Fanfic: Confiar em um Lobo - Vondy - TERMINADA

— Preciso está-lo? — perguntou perigosamente, um sorriso misteriosamente sensual e muito sarcástico curvou seus lábios.
Ela sentiu que lhe fechava o estômago, seu peito se contraía hermeticamente e se estendia sob seu penetrante olhar.
— Não sou adivinha — admitiu ela. Seus mamilos se comprimiram e se empurraram contra o fino tecido de seu sutiã e camisa.
Christopher lançou de maneira natural o vibrador ao cesto de papéis que estava perto da televisão.
— Venha aqui. — Pronunciou esta lenta e contundente ordem.
Um puxão de emoção passou rapidamente por sua coluna vertebral e ela sorriu.
— Eu gosto muito quando faz isso — soltou.
— O que? — inquiriu elevando as sobrancelhas.
— Fica tão quente e sexy — explicou ela —. E logo diz “venha aqui” com essa voz tão suave e aveludada, que faz com que me derreta.
— Não te derreta ainda, carinho — se opôs ele —. Não até que eu tenha conseguido o meu propósito.

Para Christopher, o caminho resultou bastante agradável, graças à restaurada harmonia de casal. Dulce lhe pediu que lhe contasse como havia resultado a viagem e o trabalho, coisa que fez, com muitos detalhes.
— Parece completamente surrealista — disse duvidosa enquanto chegavam, saindo do carro e entrando na casa —. O que seja o mediador em uma disputa territorial entre manadas. Manadas de lobos. Manadas de lobos que também são pessoas. — Negou com a cabeça —. Vai levar certo tempo me habituar a tudo isto.
— Você duvida, Dulce? Que sejamos reais? — perguntou Christopher, acendendo o interruptor da luz para iluminar a escada.
Não queria, necessitava, saber se ela se podia adaptar-se ao chocante conhecimento que a tinha dado. Sua relação dependia de sua habilidade para aceitar a sua gente, para lhe aceitar, completamente, sem reservas.
Dulce o pensou um momento.
— Sabe, vi uma grande quantidade de filmes e também muitos livros apoiados nos homens lobos. A maioria deles representa aos homens lobos como humanos que se transformam em animais violentos, criaturas inverificadas. Criaturas cuja única meta parecia que era matar. — Fez uma pausa, considerando suas palavras —. Embora acreditasse que não existiam tais criaturas, dava medo. — moveu-se para ficar de pé diante de Christopher, seus olhos estavam cheios de amor e aceitação —. Mas agora, te conhecendo, sabendo o que é e o que pode chegar a ser, não me assusta. — Sorriu enquanto sua mão se elevava para lhe acariciar a bochecha —. Se for a representação de como são os homens lobos de verdade, acredito que simplesmente nos levaremos magnificamente bem.
Deu-lhe um beijo afetuoso, de agradecimento.
— Te disse alguma vez o quanto te amo, Dulce Saviñon? — perguntou-a brandamente.
— Acredito que faz uma hora ou duas — respondeu, mordendo o lábio inferior —. Mas não te reprima, pode dizê-lo quando te der vontade.