Fanfic: Confiar em um Lobo - Vondy - TERMINADA

Ele capturou sua boca em um beijo inoportuno, sua língua entrou rapidamente dedicando-se ao saque e à pilhagem. Apropriou-se do gemido de Dulce enquanto ela ficava devastada por seu apaixonado ataque. Depois de explorar a fundo sua boca, interrompeu o beijo, sussurrando promessas sensuais.
— Também falaremos disto quando chegar em casa.
Dando-lhe um devastador beijo final e uma firme palmada no traseiro, dirigiu-se à rua.
Dulce lhe observou, lhe dizendo adeus com a mão enquanto conduzia para o caminho de acesso. Fechou a porta e se apoiou contra ela. Soltando um forte suspiro e com um sorriso um pouco aturdido, encaminhou-se para o escritório para chamar um táxi.

Um par de dias mais tarde, depois de um dia frenético na loja, Dulce estava em casa descansando sobre o sofá. Simplesmente tinha tomado banho, vestindo-se com uma camisa cor de rosa e seus shorts favoritos de flanela, uns com desenhos de ursinhos. Uma vasilha vazia de salada de massa e um copo pela metade de limonada descansavam sobre a mesinha de café. Na televisão, o meteorologista prognosticava o tempo com confiança.
Espreguiçou-se e bocejou, logo olhou com o cenho franzido a vasilha vazia de massa, perguntando-se se teria suficiente energia para levantar-se e tirá-lo ou se continuava vadiando e olhando a televisão. O repentino som do telefone a salvou de ter que decidir-se.
Dulce vacilou, um cenho pensativo cruzava seu rosto. Tinha que ser Christopher. Tinha-a chamado todas as noites que tinha estado ausente, e ontem à noite lhe tinha assegurado que um dia mais e tudo estaria concluído. Sem escolha, teria que mover-se se é que esta noite retornava. Agarrando o telefone, respondeu suavemente.
— Alô?
— Olá, carinho, sou eu.
Era a voz de Christopher, profunda e rica, enviando uma emoção já conhecida por todo seu corpo.
— Christopher. — Exalou um pequeno suspiro velado —. Já está de volta?
— Sim, carinho. Estou a uns dez minutos. Pegue um pouco de roupa e o que necessite. Vou te pegar e nos dirigiremos diretamente para minha casa. — Houve uma pausa tensa —. Trago novidades para ti, carinho.
O calor sensual que havia em sua voz fez Dulce tremer. Ela fez uma careta, querendo chiar de frustração. Mantendo a voz neutra respondeu:
— Esta noite não posso, Chris. A verdade é que tivemos um dia bastante amalucado na loja e estou exausta. Podemos deixar para amanhã?
Cruzou seus dedos, esperando que então tudo voltasse para a normalidade.
— Está acontecendo algo, Dulce?
— Nada. — esforçou-se por manter um tom casual, natural —. É somente por que estou muito cansada.

— Está bem, está bem, mas ainda pode voltar para casa comigo. — Sua voz se voltou suave, persuasiva —. Senti saudades, Dul. Quero que esteja comigo. Preciso te abraçar, pequena.
Suas vísceras se estremeceram, não só pela necessidade física, mas também pela necessidade emocional.
— Chris, o que realmente preciso é ficar aqui. Somente uma noite mais. Prometo que amanhã estaremos juntos.
Dulce fechou os olhos, balançando-se nervosa, seus dedos se agitavam sobre o tapete.
— Dulce, não terá mudado de idéia? Refiro-me a nós?
Sua dor era evidente inclusive através do telefone.
Dulce se apressou a tranqüilizá-lo.
— Não, Chris! Simplesmente preciso ficar aqui uma noite mais.
—Por quê?
Sua voz soou perigosamente suave.
— Não posso te explicar — tentou deixar o assunto.
— Poderia tentá-lo — pediu, de repente a exasperação enchia seu tom.
O temperamento dela explodiu.
—Te disse que não posso e não o farei!
O próprio temperamento de Christopher se somou à equação.
— Estarei ai em cinco minutos e me dirá que diabo está acontecendo!

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