Fanfic: Criminal Holmes (+16, +18) | Tema: Romance, Policial, Drama, Suspense
Tasha
Não era a primeira vez, a minha acomodação na sombriedade do salão provocava muita advertência. Geralmente, era um alívio o estrondo do som, sem o entendimento do que seria dito eu apenas acenava a cabeça. A última reprimenda foi vivenciada a poucos instantes. Eu nem entendia o porquê de se queixarem que eu não sabia sorrir. Sinceramente, eu objetivei zero carisma para esse trabalho. A forma menos trabalhosa de se envolver. A carícia desaprovada e o beijo, a primeira coisa que era rejeitada. Para surpresa, eu conseguia continuar mais tempo na boate.
Entre um feixe de luz e outro, no estilo cromático as pessoas se tingiam na área rebaixada como moluscos e lulas flácidas com molejos bastante profissionais. A grande ostentação próxima ao bar sempre foi o lustre de cilindros. Eu transpareci um pouco de desânimo ao olhar em frente para o barmen se aproximando.
- Irei confiar que você aprendeu dessa vez. - Exagero a súplica dele de se pôr de joelhos. - Na terceira banqueta, tem um cara que perguntou se havia alguma coisa fascinante na casa. Eu avisei que você dava problemas. Ele chegou recentemente de longe.
- Tem a Vanessa para dar saudações de boas vindas.
- Ela saiu desconexa do bar. Não faria sentido que eu substituí-se outra em seu lugar. Também a escolha foi dele.
Não se tornou uma espera longa. Na minha prontidão, reconheci os passos se abeirando do quarto. Totalmente, a estrutura dele se enxertou no espaço. A minha reverência foi cruel de maneira invertida para a porta. Prensei ainda mais o assento sobre a cama com o alcance dele. Todo mecanismo de ar reformulei para sair agradável em diante, no reparo da mesa de canto o descanso da arma mixou uma série de sentimentos.
- Ela não dispara sozinha. - Repensei sobre a repelência quando ele se sentou na cama.
Pressagiei o cheiro químico e repugnante, o fumo já se espalhava sobre mim.
- Qual é o seu nome?
- Blue.
- Então, Blue ainda estou esperando você fazer alguma coisa.
Quase não existia um lugar certo para fugir, quando me levantei, ele se posicionou na captura como um obsessor. Dispensei a projeção da sua face dentro da minha.
- É virgem?
- Não beijo.
- Agora acredito que você é obstinada demais. - No desamarro do meu corpo, senti o alívio instantâneo vendo-o se realocar na poltrona da parede.
- Ainda tem chance de pedi alguém de volta. - Me reposicionei na cama.
Teve um impacto na nossa exploração. De imediato, numa linha de trajetória, percorriamos em sentindos opostos na intenção evasiva e ele era grande para me deixar escapar. A natureza dele não existia neste planeta. Toda parte do corpo dele se conectava finalizando numa singular harmonia. Pontos vitais de sentidos do seu rosto delatava o trabalho final de toda obra. Esmiuçados, sensíveis e maléficos, também o portal para a sua natureza carnal. Homem que transitava do céu para o inferno e no descanso interespacial se entregava a infinda macieza, paz deleitava no mar azul esverdeado dos seus olhos. A transição para perversidade se achava nas sobrancelhas sendo arqueadas demais. O abandono do assento me fez reparar na ausência de cabelos longos, no mínimo o estilo agradável seria o raspado. Em vidas passadas seu couro cabeludo íntegro provavelmente deveria ser loiro.
Inesperadamente, o salto oportuno no meu lado desembaralhou algumas notas do dinheiro. Ele reservou a carteira ao jeans.
- Você pode sair se quiser.
- Não aconteceu nada.
- A gente finge que aconteceu, mas se isso feri o seu ego podemos demorar mais um pouco. De qualquer maneira, são as duas opções que você têm. - Um súbito de horror me atormentou pelo sorriso dele atrás da fumaça.
- O que está propondo?
- Um pouco de liberdade não vai envolver ninguém.
Meus princípios foram dilacerados. Minha camuflagem tormentuosa perverteu todos os astrais. Transportada para um presídio sem a possibilidade de uma sentença algum dia, a minha carcaça se corroía na omissão de luz, de vida, de sustento. Eu deixei as trevas me agasalharem, igualmente um recém nascido, eu chorava, desejando talvez que a placenta e a dor da minha mãe fossem rompidas. Que eu nascesse novamente de uma outra forma.
- Ainda é o mesmo motivo?
