Fanfic: O filho de Zatanna | Tema: Liga da Justiça

    Um corola 2018 atingiu o corpo de Trigon em cheio, fazendo-o atravessar a vitrine de uma loja, ele se levantou, voou para fora como uma bala, Zack pairava no céu, acima de uma das principais avenidas da então deserta Jump City, Trigon voou em cima de Zack, ergueu o punho direito para atingir o seu rosto, o jovem mago bloqueou o golpe com o braço esquerdo, mas não impediu a mão esquerda de Trigon de lhe atingir no estomago, Trigon aproveitou a excitação de Zack devido a dor do seu soco, prendeu suas fortes mãos em seu pescoço, e ali, no céu de Jump City começou a sufocar lentamente o jovem mago.

- Você não pode me derrotar criatura patética – Disse Trigon – Agora... Eu vou fazer você morrer lentamente, bem devagarzinho, vai sentir sua vida se desfazendo aos poucos, as pessoas que você se importa, você as deixará onde estão, naquele inferno, sua promessa, será apenas cinzas, como o resto do seu mundo.

    Zack se esforçava, com as duas mãos tentando puxar o braço de Trigon que o sufocava, mas conseguiu se teletransportar para uma distância segura, metros à frente de Trigon, fez um rápido movimento de mãos e um campo de força surgiu ao redor de Trigon, uma esfera roxa transparente surgiu ao redor do devorador de mundos, muito resistente.

- É assim que o herdeiro de ShadowCrest luta? Como um covarde?

    Zack aproveitou que Trigon estava preso em seu campo de força, recuperou o fôlego rapidamente, tirou a varinha de dentro de seu paletó, suspirou, Trigon tentava romper o campo de força ao seu redor com golpes, Zack, começou a fazer uma sequência de movimentos com as mãos e a varinha.

- O que está fazendo? – Gritava Trigon – Não pode desfazer o caos.

    Um círculo apareceu na frente de Zack, na altura de seu rosto, cheio de símbolos, como uma roleta, Zack alterava a ordem dos símbolos, como se montasse um quebra cabeça, um diagrama, ao atingir a ordem desejada dos simbolos, o círculo começou a brilhar, um brilho roxo forte.

- Impossível! – Bradou Trigon.

    Um terremoto intenso atingiu a prisão de Trigon, onde a liga da justiça, os Titans e o resto da humanidade estavam. Todos caíram devido a intensidade do terremoto, durou aproximadamente dez segundos, após o terremoto, todos se levantaram.

- Um terremoto em uma dimensão mística? – Questionou Barry – Aqui tem placas tectônicas também?

- Esse lugar é sustentado por Trigon – Respondeu John – Se ele cair, esse lugar cai também.

    Zee olhou para o alto, algo chamou a sua atenção, o sobretudo do guardião das esmeraldas pairava em cima deles, onde estavam.

- Você? Aqui? – Estranhou Zee.

    O sobretudo voou para longe, seguindo uma pequena trilha naquela fria e bizarra floresta escura.

- Espera ai! Onde vai? - Zee correu para acompanhar o sobretudo.

- Zee, cuidado! – Gritou John, que a seguiu correndo.

    Zee mal olhava para frente, atenta na direção que o sobretudo ia, ele estava com Sarah, provavelmente tinha ido parar lá junto com ela quando o ataque de Trigon começou na Terra. O sobretudo seguia uma trilha em alta velocidade e Zee se esforçava, correndo, para acompanhar, mais atrás Constantine corria também, corriam, corriam e corriam, até que... O chão desabou em baixo deles, uma enorme cratera se abriu em baixo de seus pés. Zee e John de repente se viram em uma longa queda, como se estivessem caindo em um buraco, e dos grandes, a queda durou alguns segundos, os dois desabaram em um chão duro, cheio de rochas, mas felizmente não se machucaram gravemente.

- Que droga Zee, tem que tomar cuidado – Reclamou Constantine.

- Que lugar é esse? – Perguntou Zee, se levantando, sacodindo a poeira de sua roupa, percebeu que os dois tinham caído em uma espécie de câmara subterrânea. Um pequeno corredor, que lembrava uma caverna, apareceu a frente dos dois, da sua direção, dava para ouvir pequenos gemidos de dor, ela foi nessa direção.

- Mas será possível que essa mulher não sossega! – Murmurou John, tentando acompanha-la.

    À medida que adentravam naquela caverna, o ar se tornava mais frio.

- Zee, cuidado! Não pode ir entrando em um lugar se não sabe onde... – Os dois saíram em um pequeno corredor, que lembrava muito uma prisão, era uma prisão – vai dar.

