Fanfic: Conquistando o Uckermann (Concluída) | Tema: Vondy- Hot

Dulce

Babaca, idiota, crápula e imbecil. Essas são as palavras que Christopher representa para mim nesse momento. Como pode ter a coragem, e a cara de pau, em querer ficar com as duas? Na boa, eu tenho que parar de ser otária, e esquecê-lo de vez. Sei que não  será fácil, mas com um tempo conseguirei. Preciso dar uma chance ao meu coração de encontrar alguém, quem sabe o Jean seja a pessoa certa. Pois diferentemente daquele babaca, o Jean me trata com  carinho e respeito. 

Por que eu tinha que me  apaixonar por um idiota, que se acha a última bolacha do pacote? Preciso seguir em frente, e dar uma chance ao Jean, já que o mesmo tem mostrando um certo interesse em mim. Ô Deus porque é difícil tirar esse imbecil da minha cabeça, e coração?  Por que eu tive vontade de jogar em seus braços quando ele me encurralou no elevador e no quarto? Juntamente com a vontade de dar pra ele. Burra! Preciso resistir, toda vez que esse babaca estiver dando em cima de mim.

Assim que terminei de borrifar um pouco de perfume, e calçar as sandálias, caminhei até a sala, e encontrei Belinda mexendo em seus cabelos, em frente ao espelho, e Christopher atrás dela com as duas mãos no bolso de sua bermuda. Puta merda! Por que esse desgraçado tinha que ser tão bonito e gostoso? E ao mesmo tempo tão babaca?  Belinda olhou para mim, enquanto eu reparei na cor do seu baton, que era vermelho, e sorri assim que ela levantou as suas sobrancelhas. 

— Por que está me olhando com essa cara Dulce? 

— Aí é que você, está tão linda! 

— Obrigada maninha, você também está maravilhosa.  Fiquei sabendo que está saindo com o Jean, é o que estão dizendo por aí. 

Christopher que até então, estava mexendo em seu celular, olhou para mim, colocando o no bolso de sua bermuda, para logo após cruzar os braços e me lançar um olhar nada agradável. Com certeza estava putinho. Mas problema é dele, pois eu não iria deixar de pegar carona com o Jean, por sua causa. 

— Sim estou. 

Sorri encarando o idiota que se mostrou irritado, enquanto passei a mão direita sobre o cabelo. 

— Sério!— Exclamou um tanto surpresa. — É porque você não me contou nada?! — Estapeou meu ombro de leve. 

— Porque não é nada sério, "ainda". 

Desviei o olhar de Belinda para ele, que se mostrou completamente irritado e puto, porque observei ele tirar as mãos do bolso e fechar como se estivesse preparado para dar um soco na cara de alguém. Estava achando um máximo vê-lo se roer de ciúmes. Será que isso já era um sinal de que ele estava gostando de mim? Eu acho melhor não me iludir. 

— Belinda, vou esperar vocês lá fora com licença. 

Me encarou de forma séria, e caminhou até a porta, e logo após abri-la bateu a mesma com força. 

— O que deu nele? 

Belinda olhou para a porta, e depois me encarou com uma certa preocupação. 

— Não sei. Se você que é namorada dele não sabe, imagina eu. Já que o mesmo me odeia. 

— Que isso Dulce! O Christopher não te odeia. Então eu andei observando o por esses dias, e acho que ele até está tentando ser legal com você. 

Se ela realmente soubesse o que está acontecendo, não diria isso. As humilhações, e a sua proposta dizia claramente o quanto ele me detestava e queria me usar. Só para me ver rastejando aos seus pés. 

— Eu acho que você está vendo coisas aonde não existem. 

— Não diga isso Dulce. Eu acho que ele não te odeia, até porque ele não me perguntaria sobre você quando passou mal na quarta. Ele até falou comigo para te dar um remédio, e outra se caso você não melhorasse, ele disse que te levaria ao hospital. 

Sério que ele se preocupou com a maldita crise de asma que tive na quarta!? Literalmente eu queria entendê-lo. Porque hora ele me odiava e me tratava pior que pano de chão, outra ficava todo preocupado comigo. Realmente esse ser precisava ser estudado. 

— Vamos. 

Ela tocou em meus ombros, e depois caminhou até o interruptor apagando a luz da sala. Mesmo o ambiente estando parcialmente escuro, caminhei até a porta da sala, e passei pela mesma vendo a luz do corredor acender, já que a mesma era automática. 

Quando estávamos caminhando até o carro, logo após sair do elevador, e passar pelo pequeno corredor que dava para a garagem, Christopher estava em pé encostado no carro olhando para nos duas, enquanto íamos nos aproximando cada vez mais. Primeiro abriu a porta do carona para Belinda, que sorriu com a sua gentileza e entrou no carro fechando a mesma. Depois estranhei quando ele fez o mesmo comigo, que diferentemente de Belinda, continuei seria e agradeci me acomodando no banco de trás. Ele me encarou de um jeito diferente, e logo após rodou o carro acomodando se no banco do motorista. Ligou o mesmo, e arrancou com ele até o shopping. 

