Fanfic: Conquistando o Uckermann (Concluída) | Tema: Vondy- Hot

Belinda

Hoje estava completando três semanas que a Dulce tinha saído aqui do apartamento, e que também não nós falávamos. Precisava ligar para ela, e saber como estavam as coisas, já que eu passei parte dessas três semanas ocupada com as provas do semestre, e também os trabalhos, que não foram poucos. Até viagem nós fazemos no meio da semana quando fomos a uma empresa de moda, que era muito famosa em New York. A H&S fashion, para ver como funcionava, a empresa, e também as criações do famoso estilista Christian Chávez.

E como se já não bastasse, logo após ficar quase uma semana fora de casa, eu acabei encontrando o Christopher, deitado na minha cama assim que cheguei em casa. Mas que folga!

— Eu posso saber o você está fazendo deitado na minha cama?

Cruzei os braços na altura do peito, enquanto o encarava de forma seria. E ele que estava deitado de bruços com a cabeça virada para o lado esquerdo, virou o seu corpo, e esfregou o olho olhando diretamente para mim.

— Bom dia! Eu não sabia que você iria chegar tão cedo. Para mim você só iria estar aqui a tarde. Que horas são? —Ele perguntou sentando na cama.

— Vai dar oito horas. — Olhei no meu relógio de pulso, que eu tinha comprado no Brooklyn.

— Ih caramba! Estou mega atrasado, tenho uma paciente marcada para as oito.

Ele levantou depressa, e pegou a toalha que estava pendurada na  arara de madeira e saiu  correndo para o banheiro.

— Depois eu te explico o porquê de eu ter dormido aqui.

— Eu acho bom mesmo tá Chistopher.

Olhei para a cama toda bagunçada, e passei a mão sobre ela, antes de sentar. Tirei as sandálias e aproveitei que Christopher estava no banheiro, para tirar a roupa e colocar o roupão. Já que depois que ele saísse, eu iria tomar um banho para tirar a inhaca da viagem. Deitei na cama, e comecei a pensar em tudo que  aconteceu na minha vida, nesse quase um mês que passou. A traição de Christopher, que não foi a primeira, e a mudança repentina da Dulce, juntamente com a história que ela me contou da qual eu não tinha engolido até hoje. Com certeza aconteceu algo com ela e o Christopher, da qual ela não quis me contar. Mas eu iria descobrir o motivo dessa briga, a se ia. Estava desconfiada deles há tempo, principalmente depois daquele dia em que os dois chegaram juntos em casa.

Ainda distraída com os meus pensamentos, eu acabei levando um susto, quando Christopher cutucou o meu pé.

— Ei já desocupei lá. — Ele piscou.

Christopher não tinha jeito, como era instente. Só que dessa vez não vai ser igual a outra, pois eu não vou perdoa-lo, e nem tampouco reatar o namoro.

— Como sabe que eu quero usar o banheiro?

— Eu te conheço Belinda. Afinal são vinte e dois anos de convivência.

Ele bateu na minha coxa, e depois piscou novamente. Abusado!

— Agora eu quero saber o que você estava fazendo deitado na "minha cama"? — Enfatizei.

— Então... — Ele coçou a cabeça. — E que ontem eu sai com o Poncho, e acabei bebendo além da conta, e como eu não estava bem, errei de quarto.

— Entendi. E outra, o que  está fazendo no meu quarto, se você tem o seu.

Levantei, e fiquei de frente para ele, com as mãos na cintura.

— Me desculpa, e falta de costume sabe. — Ele riu, enquanto eu permaneci seria.

— Eu acho bom você se acostumar com o seu novo quarto, porque daqui para frente as coisas funcionaram dessa forma. Viveremos aqui até nos formamos, e depois cada um segue a sua vida ok. E tem mais, nada de trazer nenhuma vagabunda para cá ok.

— Que vagabunda Belinda? Olha eu não tenho ninguém estou sozinho.

— Você entendeu Christopher, portanto sem cinismo ok. Eu quis dizer os seus "casinhos". — Dei ênfase novamente.

— Que casinhos Belinda? Se for sobre aquela moça, eu nunca mais vi ela, e muito menos me encontrei. 

— Tá bom Christopher. Chega ok! Vai para o seu quarto "agora".

Apontei o indicador para a porta, e ele pegou a sua blusa que estava no chão saindo. Peguei uma toalha limpa dentro do armário, e fui tomar um banho. Quando eu sai do banheiro, Christopher já tinha saído. Graças a Deus! Pois só ele e eu sabíamos o quanto estava sendo difícil ter que conviver embaixo do mesmo teto que Christopher. Ainda mais depois de tudo que aconteceu.

E como hoje não teríamos aula, por conta da viagem, Alyssa, Maitê e eu combinamos de fazer algo juntas. Então eu liguei para Alyssa que atendeu no terceira chamada.

— Oi miga, já estou pronta. E ai está a caminho?