    Os dois diminuíram as passadas, era uma espécie de corredor de prisão, os gemidos vinham das celas, que estavam dos dois lados, monstros, mágicos, os principais, que ousaram desafiar Trigon, estavam ali, curiosos pela visita surpresa, se puseram grudados nas grades da cela, alguns clamando por socorro.

- Que lugar é esse? – Perguntou Constantine.

- O inferno de Trigon, amor.

- Por que você me chama de amor nas piores situações, Zee?

    Zee se virou para John, apertou forte a sua mão na dele.

- Eu te chamo assim, quando tô com medo.

- Eu tô aqui, com você, o que será que tem lá? – John apontou para a última cela, um brilho roxo saia de dentro dela, o único brilho forte daquele lugar.

    Apenas um preso não ficou surpreso e não ficou grudado em sua cela para ver o casal que ali chegava, permaneceu sentado no fundo de sua cela, tinha aparência humana, de um velho esquecido, que dirigiu a sua palavra para os dois.

- Eu não iria lá, se fosse vocês.

    John olhou para a sua cela e perguntou:

- Quem é você?

- Ninguém.

- O que tem lá na última cela? – Insistiu John.

- Sofrimento.

    Zee e John seguiram o corredor até a última cela, ao verem quem estava lá, se surpreenderam, era uma moça, uma jovem, na faixa dos 18 anos, longos cabelos roxos alisados, um corpo atlético, bem cuidado, amarrada, pés, mãos e pescoço, por grossas correntes conectadas à parede da cela, estava presa, em pé, com a cabeça baixa, pés e mãos afastadas, mas dava para perceber, que um brilho roxo forte saía de seus olhos.

- Que horrível, quem será ela? – Zee estava chocada com a cena.

- Que estranho, olha – John apontou para as correntes que a prendiam, chamando atenção para uma espécie de energia que circulava pelas correntes – É magia, está saindo dela.

- Trigon está sugando seu poder – Concluiu Zee – Precisamos tira-la daqui, mas quem será ela? Pra ter tanto poder assim.

    John correu para a cela do velho que tinha falado com eles, se pões na frente de sua cela e perguntou ferozmente.

- Conheceu Zack Zatara?

- A criança que quebrou as grades de sua cela, com suas próprias mãos – Respondeu o velho - Ela chegou aqui junto com ele, talvez sejam parentes, mas nunca se conheceram, Trigon não deixou ele ter nenhum contato com ela.

- Quem ela é?

- Pergunta muito difícil você fez agora

    Todos os monstros do submundo místico que serviam Trigon, todas as criaturas desprezíveis, todos os seus capangas, estavam ao redor de Zack, em círculo, um imenso cerco, talvez o maior que já existiu em uma guerra do universo místico, aproximadamente cinquenta criaturas monstruosas, vai saber onde Trigon as encontrou, mas naquele momento, elas cercavam Zack em pleno céu abandonado de Jump City, o jovem mago precisou criar um campo de força ao seu redor, para impedir que o exército de Trigon o impedisse de terminar o seu feitiço, que para Trigon, ainda era um mistério o que Zack planejava, ele continuava a mover os símbolos dentro do círculo, fazendo movimentos, pacientemente. Quanto mais um feitiço demora para ser feito, mas perigoso ou destrutivo ele pode se tornar, Zack pacientemente seguia o movimento aleatório de mãos, como os antigos magos, que mesmo em meio a guerra, com toda calma, se dedicavam nos demorados feitiços de ataque, lá estava Zack, fechado em seu campo de força, enquanto ao seu redor, pairando no ar, dezenas de criaturas o aguardavam, como predadores, prontos para voar em cima da presa, como cães famintos, aguardando a ordem para devorar a refeição. Trigon permanecia preso em seu campo de força, mas não parava de falar.

- Você luta como um mestre da guerra, como um daqueles velhos anciãos que pensavam saber algo sobre magia, eu vi bem de perto a queda de todos eles, eu os vi morrerem, nas minhas mãos, não ouse tentar me surpreender com truques baratos, quando seus ancestrais tentaram, eu estava lá, eu vi, quando eles morreram, e quando você morrer, eu estarei assistindo também.

    De repente, Zack parou, seus movimentos de mão cessaram, já estava um pouco cansado, ele desativou o escudo ao seu redor, guardou a varinha dentro do paletó, as criaturas que o cercavam, como vários gatos cercando um único rato, se prepararam para o ataque, mas, para a surpresa de todos... Nada aconteceu.

