Fanfic: Conquistando o Uckermann (Concluída) | Tema: Vondy- Hot

Christopher 

- Sim, ele vai pagar por tudo. Mas precisamos agir com calma. 

Na boa, essa calmaria do Poncho as vezes me irritava. 

Olhei para trás, e observei Dulce olhando pela janela do carro em movimento. O seu olhar triste apertou meu coração. Eu tenho fazer aquele crápula pagar. Ah se tenho. 

- Obrigada!- Dulce agradeceu logo após Poncho parar o carro em frente do alojamento. - Christopher eu jamais poderia imaginar, que em algum dia você fosse me ajudar. Muito obrigada! - Ela sorriu com os lábios entreabertos. 

- Não precisa me agradecer Dul. Eu faço qualquer coisa para te ver bem. 

Também sorri da mesma forma. 

- Então Boa noite! 

Antes dela abrir a porta para sair, eu segurei em seu braço. 

- Dul. 

- O quê? 

O seu olhar mudou de triste para sereno. 

- Posso te pergurtar algo? 

- Claro.

- A sua amiga está ai?

- A Anne? 

- Sim.

- Não, ela foi na casa da prima. 

- Entendi . Poncho leva o meu carro com você, que eu vou ficar com a Dulce até a amiga dela chegar.

- Christopher eu te agradeço, mas não precisa. 

- Precisa sim. - Segurei na ponta do seu queixo, para que ela pudesse olhar para mim, já que ela tinha desviado o olhar para baixo. - Eu não vou deixar você ficar aqui sozinha com aquele cara solto por aí. Com certeza ele vai vim atrás de você. E comigo lá, ele não vai fazer nada porque eu vou te proteger. 

Acariciei o seu braço, enquanto ela me encarou com um certo brilho em seu olhar. 

- Então tá. Bom eu jamais imaginei que em algum dia da minha vida, você fosse se importar comigo. Mas você me surpreendeu. 

Desviou seu olhar novamente para baixo. Pqp! Por que isso estava mexendo tanto comigo? Mas que merda! 

- E ai, já acabaram com o flerte? - Poncho me despertou do meu pequeno transe. - Christopher já decidiu o que vai fazer? 

- Eu vou ficar com a Dulce, pode ir que depois eu passo lá no seu apê para buscar o meu carro. Tchau. 

Abrimos a porta do carro juntos, e saimos. Acenei para o Poncho que buzinou, e peguei ela no colo carregando a até o seu quarto. Logo após ela abrir a porta, eu a coloquei deitada na cama.

- Eu nem sei como te agradecer por tudo que está fazendo por mim Christopher. Confesso que eu estou surpresa. -Ela riu. - Lá no carro, eu fiquei sem graça de pedir para que ficasse comigo. Mas como você se ofereceu, eu fiquei mais aliviada. 

- Tá mais calma? - Perguntei sentando no banquinho que tinha ao lado de sua cama. 

- Sim.

- Que bom, assim eu fico mais tranquilo. Eu digo isso por causa da asma. 

- E eu sei. - Ela riu do mesmo jeitinho de quando estávamos no carro. 

Droga! Por que o sorriso dela estava mexendo comigo de um jeito tão estranho? Meu Deus! Eu sò podia estar ficando louco é isso. 

- Christopher está tudo bem? 

Por que ela tinha que aproximar o seu rosto do meu? Merda! 

- Si-Sim. Eu acho melhor você trocar essa roupa, tomar um banho, e descansar um pouco né. 

Asfatei um pouco dela, e levantei do banco, para não complicar ainda mais essa coisa estranha que estava começando a surgir dentro de mim. 

- Claro. 

Ela voltou a deitar na cama, e então eu aproveitei para olhar o seu corpo. Meu Deus! Preciso afastar esse desejo de mim. Pois a menina está passando por um momento difícil do qual ela precisa de ajuda. E seria muita sacanagem da minha parte se eu me aproveitasse disso. Resolvi desviar o olhar para a guarda da cama, e acabei vendo a minha blusa preta da qual eu achei que tinha sumido. 

- Eu não sabia que essa blusa estava com você? - Peguei ela na guarda da cama, e aproximei do meu nariz, sentindo o cheiro da Dulce nela. 

