. Seu senpai também vestiu suas calças, o que o deixou menos constrangido. O pequeno continuava olhando para baixo, quando se lembrou da peça que sua mente havia lhe pregado, e ruborizou mais ainda. Espere. E se eu perguntar? Eu o amo tanto e acho que ele gosta pelo menos um pouco de mim, se eu perguntar, acho que ele pode acabar dizendo...


— Ah... S-Senpai... Eu te amo... Mas o que você sente por mim? Eu posso acreditar que você gosta um pouco de mim? — O recente êxtase ainda o embriagava e o deixou confiante e ambicioso o suficiente para dar voz a seus pensamentos.


Saga tentou abafar uma risada com a mão. Ritsu primeiro ficou sem entender. Ele riu? Por que ele riu?


Por que alguém iria rir de uma pergunta dessas? Porque era uma pergunta ridícula.


Ele riu porque eu acho que ele gosta de mim!


O rosto de Ritsu ficou em chamas, de vergonha e de humilhação. Ele começou a abotoar sua camisa apressadamente. Tinha que sair dali. Tinha que sair dali agora.


— E–Eu tenho que ir...


— Você já vai?


— Eu t–tinha me esquecido... meus pais disseram para voltar cedo...


— Que pena. Achei que você poderia ficar mais um pouco.


— D–Desculpa...


— Não precisa se desculpar.


Ritsu terminou de se vestir o mais rápido que pôde, pegou sua bolsa e quase correu até a porta da frente. Saga veio atrás dele, e quando Ritsu estava prestes a abrir a porta para deixar aquela casa para sempre, mesmo descalço Saga desceu no genkan, segurou sua mão e o puxou de volta para depositar o último beijo em seus lábios. Que jeito sádico de brincar com seus sentimentos, por que ele o beijava se não o amava? Devia se divertir com seu tolo brinquedo.


— Até mais.


— A–Adeus.


Saga soltou sua mão e Ritsu saiu daquela casa e da vida de Saga sem olhar para trás.


* * *


 


Extra


Ritsu corria para casa o mais rápido que suas pernas permitiam. Seus músculos começavam a arder, mas isso não era nada. Seu corpo todo doía e ardia, uma dor física e real, em cada parte dele que havia sido tocada por Saga. Seus olhos ardiam como brasa da vontade desesperada de chorar.


Entrou apressado dentro de casa sem anunciar sua volta e sua mãe mal o viu passar.


Okaerinassai, Ritsu. Você voltou cedo hoje.


— Estou indo para o meu quarto.


Assim que fechou a porta ele desabou sobre a cama, enterrou o rosto no travesseiro e finalmente começou a chorar. Logo seus olhos ficaram vermelhos e começaram a arder ainda mais. Quando sua mãe bateu na porta o chamando para o jantar, ele respondeu que havia comido no caminho de casa e que estava com dor de cabeça, torcendo para que ela não percebesse que sua voz estava tremendo.


Ele continuou chorando por mais algum tempo, tentando entender o que havia acontecido com sua felicidade. Assim como os livros da biblioteca, fui apenas um passatempo para o senpai. Pensou com amargor. Eu praticamente me ofereci para ele, me declarando, correndo atrás dele... E quando fui à sua casa pela primeira vez ainda me deitei na sua cama sem que ele estivesse no quarto, mas ele me viu, e logo depois... Continuou vasculhando sua memória, procurando pelos erros que tinha cometido, que o fizeram se iludir e acabou se lembrando daquela tarde, na verdade, fazia tão pouco tempo que estava nos braços dele, se entregando, fazendo amor com ele. Então percebeu que seu corpo estava coberto dos vestígios dele, seu suor ainda estava em sua pele. Primeiro, ele ficou feliz, pois um pedacinho da sua felicidade havia voltado para casa com ele, mas aquela felicidade nunca foi verdadeira e ele se sentiu miserável.


Correu para o banheiro do seu quarto e tirou suas roupas o mais rápido que pôde. Sua roupa íntima estava molhada com seu próprio sêmen e com o sêmen de Saga que ainda estava dentro dele e lentamente escorria de seu corpo. Ritsu foi tomado pelo desespero. Ele era seu único amor. Seu primeiro amor. A pessoa por quem foi apaixonado por mais de três anos. Entregou seu corpo e seria capaz de entregar sua vida a ele. Isso se ele o amasse e o quisesse, mas esse não era o caso. Ele era uma diversão, um passatempo, não tinha importância alguma para ele. Como poderia ter se era apenas uma criatura risível? Ele era um item descartável.


Sentiu-se usado, sujo e invadido. Sob a ducha do chuveiro começou a se lavar como se isso pudesse levar suas lembranças junto com a água pelo ralo. Continuou se esfregando até que sua pele ficasse toda vermelha e arranhada e depois desabou no chão num choro nervoso. O que ele estava fazendo? Estava agindo com se Saga o tivesse violentado o que não era verdade de forma alguma. Ele sempre concordou e Saga sempre foi gentil, pedindo seu consentimento, tomando cuidado para não machucá-lo. Ele sempre foi gentil.


Ritsu se arrastou de volta para cama, sentindo raiva de si, pelo o que estava fazendo e por se deixar enganar, mas em momento algum odiou Saga. Ele nunca prometeu nada e beijos não são promessas.


