Fanfic: Confiar em um Lobo - Vondy - TERMINADA

Elevou a cabeça, e sem pensar duas vezes, levantou a mão e lhe deu uma bofetada. Dulce ofegou, incrédula e horrorizada, ficou imóvel. Um silêncio sobrenatural encheu o quarto enquanto se olhavam um ao outro.
Christopher rompeu o silêncio, falando rotundamente, sem emoção.
— Acredito que isto me dá a permissão para monopolizar um pouco mais de seu tempo.
A vergonha e o remorso a rasgaram. Finalmente assentiu de forma instável, sem saber a quem odiava mais, a si mesma por cometer este ato violento, ou a ele por provocá-lo.
Voltando para suas posições iniciais, sentaram-se um em frente do outro, mas esta vez como adversários. Logan a observou silenciosamente, ainda lutando com sua crescente dor e cólera.
— Antigamente, quando um lobo encontrava a sua companheira a tomava. Sem nenhuma explicação, sem nenhuma desculpa. Impunha-se a rendição das fêmeas. Agora procuramos ser mais civilizados e aduladores, por isso cortejamos a nossa companheira. Sou um alfa. — Sua voz decaiu soando como um profundo ronrono, embora a advertência fosse claramente evidente —. Nesta situação só posso tolerar muito pouca quantidade de civilização.

Os olhos de Dulce se dilataram, mostrando sua incerteza. Seria possível que lhe houvesse dito a verdade? Uns momentos antes, os olhos dele tinham mostrado um misterioso brilho. Pôde sentir as ondas de calor que emitia e a clara intenção escrita em seu rosto. Também pôde ver a ereção estirando o tecido de seu jeans. Uma involuntária onda de excitação a percorreu quando se encontrou respondendo a seu domínio.
— O que vais fazer?
Lutou por controlar sua voz.
Christopher reconheceu o leve tremor, sua parte lobo se apaziguou ante sua inconsciente submissão.
— Vou demonstrar que pode confiar em mim. Que não te menti. Que sou um homem lobo, e — se inclinou aproximando-se, brilhantes faíscas saltavam dentro de seus olhos — que é minha companheira. Vou transformar-me para ti. Aqui. Agora. Neste momento.
Dulce sentiu pânico.
— Espera! — gritou — Espera, por favor, tenho que saber…
— O que precisa saber? — perguntou com impaciência.
—Não, embora não creia nada do que vai passar, mas, ainda assim… — mordeu o lábio —… Me reconhecerá?
Christopher reconheceu seu medo e incerteza. Sua necessidade de proteger e consolar se reafirmou em seu interior. Tomou sua mão, entrelaçando os dedos com os dela.
— Reconhecerei-te, Dulce. Mantemos uma completa consciência. Só que de uma maneira diferente.
Reconfortada, relaxou-se voltando para a normalidade e aproveitou a oportunidade para perguntar: