Fanfic: Conquistando o Uckermann (Concluída) | Tema: Vondy- Hot

Parte 2

- Jean a Tessa me convidou para a festa da fraternidade vamos?- Ela perguntou logo após sair do banheiro totalmente pronta. 

E como sempre ela estava linda. Não cansava de olhar para ela com admiração, pois eu estava tão feliz por tê-la como namorada.

- Então Melany a Tessa convidou você. Por que eu haveria de ir?

- Porque você é o meu namorado, e tem que frequentar os mesmos lugares que eu.

Ela se aproximou do sofá ao qual eu estava sentado, e beijou o meu rosto.

- Nem vem, você sabe que eu não gosto muito de frequentar esses lugares. Por mim eu fico aqui de boa jogando videogame. Sem problemas. 

- Aí gatinho! Por favor?! - Ela sentou no meu colo, e me abraçou. Para logo após encostar os lábios em meu pescoço. 

- Ah não Mel. Eu não quero ir, então por favor não insista. 

Ela levantou rapidamente do meu colo, e em seguida bufou completamente irritada. 

- Credo Jean! Você parece um velho sabia. Mas tudo bem não tem problema, eu vou sozinha. Ah melhor, vou ligar para o Tony vim me buscar. 

Tony era o seu melhor amigo, e eu não gostava desse cara, pois ele fazia questão de ficar o tempo todo grudado nela. 

- Esse cara de novo Melany?! Sério! Você sabe que eu não gosto de vê-los juntos. Por que faz isso Melany? E para me irritar não é? 

Cruzei os braços na altura do peito, enquanto eu a observei sentar na outra poltrona que tinha aqui na sala. 

- Você sabe que o Tony é o meu melhor amigo Jean. Eu não sei porque o ciúmes. 

- Amigo?! Que fica grudado o tempo todo com você. Parece que ele é mais namorado seu do que eu. 

- Mas ele não é meu namorado gatinho. Você é que é. Então para de colocar coisas nessa sua cabecinha que nem existe tá. - Ela novamente sentou no meu colo, enquanto beijava o meu rosto. - Então me dá um dinheiro para eu comprar umas bebidinhas lá festa. - Ela passou a mão sobre o meu cabelo, enquanto me dava outro beijo no rosto. E eu tirei duas notas de cem dólares do bolso, já que eu tinha esquecido de colocar na carteira. - Só isso Jean. Eu preciso de quinhentos meu amor. Já que lá as coisas são muito caras. 

- Quinhentos?! Então pega a minha carteira em cima da estante fazendo um favor.

Ela levantou rapidamente do meu colo, e voltou com um sorriso largo nos lábios, voltando a sentar novamente nas minhas pernas. 

- É por isso que eu te amo gatinho. Pois você é tão bom para mim. - Ela encostou seus lábios nos meus me dando um selinho e depois afastou-se. - Meu lindo olha só, eu vi uma bolsa maravilhosa quando eu fui ao shopping com a Tessa. Mas acontece que a mesada que os meus pais mandaram esse mês já acabou, e eu estou sem dinheiro para comprá-la. E como está chegando o dia de Valentiny's Day, bem que você poderia me presentear com uma. 

Ela fez aquele biquinho que eu conhecia perfeitamente bem. 

- É quanto é que essa bolsa? 

Perguntei já sabendo o quanto ela encheria o meu saco, enquanto eu não desse o dinheiro para comprar essa bendita bolsa. Pois Melany era assim insistia até não poder mais. E mesmo não querendo dar dinheiro a ela para comprar essas bobagens de mulher, Melany acabava me ganhando na cama. Se é que vocês me entendem. Então eu dava o dinheiro só para ver a sua carinha de felicidade. Pois isso era tudo pra mim. 

- Cinco mil dólares. 

Acabei arregalando os olhos com o valor. Mas que bolsa cara! Deveria ter um ouro de 18 quilates lá dentro para ser esse valor só pode. 

- Então eu não tenho esse dinheiro todo agora, mas eu vou ver o que eu faço tá bom. 

- Por que não fala com seu pai gatinho? - Ela perguntou passando as mãos de forma lenta sobre o meu braço. 

- Melhor não Melany, e que ele já me deu mesada esse mês. 

