Fanfic: Criminal Holmes (+16, +18) | Tema: Romance, Policial, Drama, Suspense
Aidan
Eu já duvidava que me desviaram do caminho correto. Nenhuma ala azul eu tinha encontrado no corredor. Minha persistência retornou com o andamento para o final da interseção, notavelmente o tingimento azul demorou para que eu pudesse ter um pouco de aceitação, era um contraste muito determinante. Toda certeza eu mantive sobre a identificação da sala, minha pausa na porta foi um incentivo para regressar a uma respiração mais moderada, as cólicas intestinais tentaram estagnar uma parte desse progresso. A confusão somente existia na minha mente. Eu arredei uma brecha na porta e facilmente eu fui transpassado no escoamento, ela não precisou notar de como eu era adiposo. A animação totalmente desprevenida e embalada sobre a maca, eu tive que ser silencioso para não interromper os estágios do sono. Adiantei o meu repouso na poltrona marrom, o sustento da mochila sobre a mesa redonda me facilitou de recolher o celular.
- Já cheguei.
- Ela está dormindo.
- Me avisaram de que deram pra ela um antiemético mais forte.
- Vou esperar ela acordar.
Eu não respondi mais. Poucas opções eu tive para me distanciar do enfado adiante, só havia possibilidade de deduzir o mundo atrás do janelão retangular de película escura. A minha mente não teve criatividade. Reparando o deslize em baixo do edredom amarelo me reergui tateando as costas dela. Na exploração mais próxima, reestabeleci a compostura do catéter esticando o braço esquerdo dela. Em pouco tempo, eu percebi as pálpebras reavivando mansamente.
- Está me reconhecendo? - Por enquanto, a minha voz seria a única fonte de recordação para ela. Eu preferi adiantar o trabalho dos sistemas neurais, cochichando no ouvido dela. - Eu queria fazer uma surpresa.
- Está perdendo tempo, eu só estou resfriada.
- Eu acabei descobrindo outra coisa.
Senti um incômodo afável na minha alma após a volteada do corpo dela, mas tão fundo dos nossos olhos ainda existia a mesma intimidade, não chegando a minimizar nem um pouco com o afastamento.
- Ainda deveria ficar com raiva de mim.
- A verdade é que eu queria ficar. - Bem distante, alguém redigindo controles pausou o nosso tempo, mudou a nossa voz e nem precisamos nos esforçar com o diálogo da pantomima. Nossos olhares berravam com desolação a nostalgia. - Acho que não adiantaria ser assim com você.
- Tenho que te alertar para uma contradição, você ainda ficará com raiva de mim.
- Você está fazendo a telepatia na cabeça de outra pessoa.
A enfermidade agravou ainda mais a sua expressão agoniante.
- Eu trabalho numa casa noturna.
Eu soltei uma expirada muito abafada.
- Não me importa saber como você ficou doente.
- Não desconfiou de nada?
- Eu não ando procurando defeitos em alguém.
Não soube ao certo se o hiato era o fim da nossa conversa. Havia mesmo uma parte danificada no nosso canal de volume, constantemente sofríamos com a perda de som. Eu cheguei a duvidar se a alma dela estava apossada neste plano terrestre, a paralisia das órbitas cadavéricas se extinguiu rapidamente.
- Eu gosto de você. - Realcei sobre a mansidão do rosto dela uma calda quente e saborosa de mel.
- Eu sei, você disse isso muito rápido.
- Não me arrependo de ter dado aquela droga pra você, tive medo que você pegasse isso de mim. - Imediatamente, eu me metamorfosiei num zangão tendo a preferência por aquele mel ou talvez um pouco de repouso no ecossistema iluminado dos seus braços. - Vamos continuar sendo amigos ou conhecidos, até o tempo que me restar.
A batida na porta me despertou da utopia. Eu cismei com o médico calvo informando a possibilidade de uma internação mais longa para Vanessa. Ela vinha se agravando com os vômitos, nada se abastecia por mais de quinze minutos, a cárdia dela provavelmente estaria flácida. Após a saída do médico, em um período de feira orgânica ela estaria pronta para o despache, ensacolada no edredom, eu analisei na testa dela a suspeita de febre. No prosseguimento das horas surgiu algumas tossidas e a inquietação das pernas. Bem no horário do meio dia, ela estagnou novamente no sono. Eu preferi guardar a entrega da refeição.
- Eu não sei se ela está fingindo que dorme. As pernas dela não tem controle.
