Fanfic: Conquistando o Uckermann (Concluída) | Tema: Vondy- Hot

𝑅𝑒𝑡𝑎 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙

Quase um mês depois daquele almoço, e as coisas estavam mais brandas. Tanto que os nossos pais estavam aceitando melhor o nosso namoro. Até Belinda parou de ficar nos alfinetando, já que no início foi bem difícil sobreviver as suas provocações dizendo tanto para o Christopher e eu, que relacionamento que começa de forma errada, não vai à frente. 

É como era véspera de Natal, nós estávamos todos em volta com os preparativos para festa que aconteceria mais tarde, já que os nossos pais se reuniam todos os anos para a comemorar essa data tão simbólica e importante. E por mais que nós não fossemos religiosos, eles gostavam de fazer tudo o que as pessoas religiosas fazem: Como antes da ceia, ir a igreja participar da missa de galo, e agradecer por tudo que nos foi proporcionado durante o ano. Depois que nos saímos da igreja, fomos diretamente para a casa dos meus pais, já que esse ano o Natal iria ser lá. 

De longe, observei papai empurrar o carrinho ao qual vovó estava. já que devido ao problema nos ossos ela tinha parado de andar. 

- Como você está linda minha netinha! - Ela passou as mãos no meu braço, enquanto eu observava papai sorrir e em seguida se afastar. 

- Obrigada vovó, a senhora também está muito bonita. - Elogiei ela que riu. 

- Querida! Você é sempre tão gentil e doce, cadê a Belinda? - Ela percorreu o seu olhar por todo o ambiente. Que era a sala de nossa casa. 

- Eu acho que ela está no celular falando com o namorado. 

- Namorado? Ué, o Christopher não está aqui? Como ela vai estar falando com ele no telefone? 

- Então vovó, é que agora a Belinda é o Christopher não estão mais... 

Antes de eu terminar com a pronúncia, Christopher logo apareceu ali. 

- Olá dona Laura. - Ele a cumprimentou com um abraço, seguido de um beijo. 

- Oi querido, infelizmente não deu para ir a missa com vocês, por estar com um pouco de dor. Mas aínda bem que o Fernando foi me buscar. Pois eu não estava aguentando mais ficar com aquela chata da Minie. - Ela se referiu a enfermeira que o papai pagava para cuidar dela. - Mas me diz uma coisa, como está você e a Belinda? A Dulce me disse que ela estava falando no telefone com o namorado dela, sendo que você está aqui. Isso é que eu não entendi. - Ela segurou as mãos do Christopher que em seguida olhou para mim. 

- Então dona Laura, Belinda e eu não estamos mais juntos. - Ele disse por fim, deixando a vovó completamente surpresa. 

- Como assim vocês não estão mais juntos? O que aconteceu para os dois se separarem? Me explica isso direitinho. 

Christopher olhou novamente para mim, e passou a mão sobre o seu cabelo úmido voltando a olhar para a vovó. 

- Bom dona Laura, e uma longa história, mas o que eu posso dizer a senhora, é que agora eu estou com a Dulce. 

Vovó intercalou o olhar entre Christopher. 

- Vocês dois juntos! - Ela exclamou. 

- Sim vovó. - Falei não contendo o sorriso felicidade por finalmente dizer para todos que Christopher e eu éramos namorados. Já que eu passei quase toda a minha vida sonhando com isso. Mesmo começando errado de início.

- Como isso aconteceu? Já que o Christopher namorava com a Belinda. Dulce você não fez simpatia para roubar o namorado da sua irmã não né garota? - Engoli seco com aquela pergunta um tanto inusitada da vovó, já que infelizmente parte dela tinha sido verdade. Tirando a simpatia claro. 

- Então dona Laura, não aconteceu nada disso, até porque a Dulce jamais faria esse tipo de coisa. 

Christopher foi em minha defesa, mesmo sabendo que no fundo aquilo fosse uma grande mentira. Mas foi melhor assim, pois imagina só se a vovó ficasse sabendo da verdade, aí que ela poderia ter um treco. E eu jamais iria permitir que isso acontecesse. 

- Ah sim... É o Fernando, a Blanca e os seus pais estão sabendo que os dois andam de namorico? - Ela perguntou novamente apertando a mão do Christopher. 

