Fanfic: O Duque e Eu - Evansson - 3° Temporada | Tema: Scarlett Johansson, Chris Evans, Evansson
23 de abril de 1816
Inglaterra, Somerset
Scarlett e Christopher
Sentindo o sono sair de seu corpo, Christopher, se espreguiçou lentamente para não acordar Scarlett que dormia abraçada a ele.
Acordar daquela forma, com a loura em seus braços, a respiração serena dela em seu peito, era o melhor jeito de começar o dia.
Gostava de acordar e encontrar aquele silêncio para pensar no que tinha. Como ele estava agora, com os filhos, Scarlett, a gravidez…
Ele não deveria ser tão sortudo em ter os filhos e, principalmente, Scarlett. Porém, ali estavam eles, sendo uma família.
Virando-se um pouco na cama, ele encaixou Scarlett melhor no braço para poder vê-la. O rosto sereno enquanto dormia, nem se comparava a cara emburrada de quando estava acordada e algo não seguia como ela queria nos últimos dias.
Era tão estranho que em pouco tempo de história entre os dois tanta coisa houvesse acontecido, três pessoinhas tinham sido geradas.
Se o deixassem escolher o destino a ser cumprido, com certeza, ele escolheria ter Scarlett em sua vida, a maneira que fosse, sendo mãe de todos os seus filhos, sendo o amor de sua vida.
Estava tão absorto em seus pensamentos que não tinha percebido Scarlett despertando. Só notou a loura acordada, quando sentiu um beijo em seu pescoço.
— Bom dia — A voz rouca dela o alcançou e em seguida outro beijo.
— Bom dia, Petit — Retribuiu, a puxando para seu peito, sentindo a vibração do riso dela reverberar por ele. — O que é tão engraçado?
— Por que petit? — Quis saber. — Você sempre me chamou assim, mas nunca soube o por quê.
— Não é óbvio? — Se virando na cama, ele ficou de frente para ela com um sorriso fofo, admirando Scarlett e a carinha amassada de sono, os olhos verdes semiabertos. A loura fez que não. — Vamos ter que contratar uma professora de francês para você também?
— Meu francês é ótimo — Se gabou. — E logo Simon terá aulas, arrumaremos um professor a ele e posso observar as aulas.
— Aulas com uma professora — Enfatizou.
— Ciumento — Acusou, o beijando rapidamente. — Você ainda não me respondeu, o porquê. — Insistiu.
— Porque você é toda pequenininha, oras — Buscando a mão dela, ele espalmou uma sobre a dela. Sua mão, sendo bem maior que a dela. — Quase dá para te esconder dentro de mim — Continuou, entrelaçando seus dedos com os dela. — Tão pequena que cabe no meu colo quase tão bem quanto seus filhos.
— Eu estou na média, as mulheres não são tão altas — Considerou, acariciando com o polegar a mão dele.
— Dois pontinhos abaixo da média, meu amor — Corrigiu, beijando-a em seguida.
— Chato — Acusou sorrindo, mas ficando séria em seguida. — Chris… — O chamando um pouco receosa. Aquilo chamou a atenção do Duque, que se sentou na cama, aguardando. Scarlett fez o mesmo, se ajeitando no peito dele mais uma vez. — Você já entregou Romain às autoridades?
— Ainda não, meu amor, por que?
— Não sei se eu gosto da ideia de tê-lo tão perto das crianças. Não depois… — Ela mesma se interrompeu, imaginando o que Christopher faria se ouvisse o resto.
— Depois do que, Scarlett? — Quis saber. — Sabe que uma hora ou outra eu vou descobrir, então o que acha de me encurtar o processo.
— E-ele disse que… — Procurando as palavras, ela fez uma pausa, enquanto Christopher esperava para ouvir o resto. — Ele insinuou colocar o bebê para adoção assim que nascesse, imagino que ele tenha pensado que você não me procuraria ou demoraria… — Contou nervosamente, vendo a mudança física no homem a sua frente. O maxilar travado, os olhos cintilando de uma raiva, a testa franzida… — Chris, não faça nada que vá se arrepender depois.
