Fanfic: Confiar em um Lobo - Vondy - TERMINADA

Christopher lhe acariciava os cabelos.
— Não importa, Senhor Modesto — zombou ela.
Seguiram jogando e brincando durante a comida, depois se dedicaram a recolher, fazendo com que a tarde fosse agradável, relaxante.
Quando guardaram o último dos pratos depois de lhe secar, Dulce lhe fez uma pergunta que a tinha estado corroendo desde sua conversa com o Jacob.
— Christopher, sei que sou um pouco curiosa, mas, a que se referia Jacob com isso, de que dessa maneira certa pessoa seria consciente de que suas ações não tinham acontecido desapercebidas? E que incidentes desagradáveis estão tratando de evitar?
Christopher a olhou carinhosamente.
— Sim, é uma conversa que devemos ter. — Assentindo com a cabeça prosseguiu —: Agora é um bom momento. Vamos a meu escritório, ficaremos mais a vontade.
Dulce lhe seguiu meio duvidosa. Suspeitava que nesta conversa iam tratar algumas questões sérias e bastante sensíveis. Só esperou que Christopher não fosse nada parecido a um emigrante ilegal.
Por sua parte, Christopher lutava com algumas outras dúvidas bastante sérias. Tinha chegado o momento de contar-lhe sobre sua herança, antes que ela, sem contar com o conhecimento de que era sua companheira, começasse a preocupar-se. Sabia que gostava e que se sentia sexualmente atraída, mas queria algo mais. Queria seu amor — o amor por parte de um companheiro era de suma importância, vital. Só com seu amor ela séria capaz de aceitar ao lobo.
Mesmo que tivesse descoberto o que ela representava para ele, sua primeira atração foi puramente física. Depois de passar certo tempo com ela, aprenderia cada uma das facetas que formavam Dulce Saviñon. Já a achava fascinante e estimulante, física, mental e emocionalmente.

Com suas amantes anteriores, tinha desfrutado dos consideráveis encontros físicos e apaixonados. Com Dulce, Christopher tinha ido além da união física. Pela primeira vez em sua vida, encontrou-se querendo mais. Seus sentimentos foram além da preocupação e o afeto. Viu-se passando cada um de seus dias com ela. Compartilhando sua vida com ela. Tendo filhos com ela. Amando-a. Compreender isto foi como receber uma patada no estômago por parte de uma mula. Pensar que fosse incapaz de aceitar sua dupla natureza, que o desprezasse, era intolerável. Seu futuro descansava em suas mãos, uma vida cheia de amor, com sua companheira e família, ou a existência solitária de estar sem ela. Nunca se tinha encontrado em uma situação onde não tivesse o controle. O fazia sentir estranho e intranqüilo.