Fanfic: O Duque e Eu - Evansson - 3° Temporada | Tema: Scarlett Johansson, Chris Evans, Evansson
Inglaterra, Kent
10 de Outubro de 1816
Scarlett, Simon e Scott
– Jogue a bola, Scott — Scarlett incentivava o filho, enquanto o pequeno olhava para cima, indeciso para a mãe, que segurava suas mãozinhas para que ele ficasse de pé, enquanto o irmão, que esperava a bola. Dando passinhos inseguros, Scott foi em direção a bola e a "chutou". — Muito bem! — Festejou, pegando o filho e o abraçando.
— Agora eu, mamãe — Um pouco enciumado, Simon se pronunciou, pegando a bola e a colocando em um lugar estratégico para chutar.
— Que força! — Exclamou a mãe, enquanto via a bola rolar pelo gramado — Pensando bem, você chutava igual quando estava na barriga — Considerou, se lembrando de como Simon era agitado na barriga.
— Era bem forte mesmo — A voz de Christopher surgiu atrás deles, subindo a colina.
— Você e essa mania — Scarlett queria matar Evans todas as vezes que ele a surpreendia daquela forma. Passando Scott para os braços de Poppy, a loura foi até Evans. — Bom dia — Desejou recebendo um beijo na bochecha.
— Bom dia — Disse a beijando — Saíram cedo? — Quando saiu de casa, Christopher notou que o relógio marcava dez da manhã e Scarlett e os filhos deviam ter saído mais ou menos uma hora antes.
— Scott acordou para mamar e Simon acordou em seguida. Como o dia não está muito frio decidimos brincar ao ar livre — Explicou. — Veio nos fazer companhia, Vossa Graça?
— Todo mundo sumiu, fiquei preocupado — A ruguinha de preocupação que tinha no meio da testa de Evans, dizia a Scarlett que ele estava preocupado e ela sabia exatamente o que seria aquela preocupação: de acordar e não vê-la, de saber que ela tinha sumido e levado os filhos juntos.
— Já viu que estamos aqui e que não precisa se preocupar — Scarlett o abraçou ganhando um beijo na testa em seguida. — Tem algum compromisso hoje?
— Robert mandou um recado avisando que não poderá vir nos próximos dias. Então não tenho nenhum compromisso de manhã e alguém me prometeu uma tarde hoje — Lembrou sorrindo, passando os braços por ela. — Agora tenho as manhãs livres para ficar com vocês.
— Um dia todo programado — Debochou sentindo ele passear com as mãos por suas costas. — Que bom. Então você pode ir consolar o Scott — Decidiu, ouvindo o choro do filho. Christopher a soltou, observando o filho caçula que caminhava desajeitadamente até os pais com o rostinho cheio de lágrimas e a mão no joelho.
— O que aconteceu? — Pegando o menino no colo, Christopher levantou um pouco a calça que Scott usava, analisando o joelho do menino que estava um pouco ralado.
— Caiu — Disse com voz de choro, coçando os olhinhos.
— A mamãe vai dar um beijinho e já melhora, tudo bem? — Consolou Scarlett, beijando o machucado.
— Mamãe, também fiz dodói — Simon deixou a bola no chão, indo até a mãe e mostrando o cotovelo que não tinha nenhum arranhão, mas pela carinha que ele fazia era de se imaginar que estivesse com uma fratura exposta.
— Awn, meu neném, vem cá — Pegando o menino nos braços, Scarlett beijou o "dodói". Simon não era ciumento o tempo todo, apenas quando via que Scott estava recebendo um pouco mais de atenção.
— Que tal entrarmos para tomar o café da manhã? — Sugeriu Christopher, já caminhando com o filho mais novo de volta para casa.
— Ótima ideia, estou faminta.
— Nossa, que surpresa! — Disse irônico, esperando que ela o alcançasse.
Mais tarde naquele dia
Scarlett & Christopher
— Scarlett — Christopher a chamou, entrando na biblioteca depois de vasculhar a casa toda e não encontrá-la, ela só podia estar em meio aos livros, o jogo passatempo que ela tinha adotado depois de chegarem a Kent, quando não estava com os filhos.
— E eu achei que teria cinco minutos de folga — Respondendo ao chamado, Scarlett fechou um livro concentrando sua atenção em Christopher.
— Nada disso, a senhora prometeu — Lembrou, trazendo a promessa do dia anterior.
— Certo, eu prometi — Deixando os livros de lado, a loura se levantou da mesa indo de encontro ao Duque — E o que iremos fazer? — Questionou.