    Absolutamente nada aconteceu, nenhum golpe de Zack, nenhum poder ele soltou, o feitiço que preparava aparentemente não fez nada, silencio absoluto por alguns segundos, até que Trigon perdeu a paciência, e ordenou o ataque em cima de Zack.

- Chega! Ata...

    O campo de força que prendia Trigon desapareceu e ele caiu do céu, a queda surpreendeu todos ali, inclusive seus capangas, Trigon caiu de costas no chão da avenida, Trigon não podia mais voar.

- Mas o que? – Disse Trigon se levantando, olhou para o alto, lá estava Zack, com sua expressão fria no rosto, as criaturas monstruosas de repente recuaram, estranhamente saíram de lá, voando, foram embora para bem longe, Trigon se enfureceu – Pivete, o que foi que você fez?

- Está fora de sua compreensão.

    Demorou, mas a Liga e os Titans conseguiram alcançar Constantine e Zee naquela prisão subterrânea sinistra.

- Quer diria que um dia veria Barry correndo normalmente – Disse Constantine, percebendo que o Flash estava correndo normalmente.

- Não enche tá cara, os poderes de ninguém funcionam aqui.

- Que lugar é esse? – Perguntou Bruce.

- Não tá vendo? É o inferno, é a sua cara – Respondeu Damian.

    Outro terremoto tomou conta do lugar, esse um pouco mais intenso, Ravena, que estava entre eles, caiu no chão e começou a gritar, com as mãos na cabeça.

- Rachel! – Gritou Dick – Tudo bem?

    Ravena começou a gritar de dor, suas veias começaram a emitir um forte brilho, como se o seu corpo tivesse quase explodindo, enquanto o terremoto acontecia, demorou mais dez segundos até cessar, quando parou, Ravena ainda sentia fortes dores na cabeça, seu corpo brilhava aleatoriamente, como se estivesse recebendo um tipo forte de energia.

- Espera ai – Disse Constantine. – Eu já vi esse filme - ele correu para a cela onde a garota misteriosa estava acorrentada, percebeu que seu corpo se contorcia, correu em disparada para fora da prisão, subiu os escombros por onde tinham caído, voltou a trilha do vale, olhou para cima, e viu uma grande luz roxa em forma de linha cortando o céu, descendo na direção do horizonte, uma intensa luz, ele correu em disparada na direção da luz, todos os outros o seguiam, Dick ia com Ravena mais atrás, ela continuava sentindo dores na cabeça, mas agora conseguia andar rápido. John corria, olhando para o alto, enquanto corria, começou a sorrir.

- É isso! Aaaaah! É isso!

- Pra onde tá indo John? – Gritou Zee tentando acompanha-lo – Não podemos deixar aquele povo lá preso.

- Nosso filho Zee! Aquele miserável é um gênio.

    Por fim, chegaram onde a luz cessava, ela descia do céu e desabava sobre o teto de um grande templo que estava no meio daquela floresta, o templo estava no alto de uma grande alicerce, era preciso subir uma grande escadaria que estava diante deles, John começou a subida, os outros vieram logo atrás, no final da escadaria, todos já estavam quase sem fôlego, mas John estava ansioso demais para parar, queria saber se sua hipótese estava correta, adentrou naquele grande templo, atravessou a porta de entrada e deu de cara em um grande salão, no altar, a sua frente, a luz roxa caía sobre um fragmento de rocha em cima de uma grande mesa ornamentada de cores escuras. A pedra das esmeraldas, que Zoom tinha roubado para Trigon.

- Acho melhor a gente fazer uma pausa – Disse Barry, entrando no templo, quase sem fôlego – Carambas, que lugar bonito.   

- Que lugar é esse John? – Perguntou Zee.

- Eu não sei, mas a pedra das esmeraldas está aqui, daqui o poder dela deve sair para Trigon, mas não é aqui que ela começa, ele começa lá naquela cela.

- Como assim? – Perguntou Clark.

- É um grande sistema místico, aquela garota lá na cela, seja lá quem for ela, é muito poderosa, Trigon tá escravizando ela, tirando sua magia de seu corpo e jogando na pedra das esmeraldas, o colapso dela com a magia primal na pedra aumentou o poder concentrado nela, daqui, ele sai para Trigon e seu exército, foi o que deu poder para Trigon, em segundos, mudar a realidade do planeta, tomar todo mundo para si, o Jared, ele usou o filho, Jared, para acessar a pedra do mundo de cristal, ele pensou nisso muito bem – John começou a sorrir.

- Qual é a graça John? – Perguntou Zee.

- A graça Zee, é que o nosso filho é um mago hacker, ele invadiu esse sistema e desvio o poder da pedra para ela – John apontou para Ravena que continuava sentindo fortes dores de cabeça.

