Fanfic: Confiar em um Lobo - Vondy - TERMINADA

— Não vale a pena. — Dulce lhe rodeou com os braços, lhe acariciando, fazendo que baixasse a cabeça para lhe dar um beijo doce, comovente —. Mas, em todo caso, agradeço-lhe muito isso.
— De nada — murmurou ele —. Por outro lado, não é doentio. Uma boa quantidade de mulheres experimentam o orgasmo mais intensamente durante seus ciclos.
— Quem fala, é a voz da experiência? — perguntou ela.
— De fato… — começou ele.
— Não importa, não quero detalhes. Como sabe tantas coisas, de todas formas? — Sua curiosidade falou mais alto.
Christopher caminhou para o sofá e ergueu Dulce, colocando-a em seu colo. Ela se apoiou contra ele com um suspiro de alegria.
Abraçou-a com suavidade, acariciando seu cabelo.
— Um dia, meu pai, que é muito sábio, sentou a meus irmãos e a mim para ter um pequeno bate-papo. Disse-nos, com um detalhe pouco comum na informação que se dava naqueles tempos, que não havia nenhuma razão para que um homem não soubesse tudo o referente ao funcionamento do corpo da mulher. Disse-nos que precisávamos saber estas coisas, a fim de que pudéssemos ser considerados e pormenorizados com os sentimentos da mulher, quando ela experimentava estas funções femininas. — Christopher recordou o passado com um sorriso nostálgico. — As mulheres, disse-nos, eram algo mais que uns receptáculos com peitos, para nossos pênis.
— Muito bem dito — concordou Dulce.
Christopher beijou sua nuca.
— Também nos disse que conhecermos o corpo da mulher nos faria melhores amantes. E que um amante considerado, pormenorizado e informado, nunca carecia da companhia das mulheres. — Christopher sorriu com ar satisfeito —. E estava certo.

— Seu pai parece um homem muito interessante. Tanto como seu filho, parece-me.
Christopher aceitou o complemento com um abraço.
— Também gostará, carinho. Agora, podemos ir?
Dulce assistiu.
— Vamos.
Elevou-se, colocando-a de pé e plantando de repente um tapa carinhoso em seu traseiro.
— Vá pegar suas coisas, mulher, vamos pra casa.
Dulce começava a dirigir-se a seu dormitório, quando Christopher a deteve.
—Traga seu vibrador — pediu ele.
Seus olhos se alargaram surpreendidos, da mesma maneira em que sua boca se abriu involuntariamente. Deslizou um dedo sob seu queixo, e amavelmente a empurrou para que a fechasse.
— Como sabe que tenho um vibrador? — perguntou incrédula. A surpresa mantinha a raia sua vergonha.
Encolheu-se de ombros como quem não quer nada.
— Simplesmente era uma intuição.
Franzindo o cenho, dirigiu-se ao corredor e dali a seu dormitório, voltando o olhar para trás com suspeita em seus olhos. Algo não estava bem por aqui. Começava a preocupar-se ante o fato de que em realidade pudesse ler sua mente, Christopher sorriu e agitou uma mão para que avançasse. Logo ligou a televisão e se re-acomodou no sofá, esperando enquanto ela preparava a bagagem.
Meia hora mais tarde, Dulce reapareceu com uma mala. Christopher foi ao seu dormitório para agarrar a nécessaire e a bolsa que continha a roupa de trabalho. Colocou-os no sofá e se girou para Dulce.
— Me dê o vibrador — pediu, estendendo a mão.
— Por quê? — perguntou, genuinamente intrigada.
— Não o necessitará mais — esclareceu simplesmente, arrogante.
Abriu a nécessaire e tirou o vibrador, entregando-o a Christopher que o examinou, ligando-o.
— Ciumento? — brincou, mas com o rubor iluminando seu rosto.