- Sim. - Ela sentou de modo que as suas pernas ficassem esticadas, e as suas costas apoiada na guarda da cama. - Ela está comigo desde o primeiro dia em que nos ficamos lembra? - Mordeu os lábios. Pqp! 

- Claro. - Pisquei.

- Eu estou usando ela para dormir. 

Acabei rindo involuntariamente.

Então era isso ela estava usando a minha camisa para dormir? 

- E é por isso que o seu cheiro está nela? Não é?

- Exatamente.

A nossa atração era tão palpável que qualquer um que estivesse aqui poderia sentir. E foi por causa disso que de modo automático, eu aproximei dela, e acariciei as maçãs do seu rosto. 

- Dul, me diz aonde está o seu estojo de higiene?

Ela apontou para o armário Marfim que ficava ao lado de sua cama. Peguei e entreguei a ela que acabou levantando. 

- Me acompanha? - Arregalei os olhos mediante ao seu pedido. 

- Eu não acho isso uma boa ideia.

Ela riu.

- Não é para você entrar comigo lá dentro seu bobinho. E pra você ficar me esperando do lado de fora. 

Como pode ser tão devassa e doce ao mesmo tempo. Meu Deus! Assim eu não aguento. 

- Claro, vamos. 

Ela pegou a toalha, e segurou no meu braço caminhando comigo até a porta. 

- Eu só te chamei para vim comigo, porque eu estou com medo do Jean aparecer. 

- Ei Dulce fica tranquila que esse cara não vai aparecer aqui. Está bem? - Apertou minhas mãos, enquanto concordava. 

- Assim espero. - Suspirou. 

- Agora vai lá tomar um banho. Sim? - Beijei a sua testa, e depois entreguei o seu estojo. 

Fiquei ali do lado de fora aguardando ela que logo após 20 minutos apareceu vestindo a minha blusa que agora era sua. 

- Penteia o meu cabelo. - Ela esticou o pente para mim. 

- Por quê ? - Perguntei estranhando sua atitude

- Porque o meu braço esta doendo.

Peguei o pente da sua mão, e comecei a pentear, mas ela afastou um pouco a cabeça dizendo: 

- Aqui não, lá no quarto. 

- Ah sim, me desculpa. 

- Não precisa se desculpar, está tudo bem. 

Ela segurou minha mão, enquanto voltávamos para o quarto. Abri a porta, e ela sentou-se na cama esticando novamente o pente para mim. E com isso eu comecei a pentear seu cabelo que estava completamente úmido. Involuntariamente encostei o meu nariz ali, e senti o delicioso cheiro de morango que vinha dele. 

- Cheirosa! - Ela virou o pescoço para trás rindo. 

- Acabou? 

- Não, sò falta desembaraçar essa pontinha aqui. - Mostrei a ela a parte que faltava. - E normal o seu cabelo soltar essa água vermelha?

- Sim e por causa da tinta. 

Virou novamente de costas para eu terminar de desembaraçar.

- Obrigada Chris! Você está sendo um anjo para mim. Eu nunca pensei que em algum você fosse me tratar dessa forma. 

Cocei a cabeça e me levantei de sua cama. 

- E as coisas mudam. - Foi a única coisa que eu consegui dizer, mediante a tudo que já aconteceu com nós dois. Foi um erro da minha parte: Sim. Mas eu não queria entrar nesse assunto justo agora. - Está com fome?

- Aham. 

- Então eu vou pedir comida em um restaurante que tem aqui perto para nós. 

Peguei o celular que estava no bolso da minha calça, e busquei na lista de contatos um que tinha aqui perto. E que ficava aberto até tarde. Pedi comida chinesa, porque tanto eu quanto ela gostávamos. Diferetemente da Belinda que odiava.

Após comermos eu sentei na sua cama, enquanto ela deitou a cabeça no meu colo.

- Estava tudo uma delícia. Eu amo comida chinesa e a minha preferida. 

- A minha também. - Continuei fazendo carinho na sua cabeça. 

- Pelo menos nos temos algo em comum. 

- Sim. 

Ela olhou para mim com um sorriso genuíno no rosto. 

