Fanfic: Cruel Intentions Ψ DyA Trendy Hot | Tema: Dulce e Alffonso

Não tive problemas em acordar, mesmo sem o Alf eu posso fazer minhas coisas sozinha e bem-feitas. Acordei cedo o bastante para tomar um banho decente no meu banheiro exclusivo, fazer uma boa maquiagem e arrumar minhas coisas para o primeiro dia. Não levaria muita coisa, já que é apenas o primeiro dia e apenas terá apresentação.

Ugh!

Apresentação significava ficar sentada quase a manhã inteira no salão de palestras. Isso seria o pior se Clara Pines não fosse a apresentadora. Ela falaria a manhã inteira.

Coloquei minha farda com alguns reajustes é claro. O pior era a sandália. Demorei longos minutos para escolher a sandália. Eu não usaria a que o colégio me submetia. Era o cúmulo.

Escolhi uma sandália preta fechada e com um pouco de salto. Na merda que eu usaria meia. Dane-se se a cor se era branca ou preta. Eu pareceria uma velha lutando conta frieiras nos pés.

Fiz o cabelo mais simples, nada muito idiota ou cheio de coisa como muitas meninas iriam fazer. Muitas delas acordavam altas horas para encher a cara de maquiagem e deixar o cabelo duro a fim de mostrar para todos “olha como eu sou gatinha, gatinho.” Idiotas.

Chamei Anahí umas 20 vezes. Na 21° ela acordou.

Ela chegaria atrasada, dane-se ela. Peguei minha bolsa Louis Vuitton combinando com essa merda de farda colegial pré-histórico.

Desci as escadas do dormitório até que escutei os gritos.

- Dulce! Dulce – Olhei para idiota da Anahí que estava berrando e correndo. – Espera sua puta!

- Se tivesse acordado na primeira vez que te chamei pouparia a si mesma disso. – Apontei para ela.

- Não tive tempo.

- Foi o que eu quis dizer. Vamos embora.

Nós andamos bastante até chegar na sala de palestras. Até lá muitas paradas nós fizemos. Já que alguns idiotas conhecidos queriam abraçar eu ou Anahí.

- Meninas! – Era Maite com as meninas chegando perto de nós.

Os alunos estavam em suas rodinhas de amigos no jardim, esperando a grande porta abrir para começar a palestra de apresentação.

- May! – A abracei com um sorriso. – Como foram as férias?

- Meu pai me deixou de castigo esse verão por conta do aborto que tive que fazer.

- Ah! – Isso acontecia com frequência. – E foi difícil? – Perguntei.

- Dói bastante, mas depois de uma noite repousando...

- Você contou para o pai? – Era Anna emitindo um som.

- Ela não sabe quem é o pai. – Bekki falou ajeitando os cabelos longos.

- Realmente. Não sei. – Maite olhou a unha e depois sorriu. – E você, Dulce? Eu soube o que aconteceu. Eu sinto muito...

- Oh! Se você está falando do Christopher e eu, tudo isso é passado. O Ciarlo faz parecer uma grande novela mexicana. – Menti.

- Oh, sei como são essas coisas... – Ela falou me abraçando de lado.

- Eu soube que a Cecile tem casa em Paris. – Anna falou.

- Bom... Ela não é minha vizinha. – Sorri indiferente.

- Na verdade, eu soube que ela fez uma plástica no nariz.

Bekki era definitivamente a maior fofoqueira do colégio. Qualquer coisa ou informação que alguém quisesse ter, ela saberia.

Ela certamente deve ter conta no Ciarlo.

- Sério? – Anahí perguntou mais chocada do que quando Mai falou do aborto.

- Sim! – Bekki falou empolgada sorrindo.

Todas as meninas – incluindo eu – nos aproximamos em uma pequena roda para sussurrar.

- Eu soube que lá na Itália... – Bekki continuou. – Eu soube que ela tem um médico confiável. E que Christopher e os amigos ficavam falando do nariz dela. Ela teve uma crise histérica uma vez e na outra semana do verão apareceu com um nariz novinho.

Todas gargalharam enquanto voltavam para seus lugares.

- Típico dele e dos amigos. – Observei rindo.

- Vocês souberam do aluno calouro? – Anna falou.

