Fanfic: Conquistando o Uckermann (Concluída) | Tema: Vondy- Hot

Christopher 

Acordei as sete da manhã, com a porcaria do despertador, berrando em meus ouvidos. Merda! Por que Belinda insistia em usar essa coisa barulhenta, e tão ultrapassada? Já que poderíamos muito bem comprar um despertador digital. Mas fazer o que quando sua namorada, tem um apego tão grande por causa de um valor sentimental, que o mesmo tinha. Pois ele fora de sua falecida avó. Mesmo reclamando baixo, levantei, para ir ao banheiro. Quando olhei o meu reflexo no espelho, senti uma leve tontura, e a minha visão embaçar um pouco. Segurei na pia para tentar ficar de pé, já que as minhas pernas estavam falhando, e chamei Belinda, que imediatamente apareceu no banheiro, e segurou meu braço, mostrando uma certa preocupação em seu rosto.

— O que está acontecendo com você meu amor? 

— Belinda eu não estou passando muito bem, será que você pode me ajudar a caminhar até o quarto? 

Segurou em meu braço, e apoiou em seus ombros, tentando me ajudar a sair dali. 

— Chris eu preciso que você me ajude. Consegue fazer isso? 

— Consigo. — Respondi tentando caminhar até o quarto, mesmo as minhas pernas não me obedecendo.

— Amor fica deitado que eu vou pegar um pouco de água com açúcar para você. 

— Não Belinda! Pega o sal, e o açúcar, e também o aparelho de medir pressão. Pois eu tenho certeza que isso deve ter sido uma queda de pressão.

—  Mas Chris, eu não sei mexer nesse negócio! — Exclamou espantada.

— Mas você não vai precisar fazer nada, já que ele é digital. A única coisa a se fazer, e colocar no meu pulso esquerdo, e apertar um botão.

— Então, aonde ele está?

— Na bolsa que eu levo para o estágio.

Observei ela abrir o meu lado do Guarda roupa, e pegar a bolsa, tirando de lá o aparelho de medir pressão. 

— E agora, o que eu faço?

Expliquei a ela, como fazia, e observei a mesma colocar em meu pulso esquerdo, e fechar o velcro.

— Ele faz esse barulho estranho mesmo?

— Sim.

Assim que o aparelho inflou no meu pulso e encolheu de novo, vi o resultado aparecer na tela.

— E ai amor, está tudo bem? 

— Mostrou-se um tanto aflita.

— 9/8, eu sabia, minha pressão estava baixa. Provavelmente aquela hora em que eu quase cai no banheiro, ela deveria está abaixo de 9/6.

— E o que isso quer dizer?

— Quer dizer que se eu não te chamasse, eu teria desmaiado.

— Mas ainda bem que você me chamou antes. E porque isso aconteceu? Christopher você precisa ir ao médico para ver isso. 

— Não se preocupe Beli, pois isso pode acontecer devido ao ficar muito tempo em jejum, ou por causa do calor. 

— Entendi. Mas você comeu ontem a noite? 

— Comi. 

— Tem certeza? 

— Sim. 

— Olha lá hem, vou acreditar em você. 

— Então, agora falta você pegar o açúcar e o sal né.

— Desculpa, e que eu já ia me esquecendo.

Coloquei os braços embaixo da cabeça, enquanto observava Belinda caminhar em direção a cozinha. Alguns minutos depois ele retornou, segurando duas tampas pequenas, juntamente com o copo de água, provavelmente em uma tampa, deveria ter açúcar, enquanto na outra sal. 

— Bê, agora toma um pouco disso daqui para você melhorar. 

Ela encheu a pequena colher de açúcar e me entregou. Enfiei aquilo na boca, para depois colocar a de sal. Sorte que o ventilador estava em cima de mim, enquanto meus pés estavam levemente inclinados. 

— Obrigada meu anjo! 

— Agora fica aí que eu vou tomar um banho, depois eu vou ver se a Dulce acordou, pois se deixar ela perde a hora. 

Bela hora para ela mencionar o nome dessa garota. 

— Tudo bem vai lá. Ah é outra, assim que você acabar de tomar um banho, não se esqueça de me chamar. 

— Está bem Ursinho cheiroso. Agora trate de se recuperar ok. 

Grudou seus lábios nos meus, beijando-me carinhosamente, e logo após saiu do quarto com a toalha e a roupa em mãos. 

Minutos após ficar imerso em meus pensamentos, que infelizmente aquela garota habitava a maior parte deles, Belinda entrou no quarto, secando o cabelo. 

— Está melhor Chris? 

— Me recuperando.

— Então, pode ir lá, que o banheiro está desocupado. Aproveita, antes que a Dulce entre. E você sabe o quanto ela demora. 

Levantei da cama, e peguei minha toalha que estava pendurada na guarda da cama, caminhando para o banheiro. Fiquei aproximadamente dez minutos embaixo do chuveiro com a água morna caindo sobre o meu corpo, e logo após vestir a calça e a camisa branca, que fazia parte do uniforme do meu trabalho, sai do banheiro, e encontrei Belinda na sala terminando de colocar as suas coisas na bolsa. 