- Ela beijou um homem. - Vanessa não tinha coração. O repertório dela era uma maldição.
- Ainda estou ouvindo vocês. Estava me sentindo muito bem no quarto. - Comprimi as carnes das minhas pernas em meio as cercanias das almofadas.
- Eu tranquei o quarto por não suportar a sua melancolia. Já basta as noites ouvindo você fungando. Imagina você namorando. - A xícara se despedaçaria com o impulso na mesa.
- Deve ser bem pior. - Nanah renovou o riso.
- Avisei para ir embora pensando nisso. O básico você não faz. Também estou me cansando de dar notícias suas, já fazem três dias que não aparece na boate.
- Vou reaparecer algum dia, depois que eu me recuperar.
Primeiramente, a minha coragem era pelo fim da semana. Nada me afirmava na segurança de nenhum evento recorrente. Eu sobrevivi bastante fora do quarto, a única modificação que fiz foi implantar a voz da Vanessa na minha mãe, mesmo sendo rude aquele cuidado era igual. Ainda por dentro, eu sentia a insatisfação das minhas carnes. Elas tentariam de toda forma expulsar o remendo na ferida, no entanto precisei me manter firme com elas, me reinventar como um potente imunossupressor. Em tudo não existia envolvimento, sem a presença e a satisfação, assim os meus afetos íntimos foram abandonados. Nas recorrentes recaídas, eu era transportada para uma UTI inventada.
Novamente, deveria ser somente um dejavú. A aproximação do barmen seguida de um filme de terror psicólogico.
- Não é nada igual a última vez. - Em alguma parte da sequência passada ele também ajoelhara. - Poderia ser apenas uma conversa.
- Escolhe outra pessoa.
- Eu não tenho bons métodos de mentira, sabe disso. Talvez seja a cor do seu cabelo que chama muito a atenção.
O suspiro sucumbiu todo o cansaço da minha vida.
- Tem certeza que é apenas uma conversa?
- Me comprometo a te observar. Qualquer suspeita, não estará disponível para o serviço. - Restaurando a estrutura, ele retornou se apressando para a bebida de um japonês.
Quem sabe fosse apenas uma overdose pela a minha imunossupressão. Eu sabia que as carnes se atormentariam mais, numa disputa canibalesca a conexão dele com a outra parte do banco booth retrocedeu a minha alma com as primeiras dentadas.
- Não gostou da última noite? - A opressão me impossibilitou de responder. - Quantos anos você tem?
- Não sou de menor.
- Na última vez se pareceu como uma.
- É um jeito de ninguém se envolver.
- Depende de nós dois. Eu te conheço apenas como Blue, poderia você gostar muito da cor azul.
- A sua tentativa é insuportável.
Ele repreendeu os resquícios de uma gargalhada.
- Eu tenho uma sugestão de ser o seu único cliente, talvez assim você seria mais legal comigo. Eu só me chamo de Yuri.
Autor(a): merophe
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 14
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tigremisma Postado em 07/06/2022 - 18:23:17
O crush que eu quero ❤️❤️
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rarinhabelha Postado em 07/06/2022 - 17:39:08
Lennon as vezes chega a ser um porre. Viu.... Maxx, dio amo.
merophe Postado em 07/06/2022 - 19:12:42
Kkkkkk
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rarinhabelha Postado em 07/06/2022 - 15:59:55
Linda amizadeeee desses doix
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abacatiminha Postado em 07/06/2022 - 14:22:31
Eu amo o japinha ^^
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teleteti Postado em 07/06/2022 - 14:05:14
Essa história é um novelo, todo mundo é enrolado um no outro. Não tem por onde correr pow. É a praga!
merophe Postado em 07/06/2022 - 19:11:46
Gosto de enredo assim, todo mundo envolvido.
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tigremisma Postado em 07/06/2022 - 13:17:25
Eu gostei dessa mina. Ela é doidona demais.
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rarinhabelha Postado em 20/05/2022 - 22:52:58
Ooohh, mas o que é isso?! Maldade...
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rebeccatwonty Postado em 14/05/2022 - 13:55:24
Acidente do caramba!! Tô sentindo que as coisas vão ficar pior aqui.
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mariandyn Postado em 13/05/2022 - 10:15:19
A narrativa é perfeita.
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mariandyn Postado em 13/05/2022 - 00:57:58
É difícil de deixar de acompanhar a história, tem uma sequência de eventos muito boa.
merophe Postado em 14/05/2022 - 01:23:24
Eu trabalho sempre duro pra isso.