Mai: - Eu to bem! – Fazendo ância de vômito.
Poncho: - Bem pra cacete. Annie, a gente tem que dar um jeito nela.
Annie: - Não, Poncho! Volta a dormir. Eu cuido da Mai, não quero que ninguém a veja nesse estado, ela vai morrer de vergonha depois.
Poncho: - Mas, Annie...
Annie: - Por favor, Poncho.
Poncho: - Mas dormir eu não vou, vou fazer um chá pra ela, tá legal?
Anahí: - Tá, valeu!
Annie abraçou Mai e a guiou até o quarto, pegou umas peças de roupa dela no armário e a levou para seu banheiro.
O banheiro do quarto de Mai era todo branco e azul claro, lindo, todo limpinho e bem cuidado, como ela gostava.
Annie sentou Mai no vaso, tirou sua roupa e a sentou no chuveiro. Mai vomitou todo o boxe.
Maite: - Annie, eu não bebi muito.
Anahí: - Não, Mai. Não bebeu muito, bebeu tudo?
Maite: - Ai, Anahí! – Gargalhando. – A vida é tããão curta!
Anahí: - Fica quietinha, Mai. Vem, vamos colocar uma roupa.
Annie colou uma camisola em Mai.
Anahí: - Vou ver se o Poncho fez seu chá.
Poncho já tinha feito o chá e tinha pego no sono no sofá, Annie pegou o chá e levou pra Mai.
Ela vomitou mais algumas vezes depois do chá. Annie ficou esperando que ela estivesse melhor e que pegasse no sono, depois foi até a sala.
Annie: - Vem, Poncho. Vamos pros nossos quartos.
Poncho: - Que horas são?
Anahí: - Quatro e dez.
Poncho: - A Mai só dormiu agora?
Annie: - Pois é.
Poncho: - Você deve estar acabada.
Anahí: - Um tanto.
Eles foram para seus quartos, Annie se jogou na cama e pegou no sono, instantaneamente, o que foi bom, já que ela tinha que acordar em menos de uma hora.
Às cinco e vinte da manhã, Poncho se esgueirou até o quarto de Annie e desligou o despertador. Passou a roupa dela pra que se arrumasse mais rápido e foi até a cozinha fazer o café, já que, além de tudo, aquele era o dia de Annie.
Dulce: - Você fazendo o café? Hoje é o dia da Annie. – Dul estava com Ucker ao seu lado.
Poncho: - Annie está dormindo.
Dulce: - Que fadinha preguiçosa!
Poncho: - A Annie ontem foi dormir muito tarde.
Dulce: - Sabia que não podia deixar vocês dois sozinhos. Ficaram fazendo imoralidades até tarde? Espero que não tenha sido no meu quarto. – Ucker morria de rir.
Poncho: - Muito engraçado, Ardillita.
Ucker: - Ah, Poncho, foi engraçado sim.
Poncho: - Quero ver se vocês vão achar engraçado quando eu contar o que houve.
Poncho contou tudo para eles, desde a chegada de Mai, até a hora em que Annie pôde ir dormir.
Dulce: - Não creio! Essa garota vai me ouvir.
Poncho: - Não, Dul, espera! – Segurando o braço dela.
Dulce: - Esperar o que? A Maite tem que ouvir umas poucas e boa. – Se soltando de Poncho e correndo em direção ao quarto de Mai.
Dulce entrou no quarto de Mai como uma bala, dando uma batida tão forte na porta que fez Maite acordar.
Maite: - O que tá havendo aqui, Dulce Maria?
Dulce:- Levanta eu tenho que falar com você, bora.
Maite: - Ih! Que marra é essa, garota? Tá achando o que?
Dulce: - Olha aqui, Maite, num me estressa não que eu não to boa pra você hoje. Eu vim aqui porque eu tenho muita coisa entalada pra te dizer.
Maite: - Então diz. – Se sentando na cama. – Diz logo, porque pelo visto você não vai me deixar em paz.
Dulce: - Sabe, Mai... Eu olho pra você e não vejo nem rastro da nossa amiga querida. – Se sentando na ponta da cama.
Maite: - Quem? Aquela idiota que todo mundo fazia de babaca?
Dulce: - Não, Mai. Uma garota responsável, amiga, divertida...
Maite: - Fala sério, Dulce! Quem se importa com o que tá rolando comigo, hein? Por acaso eu to atrapalhando alguém?
Dulce: - Tá, Mai. Tá sim.
Maite: - Quem, posso saber? Não... Espera, já sei... O ego masculino de Christian Chaves, acertei?
Dulce: - Deixa de ser criança, Mai. Eu não to falando do Pollito.
Maite: - Quem, então?
Dulce: - Anahí Portillo, conhece?
Maite: - No que eu atrapalho a Annie?
Dulce: - Você não percebe, Mai? A Annie tá louca com essa duvida cruel sobre o que ela sente pelo Poncho e não pode contar com você. Ela sente sua falta, Mai. Ela vive chorando pelos cantos, preocupada com algo de ruim que possa acontecer com você. Fica acordada esperando você chegar, aliás... Ela e o Poncho, sabe? No começo eu também ficava, mas me dei conta de que era inútil. E pra completar, hoje de madrugada, ela ficou cuidando de você, que estava completamente bêbada, vomitando toda a casa e mais, cuidou sozinha porque não queria que ninguém te visse nesse estado, eu só fiquei sabendo, porque o Poncho viu e me contou.
Maite: - Não era minha intenção magoar a Annie. – Visivelmente tocada pelas palavras de Dulce.
Dulce: - Mas magoou, Mai. Magoou a Annie, a mim, aos meninos e até ao Pedro. Mai, vê se para e pensa no que você tá fazendo, ok? Se a sua raiva é contra esses caras que, como você disse, te fizeram de idiota, ignore todos eles, mas pensa pra ver se vale a pena magoar seus amigos desse jeito. – Dulce já ia levantando, mas Mai segura a mão dela.
Maite: - Obrigada por abrir meus olhos, Dul.
Dulce: - Não se destrói, Mai. Não destrói seu corpo, sua vida, seus amigos.
Mai: - Eu te amo, amiga. – Abraçando Dulce.
Dulce saiu do quarto de Mai e foi tomar o café da manhã. Mai se levantou e foi direto para o quarto de Annie. Ficou ali, observando a amiga dormir, quando Poncho surgiu no quarto com uma bandeja de café da manhã nas mãos.
Poncho: - Mai!?
Mai: - Não faz perguntas, Poncho! – Pegando a bandeja das mãos dele e colocando sobre o criado mudo.
Poncho: - É o café da manhã dela, que eu preparei.
Mai: - Obrigada por ser tão atencioso com ela, Poncho.
Poncho: - Como eu poderia não ser? – Sorrindo.
Maite: - Poncho, a era da Mai louca acabou.
Poncho: - É muito bom ouvir isso, minha amiga querida. – Puxando Mai para um abraço e beijando a cabeça dela.
Maite: - Eu amo vocês.
Poncho: - Também te amo, anjinha.
Maite: - Poncho, deixa que acordo a Annie. Preciso falar com ela.
Poncho: - Tá. Só não demora muito.
Maite: - Tá ok.