Fanfic: Confiar em um Lobo - Vondy - TERMINADA

Como havia predito, meia hora mais tarde teve lugar um último e forte pulso. O corpo de Dulce se dobrou quando os quadris do Christopher deram um convulsivo e poderoso impulso. Ambos gritaram quando o último jorro de sua ardente semente salpicou suas paredes internas. Derrubando-se pelo esgotamento, notaram como o duro nó do membro do Christopher se afrouxava e como a rigidez ia desaparecendo. A vagina de Dulce se relaxou, deixando escapar a cansada carne do Christopher. Deslizou-se brandamente e ambos suspiraram aliviados.
Dulce afastou fracamente os travesseiros e rodou sobre seu traseiro.

— Para o seu bem, espero estar grávida — lhe advertiu, embora seu débil tom de voz careceu de qualquer tipo de ameaça.
A mão do Christopher cobriu seu ventre enquanto inalava profundamente.
— Ele ou ela está aí, carinho — a assegurou —. Confie em mim.
A mudança em seu aroma resultava inequívoco. Dulce tinha concebido.
Ela sorriu fracamente e imediatamente dormiu. Christopher reuniu a suficiente força para cobrir aos dois com um lençol e sem vacilar, seguiu-a.
Dormiram placidamente durante várias horas, até que Dulce despertou assustada. Sentiu uma estranha combinação de dilatações e contrações por todo seu corpo. Não eram dolorosas, mas sim desorientadoras e confusas.
Inclusive embora a habitação estivesse escura, podia ver claramente, e quando inspirou para estabilizar seus nervos, seu sentido olfativo se viu alagado de dados. Acima de tudo, encheu-a o aroma do Christopher, acalmando o medo com sua mera presença. Saboreou o aroma de seus corpos, de seu amor e o almiscarado aroma do sexo. A mescla de seus sucos supunha uma potente combinação. Outra inspiração lhe trouxe o aroma do couro e o chocolate. De sua bolsa, que se encontrava em uma cadeira ao outro lado da habitação, e da barrinha que tinha metido dentro para comer-lhe durante o trabalho. Pela janela aberta, a brisa chegava carregada com os aromas e sons da noite. A água, o persistente e forte aroma que emitia a grama coberta de rocio.
O chapinho constante da água ao cair no fundo da fonte. O vento, criando diversos sons que fluíam em infinitas ondas. O rangido suave das folhas das árvores, o tamborilar dos ramos de um arbusto contra a casa, o silencioso sussurro da grama quando se agitava no jardim. O animal — seu interesse aumentou notavelmente quando cheirou ao coelho.

Congelou-se quando sentiu como seus músculos pareceram agrupar-se e esticar-se, preparando-se para uma perseguição. Sua boca se fez água e a fome aguilhoou seu ventre pensando em carne fresca, quente, sangrenta. Um grunhido retumbou desde sua garganta e saltou surpreendida.
— Que diabos — murmurou —. Christopher, acorde! — disse em voz alta, lhe sacudindo.
Era totalmente desnecessário. Despertou-se com o som de seu grunhido, ficando instantaneamente alerta, explorando com todos seus sentidos alguma possível ameaça. Não encontrou nenhuma, derrubou toda sua atenção em Dulce e se relaxou, um diabólico sorriso cobriu seus lábios. Seus olhos se transformaram em prata fundida. A conversão a fazia reagir violentamente, alterando-a, trocando-a, voltando-a sua mulher-lobo.
Estendeu a mão e a passou pelo cabelo dela, colocando uma mecha detrás de seu ouvido.
— Não te alarme, Dulce, é pela conversão.
— Que não me alarme? Está louco? — gritou, a incredulidade e a falta de sono provocaram sua irritabilidade — Despertei e na primeira coisa que pensei foi em caçar e comer um pequeno coelhinho. Cru. E me pareceu boa idéia. O mesmo coelhinho que posso ouvir e cheirar sobre a grama. Que não me alarme? Não acredito que possa, companheiro.
Christopher colocou um braço sobre seus ombros e a empurrou para deitá-la de novo sobre a cama, colocando-a sobre seu peito.
— Se quiser posso sair e caçar pra você — brincou com ela, sabendo que seu rechaço seria apaixonado e rápido. Não ficou decepcionado.
— Infernos, não! — vociferou — Não vou perseguir a um lindo e precioso coelhinho e fazer uma comida com ele.