- Mas já! - Ela bufou completamente irritada enquanto saia do meu colo. - Poxa, eu não acredito que eu vou ficar sem a minha prada. - Cruzou os braços na altura do peito, mostrando claramente o quanto estava insatisfeita.- Eu vou descer e esperar pelo Tony lá embaixo. Tchau.

Ela mal olhou na minha cara, e muito menos me beijou, e depois que saiu, bateu a porta tão forte, que eu achei que fosse quebrá-la. Mas como tudo nesse prédio respirava luxo, isso não aconteceu. 

Os próximos dias foram bem difíceis, principalmente em relação a nós dois, pois a Melany continuava me ignorando por causa daquela maldita bolsa. Mas ela tinha que entender que eu não estava com o dinheiro para comprá-la. E não ficar me tratando dessa forma.

- Vai continuar me ignorando por causa de uma bolsa Melany? - Perguntei a ela logo após termos chegado da faculdade. E como hoje era o dia de Valentiny's Day, eu queria que ela voltasse as boas comigo, para curtimos o final dele juntos. 

- Vou. Sabe por que Jean: Porque você me negou um pedido, e isso nunca aconteceu. Ultimamente você anda muito mesquinho e eu não estou gostando nem um pouco disso. Poxa eu achava que você me amava. Mas pelo visto não. 

Ela disse enquanto terminava de passar o batom em frente a um enorme espelho que tinha em nosso quarto. 

- Vai aonde? - Perguntei estranhando ao vê-la se enfeitar toda, para ficar em casa. Já que até agora nós não tínhamos planejado sair. 

- Sair com o Tony. 

Não era possível que em pleno dia de Valentiny's Day ela ia sair com esse cara. 

- É sério isso?! Você vai sair com esse idiota justo hoje. 

- Sim algum problema? - Ela borrifou um pouco de perfume no pescoço pulsos e também atrás dos orelhas. - Que eu saiba, hoje não é só dia dos namorados, mas também da amizade. Portanto eu vou sair com os meus amigos. 

Olhando para ela eu pensei se fiz bem ou não em tê-la chamado para morar aqui comigo, já que desde que ela tinha entrado na minha vida, a mesada que o meu pai me dava por mês, era praticamente para ela. Pois tudo que eu gastava era comprando os seus mimos que não eram nada baratos. Ainda bem que o meu pai pagava o condomínio e as contas desse apartamento luxuoso. Senão eu estaria ferrado. 

- Então é assim Melany, você realmente vai me deixar aqui sozinho no dia de Valentiny's Day, para sair com aquele cara?!

- Sim. - Ela pegou a sua bolsa vermelha que estava sobre a cama, e logo após saiu do quarto. 

Fiquei ali com cara de tacho, pensando em como faria para comprar essa bendita bolsa, e foi aí que uma luz acendeu...

Passamos o restante do mês de fevereiro, falando pelas pontas, não por minha causa, mas sim por ela que fazia questão de me ignorar. 

- A Kate vai dormir aqui em hoje, pois está tendo uma infestação de baratas no alojamento. Mas fique tranquilo que será por pouco tempo, até que resolvam o problema. 

Ela nem me perguntou se a irmã dela podia ficar aqui, simplesmente foi comunicando e pronto. E por mais que nós dois fôssemos namorados, esse apartamento não era dela, e sim meu. Então ela tinha que me perguntar. 

- Ok. Mas você deveria ter me perguntado Melany. Digo isso pelo simples fato do apartamento ser meu. 

- Te comunicado por quê? Jean ela é a minha irmã. Você queria que eu deixasse a garota na rua e isso. Sendo que esse apartamento também é meu. 

- Seu?! - Falei aquilo ainda sem acreditar na sua tamanha audácia. 

- Sim Jean. Eu não sei porque o espanto. 

Levantei do sofá, já que eu estava vendo um jogo, e fui para a cozinha beber um pouco de água. Pois a minha garganta estava seca. Logo após lavar o copo e guardá-lo no armário, eu escutei o barulho estranho na sala, e também uma voz diferente. 

- Melany. 

A voz de uma moça ecoou em meus ouvidos, e eu caminhei até a sala, vendo que era a sua irmã. 

