Fanfic: Criminal Holmes (+16, +18) | Tema: Romance, Policial, Drama, Suspense

Aidan - Quarta Semana 

Meu percurso quase sempre era na avenida principal. Toda impressão dos dois lados das duas estradas avessas se assemelhava a uma praça de alimentação de um mini shopping. A via pública entregava um desjejum energético diretamente para dentro dos veículos. Eu não tinha uma boa habilidade manobrando o volante com apenas uma mão, meus dedos esquerdos provavelmente sofreriam de queimaduras pelo o calor transverso do café no copo biodegradável. A sequência em diante me fez alucinar dentro de uma ambientação cinematográfica. Contando com algum prejuízo no capô e a minha sobrevivência ao impacto, o problema maior estava fora do carro. Revisei as filmagens apreendidas pelo o meu cérebro. A estrada isenta de movimentação, quase eu conseguiria vencer a corrida, trajetória livre com a sinalização verde do semáforo não fazia diferença alternar a ousadia do velocímetro antes do sobressalto do suporte corredor esquelético contrariando as regras de trânsito. 

Saltei para fora do carro, provendo a imobilização dela. Estávamos no ponto culminante de uma prole circunda de formigas, de maneira que a superlotação desprovia o ar. 

- Consegue me entender? - Falhei em proibí-la de se sentar. 

- É meio bonitinho você. Isso atesta a minha sanidade? O problema maior é com a minha perna. - A perna direita encoberta pelo conjunto verde de ginástica permaneceu pousada.

Utilizando o celular, notifiquei o endereço ao serviço de emergência. Disponibilizei em seguida o aparelho para o uso dela, alguém conhecido estaria a caminho em poucos minutos. Considerando que o tráfego dos insetos se dissolveu progressivamente, na direção de alguma parte longínqua ela sinalizava. A minha identificação foi feita sem defeito. Igualmente a quimera rabiscada de insetos e conhecida da última vez. Fizemos outro reencontro na duração de doze minutos. 

- Então, você é real. 

- Imaginava que estava alucinando? - A boa impressão dela era favorecida quando os cabelos despencavam de cima do ombro. 

- Sem contar que você tinha aparecido das trevas, eu não imaginei outra coisa. 

- Vocês se conhecem? - Deveria ser a primeira vez que eu ponderei sobre reticências. 

- A gente se viu uma vez na rua. 

- Posso ficar até o resgate. - Regressei a minha altura, ultrapassando a cabeça dela. 

- Não passando por cima dela já foi uma gentileza maior, mas eu acho que o seu tempo acabou. 

Escutei o alcance da ressonância da sirene achegando. Brevemente a ambulância estacionou. Uma equipe azulada me expulsou juntamente com a quimera. O colete não teve serventia, imobilizaram umas placas na perna antes do transporte para a maca.

- Segue a sua rotina, playboy. - A quimera iria atormentar um hospital.

Prossegui lentamente pelo trajeto até o departamento. Um pouco de atraso no horário ainda transitava pessoas no edifício espelhado e ambientação arborizada da C.I.F.D. No topo uma passarela transversal conectava outra parte de um bloco. Eu não entendi o motivo da inquietação no caminho do pronto atendimento. O efeito inibitório do Gaba foi compatível com o meu corpo, após o abrimento da porta. Todas as luzes da sala desligadas, depois no corredor a técnica do laboratório informou o trabalho de Lennon por lá. Eu reprovei a ideia de ultrapassar a porta, apenas a visão ampla da janela resolvia. Em nenhum momento Lennon se desviou do microscópio, a identificação seguinte por trás do jaleco dele carregava a exigência de silêncio sem interrupções. Se afastando de uma mesa, modestamente de branco e uma prancheta na mão, Heaven afastava todos os fios loiros da face com a tiara roxa. Meu encontro em diante na sala de reunião deveria ser apenas com garotos. 

No intervalo, Lennon finalmente encontrou um descanso para o diálogo. Um extenso processo na análise do DNA, confirmava legitimamente o cadáver com o sangue de Rocio. Meia pausa ele fez para a ligação. A voz estrondosa de Ronald fazia menção ao parentesco de Rocio. Pelo menos a mãe confirmara os aneis e a camisa. Mas, existia outra contenda na alma dele. Ele foi imediato com o encerramento da chamada. 

- Julie voltou para casa. - Por enquanto, ele retornaria a saga da sobrevivência aos analgésicos.

- Já entendi que é um plost twist. 

- Não, é bem pior. Ela vai fazer alguma coisa pra me ferrar, usando o Jens. Final feliz não poderia haver. - Com o descobrimento da palma, reparei o acabamento do rosto dele. - Chegou tarde, não foi? A Heaven te viu na janela. 

- Eu estava fazendo um resgate, precisei me atrasar. 

- É alguma coisa que passaria na TV?

- Eu dei o fora antes disso. 

Terminado o repouso, as atividades retornaram normalmente. Lennon tornou a assumir o trabalho dele sozinho. Passei uma vez pela sala de reunião com ele explicando alguns slides. Com tudo isto encerrei o meu dia. A entrega de comida tailandesa foi a minha opção para o jantar. No embalo de um drama com um enredo muito questionável, eu fui perturbado uma, duas, três vezes com o apetite de Pietro. O ingrediente de peixe odorizou a sala. Depois de tomar a medicação, eu não saí mais do quarto. Circulei por um tempo no aplicativo de mensagem, disparou duas notificações de um número que eu não conhecia. 

- Eu queria fingir ser outra pessoa, mas eu teria que te agradecer por ter salvado a vida da minha amiga. 

- Ela não fraturou gravemente a pelve. 

- Parece que você tem a ideia de que eu passaria ainda com o carro. 

- Não vou imaginar mais. 

- Estou começando a ter medo de você. 

- Você está em todo lugar. 

- Isto poderia ser um bom sinal? 

- Acho que não é maldade te chamar de quimera. 

- Eu acho que o seu nome é Adão. 

- Poderia ser mais correta.

- Assim está bom pra você. 

- Não se esquece de me salvar como Vanessa. 

Encerrando com uma piscadela. 

Atendi aos miados do meu hóspede. Pouco importaria enraivecer com a sua saudação ruidosa e motorizada. Encaixotado no canto dos meus pés, ele adormeceria. Nosso constante elo de parceria e amizade.