Fanfic: Criminal Holmes (+16, +18) | Tema: Romance, Policial, Drama, Suspense

Lennon 

Numa lentidão imperecível se prosseguia a deliberação indecisa da audiência. Nenhum reajuste havia sido feito na defensoria. Eu pude sentir do outro lado da bancada o alcance de Julie em meu estado pétreo e de comorbidade cardíaca. Era inútil esconder a finalidade na cruza dos braços para o esquentamento das minhas mãos. Tão depressa ao contrário do esperado, o juiz notificou mais outra vez com um resultado irrevogável. Todo o meu organismo seguiu em síntese do suspense, eu não estava acostumado a aguentar as vísceras contorcendo, sem dúvidas de todos os sistemas era o que eu mais padecia. Eu tentei deturpar todo discurso em sílabas para que não se intensificasse um prejuízo ainda maior dentro de mim, as vozes em segundo plano eram as considerações finais da declaração, aos poucos fui revivido primeiramente pelo tato. Eu tenho certeza de que o advogado apertou a minha mão também para ter a confirmação do meu bem estar. Somente na revirada para Julie que eu comecei a ter um critério positivo com o franzimento da testa dela. O meu espírito completou um repouso espontâneo. 

- Você pode ficar em casa até ele melhorar completamente.

Eu estava dispensado das obrigações na C.I.F.D, bem no horário próximo do meio dia, eu ainda aguardava a liberação do trânsito, o transporte não seria muito longo considerando a curva seguinte. Eu não reparei de imediato a ornamentação do jardim, nunca tive êxito em suportar a claridade e o edifício era bastante branco. Alguém muito preparado soube me dar a informação, preferi apenas modificar o trajeto para a sombra. Encontrei um bloco mais arborizado e eu senti pena com a minha atração em cima da grama, reparando mais outra vez nos bancos do outro lado a minha aproximação até ele já era desprovida de surpresa. Nada me fez ser confiante em interromper aquele silêncio de início, com o meu ajustamento no assento ainda vivênciávamos o distanciamento.

- Eu não quero pensar em como foi que você chegou nisso. - Nenhuma autoridade eu tive contra a tentação de olhar indiscretamente a atadura no pulso dele. - Se tivesse me contado, acho que poderia ter feito algo por você. 

Não percebi algum humor para o riso abafante que ele desprendeu, mas no afastamento da mão dele de cima da cabeça identifiquei uma má indisposição para a ironia. 

- Nem eu consegui fazer algo por mim. 

- Vou te obrigar a tomar os remédios agora. Não vai abandonar o tratamento. 

- Vai morar comigo agora? 

- Te faço uma chamada de vídeo, assim eu terei mais provas.

A carcaça mais uma vez esticou a face insistindo de que sabia sorrir. Submeti a uma decisão certa após o arreio da cabeça dele. Eu encontrei a conclusão da resistência dele em me encarar no pré aquecimento das assaduras dos olhos. O recipiente sobrecarregou em mim e eu senti o transbordamento sobre as minhas costas, no incidente da arfagem me acovardei totalmente numa paralisia inesperada. Ele desatrelou o abraço rapidamente, eu ainda continuei com uma miséria de estímulo para desconcentrar a secagem das curvas líquidas na entrada dos seus lábios. 

- Eu pensava que a sua paixão tinha sido por outra pessoa. A Tasha conseguiu me explicar. 

Deduzi pouca serventia da observância dele sobre o gramado.

- Acho que comecei a sentir isso bem tarde. 

- As vezes, isso começa bem tarde. 

- Quando se perde. - Não tive certeza se o amortecimento da capacidade de fala dele era proposital.

- Não me parece que você perdeu, tudo já acontecia antes de você. 

- Então, parece que apenas piorou. 

Ruminei uma leve suspeita de letargia, assim que ele desequilibrou um pouco na abraçadeira do banco.

- Estão te dando alguma medicação?

- Antes de sair do quarto me obrigaram a abrir a boca. 

- Eu exigiria a mesma coisa. 

Na última parte da nossa conversa, o meu aperto ao ombro dele foi utilizado como um amparo mais forte. Não haveria problemas com a minha passagem desoladora para dentro de casa, até o momento Julie estava voltando com Jens de Vlasotince, a tia mais ajuizada de Julie se encarregou pelo cuidado do Jens pela manhã. Meu empenho foi frenético com o banho, as considerações para a vestimenta amena me deixou ainda mais arejado, conduzi a mochila nas mãos entrando na clínica. Segui as orientações até o ginásio no terceiro andar, a mudança necessária do calção me excitou com a observância da água. Eu contemplei barbatanas saindo de mim, após a submersão, pouca obstinação eu tinha feito para os ensinamentos do meu instrutor. Abandonei a piscina anelante, pelo menos a tolha branca ficara com o centro úmido na sacudida com os meus cabelos. Mais outro trabalho eu tive com o alongamento, na liberdade de fazer uma pausa, descansei o meu espírito no colchonete. Depois do completamento das sessões, eu retornei com o meu andamento pelo corredor. Amparando no filtro a minha sede não era mais fisiológica, ainda estava visível toda movimentação da saída das salas no corredor oposto. Não percebi o instante da ocultação que as duas mulheres altas tinham feito com ela, em seguida do afastamento das duas, ela prosseguiu em lentidão até mim. 

- Eu vi o Aidan. Acho que é por conta dos remédios que ele está ficando com a aparência ainda mais de morto. 

- Tem haver com isso também. - Não havia passado nenhuma ventania para ela ordenar uma parte da franja.

- De que horas você está indo? 

- Faltam duas horas. - Eu já tinha especulações com as recolhidas das mãos para dentro do bolso do jaleco.

No descartamento do copo no lixeiro, eu já estava reconhecendo a mudança dos meus batimentos. Considerei a debilidade da minha alma com o meu calor contaminando o corpo dela. Ela se entregou facilmente a cúpula dos meus braços. 

- Não é somente para acabar com o seu frio, sabe disso. 

- Só isso eu deixo você fazer comigo. 

Inicialmente, ela desentendeu o afastamento da minha cabeça, reconheci um hálito desprendido em seguida da minha osculação na testa dela. Nos olhos dela, eu descobri um pouco do reflexo do que estava dentro de mim. Apenas as nossas exalações apareceram suplicando pelo encostamento das nossas bocas. 

- Acho que já estão procurando por você. - Eu preferia continuar envolto ao grude da goma, mas a verificação da mulher entrando na sala foi primordial. 

Nem tão demorada a nossa despedida, os primeiros impulsos da vibração eu percebi na minha perna. Ainda retirei o celular do bolso com a continuidade da chamada de Kalel.

- Tem tempo para uma notícia rápida? 

- Terminei a fisioterapia. 

Eu acho que haviam me comparado com uma colcha de retalhos que ainda continuava suportando mais agregações de pedaços. Desconsiderei o assentamento apesar do discernimento da almagama de paixão e abalo disputando o espaço completo do meu peito. 

- Ronald foi afastado, estão procurando outra pessoa para substituir o lugar dele.