Fanfic: O Duque e Eu - Evansson - 3° Temporada | Tema: Scarlett Johansson, Chris Evans, Evansson
20 de fevereiro de 1815
Inglaterra, Somerset
Christopher e Simon
O dia não estava exatamente ideal para caçadas, na verdade, nem havia o que caçar, mas Christopher andava um tanto quanto ansioso nos últimos tempos com algumas questões da paternidade e resolveu sair para atirar com Simon.
— Segure assim e deixe a postura assim — Christopher orientava Simon, o instruindo como deveria segurar a arma. — Agora destrava aqui e aperta aqui — Destravando a arma e apertando o gatilho, Simon deu o primeiro tiro.
— De novo! De novo! — Repetia eufórico, pulando animado.
— Christopher e Simon Evans! — Ouvindo seus nomes, os dois se viraram na direção de uma Scarlett ameaçadora.
— Se eu correr, você corre, viu Simon? — Sussurrou Christopher para o filho, que o olhou cúmplice.
— O que eu disse sobre atirar? — O olhar severo da loura destinada a Christopher indicava que ela queria respostas e bem rápido.
— Papai disse que só quando você não estivesse vendo — Delatando o crime, Simon encarava Scarlett com aqueles olhinhos brilhantes que derretiam a mãe.
— Muito bonito, Christopher.
— Ah, meu amor, não acha que ele precisa aprender a atirar? Está no manual dos cavalheiros — Considerou indo até ela, passando os braços por sua cintura. — Como estamos essa manhã? — Ainda era cedo para Scarlett estar acordada, ela sempre se levantava por volta das dez e descia próximo a hora do almoço.
— Sem enjoos ou fadiga — Relatou, deixando que ele a abraçasse.
— Isso é bom, não é?
— Suponho que sim, mas algo me diz que esse bebezinho está guardando surpresas para mais tarde. — Ainda desconfiada do repentino sumiço dos enjoos, ela tinha certeza que em algum momento do dia cairia enjoada na cama. Com Simon e Scott os enjoos tinham parado no meio do quarto mês, indo para o quinto e o desaparecimento repentino no começo do quarto mês de gestação.
— Já mexeu? — Em seu questionário diário Christopher sempre incluía, ansioso, aquela pergunta. Tinha sentido muito pouco de Simon e menos ainda de Scott e, daquela vez, ele queria sentir o bebê o máximo que pudesse.
— Ainda não, senhor ansioso — Se desvencilhando dele, Scarlett voltou a cruzar os braços o encarando de forma severa — Falando sério, Christopher Evans, já disse que deve esperar para que Simon tenha aulas de tiro. Ele tem apenas quatro anos.
— Daqui alguns dias fará cinco — Lembrou em um resmungo.
— Achei que a criança aqui era o Simon — Repreendendo o Duque mais uma vez, Scarlett encarava o homem à espera da resposta que queira.
— Tudo bem, Scarlett, eu espero até que ele esteja maior — Bufou concordando.
— Ah, mamãe! — Simon reclamou, decepcionado.
— Não Simon, você ainda é muito pequeno — Cortou, estendendo a mão para ele que pegou um pouco emburrado. — Quando você conseguir segurar a pistola sozinho, aí eu deixo que aprenda — Disse decidida, caminhando com o menino de volta para casa.
— Scott, onde está? — Quis saber Christopher os acompanhando, assim como os criados que carregavam os equipamentos usados.
— Está com a sua mãe. Sabe como ela gosta de dedicar uma parte da manhã aos meninos — Comentou.
— Achei que isso incluísse você, já que o bebê não nasceu ainda. Assim, você deveria estar ocupada agora — Disse pensativo.
— Ah! Por isso vice trouxe o Simon?! Achou que eu estaria ocupada com sua mãe e Scott e aproveitou que não estaria vendo — Concluiu, repassando exatamente o que Christopher tinha planejado.
— Porém alguém não cumpriu com a sua parte do plano — Repreendeu, balançando a cabeça em negativa — Como nosso casamento vai funcionar assim? Com você não cumprindo a sua parte.
— A minha parte? Vamos ver a minha parte, Senhor Evans — O tom levemente ameaçador e irônico dela o fez rir. Eles não estavam de fato brigando, Christopher rir era uma bela demonstração de que era mais uma brincadeira entre eles do que uma briga. Porém, alguém que via de fora, estava gostando de ouvir aquele pequeno desentendimento. — Minha parte é ser uma boa esposa, e para a sua sorte eu sou excelente, assim como mãe, e garantir que o ducado tenha herdeiros. Temos dois e contando, ou seja, desempenho minha função com maestria. — Pontuou, tentando não rir da cara debochada de Christopher — Agora alguém está querendo me atrapalhar — O alfinetou. Ele gargalhou, voltando a enlaçá-la pela cintura, a beijando o pescoço.
— Poderíamos continuar com essa discussão mais tarde? Preciso saber se já falou com Jeremy? — Como Robert ainda não tinha encontrado os papéis e precisava deles o quanto antes.
