Fanfic: Confiar em um Lobo - Vondy - TERMINADA

Os pais do Christopher ficaram extasiados. O método seguro e inequívoco pelo que um homem lobo escolhia a sua companheira, certamente, não lhes deixava nenhuma dúvida de que seu filho tivesse feito a escolha correta. Dulce tinha um pouco de inveja de quão fácil tinha sido para o Christopher dar a notícia a seus pais.

— Hum — cantarolou ela com apreciação enquanto suas mãos afrouxavam firmemente seus tensos ombros —. Pediram-me pra que te dissesse que estão com muita vontade de lhe conhecer — lhe informou ela.
Ele elevou uma cínica sobrancelha.
— Estou seguro.
— Estão — lhe assegurou —. Ou logo estarão, depois de que recebam o telefonema de Anahí.
— O que tem Anny que ver com isto? — perguntou com um cenho confuso.
— Mamãe e papai adoram a Anny. Confiam incondicionalmente em seu julgamento — explicou Dulce —. Quando ela lhes der sua entusiasta recomendação sobre ti, suas mentes se tranqüilizarão.
Christopher girou lentamente sua cadeira para encará-la. Colocou um dedo sob o queixo dela e a forçou a elevar os olhos para que se encontrassem com os seus.
— Dói-te que confiem no julgamento de Anahí e não no teu — cravou brandamente.
Ela assentiu, elevou-se da cadeira e caminhou para a janela.
— Sei que cometi um engano, mas eu… — O tom triste de sua voz o fez sofrer por ela.
— Amava-lhe — declarou Christopher de maneira franca, reconhecendo abertamente o desagradável fato. Seguiu-a à janela e a envolveu em seus braços, atraindo-a contra seu peito —. Aceitei o fato de que uma vez amou a outro homem. E sinto verdadeira pena de que tenha te machucado tanto esse asno.
De Dulce escapou um pequeno bufo entrecortado.
— Mas nunca estive mais agradecido em minha vida, do que estou por ele não ter te feito feliz. — Apertou seus braços em torno dela —. Se o tivesse feito, nós nunca teríamos nos conhecido. Ou se nos tivéssemos nos conhecido, teria passado o resto de minha vida enterrado na tristeza, sabendo que minha companheira pertencia a outro homem. Ninguém escolhe amar, é o amor que faz a escolha. Seus pais sabem, Dulce. Acredito que subestima sua compreensão. Amam-lhe, e estou seguro de que confiam em ti tanto quanto sempre o fizeram. — Deu-lhe um apertão admonitório —. Deixa-o já, coração, não fique triste sem razão.

Ela se girou em seus braços e lhe apertou com uma gratidão tão feroz que ele grunhiu pela pressão que ela aplicava.
— De boa vontade teria sofrido uma dor dez vezes maior se tivesse sabido que ao final estaria me esperando. Amo-te. — O último foi dito em um sussurro, enquanto lutava contra as lágrimas que fluíam de seus olhos e contraíam sua garganta.
A testa dele encontrou a dela com um suave golpe.
— Isso é tudo para mim, Dul, porque confio em seu julgamento. Sem reservas.
Seu sorriso choroso tocou o coração dele e logo seus lábios docemente sensuais tocaram os seus, outorgando um beijo de uma beleza tão delicada que lhe comunicou sem palavras a profundidade de seu amor por ele. Christopher sentiu que as lágrimas lhe velavam os olhos quando se uniram, envoltos no calor de seus corpos e o rufo harmonioso de seus corações.
— Por certo — murmurou Dulce brandamente —, disse-te que minha irmã está de caminho?
Christopher gemeu.
—Irá adorá-la — prometeu Dulce, com um sorriso brincalhão curvando seus lábios, enquanto um olhar de sedutora inocência enchia seus olhos —. Confie em mim.
Essa tarde Dulce e Christopher se retiraram ao escritório, onde Christopher acendeu o fogo da lareira. Agosto estava chegando a seu fim e dava passo a setembro, e as noites se estavam voltando mais frias.
Vadiaram comodamente no sofá, abraçados, contemplando o fogo.
— Tire a roupa — sussurrou Christopher em seu ouvido.
— Farei-o se você o fizer — replicou ela com um sorriso sensual.
— Esta vez não, coração — se negou Christopher —. Eu não sou o que está a ponto de converter-se em lobo.
O coração de Dulce se acelerou quando se sentou bruscamente.
— Está seguro de que deveríamos fazer isso? Não estou segura de estar preparada. — Sua mão se moveu protetoramente sobre seu estômago —. Não machucará ao bebê, não é?
Christopher ficou em pé e puxou-a para elevá-la.

— Não fará mal ao pequeno — lhe assegurou brandamente, enquanto começava a lhe desabotoar com firmeza a camisa —. Você adorará, Dulce. Acredite-me, será fácil.

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