Fanfics Brasil - Capítulo 8 - Escuridão Cruel Intentions Ψ DyA Trendy Hot

Fanfic: Cruel Intentions Ψ DyA Trendy Hot | Tema: Dulce e Alffonso


Capítulo: Capítulo 8 - Escuridão

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O colégio inteiro, ou os alunos, estavam uma pilha.

Motivo? Festa.

Teria uma festa na casa do Oliver amanhã. Todo mundo deixava de viver por causa disso. A única preocupação era com a roupa.

A coisa mais ridícula, é que os alunos bolsistas que eram pobres vinham falar comigo para eu doar roupa, e eles irem de penetra na festa do meu colega Oliver.

Eu apenas ignorava, porque se eu fosse falar algo, eles ficariam traumatizados.

Eu gostava bastante de festa, mas não tanto como essa gente idiota que parece que nunca foi para uma.

Era uma sexta, estava quase anoitecendo, e nós precisávamos terminar o trabalho de Literatura sobre Romeu e Julieta. Não estaríamos aqui, se ontem o Herrera fizesse o trabalho ao invés de ir comer alguém.

A Biblioteca estava vazia. Só tinha a gente a velhinha, a nova bibliotecária.

- Estou cansado. – Ele falou pela milésima vez.

- E eu vou repetir: Antes você cumpre suas responsabilidades, depois você come alguém.

Ele esticou os braços, e depois passou a mão pelo rosto.

- Já está acabando idiota. – Peguei o livro e comecei a ler para ele digitar. – "… em Romeu e Julieta a imagem dominante é a luz, e todas as formas e manifestações da mesma: o sol, a lua, as estrelas, o fogo, os raios, os flashes de pólvora e a luz que reflete a beleza e o amor, enquanto, que em contrapartida, temos a noite, a escuridão, as nuvens, a chuva, a névoa e a fumaça."

- Caroline Spurgeon? – Ele perguntou ainda digitando.

- Isso aí. – Fechei o livro e comecei a arrumar minhas coisas. – Pronto, amanhã eu envio isso para o professor e imprimo.

- Amanhã tem festa.

- A festa é de noite.


Ele salvou o arquivo e desligou, me entregando o notebook branco. Nós arrumamos nossas coisas e andamos para fora do colégio em silêncio, até ele quebrar isso.

- O que você acha que predomina na sua vida? Luz ou Escuridão? – Continuamos andando.

Pensei sobre o assunto. Nosso trabalho era sobre a Temática de Romeu e Julieta, e bom, Luz e Escuridão estavam inclusos.

- Não sei. Acho que nenhum dos dois.
- Então qual? – Ele estava curioso demais.

- Tempo e morte. – Olhei para ele e ri. Ele apenas me analisou. – Que foi? Fica olhando sempre desse jeito para mim.

- Você é bipolar?

- Acho que não. Talvez. Não sei. – Eu ri mais ainda.

- Por que você acha que é tempo e morte?

- Porque todo o resto é tão escroto.

- Ah claro. – Ele fez uma careta

- É só que... O que a gente chama de escuridão pode não ser tão ruim, e o que a gente chama de Luz pode não ser tão bom. Sexo na maioria das vezes são apenas corpos lutando pelo prazer, Azar e Sorte é relativo. São apenas termos para diferenciar altos e baixos na nossa vida. Erotismo é quando você vê algo de maior em partes intimas, está incluso no sexo, e amor... Puff. Essa porra não existe.

- E tempo e morte?

- É a única certeza de tudo. E enquanto conversamos o tempo passa sem avisar, sem fazer diferença por agora, e quando percebemos é tarde demais. E morremos no fim. Nossa saída “triunfal” da Terra é a morte. Perfeito não é? A gente é só mais um.

E lá estava ele me analisando mais uma vez.

- Se você olhar mais uma vez desse jeito para mim, eu...

- Você não faz nada.

- Não por isso. – Sorri torto. – Chegamos. – Era meu dormitório, e ele veio me deixar na porta dele.

- Eu venho amanhã te buscar para irmos juntos.

- Eu não quero ir com você. – Sorri andando para entrar. – Ah! – Ele olhou para mim. – Vá pela sombra.

Ele fez uma careta e sumiu na escuridão das árvores.
Estava me arrumando para a festa, e Anahí se maquiava, nós conversávamos e trocávamos opiniões sobre as roupas dos outros.

Minha roupa era casual, eu não era muito do tipo que dançava, bebia, e fazia sexo nessas festas de campus, eu fazia isso na Mad, mas não aqui.

- Você quer apostar quanto que a Bekki vai com aquele vestido Oscar de La Renta da nossa última ida a Roma?

- Eu acho que ela vai com aquele vestido só para chamar atenção.

- Foi uma boa compra. – Anahí falou. – Você devia ter comprado, ficou melhor em você.

- Por isso ela comprou.

- Está pronta? – Ela perguntou.

- Terminando de colocar minha sandália.

Alguns minutos depois estávamos prontas.

As meninas estavam lá embaixo nos esperando.