— Sim, e que eu passei primeiro para pegar a May. Ah e a Fuzz também vem com a gente. Pois ela só terá aula na parte da tarde.

— Ok, então eu estou aguardando vocês. Beijos!

— Outro.

Ela encerrou a chamada, e eu aproveitei, para retocar mais um pouco da maquiagem, pois eu não tinha gostado da cor do batom que eu também tinha comprado no Brooklyn juntamente com o relógio. Depois eu resolvi descer, para esperar por elas lá embaixo.

— Amiga, quanto tempo. — Alyssa riu logo após me abraçar.

— Sim, desde hoje pela manhã. — Rimos juntas.

— Palhaça!

Ela deu um tapa de leve no meu ombro.

— E ai doida. Como estão as coisas?

Virei a cabeça para trás olhando para Fuzz.

— Bem, e corrido como sempre. — Ela riu.

— E o Eddy? — Levantei às sobrancelhas sugestiva, enquanto May revirou os olhos.

— Estamos bem.

A sua cara não me convenceu.

— Bem Fuzz?!  Esse cara voltou para ex dele, e você diz a Belinda que está tudo bem. Me poupe. — Maitê pronunciou revoltada.

— Sério! — Fiquei surpresa. Não era possível que todos os homens fossem iguais. Todos cretinos.

— Sim, e agora ela está aí chorando por causa daquele idiota. E tem mais...

— Chega Maitê!

— Chega nada Fuzz, porque não fala para elas,  que você aceitou ser amante daquele imbecil. Que só quer continuar te usando como sempre fez.

— Maitê para com isso ok.

— Cê tá brincando amiga? — Perguntei incrédula. Pois jamais imaginaria que a Fuzz prestaria a um papel desses.

Ela abaixou a cabeça, parecendo envergonhada.

— Aceitei. Por favor não me julga, eu só fiz isso por amor.

— E por burrice também. — Maitê a provocou.

— Chega Maitê! Para de continuar me criticando como sempre faz. Duvido   se você estivesse no meu lugar.Com certeza faria o mesmo.

— Ah não faria não. Eu no seu lugar já teria mandado esse idiota do Eddy passear a muito tempo.

— Já acabou a discussão de vocês duas ai atrás?

Alyssa perguntou logo após parar no sinal que estava fechado.

— Sim. — Fuzz respondeu olhando para a janela, e eu voltei a olhar para frente.

— E por falar em discussão, como foi voltar para casa, e encontrar com babacão novamente após quase uma semana? Ele implorou para voltar com você novamente, ou dessa vez te esperou com o café da manhã pronto? — Alyssa apertou o volante, enquanto dava a partida em seu veículo.

— Nem um e nem outro. A única coisa que aconteceu, foi ter encontrado ele jogado na minha cama.

— Que abusado! Eu não acredito que depois de tudo que ele fez contigo, ainda teve a audácia de invadir a sua privacidade novamente.

— Sim Christopher e abusado irônico, e as vezes sonso. Esse é o grande defeito dele. E de uns tempos para cá infiel.

Olhei para a janela, observando as casas, enquanto passávamos por uma avenida que era bem movimentada.

— E as fotos dele com aquela vadia que eu te enviei, ainda está no seu celular?

— Não, eu apaguei aquela merda.

— Por quê?

— Porque sim. Eu e que não ia ficar com mais uma prova das infidelidades de Christopher aqui.

Alyssa dobrou o carro na rua em que dava para o shopping.

— Amiga, me diz uma coisa. E a sua irmã, já conseguiu descobrir o motivo dela sair lá do apê de vocês assim do nada?

— Não, como eu te falei quando estávamos no avião, já tem três semanas que eu não falo com a Dulce. Estava até pensando em depois daqui dar uma passadinha lá nos alojamentos para falar com ela.

— Por que você não liga para ela? — Alyssa sugeriu.

— Porque o celular da bonita só vive desligado.

— Ah sim.

Ela colocou o carro na vaga próximo a porta de entrada do shopping, e depois de todas nós sairmos, fomos direto para a parte onde ficava o cinema. Compramos um balde imenso de pipoca, e um copo enorme de refri, e depois fomos assistir o filme a Culpa e das estrelas. Pois já estava na hora, e como Alyssa tinha comprado os ingressos pela internet, não precisamos enfrentar fila.

Depois de assistirmos o filme de quase uma hora, de pura lição de amor verdadeiro, do qual eu já estava desacreditada, nós fomos as compras. Mais a Alyssa, porque as meninas e eu só ficamos ajudando ela na escolha dos looks.

( ####)

— Meninas vocês vão querer subir comigo, ou ficar no carro?

Eu perguntei me preparando para abrir a porta do veículo, logo após Alyssa estaciona-lo  em frente ao alojamento feminino.

— Eu vou com você Beli. Adoro um bate boca entre irmãs. — Maitê pronunciou toda entusiasmada.

— Maitê menos por favor. — Fuzz pronunciou segurando no braço dela.

— Menos o que Fuzz? Vai dizer que você não adora uma treta.

