Fanfic: Confiar em um Lobo - Vondy - TERMINADA

O coração de Christopher saltou em seu peito.
— Bem sabe pôr o ego de um simples homem pelas nuvens, carinho — a elogiou —. Assim como outras coisas. — Sua boca tomou a dela em um beijo sensível que esquentou seu sangue.
Dulce retrocedeu, ofegante.
— Mas te informo que… — lhe ofereceu —, tudo será perdoado se…
Jogou-lhe um olhar sedutor.
— O que? — Esse olhar incitou Christopher a acessar a algo.
— Alimentar-me — sorriu —. Morro de fome.
— Bruxa. — Colocou o braço sobre seu ombro enquanto a dirigia para a cozinha —. Acredito que devo te alimentar e assim consiga força suficiente para a seguinte rodada.
— Já, já — disse ela sarcasticamente, logo grunhiu quando a beliscou no momento que empurrava a porta da cozinha.

Depois de comer, foram para o escritório de Christopher. Como era domingo, Dulce ligou para a casa de Anahí, para tranqüilizá-la e dizê-la que estava bem. Christopher estava reclinado no sofá, com os olhos brilhantes, sorrindo indulgentemente enquanto uma risonha Dulce conversava com Anahí por telefone. Até sendo mulheres adultas, pareciam retroceder à puberdade quando um novo homem entrava em suas vidas. Bocejou. Depois de tudo, parecia que os excessos noturnos sortiriam algum efeito sobre ele. Christopher adormeceu com o sussurro tranqüilizador de Dulce como fundo.
Despertou com uma cosquinha no nariz. Sem abrir os olhos, estendeu a mão e segurou a uma brincalhona Dulce, colocando-lhe em cima.
— Tire um cochilo comigo — murmurou —. Fica muitíssimo espaço neste largo sofá.
Depositou-a contra seu peito, com a cabeça dela sob seu queixo, seus braços a rodearam para aproximá-la ainda mais. Ambos suspiraram com satisfação e se relaxaram até dormir.
Uma hora mais tarde o ruído discordante do telefone fez com que Dulce saltasse alarmada. Christopher a segurou antes que começasse a rodar e caísse ao chão.
— Se acalme, carinho — murmurou docemente, com a voz rouca pelo sono.
Levantou-se e colocou a uma atordoada Dulce sobre o sofá, depois correu em busca do telefone.
— Sutherland — respondeu energicamente. Logo escutou durante uns momentos —. Excelente, sim, sei. Você e Eddy me asseguram que têm tudo sob controle. — Outra vez escutou o que falavam no outro lado da linha —. Está bem, olhe, tentarei cobrir tudo o que possa. Posso estar ali em poucas horas. Recolha-me na pista de aterrissagem no Tuskero. — Outro tipo de conversa veio da outra parte —. Ok, Parece-te que o vejamos quando chegar? De acordo. —Pendurou o telefone e olhou para Dulce —. Tenho que ir a trabalhar.