Fanfics Brasil - Oficialmente, Sr & Sra Evans O Duque e Eu - Evansson - 3° Temporada

Fanfic: O Duque e Eu - Evansson - 3° Temporada | Tema: Scarlett Johansson, Chris Evans, Evansson


Capítulo: Oficialmente, Sr & Sra Evans

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26 de Junho de 1816


Inglaterra, Somerset


Scarlett


 


— Mandou me chamar, pai? — Entrando no escritório que o pai ocupava no chalé, a loura estranhou a chamada repentina.  Os pais estavam morando definitivamente no chalé, Christopher não tinha visto problemas e para Scarlett não faria diferença, então Melanie e Karsten estavam por lá. 





— Sim — Afirmou apontando a cadeira livre à frente dele. Scarlett estranhou ainda mais, mas foi. — Fiquei sabendo que Romain já não é mais um problema. — Comentou de forma despretensiosa. 


 


— Como o senhor queria a anos atrás — Forçando um sorriso. — Imagino que esteja feliz. 


 


— É claro que você está muito infeliz com os três filhos que tem, com um marido que faz todas as suas vontades… — Comentou irônico. 


 


— Com certeza fui nos dois, quase três anos em que os caprichos de Hayley foram colocados antes das necessidades de Simon, antes das obrigações de Christopher como Duque — Rebateu. 


 


— Todos passamos por momentos difíceis na vida, querida. — Dispensou, despreocupado — E veja, agora você tem o título, a fortuna e as garantias.


 


— Garantias? — Ela repetiu lentamente, sem entender. 


 


— O título, a fortuna… caso algo aconteça com Vossa Graça, Simon é o herdeiro. 


 


— Então devo me sentir ainda melhor porque, caso algo aconteça a Simon, Scott é o reserva? 


 


— Claro que não quero que nada aconteça aos meus netos, mas esse seria o pensamento mais lógico — Argumentou e Scarlett não via como rebater, a cada resposta o pai viria com algo mais absurdo. 


 


— Como se o senhor se importasse com eles — Replicou desdenhosa. 


 


— É claro que me preocupo. — Disse ultrajado. 


 


— Charlotte tem doze dias de nascida e, pelo que me lembre, a visitou duas vezes desde então — Relatou.


 


— Scarlett, ela é um bebê, mal sustenta a própria cabecinha, o que eu poderia fazer? — Ponderou.


 


— Era só isso que queria me dizer? — Perguntou impaciente, quase se levantando. 


 


— Não, tem algo mais — Advertiu e ela se sentou, emburrada. —  Custava ter me escutado da primeira vez? — Comentou repreensivo, como costumava fazer quando ela era criança. 


 


— Sobre me casar com Romain? — Confusa. 


 


— Poderia ter se casado com alguém melhor, com perspectivas melhores, alguém que correspondesse melhor a suas expectativas — Argumentou. 


 


— Papai, qual a parte do eu não me importava com os luxos, títulos ou qualquer uma dessas coisas que você não entendeu? Hoje já não me importa, naquela época eu definitivamente não estava ligando para isso. — Repetindo o discurso de anos atrás, quando tentava convencer o pai sobre o casamento com Romain. — E, pelo que eu me lembre, estava muito bem com Romain sem tudo isso — Considerou. — Eu só queria um casamento que me fizesse feliz. 


 


— É, vejo como repudia tudo isso quando Christopher te enche de joias e vestidos caros — Replicou ironicamente, olhando para os colares e pulseiras que ela usava. — Como está infeliz com tudo isso.


 


—  Se Christopher me dissesse amanhã que não haveriam mais presentes, não haveriam mais vestidos, joias ou qualquer coisa do tipo, por mim estaria tudo bem. Você e Hayley que sempre se importaram com isso. — Pontuou. — Mas era de se esperar, não é mesmo, ela é parecida com você em muitas coisas, por isso é a sua favorita. — Acusou. 


 


— É o que acha? 


 


— Papai, é o que sempre foi. — Afirmou. — E a Hayley só não está em primeiro lugar porque tem o Jeremy. 


 


— Bom, admito que quando sua mãe disse que teríamos mais um bebê, não imaginava que seria outra menina — Confessou. Scarlett sentiu o coração se apertar um pouco. 


 


Não tinha dúvidas de que o pai preferia os irmãos a ela, mas ouvir aquelas palavras machucava mais do que ela esperava.


 


— Se eu fosse o filho homem seria diferente?


 


— Imagino que sim, todos queremos mais meninos. — Considerou, a deixando um pouco mais chateada, não que ela esperasse que o pai fosse confortá-la de alguma forma. — Por que acha que Christopher tem andado tão apaixonado por Charlotte? Ele já tem dois filhos homens. 


 


— Acho que esse julgamento não representa Vossa Graça — Ponderou, rodando o anel de noivado no dedo. — Mas, não importa. — Suspirou, cansada daquela conversa. — Se for só isso, eu já vou.  


 


Karsten assentiu, vendo a filha ir. 


 


Saindo do escritório, Scarlett resolveu olhar como a casa estava, faziam meses que ela não pisava ali. 


 


Christopher


 


— Papai? — Entrando no escritório de Christopher, Simon olhava o interior o procurando com os olhos. 