- Olha só, não sei porque eu ainda insisto em esperar você, Dulce. – Mai riu e me abraçou. – Prontas garotas?

- Sempre. – Bekki disse e ela estava mesmo com o vestido.

- Sabe Bekki. – Eu falei abraçando Mai. – Sabe aquele vestido Armani que você queria?

- Sei. Meu pai tinha cortado meu cartão naquele dia.

- É. Eu o comprei. – Sorri para ela. – Não precisar agir como uma pobrezinha por causa desse vestido, ele ficou melhor em mim, e nós sabemos que sua bunda fica aparecendo nele. – Sorri torto para ela.

- Vamos garotas? – Anna perguntou rindo.

- Colocou camisinha na bolsa Mai? – Perguntei. – Poupe seu organismo de outro aborto.

- Obrigada por lembrar.- Andamos de mãos dadas até o motorista da Mai vir nos pegar.


Não era longe, mas era perto do rio, ou seja, perto do mato, e nós não íamos a pé.

Chegamos e a casa estava lotada de gente chegando. Iluminada.

A casa era enorme, de madeira, e janelas e portas enormes de vidro, três andares, terreno enorme. Ponto para o pai do Oliver.

Eu apenas odiei aquela decoração rústica. Aqui era cidade pequena mas não tinha fazenda.

Entramos e a música alta fazia o chão tremer.

- Meninas. – Oliver veio nos abraçar. – Quanto tempo Dulce. Esse colégio é tão grande que quase não nos vemos.

- Verdade Oli. – O abracei e ele deu um tapa na minha bunda.

- Você está gostosa. – Ele sorriu safado.

- Você disse a mesma coisa a dois anos atrás nessa mesma casa.

- Cara. Você tinha acabado de perder a virgindade. Eu podia finalmente dar graças ao Ucker por experimentar você. – Ele sorriu.

- Okay. Vou passear por aí.

Mai, Bekki e Anna já tinham sumido, e Anahí conversava com o Christian.

Sai andando observando aquela gente louca por festa.

O melhor dessas festas é que nunca tem comida, o que fazia todo mundo terminar vomitando e dormindo no jardim. Oliver se fodia.

- Dul! – Era a Cecile. – Como vai você? – Ela estava de mãos dadas com o Christopher.

Me perguntei se eles eram irmãos siameses para andarem grudados.

- Vou bem e você? – Sorri o mais falso que podia.

- Também. Adorei a blusa.

- Oh, obrigado. Ainda não comprei aquela do “Fuck You, Bitch”. – Sorri esperando que ela entendesse que era para ela aquela indireta.

Eles sorriram para mim.

- Herrera ainda não chegou. – Christopher falou rindo.

- Ainda bem. Fiz uma reza braba antes de vir para que isso acontecesse.

Passaram –se alguns minutos e estávamos ali eu, Christopher e Cecile. Tentei ignorar as borboletas ao ter visto Ucker. Cacete, eu ainda gostava dele.

- Dulce, você tem cigarro? – Ele perguntou sorrindo para mim docemente.

Suspirei como uma escrota.

- Sim. Marlboro Intense.

- Não amorzinho. – Cecile falou. – Vocês vão ficar com pulmões pretos.


- Preto combina com nossa pele. – Comentei colocando um cigarro no bico e dando um para o Christopher.

- Bom, então fumem sozinhos. – Ela saiu emburrada.

- Temperamental ela hein? – Traguei sentindo aquela fumaça gostosa me invadir por dentro, ao mesmo tempo olhando para Christopher fazendo o mesmo.

Ele tinha pau pequeno mas sabia me comer de jeito. Senti falta disso.

- Um pouco. – Ele sorriu para mim. – Sinto sua falta Dulce, do seu jeito blasé e do seu gosto para cigarros e comida. – Ele sorriu para mim.

Sorri para ele soltando a fumaça.

- Você sabe que também sinto sua falta.

- Do que sente falta?

- Sinceramente?

- Sim. – Ele tragou me olhando nos olhos.

- Do seu beijo, do seu cheiro, do seu jeito, do sexo, do calor, do suor. De tudo. Do jeito que me tratava quando percebia que me amava, e do jeito que me machucava quando me traia, do jeito que você ficava bêbado e me tratava como uma vadia.

- Você dizia que quando eu estava bêbado eu te dava os melhores orgasmos.

- Porque eu gostava de ser tratada como vadia. Por você.

Ele riu colocando o cigarro no cinzeiro.

- Você também me machucou. Não soube dar valor ao que tinha, por isso fui embora.

- Eu ainda te amo. – Falei meio desesperada.

- Desculpe Dulce, mas você nunca amou ninguém. Nem mesmo a mim. Apenas a si mesma.

- E você? Você me ama?

- Não. – Ele falou sério, e a expressão dele era de convicção. – Eu preciso ir procurar minha namorada. Desculpe por isso.

Joguei meu cigarro no cinzeiro e fui atrás da única pessoa que podia aliviar essa merda de dor.

Peguei o celular e enviei uma mensagem para ele me encontrar na frente do banheiro.

Ele já estava lá.