- Esse carinho está tão bom, que eu vou acabar dormindo. 

- Então dorme um pouquinho, que você precisa descansar. E não se preocupe que eu vou ficar aqui até a Anne chegar. 

Ela se aninou no meu colo, e logo em seguida fechou os olhos. Aproveitei que ela caiu no sono, para procurar algo no guarda roupa que eu pudesse forrar no chão para deitar. Achei um endredom estampado, e forrei ao lado de sua cama. Depois de ficar alguns minutos olhando para o teto completamente entediado, levei um pequeno susto ao escutar a Dulce me chamar. 

- Porque você não deita aqui Chris. Ai deve está bem desconfortável né? 

Apoiei os braços embaixo da cabeça. 

- Não, aqui está ótimo. E tem mais, essa cama não cabe nos dois. Já viu o meu tamanho. - Ela riu.

- Por favor. - Fez biquinho toda manhosa. Essa era a verdadeira Dulce? Ela estava tão diferente doce meiga carinhosa. Resumindo o oposto da que eu conheço. 

- Nem vem. Porque a senhorita não aproveita para descansar mais um pouco. 

Ela virou de costas para mim, e se cobriu com o próprio lençol da cama. Também fiz o mesmo, e acabei pegando no sono. Mas quando eu estava no ápice e em um sonho totalmente louco onde eu voava pelo universo, fui despertado pelos seus gritos . 

- Não Jean por favor não mata ele. 

Ele quem? Não é possível que até nos sonhos dela esse desgracado estava. 

- O que foi Dul? - Levantei em um pulo e me sentei ao seu lado. 

- Chris fica aqui comigo. Eu tive um pesadelo horrível. Nele o Jean estava te matando com várias facadas. 

Meu Deus! Tadinha. 

Ela me abraçou tão forte que eu achei que fosse ficar sem ar. 

- Shi calma minha linda. Eu estou aqui tá bom. Fica tranquila que esse canalha não vai fazer nada. Tá bom? 

O seus olhos estavam completamente marejados. Ela estava chorando. E tudo por culpa daquele desgraçado. 

- Mais eu tenho medo. 

- Não precisa ter medo que eu estou aqui pra proteger. - Beijei sua cabeça, e ela se aninou em meus ombros. 

- Deita aqui comigo por favor? 

Não pude recusar esse pedido, por conta da sua vulnerabilidade e também fragilidade. Ela estava tão assustada que seria cruel da minha parte se eu recusasse. Então eu deitei do seu lado, vendo ela encostar a cabeça no meu peito. Começando a fazer carinho nela, pensei no quanto era difícil para mim imaginar que eu a usei matratei e também a desprezei. Sei que ela também errou, mas eu fui um canalha. Não só com ela mas também com a sua irmã. 

- Eu estou no quarto certo? 

Levei um susto com a Anahí entrando no quarto. 

- Sim. - Disse o óbvio. 

- O que você está fazendo aqui Christopher? 

Levantei da cama com cuidado para não acorda-la e me aproximei de Anahí que estava próximo da porta. Expliquei tudo a ela em voz baixa, e também pedi para que ela em hipótese alguma deixasse a Dulce andar sozinha pela faculdade. 

- Meu Deus! Eu não acredito que ela foi encontrar novamente com esse cretino depois de tudo que ele fez. - Ela disse espantada. - E não foi por falta de aviso Christopher eu falei para ela não ir, mas a sua teimosia foi maior. 

- Esse é um defeito dela a gente fala e ela não escuta. Gosta de quebrar a cara por conta própria. 

- Exatamente. 

- Então Anahí eu vou lá, senão vai ficar muito tarde. - Olhei para o relógio vendo que já iria dar 22:30. 

- Está bem. Christopher muito obrigada por ter ficado com ela. 

- Que isso! Estamos aí pro que precisar. 

Bati em seu ombro, e depois abri a porta. 

Quando eu estava a caminho do apê do Poncho que era perto do alojamento masculino, eu pensei em tudo que tinha acontecido entre nós dois. Nunca paramos para conversar como duas pessoas civilizadas, sempre tinha que ter uma provocação briga ou discussão no meio.