- Sim, todos já estão sabendo vovó. - Eu respondi torcendo para que ela parasse de nós encher de perguntas. 

- É você e a Belinda, como foi que deram um ponto final na história de vocês? E por falar em ponto final, esse envolvimento repentino dos dois está muito estranho. Pra mim isso tem cheiro de traição, ou vocês pensam que me enganam. Eu sou uma mulher vivida. Na minha juventude, eu era bastante espevitada namoradeira. - Ela deu risada. - Eu sei que vocês jovens tem um fogo que não acaba mais. Não é Christopher? - Ela acabou lançando uma indireta para Christopher que acabou tossindo. Eu acho que ele tinha engasgado com a própria saliva. 

- Ah oi dona Laura. O que foi que a senhora disse? - Pelo que eu conheço do Christopher com certeza ele estava se fazendo de desentendido. 

- Eu quero dizer, que a Dulce é uma moça muito bonita, e acabou despertando os seus instintos masculinos. Essa menina aí me puxou, pois na minha juventude, eu era exatamente assim como ela arrancava suspiros dos rapazes por onde eu passava. 

- Então a senhora não vai me julgar por eu ter feito isso? - Perguntei com um certo receio de que ela também agisse como os nossos pais. 

- Claro que não querida essas coisas acontecem. Eu também fiz exatamente igual a você na minha juventude. Roubei o seu avô da Dorinha uma prima minha. 

- Não creio que a senhora fez isso vovó?! - Fiquei espantada mediante a sua confissão. 

- Pois é... E para a maior felicidade seu avô e eu ficamos casados por quase cinquenta anos. Já que infelizmente ele partiu antes disso. 

- Esse ano seria a boda de ouro de vocês não é? - Perguntei observando uma pequena lágrima surgir no canto dos seus olhos. 

- Sim, eu sinto muito falta dele querida. - Ela disse apertando a minha mão, e também a do Christopher. - Esses dois anos sem ele tem sido bastante difícil para mim. 

- Para todos nós vovó. Eu também sinto muito falta dele. 

- Por que vocês não vão aproveitar a noite? Já olharam para o céu? Está todo estrelado, acompanhado da lua cheia. Vocês são jovens, aproveitem para namorar, e fazer algumas bobagens. - Ela piscou fazendo Christopher e eu ficar super sem graça. Pois imagina só a vovó aí não quero nem pensar. 

- Bom dona Laura, a Dulce é eu vamos seguir o conselho da senhora, e apreciar o céu. - Christopher disse por fim, enquanto segurava o meu braço. 

- Claro vão lá. - Ela sorriu, e depois Christopher foi me arrastando até o pequeno jardim que tinha na lateral da casa. Já que mamãe era igual a Tia Ale adorava uma planta. Lá tinha de tudo um pouco, desde samambaia a rena. 

- A sua avó não é nada boba. - Christopher riu, e segurou na minha mão, logo após sentarmos no banco de ferro que tinha ao lado de dois pequenos coqueiros da mamãe. 

- Sim, ela é muito esperta nem precisou nos falarmos para ela descobrir. 

- Aham. - Ele encostou os lábios na minha mão, beijando delicadamente. - Já te disse hoje o quanto você está linda. - Christopher me encarou com uma certa profundidade em seu olhar. E aquilo mexeu comigo de uma certa forma. 

- Sim, você disse exatamente o mesmo quando estávamos na igreja. - Também beijei as suas mãos. 

- Olá. - Papai apareceu ali do nada, atrapalhando o nosso momento, já que nos estávamos a um passo de nos beijar. - Filha, o papai pode pegar o Christopher emprestado? Depois eu prometo que te devolvo. 

Acabei rindo. 

- Claro. - Respondi vendo Christopher levantar dali e segui-lo. 

Aproveitei que os dois tinham ido lá para os fundos da casa, para pegar o celular da mamãe e ligar para Anne já que fazia uma semana que eu não falava com ela. 

- Mãe a senhora pode me emprestar o seu celular para eu ligar para minha amiga?

- Sim, mas fala rápido esta bem, já que as ligações daqui para os Estados Unidos costumam ser bem carinhas. 

- Claro, eu só vou desejar um feliz Natal. Antes que as linhas congestionem e eu não consigo falar com ela. 