— Mandei um mensageiro há dois dias, ele deve responder logo — Avisou, andando mais devagar.
— Por quê eu sinto que estou perdendo alguma coisa nisso tudo? — perguntou curioso, a olhando desconfiado.
— E o que eu estaria escondendo? — Retrucou.
— Não sei — Ele deu de ombros — Mas faz um tempo que a mocinha deixou de ser legível — Reclamou, a cutucando na costela.
— Isso ou você precisa prestar mais atenção em mim? — Provocou.
Voltando para a mansão, Christopher acompanhou Scarlett com o resto da rotina matinal dos filhos, saindo para se encontrar com Robert após o almoço.
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— Evans, conseguiu o que te pedi? — Assim que Christopher passou pela porta, Robert o acertou com a pergunta que estava sem resposta há várias semanas.
— Scarlett mandou uma mensagem para Jeremy, imagino que dentro de um ou dois dias teremos a resposta — Um pouco mal humorado, Evans se sentou em sua mesa, pensativo sobre o assunto.
Scarlett estava demorando demais com aqueles papéis, muito mais do que deveria e do que ambos gostariam. Mas Christopher tinha certeza que Scarlett estava escondendo alguma coisa.
— Vocês são inacreditáveis!! — Robert riu, indignado com a situação — Demoraram anos para colocar as coisas no lugar e agora que estamos a um passo de oficializar o casamento, estão nessa enrolação toda — Relatou sem entender.
— Eu sei, Robert, eu sei — Concordou, bufando frustrado. — Scarlett está… eu não sei se tem alguma relação com a gravidez ou coisa assim, mas ela está me escondendo alguma coisa.
— E o que ela esconderia depois de tudo o que aconteceu entre vocês? Ela, mais do que ninguém, deveria estar ansiosa para que tudo esteja pronto o quanto antes.
— Não sei o que ela está escondendo, mas que tem alguma coisa ali, tem — Considerou, imaginando o que a loura estaria escondendo.
01 Março de 1815
Scarlett e Anne
Hora do chá
— Isso é mesmo necessário? — Incomodada com o mar de talheres a sua frente, Anne tentava se lembrar da ordem de Scarlett sobre não se curvar na hora de levar a comida a boca.
— É claro que é — Respondeu convicta, ajeitando o guardanapo em seu colo.
— Eu já sei tudo o que está me falando, Scarlett — Reclamou a outra.
— De qualquer forma, mesmo que você saiba as regras de etiqueta à mesa, nunca é demais relembrar — Decidiu.
— Já que minhas habilidades foram finalmente julgadas e avaliadas, o que acha de falarmos sobre o baile? — Sugeriu, bebendo um pouco de água da taça.
— Acho que acontecerá em julho, agosto ou setembro — Comentou sem muito interesse.
— Pensei que fosse acontecer no próximo mês.
— Ainda estará frio.
— Não tanto quanto o que estamos agora — Considerou.
— E eu não estarei tão grávida como estarei mês que vem.
— Ah, é isso? Não quer dar o baile porquê estará gravida? — Perguntou estranhando.
— Também. — Ponderou a loura. — E grávida não aproveitarei tanto da festa quanto deveria.
— Pensando assim, seria bom mesmo adiar — Concordou — E se fosse no aniversário do Simon?
— Não vou conseguir organizar um baile em sete dias — Soltou exasperada. — Não seria bom no final e se for dessa forma, prefiro fazer em outra oportunidade.
Anne concordou com um aceno de cabeça, continuando com o chá.
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Christopher se espreguiçou na cama em busca do corpo de Scarlett para se abraçar, porém encontrou apenas o vazio. Assustado, ele se levantou, varrendo o quarto com o olhar em busca da loura. Para seu alivio, ela estava na sacada do quarto, observando uma chuva fina cair. Se levantando, ele foi até ela, a envolvendo pelos ombros.
— Sem sono, Petit? — Perguntou, apoiando o queixo no topo da cabeça dela.
— Seus filhos constumam me deixar insone — Mesmo que não estivesse vendo sua expressão, ele sabia que ela estava sorrindo.
— Como assim "meus filhos", achei que fossem nossos — Brincou.
— Quando estão me dando trabalho eles são todo seus — Replicou, puxando as mãos dele para sua barriga, que a cada dia parecia um tantinho maior, em um lugar específico. — Sentiu? — Perguntou pressionando o toque com um pouco mais de força.
— Mexeu? — Perguntou só para confirmar, tinha sentido o leve movimento da barriga dela, o bebê se mostrando a eles. Scarlett assentiu.
— Ainda é bem pouco, mas logo teremos problemas para manter esse neném quieto — Comentou divertida, recebendo um beijo em seguida. — Imagino que agora você não vá sair de perto da minha barriga.
— De você toda — Corrigiu, a guiando de volta para a cama — Sei que você está com insônia, mas esse bebê precisa dormir e a mamãe dele também — A colocando debaixo das cobertas, ele se deitou em seguida, a puxando para um abraço, de conchinha.