— Não me arrependeria de matá-lo — Resmungou, ainda de cara fechada. — E não se preocupe, ele não vai chegar perto dos meninos ou do bebê, espero tê-lo despachado antes que ele nasça.— Disse pensativo, descendo uma mão para a barriga crescida dela, sentindo o movimento do bebê.
— Eu o quero o mais longe possível de casa — Murmurou, observando a mão dele contra sua barriga e a forma como aquela criança correspondia.
— Logo ele estará, meu amor — Garantiu, beijando-a na testa.
O casal ficou mais um tempo no quarto, conversando enquanto esperavam para começar o dia fora da cama.
— Scott, não! — Simon protestou do lado de fora do quarto, o casal se entreolhou com um sorriso.
— Acho que é a nossa hora — Considerou Scarlett, afastando as cobertas, mas Christopher a puxou.
— Minha hora. — A corrigiu — A mocinha ainda está de repouso.
— Acabou ontem. Uma semana, e eu contei religiosamente — Replicou ansiosa. Finalmente voltaria a andar livremente pela casa sem ter Christopher a seu encalço — Pode voltar a trabalhar longe de mim, não precisa me carregar para cima e para baixo…
— Scarlett, deixei ao menos Stephen a examinar mais uma vez — Pediu derrotado, sabendo que nada a faria desistir.
— O chame quando quiser, mas estarei lá embaixo com Simon e Scott — Avisou, saindo da cama e seguindo para o banheiro.
Christopher a observou com um sorriso no rosto, se levantando também.
No andar de baixo
— Ei, ei, ei… que bagunça é essa? — Passando pelos sobrinhos no corredor que ligava a sala principal e a sala de jantar, Jeremy só viu o pote com as uvas e morangos no chão, enquanto Scott amassava as frutas e Simon que dizia estar limpando a bagunça.
— Íamos levar para a mamãe — Contou o mais velho.
— O que tem eu? — Já vestida, Scarlett descia as escadas com Christopher logo atrás.
— Acho que eles iam te fazer uma surpresa, mas não deu muito certo — Jeremy respondeu, pegando Scott e o entregando a mãe — Seu café, Vossa Graça.
— Ah, que coisinha gostosa — beijando a bochechinha suja de morango do filho, a loura sentiu um pouco da fruta. — Anne, pode chamar alguém para limpar essa bagunça, por favor — Pediu, seguindo com os meninos para a mesa do café. Anne assentiu, indo q alguém que pudesse limpar a lambança.
A manhã logo se foi.
Christopher ainda atormentou Scarlett um pouco antes de sair para o escritório com Robert. Scarlett tinha programado um dia cheio fora da cama e bem longe do repouso.
— Ah, Anne peça amostras de tecido por favor — Pediu, acrescentando a lista de afazeres da moça no centro por aquele dia. Apesar de estar livre do repouso sabia que não poderia abusar demais.
— Que listinha grande, Scarlett — Ironizou ao ver o tanto de coisa que ela havia pedido.
— Sabe que não posso abusar muito, esse bebê precisa descansar — Replicou com uma vozinha fofa. Anne sorriu, saindo do escritório.
01 de maio de 1816
Inglaterra, Somerset
Scarlett
Scarlett olhava a parede em dúvida de qual papel de parede usar no quarto que deveria ser do novo bebê.
Estava em dúvida entre um todo amarelo e um amarelo com margaridas brancas desenhadas. O último era mais feminino e, apesar de estar em dúvida, confiava na convicção de Evans quando dizia que era uma menina.
— Bom, seu pai não costuma ter razão, mas sinto que ele pode estar certo, então será o amarelo com margaridas. — Decidiu, descartando o outro.
— Sabia que a encontraria aqui — A voz sorridente de Lisa a alcançou. Scarlett sorriu, se virando para a sogra.
