Fanfic: Confiar em um Lobo - Vondy - TERMINADA

Christopher caminhava com o suave e confiante deslize de um predador seguro de seu domínio. Ia vestido de maneira singela, conjuntando o branco e o negro. Umas botas negras, uns jeans negros ajustados e uma folgada camisa branca com o pescoço aberto, revelando o início dos escuros cachos que, ela sabia, cobriam-lhe toda a extensão de seu duro e musculoso peito.
O sol do entardecer se refletiu em seu cabelo, mostrando brilhos dourados e avermelhados. Chegou até ela e tirou os óculos de sol que protegiam seus olhos, observando sua absoluta imobilidade, envolvendo-a no dourado calor de seu olhar.
Um tremor de reconhecimento a percorreu — o inerente reconhecimento de uma fêmea ante a presença de um macho alfa. Os machos alfa exigiam submissão. Começaram a embargá-la necessidades que nunca tinha chegado a admitir ou explorar. Imaginar-se sendo dominada e com uma total perda de controle lhe causou uma agitação e confusão irritante.
Dulce se encontrou sumida em uma série de emoções contrapostas, de uma pura e primária luxúria a um medo que instigava seu instinto de preservação. Ficar nas mãos deste homem, lhe dar sua confiança, era o mais tentador e o mais aterrador que tinha tido que confrontar em toda sua vida.
Obrigou-se a permanecer de pé, embora sentisse o impulso de girar e pôr-se a correr para procurar a segurança, a sua e a dele. Corajosamente encontrou seu olhar de admiração.
Christopher se aproximou do alpendre e estudou Dulce. A via doce e inocente em seu diáfano vestido cor pêssego. Seu encaracolado cabelo escuro, junto com seu vestido, destacava a dourada cor de sua suave e cálida pele.Entretanto, um silencioso grunhido retumbou em seu peito. Sabia a paixão que encobria esse exterior tão cândido. O grande e perverso lobo estava ansioso por jogar.

Para um observador normal ela pareceria tranqüila e serena, mas Christopher podia sentir sua confusão interior. Sua aguda visão detectou a dilatação de suas pupilas e o obscurecimento da íris enquanto suas emoções giravam. Pôde cheirar o início de seu desejo, assim como o medo que o corrompia.

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