Fanfic: Criminal Holmes (+16, +18) | Tema: Romance, Policial, Drama, Suspense

Lennon 

Não demoraria para a resenha se disseminar. Provavelmente, eu experimentava o júbilo por não ter recebido a condenação e não o efeito suspensivo da audiência. Era certeza que a intimação interromperia em algum momento a deliberação do juiz. Nada mais que uma suspensão sem prazo até o seguinte julgamento. Ronald avaliou os detalhes. Foi uma sorte o meu alcance no departamento antes do tempo previsto. A ocorrência de Tasha ainda estava sendo apurada. Por um lado, o Johnny conseguiu a suspensão efetiva da ocorrência do Anton. Precisamente, o esquema da operação da força tática aconteceu no aguaçal de Port Hueneme. O Anton parecia ser o apogeu para a descoberta do tráfico ilegal de drogas na costa do mar.

- Vagabundo que rouba vagabundo, eu precisava vivenciar isto antes de morrer. - O estalo agoniante dos dedos de Ronald sobre a mesa inquietou a minha alma. - Lennon, vai precisar pagar os meus honorários por trabalhar mais do que o seu advogado.

- Acho que o meu advogado não é a favor de mim. - Preenchi exageradamente o copo descartável no filtro, poucas gotículas lustraram os meus sapatos. - Terei que encontrar outro defensor o mais depressa.

- Certamente a má sorte é a sua irmã.

- Eu sofro da síndrome do filho único.

- Tão cedo o menino vai ser influenciado para a viadagem.

A abertura instantânea de Kalel na porta me beneficiou a ingerir toda a água.

- Acho que irei imaginar que vocês estão vivendo um lance amoroso aqui dentro. Foi noticiado o descobrimento de um cadáver atrás de um campo em Rakovica.

- Será que ainda continua o caso Rocio? - A pontaria do despejo do copo no lixeiro do lado da mesa foi um sucesso.

- Eu sofro mais com a obsessão no suspeito. - Sem querer ser mais desajeitado, a mão de Ronald apenas intensificou a bagunça dos fios.

- Lennon, você vem comigo?

- Irei informar ao Aidan para preparar uma equipe a caminho.

A tarde prosseguia sem previsão de chuva na área rural. Pouco acaso eu fiz para o afago de uma lista de brilho ameno no meu rosto. O sol decidiu agasalhar a nossa visita. Lancei o blazer escuro para dentro da viatura, avancei na trajetória de Kalel erguendo as mangas da camisa branca. Na aproximação, as exposições visíveis de pele ressaltava dentro dos arbustos. Mais ou menos a cinquenta quilômetros do último local encontrado do sangue, foram simples as palavras do agente. Espantei os galhos secos de cima do que poderia ser uma carcaça. Não poderia ser piedade fazer um forro de galhos por causa da nudeza. A semelhança da corrosão pura de um ácido, toda a face deturpada por borbulhas.

- É veneno de vespas carnívoras. Deve existir um enxame nesta região. - Em Kalel havia a experiência do passado rústico, ele era suscetível a dar detalhes confiáveis de animais do campo.

- Essa foi a verdadeira decomposição. - Agachei sem sucesso quanto a identificação. - Não dá pra legitimar que o corpo é de Rocio.

Bastante cauteloso, Kalel recuava os galhos com mais frequência com os pés. Tendo certamente um sinal suspeitoso do outro lado do corpo. Para a interrogação da minha observação, na estacionada de um carro ponderei com decepção para o meu relógio de pulso.

- Você demorou bastante, praticamente um laudo de perícia eu fiz sozinho.

- Não vem se achando com a sua autoridade suprema, deveria ter me recomendado uma nave para a viagem. - Tive a destreza de recolher as luvas no lançamento.

- Te recomendo algumas doses de rivotril e de mais horas para você descansar. Acho que não vem conciliando o sono completamente.

- Minha conciliação é trabalhar a partir de agora com um aumento.

- Ainda não cheguei nas questões administrativas.

- Bem vinda carta de demissão. - O gracejo pelo o corpo dele pareceu totalmente zombeteiro.

Nos adiantamos para a direção do cadáver. De início, a resplandecente cor amarela das duas sacolas nas mãos de Kalel foi o assunto curioso entre nós dois. Ele visivelmente trouxe alguma coisa na mão quando expôs para fora da sacola.

- Anéis. - A palma exagerada de hormônios másculos sustentou três círculos prateados. - E somente uma camisa rasgada. - Ele avantajou a abertura da sacola sobre as nossas vistas.

Finalizamos assim com uma afirmação pouco provável. Retornamos com o transporte do corpo para o departamento forense. Enalteci com a vestimenta do jaleco e a minha pós-graduação na biologia molecular, meu trabalho em diante ocorreu no laboratório. Na análise do DNA. Um tempo de vinte e quatro horas até o descobrimento de todas as moléculas. Um terço da análise esteve em andamento até o fim do expediente. Fiz pouca sintonia com o rádio do carro, meus pensamentos recuavam para longe com o Blue. Não necessariamente a estremecida fazia parte da melodia, meu celular resolveu alarmar com todas as forças no outro banco a chamada. A minha maldade foi um fator forte para a ignoração da ligação. Nem tantos segundos, ele ressuscitou novamente o número perdido. Aceitei a chamada e deixei ela falar. Abaixo da ponte, fiz o retorno para outro segmento.

Eu prossegui um pouco perdido na emergência. Minha alternativa era o caminho de um zoológico, a pregação de bichinhos nas paredes. Eu tive que demolir a minha proteção contra ela que na espera de braços cruzados, escutava as vozes na sala de coleta.

- Por que não atendeu a minha ligação?

- Eu não estava a fim. - As minhas cordas vocais se tornaram contaminadas por uma forte antipatia.

- O seu filho também está morando comigo.

- Por enquanto é apenas uma fantasia da sua cabeça.

- Está cheirando a perfume.

- Eu me enfreguei com um cadáver antes de vim. Talvez a fragrância dela tenha tudo haver com você. - Ela cometeria um assassinato apenas com o olhar.

A suspeita que estava sobre os sintomas do Jens seria de hepatite. Me sensibilizei pelos choramingos na preparação do procedimento. Não exagerei na contenção dos braços desnutridos. A choradeira incansável do Jens ainda continuou até o retorno no consultório. Nas recomendações finais, o corpo dele enfraqueceu no meu tronco, de modo que estava totalmente confiável a mim o encarregamento. Endireitei o capuz com orelhas de cachorro na cabeça dele, estando indefeso ao sono.

- Ele vai voltar comigo.

- Vai recorrer tão cedo as férias para cuidar do Jens? Eu também volto com ele.

- Não está tentando remediar para a descoberta do processo. A tapa que eu te dei sendo de mentira.

- É a vontade do Jens que os pais fiquem juntos.

Ilusão ou não, eu me deslocava para uma armadilha tendo por hábitat uma cascavel. Uma força divina que eu desconhecia me revelou direções de um novo desfecho.