 


— Entre, Simon — Autorizou, se levantando de sua cadeira e indo até o conjunto de sofás. — Vem cá. 


 


O menino entrou, indo se sentar ao lado do pai, que sorriu com as semelhanças e as diferenças que mostravam que tinha um pouco de Scarlett nele também, como o tom de cabelo, as bochechas e a sobrancelha. 


 


— Estava me procurando? 


 


— Poppy disse que você estava trabalhando, aí queria trabalhar com você —  Explicou, todo sério, deixando Christopher feliz. 


 


Provavelmente por ser o mais velho, Simon acabava se interessando bastante por ficar com Christopher e Robert no escritório quando o amigo estava por lá, sempre puxando a cadeira para o lado do pai. Ou durante os cafés da manhã, se sentando com o avô, Christopher já tinha escutado o filho ler uma palavrinha aqui, outra ali, o enchendo de orgulho. 


 


— Quer ler alguns documentos comigo? — O pequeno assentiu, seguindo para a mesa do pai. Christopher foi com ele até a mesa grande de mogno, colocando uma cadeira e algumas almofadas para que Simon ficasse da altura da mesa. 


 


— O que vamos fazer, papai? — Se ajeitando na cadeira, Simon olhava ansioso e curioso para tudo o que estava na mesa. 


 


— Aqui, leia as informações desse papel aqui e escreva para papai no caderno — Procurando por alguns papéis e lápis na gaveta. 


 


— Tá bem — Recebendo os papéis e lápis, ele começou a passar o dedinho na folha e a anotar com rabiscos no papel, uma e outra letra, que ele havia aprendido com a tutora, saia legível. 


 


Christopher ficou alguns minutos olhando aquela criança que outro dia era um bebê e agora estava ali com ele, mais um pouco estaria realmente fazendo o trabalho que hoje ele fazia. 





— Pode entrar — Ouvindo batidas na porta, Evans autorizou a entrada mais uma vez, sorrindo ao ver Scarlett entrar no escritório. — Oi meu amor. 


 


— Meus meninos estão trabalhando? — Entrando no ambiente, Scarlett foi até os dois, beijando a testa do filho e indo para os braços de Christopher. 


 


— Vim ajudar o papai — Simon disse orgulhoso de si. 


 


— Estou vendo, meu amor. Está gostando de trabalhar com o papai? — Simon fez que sim, todo concentrado no que estava fazendo. 


 


Deixando o menino, Scarlett voltou sua atenção para Christopher. 


 


— Tudo bem? — Deixando Simon a mesa, Christopher a levou para o sofá. Scarlett fez que sim, se aconchegando nos braços dele. — O que te trás aqui tão cedo depois do almoço? 


 


— Você não me deu um abraço nem um beijo antes de se trancar aqui — Disse manhosa, recebendo os carinhos dele.


 


— Você estava ocupada, a governanta queria falar com você, Sutton estava te procurando… — Pontuou, dando um beijinho no ombro dela. — O que eles queriam? 


 


— A governanta queria saber se eu gostaria de acrescentar alguma coisa a lista de compras e Sutton me avisou que meu pai estava me chamando. — Explicou. 


 


— O que ele queria? — Perguntou estranhando um pouco, afinal, Karsten não passava muito tempo com Scarlett. 


 


— Nada demais — Deu de ombros. — Vai passar muito tempo por aqui hoje? 


 


— Termino a tempo de tomar o chá da tarde com você — Garantiu, a sondando. — Estava todo esse tempo com seu pai? 


 


— Uhum, ele só queria conversar. — Disse sem dar importância, quase se escondendo dentro do peito dele. — Está cheiroso. — Constatou, sentindo o cheiro mais forte do perfume dele. — Deveria me preocupar com isso? 


 


— Claro, estou tentando seduzir minha mulher — Sussurrou próximo ao ouvido dela. 


 


— Será que irá funcionar? — Instigou. 


 


— É claro que vai, sou irresistível para ela — Respondeu convencido a fazendo rir. 


 


— Acho que vou te deixar com seus planos e trabalho. — Ouvindo os barulhos externos, Scarlett reconheceu o chorinho de Charlotte. — O dever também me chama. 





A hora do chá 


 


Como Christopher tinha dito, ele deixou o trabalho de lado e foi passar o resto da tarde com a família. Charlotte dormia em seu cestinho, apoiado em um dos sofás, enquanto o Duque brincava com Scott, construindo uma cidade com bloquinhos, de vez enquanto o menino ria de algo que o pai dizia, assim como as cócegas que ele fazia. 


 


Scarlett, sentada no sofá, tinha um Simon cansado, fazendo cafuné no menino. 


 


— Está cansado, meu amor? — Scarlett perguntou a Simon que tinha a cabeça deitada em seu colo. 


 


— Trabalhei bastante — Justificou, fazendo a mãe sorrir. 


 


— Quer tirar um cochilo? — Sugeriu. 


 


— Pode ser no seu colo? — Pediu manhoso. 


 


— Vem cá, meu bebê — Ajeitando a postura no sofá, ela o colocou em seus braços, começando a ninar Simon. 


 


— Canta, mamãe — Pediu baixinho.