— Que treta gente? As duas não estão brigadas. Só um tempo sem se falar. — Alyssa botou moral. — Eu vou com vocês também amiga. — Ela tocou no meu braço. — E você Fuzz, vai ficar aqui no carro, ou vai vim com nós três?

— Eu vou com vocês só para não ficar sozinha aqui no carro.

Então todas nós saímos do carro, em direção a entrada do alojamento. Mas ao passar pela pequena recepção que tinha ali, nós fomos barradas por uma moça baixa de cabelo castanhos que ficava na altura dos ombros.

— Para onde  estão indo?

— Então estamos procurando pela Dulce. Ela é minha irmã, e está morando aqui.

— Qual é o sobrenome dela?

— Espinoza Savinom. — Respondi observando ela mexer no computador.

— Encontrei ela aqui. Só por precaução ligaremos para ela perguntando se pode autorizar a subida de vocês.

— Ok.

— O que ela disse? — Alyssa perguntou um tanto curiosa.

— Que vai entrar em contato com ela, para autorizar a nossa subida.

— Ah sim.

— Então falei com ela, que autorizou. O quarto dela e o 205. Assim que chegarem no segundo andar vocês vão virar para direita a terceira porta.

— Sim. Muito obrigada.

Agradeci a moça, que sorriu de forma simpática, e segurei no braço de Alyssa em direção as escadas, enquanto Maitê e Fuzz nos seguiram.

Quando cheguei ao quarto, eu bati na porta três vezes, enquanto Fuzz roeu as unhas, pois essa era uma mania que ela tinha quando ficava nervosa ou ansiosa.

— Quem é? — Escutei a voz dela que perguntou antes de abrir a porta.

— Só eu Dulce a Belinda.

Uma Dulce totalmente descabelada, e com a cara de quem tinha acabado de acordar abriu a porta.

— Oi Beli. Eu não sabia que estava acompanhada. Para mim você estava sozinha.

— Oi mana. — Beijei o seu rosto. — Elas podem entrar comigo também?

— Claro.

Alyssa a cumprimentou com um sorrisinho, e Fuzz e May fizeram o mesmo.

— Quanto tempo menina. Bonitinho o quarto que você está morando.

May disse olhando para todo o ambiente.

— Nisso eu tenho que concordar. — Alyssa também resolveu pronunciar. — Eu achei que os quartos do alojamento, fossem mais como eu posso explicar.

— Feios, e cheios de mofo. — Eu completei já sabendo o quanto a minha amiga era fresca.

— Que isso! Eu já morei no alojamento antes de dividir o apê com a May, e posso garantir que foi o melhor local em que já fiquei.

Fuzz disse sentando na outra cama próximo a janela, que deveria ser da tal amiga da Dulce.

— E a sua amiga onde está? Eu perguntei sentando ao lado dela na cama, enquanto May e Alyssa sentaram nós dois banquinhos que ficavam próximo da cama de sua amiga.

— Está na biblioteca. Por quê?

— Por nada.— Bati no seu joelho. — E você não foi a aula hoje por quê?

— Porque eu só vou ter aula hoje a tarde.

— Ah sim.

— Beli, nós vamos dar uma volta aqui pelo campus, se precisar e só ligar.

Alyssa disse logo após levantar do banco ao qual estava sentada. E May e Fuzz fizeram o mesmo. Eu acho que ela deve ter se tocado, que nós duas precisávamos ficar a sós para esclarecer algumas coisas.

— Está bem.

Elas sorriram para Dulce e depois caminharam até a porta do quarto. Depois que elas saíram, eu levantei da cama, e peguei o banquinho ao qual Alyssa estava sentada.

— Então Dulce você já deve saber o motivo de eu estar aqui? — Negou.
— Tudo bem, eu preciso que você seja sincera comigo. O que aconteceu, para você ter saído do apartamento assim do nada? Eu não acreditei naquela história que me contou, eu sei aconteceu algo com você e o Christopher, do qual não quer me contar estou errada?
Fui direta com ela, que arregalou os olhos parecendo assutada.

— Men- tindo. — Gaguejou. — Porque eu haveria de mentir para a  minha própria irmã.

— Não sei. E que desde aquele dia em que os dois chegaram juntos em casa, você  anda estranha. Você sabia que Christopher estava com aquela vagabunda? Sabia Dulce? Sabia que ele estava me traindo com ela? Há quanto tempo isso estava acontecendo? Ele te ameaçou se caso você quisesse contar para mim? Foi por causa disso que no dia da sua mudança, Christopher não quis despedir de você? Por os dois estarem brigados? Anda me diz? Eu preciso saber a verdade. Isso está martelando há dias aqui na minha cabeça.

Ela levantou da cama, e andou de um lado para o outro, enquanto passava a mão sobre o cabelo.

— Por favor Belinda, eu não estou sabendo de nada. E jamais eu acobertaria uma traição vindo do próprio namorado da minha irmã, caso eu soubesse.

Continua...