    Um barulho de palmas ecoou atrás de Barry, alguém batia palmas e palmas, uma voz estranha apareceu no salão.

- Meus parabéns, vocês descobriram – os olhos de Barry arregalaram, ele conhecia aquela voz.

- Essa não, não... – Lamentou Barry, se virando lentamente, já sabendo quem estava atrás dele – Hunter Zolomon, justo agora, quando eu tô sem minha velocidade.

- Tá de sacanagem – Disse Wally.

    A expressão de descontentamento tomou conta de todos ali, todos estavam sem poderes, Clark, Kara, todos ali, com exceção dos que possuem habilidades de luta ou baseadas em tecnologia, mas faltava alguém ali, que finalmente apareceu, na hora H, uma flecha verde atravessou a porta do salão e parou bem pertinho dos pés de Zoom, cravando sua ponta no chão do salão do templo, na porta, parado, Oliver Queen, o capuz, em pé, parado, com seu arco na mão.

- Você pode fazer uma entrada triunfal Arqueiro, mas vai morrer com todos os outros, dar pra ver o cansaço na cara de vocês – Disse Zoom.

- Você pode ser veloz, mas eu sou formado em mil formas de quebrar a sua cara! – Respondeu o Arqueiro, com sua voz grave e assustadora.

    Mas Zoom estava certo, todos estavam cansados, ninguém estava com disposição para lutar, ainda mais contra um velocista. Mas era preciso sobreviver. Mas nem era preciso muito esforço, pois um forte ventou invadiu o templo trazendo todas as dezenas de criaturas que servem a Trigon, ou que serviam, que estavam cercando Zack em Jump City, mas agora, entravam em alta velocidade naquele grande templo, se puseram ao redor de todos, e se ajoelharam na direção de Ravena, que ainda estava com a mão na cabeça, sentindo fortes dores.

- Mas o que é isso? – Questionou Zoom.

- Zack conseguiu transferir o poder que saía da pedra para a filha de Trigon, a Ravena – Explicou John - faz sentido, era o caminho mais fácil, o poder de Trigon já tinha uma conexão com ela, Ravena agora está recebendo todo o controle sobre a terra, o controle que Trigon tinha, os seus bichinhos de estimação estão reconhecendo que é ela que está no comando agora.

- E Trigon? – Perguntou Zee, preocupada com Zack na terra.

- Deve está mais fraco, mas com toda certeza, permanece o mesmo devorador de mundos.

- Não sei se foi só por causa da conexão que Zack escolheu Ravena – Comentou Asa Noturna.

- Tá falando do que mano? – Perguntou Mutano.

- Não quero que você morra com a sensação que é corno, amigo – respondeu Asa Noturna.

-  A gente vai morrer? – Perguntou Estelar.

- Provavelmente – Respondeu Damian.

- Com toda a certeza – Disse Zoom, sarcasticamente.

    De repente, Ravena desabou seus joelhos no chão, as criaturas de Trigon, agora a reverenciavam, como fizeram no passado, Ravena estava de joelhos, seus olhos brilhavam, sua dor cessou, seus punhos fecharam, ela ergueu a cabeça na direção de Zoom, não era mais Ravena, era outra coisa ali em seu corpo, a magia primal invadiu seu corpo, era a nova imperatriz da destruição de Trigon, esse era o truque de Zack, que ele fez com muita paciência enquanto era cercado pelos monstros de Trigon, ele sabia, que quando terminasse, aquelas criaturas voariam para os pés de Ravena, ele deu um poder assustadoramente grande para aquela garota. Zack não conhecia Ravena muito bem, mas por algum motivo, confiava nela, confio os poderes tomados de Trigon nas mãos dela, talvez por causa do que ele viu na árvore genealógica dos Homo Magi, sua futura esposa, um nome que começa com “R”, seria ela? Mas qual o sentido de uma árvore genealógica que mostra as gerações futuras, quem sabia do seu futuro? Quem o previu? Zack ainda não tinha todas as respostas, mas estava animado para tentar descobrir e ver o que ia dar tudo aquilo. O poder da magia primal agora circulava em no corpo de Ravena, com uma voz mais grave, mais assustadora, ela dirigiu a palavra para Zoom:

- O único que vai morrer aqui, vai ser você!

    As dezenas de criaturas encararam Zoom, o ameaçando, Constantine abaixou a cabeça, deu um grande suspiro e disse:

- Agora o bicho vai pegar.

    Zack desceu do céu, estava mais uma vez frente a frente com Trigon, que sentia uma fraqueza incomum dentro dele.