- Olá, eu sou a Kate. Muito prazer. Você deve ser o namorado rico da Melany. - Ela deixou a sua mala próximo ao sofá, e percorreu o olhar por todo o ambiente. - Ual! Aqui é tão chique. Parece os apartamentos daqueles magnatas. 

- Olá Kate, tudo bom?

- Sim. É com você? - Ela me encarou de um jeito bem pretensioso, e eu não gostei muito daquilo. 

- Bem, então as suas malas são essas. - Apontei para uma de rodinha que estava próximo ao sofá, e a mala em cima dela. 

- Sim. Você pode levar elas para mim até o quarto em que eu irei ficar. 

Pelo visto esse abuso era de família. Já que a Melany era exatamente igual. 

- Claro. 

Como eu era gentil e cavalheiro, acabei pegando as suas bolsas, e deixando no quarto em que ela iria ficar. Já que era no corredor próximo ao nosso. Eu só espero que a Melany não seja um tanto escandalosa na hora h. Pois imagina só se a sua irmãzinha escuta as nossas intimades. Só de pensar eu já começo a soar frio de tanto nervoso. E também vergonha. 

- Sinta-se em casa. 

Por fim disse deixando as suas bolsas em um canto do quarto e fui para o meu, vendo que a Melany não estava lá. Ué! Por que ela saiu de um modo que eu não a visse? Estranho ou não, eu decidi me arrumar e ir até o shopping, pois graças a Deus eu tinha conseguido o dinheiro para comprar a bolsa que ela tanto queria. E como o aniversário dela estava se aproximando, eu iria presente lá com ela. Com certeza ela vai amar. Peguei as chaves do carro em cima da estante, e observei os olhares de Kate sobre mim. Já que ela estava sentada no sofá assistindo uma série que passava na tevê. 

- Desculpa pergunta-lo Jean, mas você vai aonde todo arrumado? Bom eu vi que a Melany não está em casa. 

- Então eu vou ao shopping... 

Ela interrompeu levantando do sofá. 

- Posso ir com você. Por favor vai deixa. Eu estou aqui sem nada para fazer. E vai ser ótimo dar um passeio com o meu cunhado. 

- Está bem. Vai ser até melhor porque assim você me ajuda escolher o presente para a sua irmã. 

- Presente?! Então quer dizer que você vai comprar algo para ela. 

- Sim. 

- O quê? - Perguntou com uma certa curiosidade. 

- A bolsa que ela tanto quer. 

- A prada. Então eu já sei até qual é, pois ela vive falando dessa bolsa. 

Ela segurou no meu braço e foi me arrastando até a porta. 

Logo após comprarmos a tal bolsa que realmente custou o valor que ela falou, nos fomos embora. 

Os dias até o aniversário da Melany passaram tão rápido, que já iria completar um mês que a Kate estava morando aqui. E por falar na sua estadia, esse problema com as baratas no alojamento estava um tanto estranho, já que eu tinha alguns amigos que tinham voltado para lá. E falando na Melany, nós ainda estávamos pelas pontas, pois ela passava mais tempo com o tal do Tony do que comigo. E tinha mais, durante esse mês algumas coisas minhas acabaram sumindo como o relógio de ouro que o Nestor me deu de presente, quando eu fiz dezessete anos, e dez mil reais que eu estava tentando juntar para não depender de mais um centavo daquele dinheiro sujo de Nestor. Aí vocês me perguntam: Como eu consegui esse dinheiro se eu não trabalho. Simples esse dinheiro foi parte da herança que a minha mãe deixou para mim, e como ela não tinha tanto dinheiro quanto o Nestor, o valor foi esse. Então eu resolvi tirar todo o dinheiro do banco e guardá-lo no cofre que que ficava no quarto. Será quê? Não, não posso nem imaginar, pois a Kate podia ser doidinha meio aérea e bastante entrona as vezes. Mas ela não tinha o perfil de ladra. 