Assim que estacionou em frente a porta de entrada fez menção de sair. Mas Belinda segurou em seu pulso, dizendo que ele não precisava sair, só para abrir a porta do carro para nós duas. 

— Tchau amor. 

Virei um pouco o rosto para não ver os dois se beijando, e assim que Belinda abriu a porta e saiu, fiz o mesmo que ela, mas senti a mão de Christopher tocar a minha. 

— Mais tarde eu quero ter uma conversa séria com você ok. — Disse em um tom quase inaudível. 

Permaneci quieta, enquanto ele me encarava do mesmo jeito quando abriu a porta do carro para mim. E desviei o olhar olhando para Belinda que passava o batom vermelho em seus lábios. 

— Chris. — Eu sai do carro fechando a porta, enquanto Belinda caminhou até o lado do motorista, debruçando um pouco do seu corpo na janela.— Você está bem? Estou preocupada? Ultimamente você tem agido de um jeito tão estranho. 

— Não precisa se preocupar gatinha, está tudo bem comigo. 

— Tem certeza? 

— Sim. 

— Se quiser desabafar ou conversar sobre qualquer coisa é só me dizer. Afinal de contas sempre fomos confidentes um do outro. Ou você já se esqueceu? 

— Não me esqueci. Então que horas eu venho buscá-las? 

— Eu te ligo assim que terminarmos. Sabe comprinhas, botar a conversa em dia com as amigas... 

— Entendi. 

Se despediram beijando mais uma vez, e eu que tinha pegado o início daquela coisa melosa, virei o rosto, só para não ver aquilo. 

— Tchau Dulce! — Ele disse enquanto Belinda ia aproximando-se de mim. 

— Tchau Christopher! 

Buzinou logo após manobrar o carro e seguir em direção à saída do shopping. 

Acabamos encontrando as meninas na porta de entrada, que vieram até nós duas, nos abraçando de forma amigável. 

— Por que demoraram tanto? — Fuzz perguntou ajeitando a alça do meu vestido que estava um pouco torta. 

— Por causa da bonita aqui, que demorou horrores para se arrumar. 

Apontou para mim. 

—Até parece que você se arruma rápido né Belinda. 

Mostrei a língua a ela, que devolveu para mim, enquanto Fuzz me puxou para a parte interna do shopping. 

— Vi que o Christopher trouxe vocês. E aí como andam as coisas entre vocês? E aquela coisinha que você me contou sobre a...

Estranhei, e ao mesmo tempo desconfiei, ao ver Belinda tampar a boca da May tão rápido. O que será que ela iria dizer? Será que a Belinda estava escondendo alguma coisa de mim? 

— Maitê outra hora nós conversamos sobre isso ok. 

Repreendeu a com um olhar. 

Ao ver uma loja de lingerie, Fuzz apontou e segurou em meu pulso, me arrastando até a mesma, enquanto Belinda e Anahi vieram atrás de nós. 

Adentrando a loja, juntamente com as meninas, reparei, em um conjunto de lingerie vermelho azul e verde. E pensei se compraria ou não. Desviei o olhar dos conjuntos, para um pijama que ao meu ver pareceu bastante comportado, e me aproximei da arara aonde estava pendurada a peça, para vê-la melhor. 

— Gostei desse aqui, acho que eu vou levá-lo. 

Belinda, May e Fuzz que até então, estavam entretidas com as peças de lingerie, olharam para mim, um tanto surpresas. 

— Mas esse pijama é tão sem graça, parece de velha. — Fuzz puxou a peça da minha mão fazendo uma leve careta, e pendurou ele na arara, pegando outro que era rendado e preto extremamente sexy. — Esse sim é mais bonito. 

Belinda que terminava de olhar as peças que a vendedora mostrava a ela, e também a May, olhou para Fuzz, e se aproximou pegando a peça de sua mão. 

— Você não acha que esta camisola e meio indecente para a Dulce usar Fuzz? Se morassemos só nos duas no apartamento tudo bem. Mas tem um homem, que por sinal é o meu namorado. Dulce não dá ideia a essa cabeça de vento, e melhor você levar o outro, pois é mais comportado. 

No fundo eu queria levar o que a Fuzz me mostrou, mas eu precisava me vestir de modo decente, já que as roupas que eu tenho usado ultimamente tem sido um tanto ousadas. Belinda já estava começando a desconfiar, e os papéis tinham se invertido, com Christopher dando em cima de mim. Eu sei que errei em ter me jogado pra cima dele, mais o meu caso foi diferente, pois tudo o que eu fiz foi por amor. Enquanto ele estava fazendo por vingança, e pela raiva que ele tem por mim. 