- Claro... O que todos estão falando? O Al..

A grande porta de madeira se abriu e todos desviaram a atenção e entraram.

A primeira turma era o 3° ano. Depois se seguiria pelo 2° e pelo 1°. Mudaram os esquemas, porque ano passado era todo mundo junto. Era uma grande merda.

Alguns alunos ficaram do lado de fora e nós entramos.

Meninas e meninos de lados separados. Grande idiotice não é? Também acho.

Fiquei na frente com as meninas. Primeiro ficamos em pé. Clara Pines entrou com sua roupa de liquidação de Natal do ano retrasado e começou a falar, mas falou tanta merda que eu não sei como eu aguentei.

Fiquei conversando com Maite sobre a coleção outono da Gucci.

- Gucci é boa apenas para sapatos. – Anahí entrou na conversa sussurrando quase alto demais.

- Eu sei... – Tentei falar, mas fui interrompida.

- Srta. Saviñón, mas que honra tê-la mais um ano conosco. – Clara Pines falou no microfone que estava em cima de uma bancada de madeira – Vejo que já estão colocando os assuntos em dia. – Ela sorriu falsamente.

- Oh, sim. – Respondi sorrindo sem vergonha alguma.

Todos viraram suas cabeças para me olhar.

- Gostaria de dividir conosco sobre o que estavam conversando? – Ela sorriu mais falso ainda.

Todos cochichavam e me veio algo a mente.

- A Sra. não gostaria de saber.

- Mas é claro que gostaria. Agora estamos todos curiosos. – Ela deu uma risadinha olhando para todos os alunos riquinhos na sua frente.

-Tem certeza?

- Fale!

- É que todos estão comentando sobre... O seu casinho com o professor de Álgebra. – Tentei ser o mais casual possível.

- Mas...

 - Ah... E tem mais. Todos comentaram que a bibliotecária foi demitida por ter visto vocês dois fazendo... Coisas na mesa da diretoria.

A única coisa que eu poderia escutar eram altas risadas. As risadas e cochichos ecoavam por todo o salão.

- O ano letivo mal começou e já está causando problemas e inventando mentiras.

Não era mentira. Estava no Ciarlo, nojenta.

- É só o começo, Sra. Pines.

- Você está gritando para ser expulsa no primeiro dia.

- Papai mandou dizer que você vai ter que me suportar por mais um ano.

Sorri por minha nova vitória.

- Me veja na diretoria depois do almoço, Saviñón. – Ela voltou a atenção para um papel na bancada.

- Você sabe que eu não vou. – Sussurrei quando ela voltou a falar como se nada tivesse acontecido.

- Isso foi... Maravilhoso, DBitch. – Anahí falou.

- Eu sei. – Sorri.

Mais ladainha sobre o novo ano e chegou a hora de cantar os hinos. O do colégio e dos Estados Unidos da América.
Eu fazia questão de não cantar, mas mantive a postura. Olhei para trás para procurar o idiota do Christopher, eu sabia onde ele gostava de ficar, o lugar preferido dele naquele salão.

Olhei para o conjunto de bancos paralelo ao das meninas. Minha cabeça estava voltada para trás, rodopiei meus olhos... Oliver, Jackson, Christian, mais dois idiotas e ele.

Christopher estava cochichando algo com um cara que eu não podia ver o rosto. De repente esse mesmo cara desviou o rosto como se soubesse que eu estava olhando. Ele me fitou, e não tirou os olhos dos meus por alguns segundos como se estivesse me analisando.

Era a mesma expressão que eu vazia quando provava um D&G.

Eu conhecia todos por aqui, sabia das fichas até dos novatos, sabia quem entrava e quem saia desse inferno que chamamos de colégio.

Fiz uma busca rápida em minha mente, e não me lembrava de nada sobre ele.

Algum primo do Christopher? Não, eu conhecia todos. Amigo de bebedeira.

E veio parar aqui? Não, não.

Eu não sei quem é esse cara, mas eu vou descobrir.

Por fim ele sorriu torto. Arqueei minha sobrancelha e Anahí me cutucou com o cotovelo.

Desviei meu rosto.

Alguns segundos depois olhei de novo e ele já não estava mais prestando atenção em mim.

Calouros! São os mais idiotas.