— Chris vou preparar o café, enquanto termina de se arrumar tá bom? 

— Uhum. 

Voltei para o quarto, para pegar minha bolsa, e o meu material de trabalho, e quando retornei a sala, encontrei Belinda e Dulce sentadas no sofá. Cumprimentei ela por educação, e segui até a cozinha para tomar café, já que quando estava no quarto, senti o cheirinho do mesmo. E mesmo estando na cozinha não pude evitar de escutar um pouco do que as duas conversavam, já que o apartamento era totalmente pequeno. 

— Dormiu bastante né nega. 

— Bastante uma ova, estou acordada desde as 6 e meia da manhã. 

— Sério! Vou fingir que acredito. Até parece, você saiu do quarto as 7 e meia, e agora são oito e quinze. Nem sabe mentir Dulce. 

— Engraçadinha, se quer saber, eu estava terminando de fazer as atividades de literatura inglesa 3, pois eu tenho que entregar isso hoje. E outra além disso tem um trabalho valendo 5, se eu não fizesse, iria me ferrar nessa matéria. 

Se tinha uma coisa de que eu não podia falar mal da Dulce era em relação aos estudos, pois ela sempre fora muito estudiosa. 

— É assim que tem que ser maninha estudiosa e dedicada para encher os nossos pais de orgulho. 

— Caralho Belinda! Você sabe que eu detesto quando aperta minhas bochechas dessa forma. Droga será que você não ver que isso machuca. 

— Você é muito sensível garota. 

— Sensível eu, então deixa eu apertar as suas da mesma forma que fez com a minha. 

— Aí não. 

— Tá vendo. 

— Credo Dulce! Por que você está tão nervosinha? Tá de TPM é? 

— Com licença sabe, eu vou ligar para o Jean. 

Quando escutei o nome desse babaca sair de sua boca, senti meu sangue ferver, e a raiva crescer dentro de mim. Será que essa garota era surda, ou só fazia isso para me irritar? O que custava ela se afastar daquele imbecil?! 

— Hum o Jean! Então quer dizer que o negócio entre vocês está ficando cada vez mais sério. 

— Ainda não, mas quem sabe com o tempo. 

Chega dessa porra! Virei o resto do café, e coloquei na pia caminhando até a sala. Pois no que dependesse de mim, Dulce não iria ficar com esse cara, pois eu não iria deixar ele estragar a vida dela como fez com a da Kate. 

— Que cara é essa Christopher? 

Belinda me encarou desconfiada. 

— Eu vou pegar as minhas coisas no quarto tá bom. 

— Tranquilo. 

Sentei no sofá vendo ela caminhar até o quarto, enquanto escutei a risada de Dulce ecoar em meus ouvidos, provavelmente ela deveria está falando no celular com aquele babaca. 

" Ah sim pode claro. Obrigada Jean você e um amor. 

Amor! Aí já é sacanagem! 

Observei ela surgir na sala ainda pendurada no celular com um sorriso patético em seu rosto, enquanto caminhava de um lado para o outro completamente alegrinha. Será que ela estava gostando desse babaca? Não pode ser. 

" Até daqui a pouco beijinhos Jean. Ah vou te esperar na portaria. Outro. 

Caralho! Agora deu para ficar mandando beijinhos pra esse imbecil. Porra! Por que essa garota tinha um dom de me irritar? Encarei ela de forma séria assim que a mesma tinha acabado de desligar o seu celular, e observei ela desviar seu olhar do meu saindo da sala. Agora deu pra me ignorar. 

Levantei do sofá puto, e apressei Belinda para irmos logo, já que a mesma estava demorando por demais. 

— Calma Christopher! Por que você está tão estressado? 

— Porque eu tenho que chegar cedo e isso. 

— Tudo bem, mas não precisava ser grosso dessa forma Christopher. 

— Então vamos. 

Peguei minhas coisas, e fui caminhando até a porta da sala, enquanto Belinda se despediu da Dulce em alta voz, ou não. 

— Já estamos indo, você vai querer uma carona? 

— Não obrigada, eu vou com o Jean. 

Jean, Jean, sempre esse idiota. Droga! Eu tenho que parar de ser imbecil e ficar alertando ela, já que a mesma nunca me ouvia. 

Logo após que eu entrei no carro, e liguei o mesmo, arranquei com ele até a faculdade, descontando toda raiva e fúria na direção, enquanto Belinda que estava sentada ao meu lado, me olhou completamente assustada. 

— Se eu soubesse que você estava de mal humor hoje, nem teria vindo contigo, e sim com a Alyssa. 

— Então porque não foi hem?- Fui rispido. 

— Nossa quanta grosseria Christopher! Credo! 

Virou de costas para mim, encarando a janela, enquanto eu apertei minhas mãos no volante, e meti o pé no acelerador pisando fundo até chegar ao campus. 

Continua...