May acabou levando alguns conjuntinhos de lingerie rendados, enquanto Belinda levou o vermelho e azul que eu tinha amado. Com certeza ela iria usar para o Christopher. Por que isso me  incomodava tanto? Droga! Preciso tentar enfiar em minha cabeça teimosa, que Christopher nunca será meu por inteiro. E sim pela metade, caso eu aceite sua proposta ridícula. Coisa que eu jamais iria fazer. 

Depois dali, fomos em mais duas lojas, uma que vendia bolsas e sapatos, e outra que vendia roupas. Belinda comprou três vestidos longos, enquanto eu e as meninas, compramos três saias de cores diferentes. 

Após andarmos mais um pouco entrando em algumas lojas, resolvemos parar na praça de alimentação para fazer um lanchinho, já que o estômago estava em sinal de alerta.  Optamos por uma lanche mais saudável, e resolvemos pedir o da subway. E logo após cada uma preparar o seu, fomos para a mesa comer.  Terminamos de lanchar conversando vários assuntos, inclusive sobre os quartebacks da faculdade. E nessa eu descobri que May já tinha ficado com a metade do time. Essa aí realmente não perdia tempo. 

— Meninas adorei o passeio, deveríamos marcar mais vezes o que acham? 

— Vamos sim May. — Sorri  genuinamente. 

— Viu Bel, a Dul gostou, agora não tem motivos para a senhorita desmarcar toda vez que combinamos de ir ao shopping juntas. 

— Até parece que a última vez fui eu né dona Maitê. 

Fuzz e eu nos entre olhamos, enquanto observamos as duas batendo boca de quem deu furo para ir ao shopping ou não. 

— Ok, as duas combinaram e deram furo uma na outra, mas agora eu acho bom pararem com essa discussão no meio do Shopping, pois tem gente olhando para vocês. 

Seguimos até a porta de entrada que era automática, e Belinda se afastou de nos pegando o celular que estava dentro da bolsa. Provavelmente ele iria ligar para aquele imbecil metido a gostosão vim nos buscar. 

Passado 20 minutos, o imbecil chegou e estacionou o seu carro em frente a entrada do shopping, o idiota saiu de dentro do carro, cumprimentando Belinda com um selinho, e passou  por mim piscando seu olho direito. Safado! Realmente esse cara não me deixaria em paz até eu aceitar essa proposta absurda dele. Mas vai ficar porque eu permanecerei firme até o fim. Repetiu o mesmo ato abrindo a porta do carro para nos duas, e acomodou no banco do motorista. 

Durante o caminho até o apartamento ele ficou me encarando pelo retrovisor vez ou outra. A cara de pau dele era tão grande, que ele não estava nem aí se a Belinda visse aquilo ou não. Mas sorte a dele que ela estava mexendo em seu celular. 

  Assim que Christopher estacionou o carro em sua vaga na garagem do prédio, Belinda saiu com as sacolas, dizendo para ele não demorar tanto. E eu fiz o mesmo, mas ele segurou em meu pulso com uma certa possessividade.

— Você fica Dulce. Nos dois precisamos conversar.

Olhei para sua cara cínica, e não aguentei ver tanta prepotência e arrogância em uma só pessoa. Sério que esse babaca queria insistir naquela sua proposta ridícula. 

— Conversar o que Christopher? Eu não tenho nada pra conversar com você. 

— Tem certeza garota? 

Tentei desvencilhar-se de suas mãos, mais infelizmente foi impossível. Pois ele apertou ainda mais o meu pulso. 

— Você está saindo com aquele *Fdp? Eu já disse para você ficar longe dele porra! Quando quebrar a cara, não vem chorar pedindo ajuda a mim, pois eu a deixarei se ferrar. Porque eu estou te avisando desde o começo. 

— Estou saindo sim. E não irei ficar longe dele por sua causa. E pode deixar que isso não vai acontecer sabe porquê? Porque o Jean é um milhão de vezes melhor do que você. — Cuspi as palavras de forma grosseira. — Agora dá para soltar o meu braço e me deixar em paz. 

— Escuta só uma coisa que que eu vou te dizer garota. Eu não irei facilitar as coisas para você entendeu. 

— Você está me ameaçando Christopher? 

— Entenda como quiser garota. 

Soltou o meu pulso, e tirou a chave da ignição, jogando em meu colo, e antes de abrir a porta do carro disse:

— Quando sair fecha tá. 

Bateu a porta do carro com força.

— Grosso! 

Gritei com toda a raiva e ódio que eu estava sentindo por esse babaca, e peguei a sacolas saíndo do carro. E logo após disparar o alarme, caminhei até o elevador. 

  Continua...