Aproveitei que hoje era o aniversário, da Melany, e dei um dinheiro a Kate para ela cair fora do apartamento e sair com os seus amigos, pois eu queria ficar a sós com a minha princesa. Peguei o embrulho do qual estava a bolsa, e caminhei até o nosso quarto, pois tinha acabado de chegar da faculdade. Mas antes resolvi tirar os sapatos, e colocar a sandália que estava ao lado do sofá. Depois eu continuei a caminhada até o quarto, e foi então que eu escutei um barulho estranho de gemidos e abri a porta me deparando com a pior cena que um homem apaixonado pela sua amada poderia ter visto. Melany estava em cima daquele filho da puta do seu amigo. Não é possível! Eu estou vendo errado só pode. Nessa hora a raiva angústia, tristeza e decepção me consumiram. Como ela pôde fazer isso comigo? Com nos dois. 

- Jean por favor eu posso explicar. 

A vadia saiu de cima dele com a cara mais lavada do mundo, enquanto o cretino também fez o mesmo que ela. 

- Não tem explicação Melany me deixa em paz! 

Joguei a bolsa na direção dos dois que acabaram desviando. 

- Agora engole essa merda! - Esbravejei saindo dali, e ela veio atrás de mim tentando explicar o óbvio. Deus! Como eu pude ter sido tão cego ao ponto de não enxergar que a Melany só ficou comigo por interesse. Senti as lágrimas caírem pelo canto dos meus olhos, e tratei imediatamente de seca-lás com as costas das mãos. 

- Jean por favor deixa eu me explicar. 

- Eu não quero nenhuma explicação Melany, pois o que eu vi já foi o suficiente. Porra! Eu te amava Melany? Por que você fez isso comigo? Me explica! Hãn? - Falei com toda a raiva e fúria e também decepção que estavam contidos em mim. - Eu te dei tudo carinho, amor e conforto. E olha o que você fez comigo. Me traiu com esse bastardo. - Balancei a cabeça decepcionado. - Agora saia do meu apartamento, os dois, antes que eu faça uma merda. E outra eu quero o dinheiro e o relógio que você me roubou sua filha da puta Interesseira. 

- Que dinheiro? Ficou louco! Eu não roubei nada seu. - Falou com a cara mais cínica do mundo. 

- O que você roubou? Ou não sei pode ter sido a sua irmã. Já que eu enfiei duas cobras no meu apartamento. 

- A Kate?! Claro que não! Ela jamais faria esses tipos de coisas. 

- Aí eu já não posso confiar. Já que as duas são farinhas do mesmo saco. - Olhei para aquele idiota que estava atrás dela e fechei as mãos para tentar controlar a minha raiva de meter um soco na cara daquele desgraçado. - Vai embora você a sua irmã, e esse merda aí. A corja inteira que tentou roubar o meu dinheiro. 

- Não faça isso Jean, por favor eu te amo. - Ela implorou. 

- Ama porra nenhuma! Se me amasse, não faria a terça metade do que fez comigo. E outra, pessoas egoístas como você, não ama ninguém além de si mesma. - Cuspi as palavras de forma grosseira, e fui até o quarto para tirar as suas roupas do armário. Joguei tudo no chão com uma certa raiva, enquanto via ela e o Babaca do seu amante catar as peças e colocar na mala dela. 

- É isso aí. Quero vê-la fora daqui. Pega todos os seus pertences e vai embora. 

Resolvi ficar no quarto, só por precaução, até porque eu não podia confiar nessa quadrilha. 

Depois que ela pegou o seus pertences e os da irmã, eu fiz questão de abrir a porta e escurraça-la dali. 

- Se eu ver vocês colocando o pé novamente aqui nesse prédio, eu chamo a polícia. E outra pode ter certeza que isso que os três fizeram comigo vai ter troco. - Eu disse vendo a vagabunda e também o seu amante caminhando em direção ao elevador. 

Assim que eu tinha acabado de fechar a porta eu cai no chão sentado, e comecei a chorar igual no dia que eu vi a minha mãe partir naquele hospital, vítima de câncer no intestino. E por mais que aquela vadia tivesse me traído, eu ainda amava. 

Então eu vim dizer a vocês que esses capítulos que estão sendo narrados pelo Jean, será a peça chave para que vocês compreendam toda a história do porquê ele fez coisas ruins com a Kate e também com a Dulce. Sei que isso não justifica a ação dele, mas cada um tem uma forma de agir, e a dele foi essa. 

As vezes quem vê cara não vê coração. Podemos de fato nos enganar com as pessoas.