Fanfic: Cruel Intentions Ψ DyA Trendy Hot | Tema: Dulce e Alffonso

Fechei minha última mala, e coloquei no chão. Peguei minha bolsa, e Alfred e o motorista já estavam na porta do meu quarto.

- Senhorita, o Gabriel já está aqui para levar suas coisas para o carro.

- Tudo bem, está tudo pronto. – Olhei ao redor.

Gabriel pegou todas as minhas malas sem falar nada e desceu. Alfred continuava na porta me observando olhar o meu quarto.

- Não precisa dessa nostalgia, senhorita.

- Você sabe que eu não me importo, Alf. – Olhei para ele sorrindo.

- Claro que se importa.

- Desculpe desapontar sua teoria sobre mim. – Fui até ele e o abracei. – Obrigada de novo Alf. Você é o único que é meu protegido e o único que eu amo.

Alf deveria ter por volta dos 65, cabelos grisalhos, magro, e sempre com uma aparência impecável. Trabalhava aqui em casa desde que eu nasci. Eu tinha babás, mas ele era quem dava as ordens quando meu pai ou mãe não estavam. Ele que me educou, ele que via minhas tarefas de casa, ele que ia as reuniões na escola. Ele era meu pai. John estava muito ocupado com negócios e putas. Minha mãe com bailes e roupas.

Alf era o único que eu amava e confiava.

- Obrigado, Dul. – Ele sorriu. Ele nunca me chamava por nenhum apelido. – Eu a vejo no próximo verão, certo?

- Eu presumo que sim. – Sorri e o abracei mais uma vez.

Fui andando com ele para frente da casa.

- Você sabe se o Greg irá hoje?

- Na verdade, ele já foi pela manhã.

- Ainda bem. – Nós rimos.

Os outros criados estavam na porta. Dei um abraço em Nina e em Alf, e acenei para os outros.

Entrei no carro e fui levada para o Charles de Gaulle, o aeroporto de Paris. Estava cheio, na verdade lotado – por turistas escrotos - por ser fim das férias.

Cuidei de tudo e me sentei na primeira classe do avião, sem escalas. Odeio escalas, totalmente desnecessárias e cansativas.

Em pouco tempo estava nos Estados Unidos. Maldito lugar.

O avião pousou em Miami, e tive que pegar outro avião para Luisiana. Fim de mundo miserável. Olha onde eu vim parar!

Miami era um nojo. Eu odiava olhar para fora da janela enquanto estávamos decolando. Tentavam enganar com aqueles arranha-céus com mesma arquitetura “moderna” e de 5° categoria. Fora os...Habitantes.

Se brincar até o prefeito era ilegal em Miami.

Depois de chegar em Luisiana, o meu motorista daqui estava me esperando. Andei até ele, entregando as malas, e agora teria que encarar 3 horas de viajem para Westlake, onde a escola ficava.

Interior. Mato. Lagos. Animais. Caipiras. Fim de Mundo. Infelicidade da Dulce.

Pelo menos, as pessoas que estudavam no AA não eram caipiras. Eram pessoas vindas do mundo inteiro. Eu juro. Tinha tudo o que você poderia imaginar.

Elite. Elite. Nada de proletariado.

Os herdeiros mimados de todo o mundo, que pagavam uma escola preparatória, não uma escola normal, essa merda preparava para as melhores universidades do mundo. Havard, Stanford, Oxford, Cambridge, Yale, Princeton entre outras.

Estava encostada na janela da Mercedes Guardian, vendo as árvores verdes demais, por causa da época do ano. Elas só ficavam assim no verão, mas minha época preferida aqui era outono. Tudo ficava lindamente laranja. As folhas enormes caiam e se amontoavam nos jardins. Era incrível, não posso negar.

Cheguei ao colégio no fim da tarde. A maioria dos alunos estava espalhada. Com roupas normais é claro. As malditas aulas só começariam amanhã.

Antes de sair do carro, soltei os cabelos e ajeitei minha meia preta, coloquei as sandálias de salto preta. Coloquei meu casaco no braço e peguei minha bolsa.

A maioria dos alunos estavam nos jardins conversando, se abraçando e fingindo que estavam com saudades. Bando de idiotas.

Agora, eu cheguei.

- Leve minhas coisas para o dormitório feminino. Meu quarto é no 5° andar. O último é o 5F, e é o único que divide com apenas uma pessoa.

Informei ao motorista e desci do carro. Bem no meio, para que todos que estavam ao redor me olhassem.

A escola era enorme, parecia uma universidade, ou um colégio interno católico, aqueles que lembravam um castelo.

Andei sem olhar para ninguém em direção para dentro do colégio.

Escutei cochichos por toda parte, pessoas olhando, e sorrindo. Idiotas.

- É a Dulce María! – Alguém falou alto demais. – Dulce María Saviñón.

Andei e fui para a secretaria, tinha uma fila de umas 5 pessoas. Todas elas olharam para mim e abriram caminho acompanhado de um sorriso babaca.

- Obrigada. – Sorri e passei na frente.