 


— Como eu poderia esquecer desse detalhe? — Cantarolando baixinho a música que sempre cantou para que os filhos dormissem, ela o viu suspirar longamente, inspirando seu cheiro, e relaxando. 


 


Às vezes era estranho pensar que seis anos antes ela não tinha aquele menininho e que agora ele tinha vontades e expectativas, desejos e medos. 


Poucos minutos balançando e cantando, ele estava dormindo. 


 


— Dormiu? — Christopher perguntou, se sentando ao lado deles. 


 


— Você o sobrecarregou, Vossa Graça — Brincou. 


 


— É trabalho — Relevou, da mesma forma. 


 


— Desistiu de brincar com Scott? — Vendo que o menino continuava a brincar. 


 


— Não estamos concordando sobre a ordem dos bloquinhos, então decidi me retirar antes que ele acertasse um na minha testa. — Explicou, pegando um biscoito da bandeja. 


 


— Ah, os negócios com Scott não estavam tão bons quanto com Simon? 


 


— Scott é muito exigente — Replicou, a fazendo rir — Charlotte? 


 


— Dormindo. — Apontando levemente com a cabeça para a menina dormindo no sofá ao lado. 


 


— Que tal colocarmos Scott para dormir também? — Sugeriu malicioso, chegando um pouco mais perto dela. 


 


— Seria ótimo, preciso decidir o modelo e o tecido do vestido de casamento — Replicou no mesmo tom, rindo ao ver a frustração nos olhos dele. 


 


— Tem algo que possa fazer? — Questionou interessado. 


 


— Pagar todos os fornecedores? — Sugeriu divertida, recebendo um olhar debochado dele. 


 


— Além disso. — Acrescentou. 


 


— Estar lá no dia, dizer sim? — Prendendo o riso. 


 


— A sua sorte é estar com Simon no colo. — Advertiu, se esticando mais uma vez para pegar a xícara de chá. 





10 de Julho de 1816


Inglaterra, Somerset


Scarlett 


 


Organizar aquele casamento estava dando mais trabalho do que Scarlett esperava. Isso porque seria uma cerimônia pequena. Mas havia palpites demais e tempo de menos. 


 


Os filhos demandavam atenção e ela tinha que dividir esse tempo com as coisas que estava organizando e as opiniões da sogra e da mãe para cada detalhe do processo.


 


Naquela tarde ela tinha decidido se trancar no escritório do segundo andar, ninguém a procuraria por lá, era o que ela esperava ao menos. 


 


O modelo de vestido já tinha sido escolhido e não seria nada do tradicional para a época, mas tudo bem. O problema seria o tecido que demoraria a chegar. O tom de marfim levemente brilhante chamou a atenção de Scarlett e não teve jeito, era aquele que ela queria e teria, porém, deveria chegar entre agosto e setembro. 


 


A cerimônia e a festa aconteceriam na residência deles em Kent. Não haveria problemas em acontecer em Somerset, mas ela adoraria que acontecesse no lago da propriedade ao pôr do sol. 


 


A lista de convidados já estava feita e, na verdade, não era nada longa, eles queriam algo mais íntimo, o que não aconteceria com uma lista com mais de duzentos convidados, como Lisa queria. Reduzindo os convidados a sessenta, Scarlett ficou satisfeita com os avanços.


 


Ainda faltava decidir o que serviriam, mas queria fazer com Christopher e parte da decoração.


 


Olhando o relógio, já estava próximo da hora do jantar. 


 


Organizando o que seria necessário enviar para fornecedores e para a modista, Scarlett deu tudo ao mensageiro, terminado parte do que precisaria para o casamento. 


 


15 de agosto de 1816


Inglaterra, Somerset 


 Christopher 





Estar sempre com alguém te dava uma visão completamente diferente do que outras pessoas viam.


 


Scarlett até poderia parecer a mesma de sempre para a mãe, o pai, os sogros e para os filhos, mas para Christopher… ela estava diferente. 


 


Não no dia a dia, como estavam naquele momento, com todos reunidos na sala, conversando antes do jantar. Mas quando estavam apenas os dois, quando ele a beijava esperando um pouco mais, quando a abraçava antes de dormir. 


 


Estava começando a pensar que ela estava arrependida de estar com ele, de levar o casamento adiante. Talvez ela estivesse arrependida de ter recusado a proposta de Romain de voltarem, reconstruírem a vida. 


 


Porque, naquele momento, era a única coisa que fazia sentido. Ela se retraía apenas quando estava a sós com ele, o nervosismo a alcançava e parecia que estava sempre incomodada, mas apenas na presença dele.


 


— Meu Bem, tudo bem? — Se sentando ao lado dele, Scarlett o encarou preocupada. 


 


— Claro, por que não estaria? — Rebateu dando um pequeno sorriso. Scarlett o encarou desconfiada, não acreditando no que ele dizia. — Charlotte não estava com você? — Sentindo falta da filha, Evans olhou em volta, vendo a bebê com a mãe. 


 


— Vovó Lisa está com ela — Verbalizou, tocando o rosto dele levemente para que lhe desse atenção. — Está tudo bem mesmo? 


 


Evans voltou a assentir, beijando-a na testa, indo se sentar no sofá que a mãe estava, dando atenção a Charlotte. A bebê já tinha dois meses que tinham passado muito rápido.