Inconscientemente seus dedos foram até seus lábios e o último beijo voltou a sua mente. Lágrimas de tristeza voltaram a molhar seu travesseiro. Amanhã ele pensaria em alguma coisa, no que fazer agora, mas hoje, apenas hoje, se entregaria à tristeza e choraria seu amor perdido.


Na manhã seguinte, sua mãe veio perguntar por que não havia descido para o café, assim ele ia se atrasar. Não tinha a menor chance de ele sair de casa com o rosto inchado como sabia que estava, e nem deixar que sua mãe o visse assim. Enrolado no futon, ele disse que não estava se sentindo muito bem e ela logo achou que ele estivesse gripado por causa de sua voz rouca. Conseguir faltar à escola foi fácil, difícil foi convencê-la a sair do quarto e não voltar com antigripais.


Ir para escola ainda tinha o risco de encontrar Saga.


Ritsu mal dormiu à noite. Chorava até dormir, mas logo acordava com as lembranças daquele último encontro o assombrando como fantasmas, então voltava a chorar e esse ciclo se repetiu a noite toda. Pela manhã era como se não houvesse mais lágrimas para chorar. Ele passou o dia todo sentado na cama sem pensar em nada, apenas com uma sensação de vazio.


No fim do dia chegou à conclusão que não voltaria a ver Saga-senpai.


Não conseguiu dormir mais do que alguns minutos durante a segunda noite, mas dessa vez não havia lágrimas. Apenas permaneceu de olhos abertos, encarando o teto imerso na escuridão, vendo coisas que não estavam lá. Levantou cedo pela manhã, já com o rosto apresentável, embora ainda um pouco inchado, pelo menos os olhos não estavam vermelhos de chorar.


Na mesa do café estavam seus pais. Sua mãe parecia inquieta, olhando para a direção das escadas que levavam aos quartos. Ritsu percebeu que ela pareceu aliviada ao vê-lo.


— Bom dia.


— Bom dia, Ritsu.


— Ritsu, você está melhor? — perguntou sua mãe.


— Sim, mãe. Desculpe deixá-la preocupada. — Ritsu fez uma pausa antes de prosseguir o que tinha vindo dizer, mesmo que estivesse resoluto era uma grande decisão e precisava dar o primeiro passo com determinação. — Pai, hã... O senhor ainda quer que eu vá estudar na Inglaterra?


Sua mãe se virou para encará-lo surpresa. Seu pai que estava com os hashis a caminho da boca congelou o movimento sem terminá-lo.


— Você mudou de ideia? O que houve? Antes você se negava de todo jeito.


— Acho que vai ser bom expandir meus horizontes.


— E pensar que eu já havia desistido de persuadi-lo... Isso é muito bom. Já pesquisei os melhores colégios para onde você pode ir...


— Hã... Pai, eu posso ir esse ano, ainda? Acho que vai ajudar a me adaptar se eu entrar no colegial já habituado com o lugar.


— Certo. Vamos pedir sua transferência no próximo semestre...


— Eh... Eu não poderia ir agora?


— Agora?


— Sim. Agora. — Seu pai e sua mãe o olharam desconfiados, mas Ritsu não disse mais nada.


— Certo, então. Vou pedir sua transferência... — Seu pai acabou concordando, provavelmente para evitar que ele mudasse de ideia de novo.


Mesmo que apoiasse a ideia de mandar Ritsu para estudar no exterior, sua mãe ficou um pouco triste, afinal ele era seu único filho.


— Ah, pobre An-chan... Vai ficar tanto tempo sem vê-lo... — ela disse para disfarçar sua melancolia.


Depois do café, Ritsu disse que ia subir para o quarto e começar a arrumar suas coisas. Sua mãe preguntou se ele não queria ir para escola uma última vez para se despedir de seus colegas.


— Você não tinha um amigo com quem passava bastante tempo ultimamente?


— Não, mãe. Eu não tinha. E não tenho ninguém que faça questão de se despedir de mim lá.


Sua mãe colocou a mão no rosto, surpresa com a resposta, mas não disse mais nada.


No momento em que Ritsu decidiu não ver Saga novamente, ele também decidiu esquecê-lo. Tudo que trouxesse a mais vaga lembrança sua seria deixado para trás e varrido de sua vida. Ritsu iria se reerguer não importava como. Não iria mais confiar seu amor cegamente. Nunca mais passaria por essa dor de novo.


Para começar, ele entrou no banheiro, onde seu uniforme ainda estava jogado no piso. Seu primeiro impulso foi jogá-lo fora, mas sua mãe ficaria uma fera se ele fizesse isso, então decidiu pelo menos jogá-lo na máquina de lavar. Quando o recolheu, percebeu que o cheiro de Saga misturado ao seu próprio ainda estava impregnado na roupa. Seu segundo impulso foi guarda-lo assim. Seu terceiro impulso foi coloca-lo dentro da mala de viagem. O que eu estou pensando?! Nada de lembranças! Levou-o correndo para máquina de lavar, mas sua roupa íntima ele jogo no lixo cinerável.


Qualquer roupa que lembrasse Saga não seria levada. Seus livros que tanto gostava e que foram objeto de suas conversas seriam deixados para trás.


Um pedaço de si morreu no dia em que partiu da casa de seu senpai, foi velado durante seus dois dias de tristeza e seria enterrado com a sua viagem.


 



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Autor(a): hokutoritsuka

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