Scarlett se deixou ser embalada pelos braços dele e a música de ninar que ela sempre cantava para os filhos que ele sussurrava em seu ouvido, sentindo as pálpebras pesadas rapidamente.
10 de Março de 1815
5° Aniversário de Simon
Scarlett ainda se perguntava se chegaria um dia em que não se emocionaria pelo aniversário de algum dos filhos. Scott ainda levaria onze dias para completar seu primeiro ano, mas já imaginava que ficaria emotiva quando o dia chegasse.
Simon estava a cada dia mais esperto, sendo o menino travesso de sempre e se mostrando muito interessado em conhecer tudo. E Scarlett ficava ainda mais encantada por ser mãe daquele menininho.
— Mamãe, por que você está assim? — Simon perguntou, comendo seu café da manhã, estranhando o olhar emocionado da mãe.
— Porque você está crescendo tão rápido — Comentou chorosa, limpando as lágrimas que começavam a escorrer.
— Aí, que mamãe melosa, não é, Simon — Hayley provocou, entrando na sala de jantar. — Parabéns, amorzinho — Deixando um embrulho na frente do sobrinho, a morena se sentou ao lado de Simon para fazer a refeição.
— Como diz, Simon? — Christopher incentivou, para que o filho agradecesse a tia pelo presente.
— brigadu, titia Hayley — Agradeceu o menino.
Sendo Simon o centro das atenções daquele dia, as vontades do menino foram cumpridas, do sorvete no café da manhã ao bolo de chocolate com muito chocolate e torta de groselha a noite.
21 de Março de 1815
1° Aniversário de Scott
— Você pode parar de chorar? — Christopher pediu entre o riso e o desespero, abraçando Scarlett e Scott, tentando consolar a loura que chorava copiosamente.
— Meu bebê está fazendo um ano — Murmurou entre as lágrimas, apertando ainda mais o filho caçula.
Scott olhava os dois com a testa franzida, tentando entender o que estava acontecendo e por que a mãe chorava tanto.
— Amor, em algum momento ele teria de fazer um, dois, três… — Comentou rindo.
— Mas precisava ser tão rápido? Parece que aproveitei mais do Simon com essa idade do que Scott. Imagina com o bebê? — Perguntou já antecipando o sofrimento e voltando a chorar.
— Meu amor, o bebê nem nasceu — Argumentou rindo.
— Christopher, não me peça para der racional quando eu tenho um bebê na barriga e dois que estão crescendo muito rápido! — Repreendeu, fungando.
— Está bem, mamãe sentimental — A beijando mais uma vez, ele deixou que a loura aproveitasse um momento mãe e filho com Scott.
Por não terem feito uma comemoração do primeiro ano de Simon pelo luto de Scarlett e a questão do casamento de Christopher, Lisa e Robert resolveram empenhar uma organização um pouco mais elaborada para o aniversário do segundo neto. Não era nada muito grande, como Scarlett e Christopher preferiam, mas era o suficiente para demonstrar o amor que sentiam pelo pequeno.
25 de Março de 1815
Inglaterra, Somerset
Scarlett e Anne
O dia estava atipicamente fresco para o meio de março, quando o frio deveria começar, então Scarlett aproveitou o que restava de tempo bom fora de casa para sair em uma caminhada com Anne.
— Anne, agora que reparei que a senhorita está sem seu chapéu de passeio — Observou, quando estavam andando a alguns minutos. A moça colocou a mão na cabeça reparando que estava sem o acessório. — Advinha quem terá que voltar para buscar.
— Ah, Scarlett! Estamos só as duas aqui — Reclamou. — E não me olhe assim, não sou um dos meninos — Repreendeu assim que Scarlett a olhou da mesma forma que fazia com os filhos quando faziam alguma coisa errada.
— Mas a senhorita vai ter que ir buscar o chapéu, querendo ou não — Impôs, cruzando os braços. — E nada de bufar, revirar os olhos ou bater o pé… — Listou rindo, sabendo que ela se irritaria por ser exatamente o que Simon fazia.
Respirando fundo, Anne deu meia volta rumando para a casa. Scarlett sorriu, repousando a mão na barriga, aumentando ao notar o gesto. As dores e mal estares não eram nada bons, o parto também não precisava ser lembrado, mas ver Simon e Scott pela manhã a fazia se sentir a mulher mais sortuda do mundo.
Estava contemplando o silêncio e a beleza do final do inverno inglês, quando se sentiu vigiada, olhando ao redor a loura não encontrou nada que pudesse ser suspeito. Dando alguns passos para voltar a residência, Scarlett sentiu seu corpo ser colocado contra alguém forte, que cobriu sua boca com um pano úmido de algo que a estava deixando zonza até que tudo apagou.
Autor(a): lety_atwell
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25 de Março de 1815 Inglaterra, Somerset Anne Anne voltava com o seu chapéu devidamente colocado, com a expressão entre calma e emburrada esperando ver Scarlett no lugar em que a tinha deixado, mas só encontrou o vazio. — Scarlett?? — Chamou olhando em volta, esperando que a loura aparecesse, mas ...
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