— Ainda não tive tempo de arrumar as coisas, então aqui estou eu — Comentou, indo até a poltrona para se sentar. Nos últimos dias parecia que o bebê tinha triplicado de tamanho e a barriga começava a pesar ainda mais.
— Como estamos? — Entrando no quarto ela foi até a loura, colocando a mão na barriga de Scarlett, sentindo o bebê mexer em resposta — Agitado, não?
— Seus netos costumam ser bem animados — Concordou, sentindo que o bebê procurava uma posição confortável ali dentro.
— Os meninos tem uma energia. Era de se esperar que viesse desde o útero — Considerou, saindo do lado de Scarlett e analisando o quarto com um olhar aprovador. — Acho que nunca vi meu filho tão feliz como está agora. — Avaliou. — E devo dizer que isso é graças a você. — Acrescentou e Scarlett sorriu um pouco sem jeito.
— Acredito que isso se deva aos meninos — Considerou.
— É claro que ele a ama por ser mãe dos filhos dele, mas, principalmente, porque é você — Analisou sorrindo, feliz por constatar aquilo. — Agora, Robert te adora por ter enchido a casa de netos. Bom, confesso que a mim também. — Completou.
— Não ficou chateada por não ser Emily a lhe dar os netos? — Disse receosa.
— Eu gostava de Emily, ela é uma boa pessoa. Porém, Christopher não tinha nem um por cento do brilho no rosto que ele tem com você — Observou, franzindo a testa. — Não concordo com os termos que vocês começaram, Christopher deveria ter sido mais responsável, mas gosto da família que vocês estão construindo juntos.
— Bom saber, mamãe — Entrando no quarto, Christopher surpreendeu a mãe e a futura esposa. — Oi — Indo até a loura, ele a beijou na testa, ficando ao seu lado enquanto encarava a mãe com um sorriso convencido.
— Oi — Scarlett retribuiu com um sorriso tímido.
— Minha mãe já me difamou o suficiente? — Brincou.
— Não vai mudar muita coisa, três filhos depois, estou de mãos atadas — Lamentou, fazendo drama. Christopher e Lisa riram, assim como Scarlett. — Sua mãe só estava me fazendo companhia.
— Vou deixar vocês a sós. — Lisa avisou, saindo do quarto.
— Como estamos com os preparativos? — Analisando as amostras de papel de parede, ele pegou o amarelo com margaridas que ela havia escolhido. — Gostei desse.
— Seria muita surpresa se eu dissesse que escolhi esse? Mesmo sem saber se teremos menino ou menina.
— Não, sabia que escolheria esse, eu conheço a minha Petit — Disse convencido, se abaixando e a beijando. — Então, amarelo com margaridas?
— Se for um menino, terá que gastar o dobro de dinheiro para redecorar. — Advertiu.
— Será uma menina — Garantiu.
— O que faz em casa tão cedo? — Vendo que o sol ainda estava alto no céu, ela estranhou o fato de ele estar ali.
— Senti saudade. Não pode? — Disse fofo, se sentando no braço da poltrona. Scarlett arqueou a sobrancelha em dúvida, o fazendo rir.
— Está querendo alguma coisa, Vossa Graça? — Indagou, se virando para ele.
— Ficar um tempo a mais com a minha mulher. — Respondeu, tentando não rir da cara desconfiada dela. Era verdade, ficar tanto tempo no escritório sem ter Scarlett ou os filhos por perto o estava deixando entediado. — Se quiser, eu volto para o escritório — Se levantando da poltrona.
— Eu não disse isso — Se apressou em dizer. — Só que você não costuma abandonar o trabalho no meio do dia — Se levantado com a ajuda dele, eles saíram do quarto.
— Não tinha muita coisa a ser feita e Robert pode dar conta sem mim — Dispensou, indo com ela para o andar inferior.
— Adivinha quem vai convencer seus filhos a entrarem na banheira mais tarde? — Perguntou retoricamente, rindo da expressão de derrota que ele fez.
— Você é ótima nisso, mamãe — Argumentou, caminhado em direção ao jardim, onde os filhos provavelmente brincavam.