— Que tal o jardim de inverno? — Sugeriu sabendo que aquele era o cômodo mais reservado da casa, além dos quartos. Scarlett concordou, se deixando guiar por ela até o terceiro andar, onde ficava o jardim.
— Você fez isso tudo para mim? — Chegando ao jardim, Scarlett se separou com uma folha xadrez estendida no chão com várias comidas, especialmente doces.
— Se você diz pela quantidade exorbitante de doces, sim, foi para você — Brincou, a abraçando por trás, deitando a cabeça no ombro dele.
— E assumo que tudo isso tem algo em troca, Vossa Graça — Sugeriu maliciosa.
— Um pouco do seu tempo, já que a senhora anda tão ocupada que precisa me encaixar em algum horário — Resmungou — Me sinto indo ao médico, sendo que é a minha mulher — Reclamou, se sentando em uma das almofadas do do sofá que ele tinha pedido para colocarem ali.
— Às vezes você é mais manhoso que seus filhos — Avisou sorrindo, sentando ao lado dele — Vamos ficar aqui a tarde toda?
— Essa é a ideia — Confirmou, pegando uma tortinha de mirtilo e levando a boca dela, que aceitou o doce.
— Está muito bom — Saboreando a torta, a loura pegou mais uma tortinha para substituir a que já tinha comido.
— Ainda me surpreende o seu apetite para doces — Comentou enquanto a observava — Deve ser por isso que você é um docinho.
— Não sei o porquê desse tom debochado. Eu sou um doce mesmo — Respondeu convencida, servindo uma taça de água, bebendo em seguida — Nós não ficamos muito assim, não é? — Pensando que eles estavam vivendo como um casal há mais ou menos um ano, aqueles momentos a sós estavam sendo bem raros.
— Simon ou Scott estão sempre com a gente. Ou os dois ao mesmo tempo — Relevou, lembrando que em qualquer momento em que poderiam estar apenas os dois os filhos também apareciam.
— E alguém ainda quer mais um — Ironizou, cutucando-o na costela.
— Ainda quero ter mais duas filhas com a senhora — Pontuou se esticando para pegar um morango na cesta de frutas.
— Vossa Graça anda bastante exigente, não acha? — Argumentou se virando para ele — e se tivermos mais um menino? Ou dois?
— Teremos que tentar até que saiam meninas — Solucionou satisfeito com o pensamento.
— Ah, claro! Irei engravidar uma vez ao ano para satisfazer os desejos do senhor — Respondeu, se apoiando nele.
— E por que não? — Disse ultrajado, ainda brincando.
— Talvez eu tenha ficado um pouco traumatizada de engravidar de você — Respondeu sincera — Das outras vezes você não esteve exatamente presente, da última vez que estivemos assim tão juntos foi antes de eu ter engravidado de Simon e aconteceu tudo o que aconteceu — Relembrou, sentindo os braços dele a envolveram em confronto.
Mesmo com um ano mais juntos que antes, ainda não tinham conversado sobre tudo o que tinha acontecido.
— Agora é diferente. Nós mudamos, eu mudei — Considerou.
— Eu sei, nós mudamos, mas acho que ainda tenho um pouco de receio com isso..eu quero ter mais filhos, é claro, mas…
— Te machuquei muito, não foi
— Ter se casado com a minha irmã enquanto eu estava cuidando do nosso filho não foi exatamente um bom jeito de evitar que meu coração se mantivesse intacto — Resumiu — E ter me engravidado enquanto você estava casado com ela não ajudou muito também — Acrescentou.
— Entendi! Já entendi — Anunciou já sentindo dor física pelo arrependimento das atitudes do passado. Scarlett riu, beijando a bochecha dele em consolo.
— Posso te fazer uma pergunta? — O momento era tão íntimo e tinha entrado em assuntos que eles não tinham falado, que era simples falar sobre aquelas coisas que ainda estavam guardadas.
— O que? — Sentando-se melhor nas almofadas, Evans a encarava curioso, esperando pela pergunta.
— O que te fez largar tudo e procurar Hayley? — Ela tinha um pouco de medo daquela resposta. Se dissesse que tinha desejos, algum tipo de atração pela irmã não sabia se poderia continuar sem pensar naquilo a todo momento.
