Fanfic: Confiar em um Lobo - Vondy - TERMINADA

Christopher se sentiu aliviado ante sua capacidade de brincar. Já estava melhor.
— Irei — concedeu, depositando um beijo sobre sua testa —. Mas tome cuidado.
Quando a porta se fechou atrás dele, Dulce se encurvou sobre a borda da banheira, sentindo os joelhos instáveis. Juntando as restantes e minguantes força, escovou os dentes e lentamente se despiu. Ajustando a temperatura da água, entrou na ducha e suspirou enquanto a água quente caía em corrente sobre seu dolorido corpo. Sua mente desconectou durante um momento e se surpreendeu balançando-se. Pensar no que Christopher lhe diria se caísse na banheira, a incentivou para que terminasse o mais rapidamente possível. Secou-se e colocou a camisa masculina, encolhendo-se de ombros ante a ausência de roupa íntima limpa. A suave camisa lhe chegava quase aos joelhos.

Cobrindo-se com o roupão, saiu do banheiro e entrou no quarto, perguntando-se onde dormiria. Não disposta a meter-se no que deveria ser a cama de Christopher, acomodou-se sobre a cômoda cadeira junto à janela e quase imediatamente adormeceu.
Lá embaixo, na cozinha, o Dr. Duarte caía dentro de um sanduíche de rosbife quando Christopher entrou. Saudou-lhe com seu sanduíche e engoliu.
— Confio plenamente em que um lupino disponha da melhor vitela. Esta a comprou do Dave Newberry, no Sheraton, não foi?
— Culpado. Ninguém possui vitelas como as do Dave — reconheceu Christopher. Sentou-se à mesa, em frente do Jack —. Me conte.
— Drogaram-na — declarou Jack sem rodeios —. Notou esse débil, mas penetrante aroma? — Ante a afirmação de Christopher, continuou —: É uma mescla especial de distintas ervas e drogas. Ela vem percorrendo todas as zonas que os jovens lupinos andam, e a utilizam para aumentar sua diversão. Para nossa raça é relativamente inofensivo, considerando a resistência que temos às substâncias aditivas. Para um humano…? Bom, já viu o resultado.
— Filha da puta. — Acalmada a ira de Christopher, fez que quase sentisse pena pelo culpado. Quase.
— Por sorte, colocou-a doente antes que seu sistema o absorvesse por completo. Julgando a dilatação de suas pupilas e a perda de funcionalidade motora, diria que se não tivesse se desfeito do conteúdo de seu estômago, neste momento estaria em uma condição muito mais séria.
Christopher se levantou e começou a passear pela cozinha.
— Vou matar a essa puta — jurou.
— A quem? — Jack manteve um tom estável. Nunca tinha visto o Christopher tão perto de perder o controle. Pensou que as conseqüências não seriam nada boas.
— A Belinda Shull. — Cuspiu o nome com um juramento —. Apresentou-se enquanto Dulce e eu jantávamos no O’Neal. Deixou cair sua bolsa quando partia depois de sua, hum, cordial visita. Deve ter sido neste momento que jogou o que seja à taça de Dulce.

Se não for pedir muito, comentem.