— Devo lembrá-lo que estou grávida de sete meses e a barriga está sempre no meio?
— Touché. — Replicou derrotado, encarando a loura que tinha um olhar convencido.
Como imaginavam, assim que entraram no jardim, Simon e Scott corriam atrás de uma borboleta, que voava, provavelmente apavorada por ter aqueles dois pestinhas correndo atrás de si, tentando ir o mais longe possível. Poppy caminhava a passos lentos atrás dos dois.
Christopher, apoiou as costas de Scarlett em seu peito, servindo de apoio para a mulher, enquanto os dois observavam as duas pessoinhas mais importantes de suas vidas.
14 de maio de 1816
Mansão Somerset
Christopher
No mês de abril as flores tinham se aberto e, no mês de maio, elas continuavam muito bonitas enfeitando os jardins da casa.
Porém, naquele momento, Christopher as consideravam um mero detalhe na cena em que via: Scarlett, Simon e Scott em um piquenique, brincando e rindo da falação de Simon e as travessuras de Scott. Sentia seu coração cheio com aquelas pessoas em sua vida.
— Dariam uma bela pintura — A voz de Hayley o tirou de seus pensamentos, o fazendo dar um passo para o lado para que a morena ficasse ao lado dele.
— Hayley — Cumprimentou. — Se eles fossem mais pacientes, com certeza já teria pedido para que alguém os pintasse.
— Quem sabe quando crescerem mais — Sugeriu e Evans assentiu. — Não acha curioso?
— O que é curioso? — Devolveu confuso.
— Nem Emily, nem eu, apenas Scarlett conseguiu ter seus filhos — Explicou, ainda olhando a irmã e os sobrinhos.
Christopher ficou em silêncio alguns segundos, pensando. De fato, Emily engravidou inúmeras vezes e nenhum dos bebês havia ficado. Na única tentativa com Hayley, também não teve um resultado positivo. Scarlett, estava na sua terceira gestação e estava bem promissora.
— Talvez o amor seja uma potência para que isso aconteça — Sugeriu, ainda pensativo — Eu gosto de Emily, de você também, mas a Scarlett…
— Você a ama mais que tudo. — Completou e Christopher concordou. — É, não é difícil amá-la. — Comentou, ainda observando a irmã e os sobrinhos. — Sabe que quando ela perceber que estamos tão próximos, Vossa Graça estará maus lençóis, certo?
Christopher sorriu, dando as costas a Scarlett.
— Eu sei, mas ela não precisa se preocupar. — Garantiu calmo, se recostando no cercado da varanda. — quase perdê-la uma vez já foi o suficiente para que eu nunca mais faça algo parecido.
— Entendi. — Dando um passo a frente, Hayley apoiou as mãos no cercado, semicerrando os olhos pelo feixe de sol que a atingiu. — Porém, ela continua sendo uma pessoa ciumenta e está olhando para cá com um olhar bem pior do que ela costuma usar para dar bronca nos meninos — Avisou com um sorriso de canto.
— Pelo visto dormirei no quarto dos criados hoje — Concluiu ao se virar para descer os degraus que o levaria ao gramado e se deparou com a loura, que não estava com a melhor das expressões.
— Boa sorte — Desejou rindo, voltando para dentro da casa.
— Que carinha é essa, Petit? — Como estava a alguns passos dela, ele disse um pouco mais alto, se aproximando.
— É a única que eu tenho, Vossa Graça — Replicou naquele tom que ele sabia que logo ela estaria irritada.
— Não é não, geralmente ela é bem mais bonita — Zombou, se sentando ao lado dela. Simon e Scott tinha começado uma investigação e estavam observando as formigas que comiam o pedaço do bolo que eles haviam tirado para dividir com os insetos.
— Do que conversavam? — Quis saber, sem se conter.
