Poncho foi para o seu quarto. Todos foram se arrumar, exceto Ucker que já estava pronto e ficou esperando na sala.
Quando Poncho acabou de se arrumar, passou pelo quarto de Cristian e chamou o amigo, que teimou em continuar deitado, mas foi vencido pela insistência de Poncho.
Alfonso desceu para o andar das meninas e se sentou ao lado de Ucker no sofá da sala.
Dulce, que já estava pronta, foi acordar Maite, uma tarefa dificil que ela não podia delegar a Annie, já que a loirinha já havia dormido mal.
Dulce entrou no quarto de Mai e viu a morena jogada sobre a cama, com o cabelo desgrenhado e a roupa curta do dia anterior, se aproximou da cama e se curvou na direção do ouvido de Maite.
Dulce: - Mai! – Cutucando o ombro dela.
Maite: - Hã!!!!! – Se revirando sem abrir os olhos.
Dulce: - Mai, você tem que acordar, a gente tem gravação hoje.
Maite: - Me esquece, Dulce Maria. – Virando para o outro lado.
Dulce: - Maite Perroni, deixa de ser irresponsável. Temos gravação hoje e o Pedro vai arrancar seu coro se você chegar atrasada.
Maite: - Ai minha cabeça!
Dulce: - Encheu a cara ontem, né?
Maite: - Não enche, Dulce.
Dulce: - Você não vai levantar não, Maite? Vai perder mesmo o emprego? Então o problema é seu. – Dulce saiu do quarto.
Maite levantou devagar, sentindo que sua cabeça pesava duas toneladas e que seu corpo doía e foi até o banheiro tomar um bom banho.
Dulce chegou à sala e se jogou ao lado de Poncho no sofá.
Dulce: - Sinceramente eu desisto.
Poncho: - Que houve, Ardillita?
Dulce: - A Maite tá com uma baita ressaca e insiste em não levantar, ainda me tratou com a maior grosseria, ainda bem que não foi a Annie que foi acordá-la.
Poncho: - Ainda bem mesmo, Dul. A Annie tá muito mal com tudo isso, a gente vê ela sempre rindo e de brincadeira, mas ontem eu vi o quanto ela tá mal.
Ucker: - Ela precisa de consolo, né Ponchito? – Ele dizia rindo.
Dulce: - Ihhh! Senti que o Poncho gostou dessa parte.
Poncho: - Vocês são um casal de babacas. – Rindo das provocações.
Nesse instante Annie chega à sala e se senta no braço do sofá, ao lado de Ucker.
Annie: - Falando de que? – Com um sorriso no rosto.
Poncho: - Do quanto Dul e Ucker são babacas.
Annie: - Ah é? – Rindo.
Ucker: - É o Poncho que tá dizendo.
Anahí: - Alguém sabe da Mai e do Pollis?
Dulce: - Annie, deixa a Mai, esquece ela. Ela tem que voltar a realidade.
Annie: - Tem razão, Dul. Mas e o Pollis?
Poncho: - Ele já levantou já deve estar descendo.
Annie: - Então vamos ver algo pra comer?
Ucker: - Falou e disse, Loira.
Já tinha suco, queijo e pão e foi isso mesmo que eles comeram, se sentaram à mesa e começaram a refeição.
Minutos depois, Pollito apareceu na cozinha com a cara amassada e um olhar triste.
Annie: - Senta ai, Pollis! Come com a gente.
Pollis: - Valeu, Annie. – Ele se senta ao lado dela.
Dulce: - Come alguma coisa.
Pollis: - Não to com fome.
Annie: - Ah, mas vai comer. Aqui... Vou preparar um pãozinho. – Pegando pão e queijo.
Dulce: - E eu já to colocando um suquinho pra você. – Pegando a jarra de suco.
Poncho: - Olha só, Ucker! Ele tá com a loira e a ruiva de uma vez só, só pra ele.
Ucker: - Esse Pollito é um fanfarrão, hein! Tá fazendo charme.
Todos riram do falso ciuminho dos meninos, inclusive Pollito que já estava até se animando.
Nesse instante Maite chega à sala, com seus óculos escuros, uma blusa preta mega decotada e uma saia jeans e todos pararam de rir para olhá-la.