- O que fez pivete?

- O que acha de uma luta à moda antiga?

- Tá certo – Concordou Trigon, sorrindo com sarcasmo – Se eu vencer, o seu mundo é meu, seus amigos são meus, minha filha é minha, você deve gostar dela né? Mesmo sem a conhece-la Eu sei, percebi o que você fez, deu meus poderes a ela, eu sinto isso, confia nela, poderia ter dado a qualquer um daqueles idiotas fantasiados, mas deu pra ela, se eu vencer, tudo isso, continuará sendo meu, e se você ganhar Zack, se você ganhar...

- Seu eu ganhar Trigon! – interrompeu Zack – Se eu ganhar, você morre! VOCÊ MORRE! Esse é o trato! – Zack com suas habilidades de tele cinese puxou uma barra de ferro pontuda que estava à deriva no chão da rua e lançou na direção de Trigon, que se desviou dela e devolveu jogando uma moto, Zack saltou para não ser atingido, em um tom de deboche, disse:

- Pode vim futuro sogrão! Será que vai ser mesmo? Tô curioso agora. Vem tranquilo, as estrelas brilharão de novo.

- As estrelas não brilharão, elas cairão, pivete ingênuo.

    Zack, assim com a mãe, podia dobrar os quatro elementos, terra, água, ar e fogo. Ele, com um movimento de mãos, fez um pedaço do asfalto da avenida ser arrancado e jogou em cima de Trigon, o acertando em cheio, Trigon voou com o impacto e bateu de costas em um porte, que caiu com o impacto. Antes mesmo dele ter a chance de se levantar, uma rachada de vento o arrastou pelo chão por 20 metros, a rajada de vento deixou Trigon aos pés de Zack. Zack colocou seu pé direito em cima do pescoço de Trigon, o apertando.

- Você nunca teve chance Trigon, nunca.

- Na ver-da-de – gaguejava Trigon, com dificuldade em falar – Te-nho um tru-que.

- O que? Não estou entendendo? – Zack afrouxou o pescoço de Trigon, sua voz voltou ao seu normal, porém, mais baixa.

- Na verdade eu tenho um truque, chega mais perto – Zack inclinou a cabeça, mais perto de Trigon, que continuava falando baixinho, Zack estava muito confiante, talvez esse foi o seu erro.

- Mais perto, chega mais perto.

    Esse foi o grande erro de Zack, de todos os descuidos que se pode ter ao enfrentar Trigon, Zack fez justamente o que menos poderia fazer. Em uma batalha de troca de poderes e golpes, Zack tinha vantagens, mas Trigon tinha algo, Zack sabia o que era, mas sua inexperiência em combates o fez abaixa a guardar para esse detalhe, a pior habilidade de Trigon, a pior de todas, a pior forma de tortura, a mental. As ilusões de Trigon, sua capacidade de prender seus oponentes em uma grande ilusão que mais parece uma tortura mental para seus adversários, e Zack caiu nela, mesmo Trigon estando no chão, sob os pés de Zack. Zack inclinou um pouco mais a cabeça, e Trigon rapidamente, o surpreendendo, ergueu suas mãos na testa de Zack, ao toca-la, ele sentiu uma pontada aguda no crânio, como se algo tivesse atravessando sua cabeça. Ele fechou os olhos com a dor, quando abriu de novo, em segundos, não estava mais em Jump City, seus pés não estavam mais no pescoço de Trigon, ele estava em um local completamente cercado por escuridão, não era nada, apenas um vazio escuro. Lá estava ele, agachado, com o joelho direito tocando o chão, não via nada ao redor, apenas escuridão, até começar a escutar risadas, risadas de Trigon, e sua voz.

- Muito bem pivete! Muito bem! Vamos ver como você se sai aqui.

Zack entendeu, tinha caído na ilusão de Trigon, ele agora estava em sua cabeça, e ali, ele sabia, que Trigon tinha vantagens, aquele era o seu jogo, ele abaixou a cabeça e suspirou.

- Maldição! – Trigon continuava a sorrir, Zack tentava manter o otimismo – Tudo bem, vamos lá, vamos lá Trigon, se é assim que quer brincar, vamos lá.

    Zack se levantou, teria que lutar agora contra os truques mentais de Trigon, estava otimista, tinha plena convicção, que desse assunto, ele também entendia, mas para sair dali, no fundo, Zack sabia, que precisava encarar seus próprios problemas, pois Trigon usaria sua própria mente contra ele. De problemas, obstáculos e medos, sua mente estava cheia, ele só não sabia disso ainda.