 


Scarlett ficou o observando por um tempo, estranho a distância dele. 


 


Mais tarde


Scarlett e Christopher





Como sempre na rotina noturna, os filhos já estavam dormindo e Scarlett e Christopher estavam se aprontando para dormir também. 


 


A loura estava pensativa em sua penteadeira, tirando os acessórios, quando Christopher saiu do banheiro pronto para dormir. 


 


— Vai continuar me ignorando? — Chamando a atenção dele, Scarlett perguntou sentida, vendo que ele iria passar por ela sem beijá-la ou falar qualquer coisa  como sempre fazia. 


 


— Não estou te ignorando — Deu de ombros, pegando o livro que estava lendo, indo se sentar no sofá próximo a lareira. 


 


— Não? Mal falou comigo hoje — Acusou, se levantando e indo até ele. — Acho que nem deveríamos dividir o mesmo quarto esta noite, o que acha? 


 


— Imagino que para você será melhor, está fugindo de mim como o diabo foge da cruz — Rebateu, marcando o livro com o dedo, a encarando. 


 


— O que quer dizer com isso, Christopher? — Cruzando os braços, ela o encarava de volta com uma certa raiva. 


 


— Vai me dizer que não está me evitando? Toda vez que estamos a sós e eu me aproximo você se esquiva, faz de tudo para que acabe logo, arruma a primeira desculpa que pensa para sair… Então eu é quem pergunto, Scarlett, vai continuar me ignorando? — rebateu e Scarlett pareceu murchar um pouco. — Scarlett, o que está acontecendo? Está arrependida de estar comigo? Do casamento? 


 


— Não! Não é isso — Garantiu nervosa, deixando Evans em alerta. 


 


— O que aconteceu, Petit? Sabe que pode me contar qualquer coisa, não é? — Scarlett fez que sim, ainda sem encará-lo, tentando ordenar as palavras. 


 


— E-eu acho que estou com medo — Verbalizou.


 


— Medo? 


 


— Não é medo, está mais para uma insegurança — Corrigiu, passando a andar pelo ambiente. 


 


— Pelo que, Petit? — Perguntou gentil, um pouco mais aliviado por ela estar se abrindo. 


 


— Por você se arrepender. — Explicou, fazendo Evans franzir o cenho. 


 


— Terá que ser mais clara sobre isso, Scarlett. 


 


A loura parou um minuto, pensando se dizia o que estava se passando em sua cabeça ou não. 


 


— Vamos, Petit, do que eu me arrependeria? — Insistiu. 


 


— Você sempre diz como a minha beleza te atraiu quando nos conhecemos, sei como fica quando estou mais arrumada… 


 


— Onde quer chegar com isso, Scarlett? — Dispensando a explicação longa. 


 


— Charlotte acabou de fazer dois meses, é meu terceiro bebê e meu… meu corpo não está como antes — O tom de tristeza na voz dela chamou a atenção dele. — Minhas coxas e meus braços parecem maiores e tudo parece flácido, nada atraente… bem diferente de quando nos conhecemos. 


 


Christopher ficou alguns minutos em silêncio, processando o que tinha acabado de ouvir. 


 


— Scarlett, vem cá — Deixando o livro de lado, ele estendeu os braços para ela. Um pouco insegura, ela foi, se sentando no colo dele. — Está com medo de que eu não te deseje mais? 


 


Por um momento Evans imaginou que fosse brincadeira, que não fosse a verdade. Ela era linda de todas as formas, inteligente, divertida… não era só da beleza externa que ele estava atrás, era de como ela se mostrava por dentro também. Scarlett era gentil, carinhosa, uma ótima mãe, irmã, esposa… 


 


— Talvez — Foi a resposta dela e o que o deixou chocado. — Emily sempre esteve bela, Hayley está grávida e parece mais bonita que nunca. Não estou me sentindo tão bonita, nem mais tão desejável quanto antes — Desabafou e a cada palavra Christopher achava tudo um absurdo.


 


A colocando de pé, ele a segurou pelos ombros a encarando muito sério. 


 


— Quero que tome seu banho, coloque sua camisola, vista seu robe e vá me encontrar no outro quarto — Ordenou. Scarlett assentiu, sem entender o que ele queria com aquilo, mas também não houve tempo para que ela o questionasse, porque ele a deixou sozinha no quarto. 


 


Scarlett levou quase uma hora para fazer aquela rotina simples. Os pensamentos destrutivos a impedindo de ser mais rápida.


 


Em todos os cenários que imaginava, o pior estava vencendo, não sabia o que estava acontecendo consigo ultimamente, mas estava bastante insegura.


 


Já pronta, ela se encarou uma última vez no espelho, indiferente ao que via. Vestindo o robe pesado, amarrando a fita na cintura, ela seguiu para o outro quarto. 


 


Abrindo a porta do quarto, Scarlett se surpreendeu com a quantidade de velas acesas espalhadas pelo ambiente e com um grande espelho oval, que costumava ficar atrás do biombo, em frente a cama. 


 


— O que é tudo isso? — Fechando a porta atrás de si, ela olhava tudo curiosa.