- Srta. Saviñón! Espero que tenha feito uma boa viajem. – A funcionária me cumprimentou. – Todas as suas coisas e do seu irmão foram providenciadas pelo Sr. Saviñón. O 5F continua seu e da Srta. Portilla.

- Anahí já chegou de NY? – Perguntei pegando alguns papéis que ela me entregara.

- Chegará essa noite. – Ela sorriu. – Srta. Perroni e o Sr. Uckermann chegaram. – Ela piscou para mim.

- Se controle Lena. Só perguntei pela Srta. Portilla. - A repreendi.

- Desculpe, Srta. Saviñón.

- Me dê logo minhas coisas para que eu possa descansar. – Ela me entregou uma sacola, que tinha minhas fardas, e uma pasta, onde teriam meus horários.

- Escolha os cursos Senhorita, e depois assine. Já sabe dos esquemas. – Claro. Fazia isso toda merda de ano.

Escolhi Literatura, Jornalismo e Administração.

A primeira por curiosidade, a segunda por querer mesmo, e terceira, eu e Greg éramos obrigados.

Esse drama deveria ter em toda família rica que tinha empresas.

Peguei as coisas e fui para o dormitório. Algumas meninas me cumprimentaram. Só as que me conheciam é claro, alguns meninos avisaram de uma festa – que eu não iria – e me cantaram. Ninguém tocou no assunto do Christopher.

Joguei minhas coisas em cima da cômoda.

Esse era o único quarto do dormitório feminino que só podiam hospedar 2 pessoas. Tentei ter um quarto apenas para mim, mas foi impossível.

Decidi ficar com o 5F. Era o maior. Mais bem decorado, mais espaçoso, mais ventilado, e a vista dava para o jardim do colégio.

O prédio do dormitório dos meninos ficava do outro lado. Cada dormitório tinham dois prédios. Era aluno pra cacete.

Ficavam em lados opostos, por conta das putas no cio. O colégio ficava a uma distância considerável e era o mais alto. Rodeava todo o lugar. Eram portas, salas e lugares que não acabavam mais.

O colégio era como a Disney. Ou como uma pequena cidade. Era enorme.

E eu? Eu era dona de tudo.

Estava sentada na cama, descalça e com pijamas, apenas com o abajur ligado e assistindo televisão. Passeava pelos canais pensando em como iria encarar a Cecile e o Christopher.

Eu e o Christopher éramos namorados. Éramos amigos quando crianças, nossos pais eram amigos, e aos 12 anos começamos a namorar. Estávamos juntos desde então. Minha primeira vez foi com ele. Minhas únicas vezes até dois meses atrás foram com ele.

Mentira.

Nós brigávamos muito, nós tínhamos um relacionamento de idas e vindas. Eu transava com outros e ele com outras. Mas sempre voltávamos.

Aí do nada, antes das férias começarem, ele terminou comigo. Ciarlo.com estava fervendo com notícias novas sobre mim, o site começou a ser o mais acessado, e todos do mundo sabiam que agora eu estava solteira. Para completar, saiu uma foto do Christopher e da Cecile aos beijos em no Pazzi , uma das melhores boates de Roma.

E eu? Minhas únicas fotos, eram saindo bêbada da Mad em Paris com outras putinhas. E claro, todas sozinhas e solteiras.

Era como o meu fim.

Alguém bateu à porta xingando algo.

- Ei DBitch, vai me ajudar ou vai ficar pensando em como ferrar com a Cecile? – Ela tentava carregar as malas.

- Anahí! – Sorri e fui ajudá-la.

A Anahí era uma vadia. Exalava sexo por todos os poros. Era minha amiga desde os 10 anos, quando nossos pais viraram sócios. Ela veio estudar aqui desde então e nós nunca nos desgrudamos.

Ela dividia o quarto comigo há anos. Mas não era confiável. Era fraca, e era idiota.

Mas era suportável.

- Meu motorista foi embora antes que eu mandasse. Miserável. Perderá o emprego pela manhã.

- Coitado dos filhos e da mulher dele. – Ela me olhou surpresa pelo meu comentário de falsa preocupação e caímos na gargalhada.
Ela colocou as coisas no canto se deitou na cama dela suspirando.

- Esses cobertores estão horríveis. Preciso comprar outros.

- Como foi NY?

- Muitas festas. Muita merda. Eu vou te contar tudo amanhã quando todas as outras meninas estiverem presentes.

- Tudo bem.

- E aí? Paris... Christopher, como está tudo?

- Se você teve acesso à internet eu não preciso falar nada.

- Então é tudo verdade. – Ela suspirou.

- Tudo.

- Você não está transando com ninguém? – Ela me olhou assustada.

- Eu fodi uns dias com um cara de Moscou.

- Nome.

- Não lembro. Estava muito bêbada. Mas ele parecia ser de Moscou.

Ficamos conversando algumas merdas e deitamos nossas cabeças cheias de merda no travesseiro.

Amanhã era como dia de abate. Muitas cabeças iam rolar.

E eu e minhas amigas éramos as açougueiras.

A essa hora todos deveriam ter chegado.

Bem-vindos ao Alpha Academic!

Será que você está pronto para enfrentar esse ano? Porque eu estou.