Caminhei para sala, já que mamãe estava na cozinha conversando com tia Ale que estava terminando de preparar os seus famosos biscoitos natalinos. 

- Oi amiga feliz Natal! 

Eu disse logo após ela atender. 

- Oi Dul, Feliz Natal pra você também amiga. Me diz como estão as coisas por aí? 

- Bem graças a Deus, e aí na casa da sua família? 

- Mais ou menos, já que o chato do meu cunhado está aqui. 

- A sua irmã foi passar o Natal com os seus pais esse ano? 

- Sim, e infelizmente trouxe o maridinho folgado dela de tira colo. Juro Dulce, esse cara é um pé no saco. 

Já estava até imaginando, a forma como ela revirava os olhos. Pois ela fazia isso, toda vez que falava dele. 

- Sinto muito por você ter que aturar o seu cunhado chato. Graças a Deus, que o meu futuro cunhado não é assim. 

- Mas então o negócio está ficando realmente sério? 

Perguntou curiosa. 

- Ao que tudo indica sim. O próximo passo é ele vim aqui no México conhecer os nossos pais. 

- É por falar em conhecer os pais, os seus já aceitaram o namoro seu com o Christopher?

- Sim, até a Belinda parou de ficar nos alfinetando. 

- Sério! 

- Sim. 

- Aí que bom! Pelo menos ela está aceitando. Eu acho que o Dr Luan está ajudando ela a esquecer o Christopher. 

- Tomara, pois eu não quero passar por tudo aquilo novamente. Sabe Anne, por mais que o Christopher tenha demonstrado o quanto me ama, eu ainda me sinto muito insegura em relação a ele. 

- Normal né amiga, eu também no seu lugar sentiria o mesmo. 

- Anne infelizmente eu vou ter que encerrar a ligação, senão mamãe vai pagar uma fortuna. 

- Tudo bem amiga, o importante foi ter falado com você e te desejado um feliz Natal. Dia quinze se prepara para colocar todas as fofocas em dia. 

Ela riu. 

- Com certeza. Tchau Anne. 

- Tchau Dul. 

Logo após encerrar a ligação, eu fui até a cozinha entregar o celular a mamãe, e depois voltei para a parte lateral da casa, encontrando Belinda sentada no banco ao invés do Christopher. 

- Será que eu posso me sentar? - Perguntei assim que eu tinha me aproximado do banco. 

- Claro. - Ela respondeu seca voltando a mexer no celular. - Sabe com quem o Christopher está falando no celular nesse exato momento. - Pelo tom de sua voz, eu percebi que ela estava querendo me provocar de alguma forma. 

- Com quem? - Mesmo tentando de todas as formas evitar de cair nas suas provocações, eu perguntei só por curiosidade. 

- A Kate. Lembra dela? 

- Claro ela amiga do Christopher não é. 

- Será Dulce, se eu fosse você não acreditava muito nessa história, já que nos duas sabemos perfeitamente bem o quanto Christopher é galinha. 

- Olha só Belinda, até agora eu aguentei calada as suas provocações, eu sei que o que nos dois fizemos com você não foi certo. Mas já está na hora de, aliás passou da hora de você superá-lo. 

- Você acha que depois de tudo que o Christopher me fez, eu ainda amo ele. Está enganada maninha. Eu só estou falando essas coisas para te alertar. Eu nunca na minha vida, irei voltar para o Christopher. Quanto isso você pode ficar despreocupada, ele é todo seu. Com licença. - Ela levantou do banco indo até a parte de trás da casa. E depois de alguns segundos Christopher apareceu, sentando ao meu lado. 

- Agora eu sou todinho seu meu amor. - Christopher riu, segurando a minha mão, enquanto eu continuei encarando ele de forma seria. 

- Como foi a sua conversa com a Kate? - Perguntei por fim, tentando tirar aquela leve perturbação que insistia em me incomodar. 

- Foi boa, mas como você ficou sabendo que eu estava falando com ela? 

- Bom, a Belinda me disse agora mesmo que voces estavam conversando. 

- Estávamos. - Eu não sei porque ele tinha que achar graça de um assunto que para mim era claramente sério. - Ai Dul! - Ele continuou rindo. - Eu não acredito que você está com ciúmes da Kate, ela é só uma amiga e nada mais. 