 


— Vem — Estendendo a mão para ela, Christopher a puxou mais para dentro do quarto, a abraçando. Scarlett retribuiu, praticamente sendo engolida pelos braços dele. Ela adorava aquela sensação de ser guardada nos braços dele, ouvir o bater do coração. — A única coisa que eu quero que se lembre sempre é que eu te amo. — Ele sussurrou contra os cabelos dela. Scarlett assentiu, sendo afastada por ele alguns centímetros. 


 


A segurando delicadamente pelo queixo, ele a beijou, calma e lentamente, invadindo a boca dela devagar, deixando que Scarlett aproveitasse o processo. 


 


As mãos dele foram a tocando em cada pedacinho, descendo devagar até chegar a cintura, onde a apertou a trazendo um pouquinho mais para perto.  


 


Sem fôlego, Christopher se afastou um pouco de Scarlett, contornando os lábios inchados e vermelhos com os dedos, querendo beijá-la para sempre.


 


— Tire o robe — Pediu, afastando-se dela. Assim ela fez, desfazendo o laço, enquanto o observava desabotoar a camisa de dormir. 


 


Assim que o tecido pesado caiu ao chão, a atenção de Christopher foi toda ao corpo dela ainda coberto pelo tecido de algodão, que era de um rosa bem clarinho, que permitia ver todo o contorno das curvas dela. Os seios fartos, a cintura estreita e os quadris mais avantajados. 


 


Terminado de desabotoar a camisa, Evans deixou que o tecido caísse ao lado da cama. 


 


— Agora a camisola — Pediu num tom um pouco mais grave. Scarlett, um pouco hesitante, puxou o tecido que ia até um pouco abaixo do joelho, o subindo vagarosamente, revelando cada pedacinho de pele aos poucos.


 


Christopher olhava para todos os movimentos, hipnotizado pela mulher à sua frente. O corpo formigando para tocá-la, beijá-la, mas ele tinha que ir com calma.


 


Quando o tecido da camisola estava finalmente fora do corpo de Scarlett, Christopher teve que se controlar para não acabar com tudo em dois segundos, mas se forçou a ficar, queria que ela entendesse que, para ele, ela sempre estaria linda. 


 


Ele a observou de cima a baixo, com as velas dando uma iluminação ainda mais forte pela quantidade, em uma visão de tirá-lo dos eixos. Como ela poderia pensar que ele não a desejava? Se ele estava se segurando para não jogá-la na cama e tomá-la da forma mais desesperada possível?


 


Scarlett estava nervosa, o olhar insistente dele sobre si a estava deixando ansiosa, as mãos suavam e o coração batia descompassadamente. Era estranho estar daquela forma, uma vez que nem em sua primeira vez ela tinha ficado tão nervosa.


 


Ele voltou a se aproximar, a envolvendo pela cintura e a beijando de novo, com um pouco mais de desespero, quase a engolindo com o beijo. Scarlett se perdeu naquele beijo como já tinha feito várias vezes, se surpreendendo ao sentir as costas baterem no colchão sem ter muito tempo para reagir, com Christopher a beijando por todos os cantos, descendo pelo pescoço e colo. 


 


Sentindo a boca quente em sua pele, Scarlett tinha a respiração descompassada, um calor familiar subindo por seu corpo ao passo que Christopher ia a tocando, beijando… 


 


— Saudades de ter você assim — Murmurou contra o mamilo dela, o hálito quente causando arrepios por todo seu corpo. — De sentir você. 


 


Um beijo foi dado em seu seio, seguindo em um trilha pelo vale entre eles. 


 


Charlotte ainda era amamentada e ele sabia que ela estava muito mais sensível naquela região, então, teria de se conter pelo menos ali. 


 


Chegando ao umbigo, ele circulou o orifício com a língua, fazendo a barriga dela se ondular. Sorrindo com a reação, ele continuou até fazer com que a sua respiração arquejante cobrisse a intimidade dela. 


 


— Afaste um pouco as pernas, Scarlett — Pediu gentilmente, tocando as coxas dela. Com o toque, Scarlett fez o que ele pediu, dando espaço para que ele se colocasse entre elas. 


 


A puxando um pouco mais para perto, Evans passou a língua pelas dobras da intimidade de Scarlett, indo devagar, se demorando no ponto nervoso do clitóris, sugando devagar. Tirando a mão direita que a segurava na coxa, ele escorregou um dedo para dentro dela. 


 


Sorrindo ao ouvir o gemido escapar pelos lábios dela, Christopher a penetrou com mais um dedo, dando mais atenção ao pontinho nervoso com a boca. 


 


— Oooh, Chris… — O tom ofegante e ansioso. Scarlett sentia a pressão crescente em seu baixo ventre, seu corpo pulsando, pressionando, contra os dedos dele, tudo se acumulando intensamente. Estava pronta para sentir aquele orgasmo, seu corpo todo pedia por aquilo. 


 


E então ela sentiu o abandono dos dedos dele, da boca, que fazia o caminho inverso, voltando a beijar sua barriga, os seios, parando ao chegar no rosto. Christopher sorriu ao vê-la emburrada.


 


— Não sei quem colocou a ideia absurda na sua cabeça de que eu não a quero, mas espero que tire essa maluquice da cabeça esta noite — Afirmou, a observando. O rosto corado, a respiração tentando se normalizar. 


 


— Não é o que parece — Reclamou, se contorcendo embaixo dele. 