— Quem? — Dissimulou, fazendo-se de desentendido, recebendo um olhar fulminante da loura. — Ah, Hayley! — Exclamou como se tivesse feito uma descoberta. Ainda pensativo, ele se deitou na toalha estendida, colocando as mãos atrás da cabeça. — Nada de importante — O tom descontraído e despreocupado estava deixando Scarlett ainda mais irritada.
— Bom, já que não é nada de importante, não se importaria de compartilhar isso com sua futura esposa, mãe dos seus filhos… — Enumerou no seu tom cauteloso, que dizia que logo ela estaria emburrada.
— Ah, acho que você não vai querer saber. — Dispensou, contendo o riso.
— Quer saber, Christopher? Vá para o raio que o parta! — Explodiu, se levantando desajeitadamente pela barriga, saindo batendo o pé para perto do lago.
Simon e Scott olharam aos pais confusos, mas não o suficiente para se importarem, então, rapidamente, voltaram sua atenção para as formigas que continuavam a comer o bolo.
Christopher observou a mulher se distanciar enquanto olhava atentamente o lago que estava a sua frente. Quando ele decidiu que ela estava longe o suficiente, Evans se levantou e foi até ela, a abraçando por trás.
— Eu amo você — Declarou, beijado atrás da orelha dela, a arrepiando.
— Estou brava com você — Avisou tentando se afastar, mas ele a segurou. — Christ…
— Estávamos falando de você — A interrompeu, apertando um pouco mais o abraço. Scarlett parou de se contorcer em seu abraço, mostrando que estava ouvindo. — Como é curioso que você tenha sido a única a me dar filhos.
— Como assim? — Indagou confusa.
— Emily ficou grávida inúmeras vezes, Hayley também ficou grávida, mas nenhum bebê sobreviveu. Só os que você gerou — Explicou. Os dois olhando o lago a frente. — Por que só os seus bebês?!
— Pergunte a Hayley, vocês estavam tendo um debate bem filosófico — Murmurou irritada.
— Viu? Disse que não tinha importância. Você nem quer saber — Brincou.
— Christopher! — Ralhou irritada. — Sabe que eu não posso passar nervoso.
— Tudo bem, eu não faço mais — Respondeu manhoso, encaixando o rosto na curva do pescoço dela. — Mas cheguei a conclusão de que é porque eu amo você mais que tudo — Contou, subindo um pouco uma das mãos para a barriga dela, notando um movimento do bebê.
— Do jeito que me irrita, não parece que me ama tanto — Replicou, se virando para ele.
— É porque eu te amo — Respondeu, beijando a testa dela, o nariz e em seguida a boca em um beijo rápido. — Hayley e eu não temos mais nada, meu amor, mal tínhamos antes. Eu só tenho olhos, ouvidos, boca, nariz… — Continuou, a fazendo rir.
— Eu sei. — Aquiesceu, abaixando o olhar, envergonhada. — Mas é que toda vez que os vejo juntos, por mais inocente que seja, sinto que vou te perder para ela de novo — Assumiu em um fio de voz.
— Petit, um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. — Refletiu e ela concordou — Não seria tão idiota em te perder uma segunda vez.
— Jura?
— Por tudo o que você quiser — Garantiu, se inclinado para beijá-la, mas o barulho de algo caindo na água chamando a atenção do casal.
A visão de Simon caindo na água fez Scarlett sentir o coração parar, o ar não passava nos pulmões, os membros pareciam não funcionar.
A segunda coisa que seu cérebro registrou foi Christopher correndo e pulando no lago atrás do filho, o tirando da água e voltando para o gramado.
Voltando a respirar, a loura foi até o filho que tossia compulsivamente.
— Simon? — Tremendo, ela se sentou ao lado dos dois, puxando o filho para seus braços.
— Mamãe — Disse assustado. Christopher tinha sido rápido em tirá-lo da água, não dando tempo do pequeno se afogar, tinha sido apenas o susto.
— O que aconteceu, meu filho? — Christopher também estava pálido, assustado igualmente a mulher e os filhos.