Annie: - Oi, Mai!
Maite: - Bom dia, Anahí!
Anahí: - Quer comer alguma coisa?
Maite: - Não, eu to enjoada e minha cabeça tá estourando.
Annie: - Eu vou fazer um café bem forte pra você. – Todos olharam Anahí com reprovação, ela estava mimando Maite outra vez.
Maite: - Não precisa.
Anahí: - Eu insisto. – Se levantou e foi preparar o café.
Ucker: - Eu então eu também vou querer. – Rindo pra tentar descontrair.
Anahí: - Deixa de ser abusado! Se quiser, vem fazer.
Ucker: - Olha, Poncho. As garotas tão se achando as donas da casa.
Dulce: - Se achando não, amor da minha vida. Nós somos!
Annie: - É isso ai, Dulcinha. – Annie gritou da pia.
Poncho: - Elas estão se unindo.
Annie fez o café de Maite e entregou à amiga, depois se sentou pra terminar seu café da manhã.
Dulce: - Terminei. – Levantando da mesa. – Vê se não vão demorar muito, tá? – Indo escovar os dentes.
Ucker: - Também terminei. – Levantando também.
O clima estava naquela mesa. Pollito e Maite não se olhavam na cara e Annie e Poncho estavam desconfortáveis com a situação dos amigos.
Poncho: - Annie, a gente não tinha que rever aquela parte do texto? – Piscando pra Loira discretamente.
Annie: - Hum... É sim. – Levantando. – Tira a mesa pra mim, Pollito?
Pollito: - Tiro sim, Annie.
Poncho: - Vamos então. Tá lá no seu quarto, né?
Anahí: - Tá sim.
Poncho e Annie foram direto para o quarto dela, para deixarem o ex-casal Pollis em paz.
Anahí: - Você acha que eles vão conseguir conversar?
Poncho: - Isso já não é problema nosso.
Anahí: - Sei que vocês ficam bolados por eu ficar mimando a Maite.
Poncho: - Isso só é pior pra você e pra ela.
Anahí: - Poncho... – Ele já estava sentado na cama dela e ela se sentou ao lado dele. – Quando começamos com Rebelde eu estava acostumada a ter minha mãe e minha irmã mais velha sempre comigo, de repente, eu tive que vir morar longe delas e sozinha, mas logo conheci a Mai e ficamos logo intimas. Ela sempre foi minha mãezinha daqui, sempre cuidou de mim, me deu conselhos, esteve do meu lado, sempre foi a garota mais responsável do grupo, mas também a pessoa que mais compreendia meu jeito estabanado e alegre. Eu não posso ficar de braços cruzados vendo ela se tornar uma louca que eu não conheço sem ajudar, porque eu sei que se fosse comigo ela me ajudaria, mesmo que ela estivesse errando com isso. – Os olhos de Annie estavam cheios d’água.
Poncho: - Ai, minha loirinha linda. Você é especial demais sabia? – Ele puxava ela pra deitar no peito dele.
Enquanto isso, na sala de jantar, Pollito encarava Maite.
Maite: - O que foi? Nunca me viu?
Pollito: - Sinceramente... Assim não.
Maite: - Assim como?
Pollito: - A gente precisa conversar. – Levantando e se aproximando dela.
Maite: - Eu não acho. – Levantando.
Pollito: - Não perguntei o que você acha. – Ele disse segurando o braço dela e a fazendo sentar. – Deixa de ser infantil, Maite. Você não vai fugir de mim a vida toda.
Maite: - Então fala logo, eu to ouvindo.
Pollito: - Eu procuro nos teus olhos a Maite que eu amei, mas não consigo achar.
Maite: - Quem? Aquela idiota que você usou e depois traiu?
Pollito: - Não. Uma menina doce, tão responsável que chegava a ser engraçada, encantadora e amiga, ciumentinha, mas que eu amava mesmo assim e que sempre pensava no bem dos seus amigos.
Maite: - Cristian, agora não é hora pra isso, eu ainda tenho que escovar meus dentes. – Ela levantou e saiu visivelmente abalada.
Visu de cada um deles em rbd: mais q uma familia