 


Christopher soltou uma leve risada, voltando a beijá-la. Ansiosa e cheia de vontade, Scarlett afastou um pouco mais as coxas para que ele se acomodasse. 


 


Porém, para a frustração dela, ele voltou a se afastar. 


 


— Ainda não, Petit. — Saindo da cama, Christopher passou a desamarrar o cordão que segurava a calça de dormir. — Hoje quero que veja tudo o que acontecer nesse quarto — Ele apontou o espelho, fazendo com que ela se apoiasse nossa cotovelos para ver. Dali ela conseguia ver pouca coisa, quase nada, mas ao se aproximar da parte da frente da cama, a visão seria melhor. 


 


— Vai usar o espelho? — Questionou, estudando a ideia, se virando para ele, o encontrando completamente nu, se tocando enquanto olhava descaradamente para o corpo dela, fazendo uma nova onda de calor a invadir.


 


— Não é só o espelho que eu espero usar essa noite, Petit. — Afirmou maliciosamente, subindo na cama. — Agora se apoie na ponta da cama. — Orientou, apontando para a parte onde tinha uma contenção de madeira e assim ela fez. Daquela forma ela conseguia se ver e, consequentemente, veria Christopher também. 


 


Assim que ele subiu na cama, se colocando atrás de si, ela o viu, completo, o rosto concentrado nela, observando-a em cada detalhe, o peitoral musculoso… 


 


Evans a segurou pela cintura por um momento, deslizando uma palma por sua coluna, até chegar a massa de cabelos dourados, os colocando de lado. 


Com o lado direito livre, ele se curvou sobre ela, beijando o ombro em um caminho pelo pescoço até chegar a orelha. 


 


— Apenas para que saiba, está proibida de fechar esses lindos olhos — Sussurrou, a encarando pelo reflexo do espelho. — Se fechá-los, mesmo que por um segundo… — Ele não completou a frase, a mão esquerda dele fazendo o caminho de volta pela cintura, chegando as nádegas onde ele deferiu um tapa. 


 


Ela tentou evitar um gemido, sem sucesso. Erguendo o olhar brevemente, ela viu o brilho malicioso nos olhos dele. É, se ela ousasse descumprir a ordem, seria punida. 


 


— Estamos entendidos? — Scarlett pensou ter assentido, tinha certeza que mexeu a cabeça, mas, a resposta de um tapa estalado no outro lado de sua coxa a deixou em alerta e ainda mais excitada — Entendidos, Scarlett? 


 


— Uhum —Murmurou.


 


Com um sorriso satisfeito, ele se colocou atrás delas, a fazendo afastar mais as pernas, passando o membro ereto nas dobras úmidas dela. Christopher a observava pelo espelho, atento a cada reação dela ao encaixar-se em sua entrada, fazendo pressão. 


 


Erguendo o olhar para ele pelo reflexo, Scarlett notou que Christopher estava com tanta vontade quanto ela, queria tanto quanto ela, a desejava como o fazia com ele. 


 


Sentindo ele entrando, ela tentava sustentar o olhar dele, manter os olhos abertos como ele havia ordenado, mas foi impossível mantê-los abertos assim que ele estava todo dentro, Scarlett abaixou a cabeça e ele fez o que tinha prometido, uma forte palmada a acertou, ambos gemendo com o ato. Scarlett pela  dor e excitação, Christopher por senti-la contrair, o apertando.


 


— Olhos abertos, Petit. — Relembrou, estocando contra ela. 


 


Scarlett o fez, mais uma vez, Evans a segurou pelos cabelos, fazendo com que ela olhasse diretamente para o reflexo, vendo como ele reagia a cada vez que ele entrava e saia ao mesmo tempo em que via, o sentia, deixando tudo mais intenso. 


 


Era diferente vê-lo daquele jeito. Quando estava por cima, montando nele, era diferente, não se obrigava a ver as reações no rosto dele, o desejo evidente a cada minuto. Ser obrigada, de certa forma, a perceber o que causava nele, era excitante, uma onda de prazer mais eletrizante, somado a senti-lo inchado e a cada segundo mais rígido, a respiração ofegante e os gemidos dele, Scarlett estava a segundos de explodir. 


 


Percebendo que ia pelo mesmo caminho e não aguentaria muito mais, Christopher praticamente a abraçou pela cintura, alcançando o centro das pernas dela em direção ao clitóris, massageando ali. 


 


— Chris… e-eu não… — A pressão em seu baixo ventre já a estava em seu limite, queria por tudo fechar as pernas. 


 


— Deixa vir, Scarlett — Pediu a penetrando com mais força e aumentado o ritmo de seus dedos. Como palavrinhas mágicas que destravaram seu corpo, o corpo inteiro da loura contraiu e relaxou em uma gostosa sensação. — O espelho, Scarlett! — Avisou, no exato momento em que ela sentiu que ele se derramava em seu interior. 


 


Sua visão estava um tanto turva por seu próprio prazer, mas Scarlett conseguia visualizar o prazer escancarado nas feições de Evans, enquanto o orgasmo o dominava. 


 


Com os corpos suados e ainda ofegantes, Christopher a puxou para que se deitassem. Scarlett se aconchegou no peito dele. 