— Emily já tinha perdido tantos filhos e isso estremeceu nossa relação, mudou tanta coisa e quando o médico disse que se você não tomasse cuidado perderia o bebê eu fiquei com medo de acontecer a mesma coisa. — Enquanto falava Christopher fazia um carinho distraído ao longo do braço dela, organizando os pensamentos.
— Porque você já tinha passado por isso? — Deduziu.
— Também, mas porque eu te amava e não queria passar por tudo aquilo de novo, não queria te ver quebrada como vi Emily. — Considerou desanimado — E… eu já estava gostando de poder acreditar que iria ser pai, já tinha até planos.
— Que você não cumpriu — Completou prestativa, rindo da careta que ele fez.
— A questão é que eu fui covarde e me escondi com medo de tudo e usei a Hayley como fuga. Eu fui idiota e quando vi já tinha feito uma promessa a ela — Suspirou por fim.
— O que sentiu quando disse que estava grávida de Simon?
— No momento em que me disse que estava grávida foi como ganhar na loteria, o melhor presente de aniversário — Como se voltasse Aqua noite, ele estava perdido em pensamentos enquanto tentava organizar as palavras — Eu estava feliz e ansioso para saber como aconteceria aquela gravidez, ver sua barriga crescer… eu sei que tudo o que aconteceu depois não me dá muita credibilidade, mas foi real — Concluiu o Duque.
— E com Scott? — Acrescentou, gostando de ter escutado aquilo. Sabia que ele tinha ficado feliz com Simon, lembrava da reação dele e como ele tinha ficado feliz. Com Scott, ela não estava lá, então precisava perguntar.
— Estava tão desesperado porque vocês tinham desaparecido que só fui me animar com a notícia de que teríamos mais um filho quando te vi e tive certeza de que o bebê nasceria bem — Contou brincando com o desenho do espartilho dela — Por que não me disse nada antes de ir?
— O que deveria te dizer? Que apesar de você estar casado com a minha irmã, nós iríamos ter outro filho?
— Sei que não seria a coisa mais fácil, mas naquele momento eu faria qualquer coisa para te ter de volta — Considerou.
— Hayley estava grávida — Relembrou — E era sua esposa — Acrescentou, quando viu que ele iria refutá-la com a informação de que ela também estava.
— Você já era mãe do meu primeiro filho — Rebateu. Em resposta, Scarlett apenas arqueou uma sobrancelha — Essa conversa vai para algum lugar no final de tudo?
— Depende das suas respostas, vossa graça — Resumiu, bebendo mais um pouco de água — Quando resolveu que eu seria a melhor escolha ao invés de Hayley, quando estávamos em Somerset.
— Você sempre foi você. Sempre foi fácil ficar perto de você, de conversar, de te amar… sempre foi fácil, gostoso e, com um excelente bônus, você é linda e isso contou muito — Não precisou pensar muito para que lembrasse do motivo por ter se apaixonado por Scarlett, a calma, o cuidado, o carinho… — Ah, e você era fácil de ler — Acrescentou.
— Eu lembro disso — E realmente lembrava da primeira noite, do primeiro toque, a primeira chama do amor nascendo — Ainda sou fácil de ler, vossa graça? — Perguntou sedutoramente maliciosa.
— Descobri da pior forma que não — A expressão divertida dele foi substituída por uma fechada.
— Se importa de explicar?
— Antes de me casar com Hayley fui até você para perguntar sobre a integridade da sua irmã — Esclareceu.
— E eu disse que ela era adequada mesmo sabendo do casamento — Concluiu — Você queria que eu respondesse o que? Ainda mais depois do seu grande discurso elogiando ela
— Discurso? — Perguntou confuso. Não se lembrava de ter falado nada além de perguntar se Hayley era apropriada.
— "Óbvio que ela tem ótimas qualificações como pessoa, mas seria bom alguma confirmação a mais" — Repetiu, relembrando as palavras que ela ainda se lembrava, engrossando um pouco mais a voz para soar mais como ele.
— Fui tão idiota assim? — Sim, ele tinha sido e feito coisas ainda piores depois daquilo.
— Foi. Mas, para sua sorte, eu amo você — Declarou, se endireitando para olhá-lo melhor.
— Eu te amo mais — Retribuiu apaixonado.
Scarlett sorriu com a declaração apaixonada, sentindo um calor encher seu coração. Ela só não tinha definido ainda se gostava mais de ouvir a voz apaixonada dele, do brilho no olhar aí dizer aquelas palavras ou do sorriso que se abria ao ver o dela.