- 😂
- Ela dorme assim.
- Viu ela comendo alguma coisa?
- É por isso que eu digo que ela não dorme. Fizeram a entrega agora pouco.
Instantâneamente, no dissoluto do embrulho o vulto esguio fez uma passagem rápida.
- Eu tenho que resolver um problema.
Antes que eu pudesse me reerguer o jorro acídico já escorria. Me encostei na porta do banheiro reparando ela cuspir na privada. No levantamento dela, eu já tinha o preparo sobre a vertigem me entreguei como amparo para os braços dela. Pressionei a descarga, esquadrinhando a dissolução do jorro espumoso e amarelo. Ela seguiu o teleguiamento até a maca. Mais uma vez ela recorreu ao tempo do amadurecimento, apenas os braços se desembrulharam no edredom. Destampei a marmita, no meio da variedade de porções pastosas encontrei um terço de espinafre e algo equivalente a uma concha de frango cozido. "Eu acho que prefiro uma água." Tão discretamente os bebericos, na opressão do incentivo eu descartei o copo enxuto. Me atentei a espera de alguns minutos para servir novamente a refeição, eu creio que ela não obstinou com a minha conclusão rude.
- Estou pensando em ir embora.
- Não quero que você vá embora.
- Então, come.
A preferência dela tinha sido diretamente nas texturas pastosas, entendi a iluminação de fora da janela semelhante às quinze horas. Ela me entregou as sobras grandes e pelo menos um talo de espinafre tinha sido esquecido. Eu não tive mais nenhum problema, Vanessa adormeceu rapidamente, o irreconhecimento por fora da janela indicava a noite e a enfermeira substituiu o soro vazio. Desde então, o trânsito se interrompeu dentro do quarto, na minha decisão de apagar a luz, utilizei em seguida a lanterna para vasculhar a mochila, agarrei o casaco escuro. Encaixei os braços dentro das mangas utilizando da reinvenção de uma manta para cobrir o meu tronco. Notei ela dar uma volta na cama, até o momento não houve nada de ânsia. A iluminação explosiva do celular irritou a minha pupila.
- Ela se livrou um pouco dos vômitos.
- Eu forcei ela a comer um pouco.
- Eu sabia que isso era falta de comida.
- Está saíndo de que horas daí?
- Eu queria te explicar que não precisa mandar ninguém vim.
- Vou passar a noite aqui.
Autor(a): merophe
Este autor(a) escreve mais 5 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Tasha Oitava Semana Dia 02 Havia necessidade para muito vagareio, tão próximo as placas de recomendação do piso molhado eu desacelerei as pisadelas do salto. Nenhuma reação eu manifestei ao cheiro de desinfetante hospitalar, adentrando pelo corredor branco a presença do odor se tornou mais abundante, adiantaram o trabalho do ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 14
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
tigremisma Postado em 07/06/2022 - 18:23:17
O crush que eu quero ❤️❤️
-
rarinhabelha Postado em 07/06/2022 - 17:39:08
Lennon as vezes chega a ser um porre. Viu.... Maxx, dio amo.
merophe Postado em 07/06/2022 - 19:12:42
Kkkkkk
-
rarinhabelha Postado em 07/06/2022 - 15:59:55
Linda amizadeeee desses doix
-
abacatiminha Postado em 07/06/2022 - 14:22:31
Eu amo o japinha ^^
-
teleteti Postado em 07/06/2022 - 14:05:14
Essa história é um novelo, todo mundo é enrolado um no outro. Não tem por onde correr pow. É a praga!
merophe Postado em 07/06/2022 - 19:11:46
Gosto de enredo assim, todo mundo envolvido.
-
tigremisma Postado em 07/06/2022 - 13:17:25
Eu gostei dessa mina. Ela é doidona demais.
-
rarinhabelha Postado em 20/05/2022 - 22:52:58
Ooohh, mas o que é isso?! Maldade...
-
rebeccatwonty Postado em 14/05/2022 - 13:55:24
Acidente do caramba!! Tô sentindo que as coisas vão ficar pior aqui.
-
mariandyn Postado em 13/05/2022 - 10:15:19
A narrativa é perfeita.
-
mariandyn Postado em 13/05/2022 - 00:57:58
É difícil de deixar de acompanhar a história, tem uma sequência de eventos muito boa.
merophe Postado em 14/05/2022 - 01:23:24
Eu trabalho sempre duro pra isso.