- Uma amiga que você teve um caso. - Finalmente soltei o que estava entalado na minha garganta. 

- Sim, mas isso foi um erro Dul. 

- Um erro que você acabou cometendo. Olha só Christopher, eu só vou te pedir um único favor, eu quero fidelidade da sua parte entendeu? Porque senão...

Ele interrompeu.

- Senão o que Dulce? 

- Senão não tem mais nos dois. 

- Por que isso agora Dulce? - Ele perguntou, enquanto me encarava sério. - Eu aposto que você está agindo dessa forma, porque mais uma vez a Belinda colocou caraminholas na sua cabeça. 

- Não é culpa dela Christopher, é sim das suas infidelidades, quando ainda os dois estavam namorando. 

Acabei soltando o que estava me incomodando há semanas. 

- Eu não acredito que depois de todas as provas de amor que eu te fiz, você vai fazer isso com nós dois. - Ele balançou a cabeça decepcionado. 

- Você é que está achando isso, porque em momento algum, eu disse que queria terminar o nosso namoro. 

- Mas está jogando na minha cara o meu passado Dulce. Será que você não consegue ao menos enxergar que eu mudei. E tudo isso foi por você. Porque eu realmente me apaixonei de verdade será que você não entende isso. - Ele segurou o meu rosto com as suas duas mãos, e logo depois me deu um beijo de tirar o fôlego e quebrar o gelo de qualquer um. Suas mãos alcançaram a minha cintura, e ele puxou o meu corpo para que eu ficasse mais próximo a ele. Tanto que o próprio fez questão de me colocar sentado em seu colo, enquanto nos dois nos beijavamos de forma apaixonada. - Eu te amo! E eu só quero que você entenda isso viu. - Ele disse logo após nos encerrarmos o beijo, e grudarmos as nossas testas na outra. 

(####) 

Quando deu meia noite, nos brindamos, e desejamos feliz Natal uns aos outros, até Belinda me deu um abraço forte. Será que no fundo ela tinha se arrependido de ter me provocado novamente?! Estranho ou não, ela também fez o mesmo com o Christopher, que logo após abraçar o meu pai, pegou o microfone e começou a dizer:

- Então família, aproveitando esse momento em que estamos todos reunidos, eu queria cantar uma música para uma pessoa que se tornou alguém muito especial para mim. 

- Nesse momento os seus olhos pararam exatamente em mim. - Eu dedico essa música a você meu amor. - Ele soltou um beijo na minha direção. E eu o devolvi não contendo a alegria que estava transbordando em meu peito. - Eu te amo! - Ele disse fazendo meu coração bater ainda mais forte. 

- Eu também amo você bebê. - Desenhei no ar um coração com o meu dedo indicador, e observei papai dedilhar no violão as primeiras notas da música A Thousand Years. E Christopher me olhar de uma forma profunda começando a cantar a primeira estrofe da música, com a sua belíssima voz. 

Heart beats fast

(O coração acelerado) 

Colors and promises

( Cores e promessas) 

How to be brave

( Como ser corajoso) 

How can I love

( Como posso amar) 

When I'm afraid to fall

( Quando tenho medo de me apaixonar) 

But watching you stand alone

( Mas ao assistir você sozinha) 

All of my doubt suddenly goes away somehow

( Toda a minha dúvida de repente se vai) 

One step closer

( Um passo mais perto) 

I have died every day waiting for you

( Eu morri todos os dias esperando você) 

Darling don't be afraid

( Querida não tenha medo) 

I have loved you for a thousand years

( Eu te amei por mil anos) 

I'll love you for a thousand more

( Eu te amarei por mais mil) 

Depois que ele acabou de cantar a música, se aproximou de mim, e em seguida ajoelhou-se tirando uma caixinha de veludo preta do bolso. 

- Aceita ser pra sempre minha? Meu amor?! 

Eu não podia acreditar que ele estava me pedindo em casamento. 

- Mas é claro que sim meu anjo. Te amo! - Com os olhos completamente banhados pelas lágrimas, eu estiquei a minha mão direita para que ele colocasse o anel. 

E depois que ele levantou, acabou me surpreendeendo com um dos seus beijos apaixonados. Já que hoje ele tinha me supreendido por demais. Primeiro foi com o celular, agora esse lindo pedido de casamento.