— Pode me dizer que ideia absurda foi essa, Scarlett Evans? — Perguntou em um tom distraído, brincando com os cabelos dela, depois de minutos de silêncio. — Estive atrás de você por dias, como pôde achar que não a queria? 


 


— Lembra a várias semanas atrás, quando fui fazer uma visita aos arrendatários? — Ele fez que sim, se lembrava do dia porque Simon também tinha ido e, ao final do passeio, tinha pensado ser uma boa ideia brincar na lama.


 


— Lembro, o que aconteceu nesse dia? 


 


— Visitamos uma mulher que acabou de ter bebê, é o quarto filho deles, e ela estava em prantos porque o marido não a tocava a meses e, segundo ele, é porque ela está muito maior do que quando tiveram o primeiro bebê. — Disse triste. — E desde então ele tem uma amante. Ela estava tão desolada, desesperada que saiu desabafando. 


 


— Isso é horrível, mas, o que tem haver com você, Petit? 


 


— Nós somos um pouco parecidas fisicamente, ela só é um pouco mais alta que eu, quase a mesma quantidade de filhos… e eu sei que você não é o marido dela, mas são homens…Então fiquei pensando que você poderia sentir o mesmo. — Justificou. — Depois que o Doutor Stephen disse que estava tudo bem, você ficou um mês longe — Continuou. 


 


— Scarlett, mês passado você está tão ocupada e cansada que seria covardia te exigir qualquer coisa, mas, desde que as coisas do casamento se acalmaram, eu venho te procurando e você se esquivando — Relembrou. — Então tem mais alguma coisinha aí dentro.


 


— Ah, amor, eu já não me sentia muito bonita, imaginar que você também não me achava atraente estava me deixando chateada. — Comentou. 


 


— O que você disse? — Indagou. 


 


— Que eu estava ficando chateada? — Confusa. 


 


— Não, do que você me chamou? — Específica.


 


— Amor?! 


 


— Você nunca me chamou assim. — Disse com um grande sorriso no rosto. 


 


— Não?! 


 


— Você me chama de Meu Bem, Chris ou Querido, mas de amor não. 


 


Scarlett pareceu pensar sobre o assunto por um instante. Meu amor, na maioria das vezes, era dirigido aos filhos, não a Christopher. 


 


— Não tinha notado isso. 


 


— Eu é quem devia sentir alguma insegurança — Replicou brincando. — Sempre te chamo de Meu Amor, Petit… e levou anos até você chegar no Querido! — Aquela observação a distraiu, e a fez sorrir. Se virando na cama, ele ficou de frente para ela, deixando seu cérebro memorizar aquela pessoa que fazia seu coração bater mais forte, que o fazia sentir vivo. — Eu amo você. — Adorava dizer aquelas palavras a ela. Os olhos de Scarlett brilhavam, as bochechas ficavam vermelhas e o sorriso que ela abria era lindo. 


 


— Amo você também. 


 


Voltando a se aproximar dela, Christopher a beijou novamente.


 


— E, Scarlett, só para que se lembre, eu amo você do jeito que é. — Esclareceu, a encarando sério. — A forma do seu corpo, você ser mais pesada ou mais leve, nunca vai ser um fator para deixar de te querer. — Ele se sentou na cama, fazendo com que ela fizesse o mesmo. — As marcas, as formas que seu corpo, são por nossos filhos, por todos os dias que eles ganhavam espaço dentro de você e eu amo cada pedacinho seu, cada detalhe de você por isso… — Parando um pouco para pensar, Christopher a puxou para o seu colo. — No final do dia, isso é o último detalhe com que eu vou me importar. 


 


Scarlett estava com os olhos rasos de lágrimas, se sentindo a pessoa mais especial do mundo, aquele amor parecendo crescer ainda mais dentro do peito. 


 


Ela se inclinou sobre ele, buscando mais uma vez sua boca para um beijo lento, carinhoso, em uma tradução da conversa. 


 


— Sabe onde isso vai terminar, não é? — Scarlett disse contra a boca dele assim que sentiu as mãos dele lhe apertarem as coxas, subindo para a cintura. 


 


— Justamente por saber como vamos terminar é que estou fazendo, Petit — Diz, a erguendo um pouco pelos quadris. O ajudando e apoiando o peso no joelhos ao se erguer, Scarlett o encaixa em sua entrada, descendo devagar. 


 


Bom, aquela noite foi dedicada a matar a saudade e inseguranças que não deveriam ter existido. 


 


18 de Setembro de 1816


Inglaterra, Kent


Residência Evans


Scarlett


 


— Finalmente seu casamento! — Florence disse animada, descendo da carruagem. — Estou tão feliz por você — A abraçando. 


 


— Obrigada! Estou feliz que tenha vindo. — 


— Não perderia isso por nada. — Afirmou, se afastando um pouco dela para vê-la melhor. — Você está radiante. 


 


— Flo, pode me ajudar aqui — Timothée pediu, descendo da carruagem com o filho dos dois. Florence foi até eles, pegando o bebê, que era um pouco mais velho que Charlotte. — Olá Scarlett— Cumprimentou, saindo da carruagem. 


 


— Milorde — Scarlett fez uma pequena mesura ao vê-lo. — Esse é o pequeno Thomas?  — Pegando na mãozinha do bebê de olhos claros como o da mãe. 