— O Scott chutou a bola, daí ela foi longe e… e eu corri atrás e topecei na bola e cai na água — Relatou ainda respirando em arquejos. — Mamãe, o bebê tá chutando — Comentou, sentindo o irmãozinho se revoltar contra o peso que ele fazia na barriga.
— Ele está agitado porque a mamãe levou o maior susto com você. — Explicou, tirando os fios molhados da testa do menino. — Me assustou demais, senhor Evans. — Repreendeu, apertando o filho nos braços.
— Foi um belo susto, Simon — Com Scott nos braços, que também estava bem assustado com o ocorrido, ele tentava acalmar o filho mais novo. — Chega de piquenique por hoje.
Chegando em casa, Scarlett tratou de colocar Simon na banheira e pedir um chá quente para o filho. No final, ele estava bem, só tinha sido o susto mesmo.
Christopher foi acalmar Scott que tinha ficado assustado com a situação, mas estava bem. No final, ele acabou dormindo. Deixando o bebê dormindo, ele do atrás de Scarlett e Simon, encontrando os dois na cozinha dividindo um prato de torta de maçãs.
— Você está, Simon? — Se sentando na cadeira vazia a frente dos dois, ele apenas observava a loura colocar uma colher cheia com a torta na boca do filho. Simon assentiu, mastigando o doce morno. — E a mamãe, está bem? — Scarlett ainda tinha um olhar atento para o filho que voltava ao comportamento normal.
— Tá bem, mamãe? — Com a boquinha ainda cheia, ele perguntou a loura que sorriu terna para ele, assentindo. — Ela tá, papai. — Evans sorriu, ainda preocupado, mais com Scarlett do que com Simon. Já era a segunda grande emoção que a loura sentia naquela gravidez, por mais que tenha sido algo rápido, ela não deveria se estressar mais. — E o bebê, mamãe?
— Me dê a mãozinha aqui — Pegando a mão do filho, ela a colocou em um ponto em que o bebê se remexia. — Agora ele está mais calmo, certo? — Simon fez que sim, sorrindo para a mãe.
Com a certeza de que Simon estava bem, Scarlett voltou a respirar, mas ainda estava bem atenta ao que o filho estava fazendo.
14 de junho de 1816
Scarlett, Hayley e Jeremy
— Coelhinho, sua vez — Jeremy provocou Scarlett, enquanto esperava ela jogar as cartas.
— Coelhinho é a senhora sua…
— Olha a boca, Senhora Evans — Hayley brincou, implicando com a loura também. — Tem que obedecer seus irmãos mais velhos.
Scarlett jogou, revirando os olhos com as provocações.
— Vocês tiraram o dia para me irritar, não é? — Quis saber.
— Só um pouquinho — Jeremy fez um pouquinho com os dedos, se aproximando da irmã e a beijando na bochecha.
— Chatos — Replicou, franzindo os lábios para não rir.
Os três continuaram no seu jogo de cartas, que a cada rodada parecia ficar mais competitivo. Eles estavam naquele jogo depois do almoço, como costumavam fazer quando eram crianças. Com a barriga cada vez maior, Scarlett não tinham muitas coisas que ela estivesse com disposição para fazer e qualquer coisa a cansava.
Simon e Scott estavam com Chris, e estavam aprontando alguma coisa que Scarlett não ia se importar em saber por hora.
— Scarlett? — Christopher a chamou do corredor.
— Aqui — Respondeu um pouco mais alto para que ele escutasse. Christopher apareceu em seguida na sala de estar. — Aconteceu alguma coisa?
— Tenho que sair. Volto antes do jantar. Você fica bem? — Avisou um pouco preocupado.
— São só algumas horas, eu vou ficar bem — Afirmou, o analisando, ele parecia nervoso. — Está tudo bem? — Evans assentiu, mas não a convenceu. — Onde vai?
— Até a casa de um amigo da família. — Explicou e Scarlett arqueou a sobrancelha, aquela era uma resposta muito vaga. — O senhor Joseph Riddler é um amigo de anos do meu pai. — Completou.
— Então, te espero para jantar. — Reforçou e ele confirmou.