- Quanto você tem aí, Greg?

- Para você só tenho 1 grama.

- Preciso de duas. Para hoje e para amanhã.

- Só tenho 1 para você.

- Deixa de ser escroto e me dê duas. Pago dobrado.

- Tudo bem. – Ele mexeu no casaco e tirou dois saquinhos com pó branco.

- Não tem vidro nessa porra não né?

- Não para você maninha. – Ele sorriu.

- Obrigado Greg. – Peguei 5 notas de 100 dólares e entreguei a ele.

Tinha uma garota esperando na fila, mas passei na frente dela, entrando no banheiro, e na primeira cabine que vi aberta.

Abaixei a privada, levantando minha saia e ficando de joelhos no chão, estiquei as 4 fileiras na tampa fechada. Era muito para começar. Mas mesmo assim encarei.

Peguei meu AmEx e uma outra nota de 100 que já estava enrolada e cheirei a primeira fileira. Fraco.

Funguei duas vezes.

As outras 3 logo se foram. Funguei alto, passando a palma da mão no nariz para aliviar a agonia do pó no nariz.

Coloquei os saquinhos, o cartão e a nota na bolsa. E sai do banheiro, preferi não olhar no espelho e ver meus olhos vermelhos.

Fui para perto do quarto de Oliver e me sentei no chão. Levantando as pernas, colocando a cabeça nos joelhos e esperando o efeito que logo veio mas logo se foi.

Fiquei mais um tempo por lá, uma dor de cabeça enorme se instalou, levantei a cabeça e tudo rodava.

Era sempre assim.

Peguei dois comprimidos no pequeno pote branco jogado na bolsa e engoli sem água. Notei um casal passando na hora.

Percebi que eram as últimas pessoas que eu queria ver naquele momento.

Tirei a fita e o grampo que prendia meu cabelo. Deixando por ali mesmo.


Olhei para o lado. Vi Cecile com o vestido preto curto demais na barriga, ela estava suada, Christopher na frente dela com a calça aberta mas não abaixada, conectado a ela pelo pau pequeno. Ele a segurava com força, e ela arranhava a pele exposta por baixo da camisa, acho que eles estavam quase gozando, porque ele aumentou os movimentos frenéticos, e ela subiu mais as pernas, facilitando-o chegar mais fundo.

Por fim ele continuou segurando ela cansado, e depois de chegar aonde ele queria, a beijou. Não apenas um beijo, mas um beijo com paixão. Eu pude ver as línguas se enroscando. Ele nunca me beijava daquela forma.

E fiquei com nojo. Nojo de mim, por ser uma perdedora, e sofrer desse jeito como os escrotos que eu dizia que eram inferiores a mim.

Me levantei com dificuldade, deixando aquela cena precária para minha mente.

Desci as escadas depois de um século. No último degrau eu ia cair, mas alguém me segurou. Quase não pude perceber quem era.

- Você está bêbada? – Herrera me perguntou me analisando de um modo diferente do normal. Ele inclinou a cabeça para frente sentindo o cheiro da minha boca com uma careta. – Não. Só tem cheiro de cigarro.

Ele me segurava pelo braço como um idiota.

- Você pode me soltar? – Ele soltou em seguida.

E senti um conforto por ver alguém amigável e familiar por perto.

Meu coração apertou pelo modo que eu o tratava, mas logo passou. Foi repentino.

Andei rápido até sair da casa, andando em direção ao lago na frente da casa.

- Não vai se suicidar não né? – Escutei um grito atrás de mim, e passos rápidos por Herrera está correndo.

Ele logo me alcançou e foi inevitável não rir. Eu gargalhei e as lagrimas saíram ao mesmo tempo, fazendo aquela merda de maquiagem começarem a borrar.

Me sentei na ponte de madeira, pegando um cigarro e colocando na boca.

Ele pegou o próprio isqueiro e acendeu.

- Noite difícil? – Perguntou sentando-se ao meu lado.


Observei a noite, ignorando as pessoas atrás de nós, e som abafado pelas paredes da casa.

- Nunca é difícil. – Respondi tragando, ainda deixando as lagrima descerem e manchar meu rosto.

- Eu disse para você não vir.

- Para o que? Fazer como as pessoas fazem? Enganar a morte? Eu ia deixar de vir para enganar a mim mesma? Repetir para mim mesma que eles não são felizes sendo que eles são?

- Poupar você mesma disso. Desse sofrimento.

- Não preciso que me poupem. Existe coisa pior no mundo, só não consigo diferenciar no momento.

- Eu sinto muito. – Nos olhamos.

- Não sinta. Já disse.

Voltamos a olhar para o lago, refletindo a luz da lua na água.

- Escuridão. – Continuei olhando para frente e tragando.

- Hãm? – Ele me olhou.

- Escuridão também predomina na minha vida.

Ele não falou nada. Eu também não.

Ficamos ali em silêncio, ele às vezes saia para pegar mais cerveja para nós.

Não precisei cheirar mais naquela noite, e ele não saiu do meu lado.

Sobrevivi ao lado dele.



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Autor(a): emily87

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