 


— Não sei se ele é tão pequeno assim, está fazendo cinco meses — Florence disse fazendo vozinha de bebê. 


 


— Já? Charlotte fez três a alguns dias, passou tão rápido. — Compartilhou, pegando o bebê. — Oi gordinho. 


 


— Onde ela está? Estou ansiosa para conhecer minha nora. — Disse ainda mais animada. 


 


— Ah, desculpem não recepcioná-los — Christopher descia as escadas da casa, em direção aos convidados — Crianças. — Disse em justificativa a sua ausência. 


 


— Com um já é uma loucura, imagino com três — Timothée disse, dando um passo a frente para cumprimentá-lo. 


 


— Estamos ansiosos para conhecê-los — Acrescentou Florence. 


 


— Vamos entrar? Precisam se acomodar e descansar da viagem. — Scarlett sugeriu, entrando com eles. 


 


Entrando na residência, o casal seguiu Florence e Timothée até o quarto em que ocupariam em uma pequena apresentação da casa pelo caminho. 


 


Deixando o casal a sós para se organizarem, Christopher e Scarlett voltaram para o hall de entrada, recebendo a informação de que mais pessoas tinham chegado, dessa vez, Brie e C. Hemsworth. 


 


A recepção do casamento seria apenas para os amigos mais íntimos, o casamento que seria dali a alguns dias, teriam mais algumas pessoas, mas não deixaria de ser algo menor. 


 


Robert, Gwyneth e a pequena Morgan, logo chegaram também e se juntaram a pequena reunião. 


 


Com todos acomodados, Scarlett reuniu os adultos na sala de estar do segundo andar para o chá da tarde, enquanto as crianças ficavam com as babás. 





20 de setembro de 1816


Kent


Casamento de Christopher e Scarlett


 


Naquela manhã tudo parecia um sonho. Da hora que acordou, com os filhos invadindo o quarto até a hora que teve que se despedir de Christopher repara começar a se arrumar para a cerimônia, Scarlett sentiu que estava vivendo o mais lindo e esperado sonho. 


 


Christopher não estava conseguindo se concentrar em nada, olhava o relógio de dois em dois segundos, querendo que desse cinco da tarde o quanto antes. Queria estar no altar e não na sala de jogos com os outros, queria colocar logo a aliança no dedo de Scarlett e ouvir o padre anunciá-los como senhor e senhora Evans. 


 


Quando finalmente tudo estava pronto, todos arrumados, a recepção, a festa… Christopher foi colocado no altar e o nervosismo tomou conta dele. As mãos suavam, um frio na barriga, o coração palpitando… Se as horas antes de estar naquele altar demoraram anos, esperar por Scarlett ali estava demorando séculos. 





Ajustando os últimos detalhes, Scarlett encarava seu reflexo no espelho satisfeita com o resultado, tinha valido a pena a espera pelo tecido, as várias alfinetadas da modista durante a confecção do vestido, as semanas que passou pensando que ia dar tudo errado, enquanto organizava as coisas a beira do choro, mas no fim deu tudo certo.





Quando a marcha nupcial tocou e Christopher a viu entrando, ele sentiu o mundo todo parar e se concentrar em Scarlett. Em como ela estava bonita e no quanto faltava pouco para serem marido e mulher. 


 


Assim que ela chegou perto o suficiente, Karsten entregou a filha ao Duque, que a recebeu beijando-lhe a testa. Os dois subiram ao altar, posicionando-se em frente ao padre que começava a cerimônia. 





— Você está linda — Christopher sussurrou para ela em determinado momento da celebração, sorrindo ao ver o sorriso dela aumentar, se é que era possível. 


 


— Você também está muito bonito — Sussurrou de volta, aproveitando que o padre e o coroinha arrumavam as coisas para a comunhão. 


 


— Demorou mais que o normal, aconteceu alguma coisa? Estava pensando em fugir? — Brincou.


 


— Estava pensando na possibilidade, mas Charlotte começou a chorar, estava com fome — Comentou. — Estava preocupado de que eu desistisse? 


 


— Eu sei que não faria isso. 


 


— Como é convencido — Replicou dando atenção ao padre, assim que ele chamou a atenção dos dois.  


 


A cerimônia seguiu, o padre orientando quanto aos votos e o que deveriam dizer um para o outro, até que chegou a parte que mais ansiavam. 


 


— E eu vos declaro, marido e mulher. Pode beijar a noiva. 


 


Dando um passo a frente, ficando mais próximo dela, Christopher a segurou no queixo, a beijando. Um beijo rápido, apenas selando o compromisso. 


 


— Anunciando pela primeira vez, Senhor e Senhora Evans — Diz o padre. Os olhares de ambos brilhando de felicidade e realização. 


 


Era oficial. 


 


Estavam casados. 



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Autor(a): lety_atwell

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20 de setembro de 1817 Inglaterra, Londres Christopher e Scarlett   Um ano passava muito rápido.   Eram 365 dias em que muitas coisas tinham acontecido, em que eles se tornaram ainda mais família, em que se amaram ainda mais e ansiavam por mais dias juntos, compartilhando as felicidades e tristezas.    Mais um ano e mais uma temporad ...


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