— Amo você — Ele se despediu, a beijando e tocando a barriga crescida. — Até a noite.
— Tchau para você também, Evans — Jeremy disse mais alto.
— Tchau Jeremy e Hayley — Do corredor mesmo, ele respondeu sem se importar, descendo as escadas.
A anos, Christopher e Robert faziam o testamento de um amigo da família Evans que era um pouco excêntrico. O senhor Riddler refazia seu testamento todos os anos, a cada ano uma única alteração: tirar o nome de uma beneficiária e adicionar outra. O senhor tinha certo apreço pelas prostitutas com quem dormia e, enquanto as mantinha em seu quarto, o nome da atual relação era colocado no testamento.
Segundo Joseph, os Evans eram os únicos que ele confiava para fazer aquele tipo de documento. Então, uma vez por ano, Christopher saia de Somerset, para a casa de Joseph que ficava próximo a Rocheford.
Ele tinha recebido um telegrama do senhor, informando que ele gostaria de, novamente, refazer o testamento. O problema é que Christopher não queria sair de casa nos últimos tempos. Quanto mais a gravidez de Scarlett avançava, mais perto da mulher ele queria ficar para estar lá para qualquer coisa que ela precisasse.
Reescrever o testamento costumava ser rápido, por ser apenas uma alteração, o problema era o depois. Joseph sempre queria conversar, jogar, jantar… e levavam mais horas ali.
— Que cara é essa? — Chegando a carruagem que os levaria para a casa do Sr. Riddler, Christopher não estava com o melhor dos humores e Downey percebeu.
— Ele tinha que resolver fazer esse tratamento justo quando Scarlett está grávida? — Resmungou, se acomodando no assento.
— Ainda falta um mês, não é?! — Considerou Robert. Evans murmurou alguma coisa que ele entendeu como sim. — Então, nada vai acontecer até que volte. — Concluiu tranquilo.
Christopher tentou concordar, mas algo dizia que ele deveria ficar.
O cocheiro deu duas batidas na lataria do veículo, sinalizando que ele começaria a viagem.
Scarlett
— Mamain — Scott entrou na sala com a carinha de choro.
— O que aconteceu, meu amor? — Se afastando da mesa, ela o pegou pela mão, indo para o sofá, se sentando e o puxando para seu colo.
— Sono. — Contou e Scarlett riu. No soninho da tarde, eles costumavam fazer juntos, já que Scarlett também acabava sentindo muito sono pela gestação.
— Vou tirar um cochilo com o meu bebê, até daqui a pouco — Passando pelos irmãos, ela saiu da sala.
— E o jogo Scarlett? — Hayley perguntou indignada.
— Quando eu acordar voltamos a jogar — Solucionou. — Até.
Indo com o filho para seu quarto, Scarlett ajudou o menino a subir na cama e se ajeitar debaixo dos cobertores, se deitando ao lado dele em seguida.
Quando dormia com a mãe, Scott costumava pegar na mão da loura, a levando para perto de seu peito. Scarlett sempre achou aquela atitude fofa e naquele momento não era diferente. Logo os dois dormiram.
Quase duas horas depois, Scarlett acordava com uma pontada na barriga. Ela já tinha sentido aquela dor outras duas vezes, mas estava muito cedo para ser uma contração. Assim que a dor passou, ela voltou a tentar dormir, ainda estava com sono e Scott ainda dormia.
Trinta minutos depois, ela sentiu novamente. Se levantando com cuidado para não acordar o filho, Scarlett foi até o banheiro, mas, antes que ela pudesse dar um passo a mais fora do colchão, um líquido quente escorreu por sua perna, molhando seus pés.
— Ainda falta um mês! — Não podia ser. O bebê ainda não podia nascer. Faltava um mês e Christopher não estava lá, não podia ter aquele bebê ainda.
Mas, a forte contração que a alcançou e a fez se segurar no balaústre da cama dizia ao contrário.
O bebê iria nascer.
Autor(a): lety_atwell
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