— Sabe, você está ainda mais apaixonado que antes — Comentou gostando da análise. De fato, ele estava mais amoroso, carinhoso e até um pouco carente da atenção dela, bem mais que antes e ela até que estava gostando.
— Nunca ouviu dizer que a distância e a saudade aumentam o amor? — Disse divertido, apertando de leve o nariz dela. — Sempre fui apaixonado por você, a diferença é que agora eu sei como é te perder — A loira o observa minuciosamente e viu o brilho em seu olhar desaparecer ao cogitar perdê-la novamente.
Se erguendo um pouco da posição que estava, ela o beijou com todo o amor e carinho que conseguia passar com aquele gesto
— Se continuar assim nunca irá me perder, Vossa Graça — Aconselhou.
Com certeza ele a mimaria. Faria todos os desejos e tudo mais que ela quisesse.
— Agora que a senhorita já perguntou tudo o que queria é a minha vez. Tenho uma pergunta também — Ele tinha apenas uma dúvida, já que depois de tantos acontecimentos que os separaram ela continuava a amá-lo
— Quando entendi que, mesmo depois do casamento e de ter me feito chorar por noites seguidas, meu coração sempre baterá mais forte por você. — Ela não precisava pensar muito na resposta, quando já tinha passado noites e mais noites pensando e chorando com a resposta do seu coração.
Mas ele também a amava daquela forma que chegava a doer.
E os dois tinham muita noção disso.
Inglaterra, Somerset
20 de outubro de 1815
Chegar a Inglaterra não tinha sido fácil, levaram meses até que tudo estivesse da forma que queria e agora finalmente poderia colocar os pés onde um dia chamou de lar.
A casa não era exatamente o que costumava ser, estava bem abandonada, afinal faziam anos desde a última vez que estivera ali. Precisaria de uma boa organização, mas cuidaria daquilo depois. A bagunça do lugar era um mero detalhe perto das coisas que precisaria organizar para que seus planos tomassem forma.
Somerset
27 de outubro de 1815
Christopher e Lisa
— Sabe que o senhor é meu único filho, não é, Christopher? — Questionou a mãe do Duque, enquanto vasculhava entre suas jóias, procurando o anel que o filho tinha pedido.
— Eu tenho certa ciência disso — Confirmou o homem, achando graça daquilo — Por isso a senhora voltou a Somerset comigo para pegar seu anel de noivado — Disse casualmente, com um sorriso de canto.
— Sem ver meus netos — Disse revoltada, pegando outro porta-jóias para procurar a peça. — Já disse a Scarlett que estamos ficando sem paciência? — Perguntou se referindo a ela mesma e ao pai de Evans.
— Aconteceram muitas coisas antes e ela só quer um tempo para nós quatro — Repetiu o discurso pela décima vez desde que chegaram a Somerset.
Depois da conversa que teve com Scarlett, Christopher decidiu que deveria acelerar algumas coisas como o casamento dos dois e faria o pedido no aniversário dela em menos de um mês, mas precisava do anel de noivado da família que tinha sido de sua bisavó antes de ser da mãe e agora seria de Scarlett. Não tinha tido coragem de colocar aquele anel em nenhum dedo antes da loura, não parecia certo. Não as amava como amava Scarlett.
— Você que faz besteira, mas quem leva o castigo somos nós? Scott tem quase dois anos e ainda não sei como ele é, nunca o peguei nos braços. — Lamentou, tirando a parte de cima de uma das caixas.
— Lembre-se que parte da culpa é da pressão do papai para ter outro herdeiro — Pontuou, esperando que aquela caixa fosse a certa.
— Ainda assim você fez a maior parte das besteiras — O culpou, se sentando ao lado dele. — Aqui está. — Entregando o anel ao filho. — Ela é especial, não é? — O brilho no olhar do filho não era só das pedras de diamantes que refletiam a luz, mas também de amor.
— Muito — Confessou com um sorriso tímido, não costumava falar dos romances que tinha com outras pessoas, muito menos com a mãe.
— Então volte logo a Kent e coloque isso na mão dela — Encorajou, com tapinhas nos ombros dele.
Ele mal podia esperar para fazer aquilo.
Autor(a): lety_atwell
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01 de novembro de 1815 Inglaterra, Kent Scarlett Scarlett não achou que voltaria a sentir tanta falta de Christopher quando já tinha se acostumado com ela uma vez. Porém era diferente daquela vez, sabia que ele voltaria, que logo estaria com ela e com os filhos, mas nada tirava a sensação de abandono. — Mam&a ...
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