Fanfic: Contra o Tempo | Tema: Família, Heterossexualidade, Homossexualidade, Sexo, LGBTQIA+, Lésbica, Yuri, Violência, Drama, Dram

Sobre mim, bom, meu nome é Addison Adrianne Forbes Montgomery, tenho 30 anos e estou trabalhando no maior hospital do Rio de Janeiro e durante esse meio tempo, aconteceram várias coisas, a minha vinda pra cá foi algo inesperado, já tínhamos sido avisado um ano antes, no caso, no início da pandemia da Covid 19, que teríamos que vim para cá, como todos os outros, além de aprender o português tivemos treinamentos para atender todos os tipos de casos, já que lá estava faltando medico e o hospital era enorme, então temos que nós virar nós trinta para salvar os pacientes. O que quase todos aqui não sabem é que eu já fui casada, quer dizer eu e o meu ex nos conhecemos desde a infância, nossos pais eram sócios da mesma empresa, então crescemos juntos, na nossa adolescência nos relacionamos e eu acabei engravidando, mas aí eu perdi meu bebê, mas continuamos juntos, nosso casamento durou quase dez anos e não foi um mar de flores como achamos, com brigas, traições, perseguições entre outras coisas.

— Me sentia culpada pelas coisas que estavam acontecendo, as traições que ambos tínhamos, por conta do meu jeito autoritária de ser, desde nova que sou assim, não tenho paciência pra pessoas imaturas que só pensam nelas mesmas! Odeio me sentir sufocada, porque querendo ou não qualquer tipo de abuso, pode ser físico ou psicológico acaba com você! Faz você se sentir mal até chegar ao ponto de cometer alguma loucura com você mesma ou fazer outra coisa pra despejar, por tudo pra fora! Amadureci muito depois que deixei meu ex, mesmo ele sempre relembrando sobre a perda do nossa filha! Apesar de ainda me sentir mal, tento levar a vida normalmente.

— Por outro lado sou sentimental, mas não demonstro na frente das pessoas, gosto de ser seria porque passo autoridade para os indivíduos! Mas me sensibilizo por aquelas pessoas que estão sofrendo por doenças psicológicas e físicas! Sei que não é nada fácil, mas com ajuda necessária pode ser controlada ou até mesmo curadas, é só acreditar.

Durante esse tempo, eu era casada com Jake Reilly, também se tornou médico obstetra, antes disso tudo ocorrer, anos atrás, ele era muito abusivo, como se tudo que acontecesse era culpa minha e não era assim, a culpa era dele também, até que um dia acabei engravidando, apesar de não ser o momento certo, acabei aceitando, afinal de contas meu corpo, minhas regras, quem iria carregar por nove meses seria eu e também pra mim não teria problema, mas para os meus pais sim, porque naquela época éramos adolescentes e a única coisa que fazíamos era estudar, quando contei para o meu ex-marido, as briga cessaram, combinamos que trabalharíamos juntos para cuidar do nosso bebê, até que quando completei os seis meses e não estava muito bem com ele e ai nós brigamos, passei muito mal no trabalho e tudo isso aconteceu quando eu tinha quinze anos, quando descobrir que meu bebê estava morto dentro de mim, fiquei complemente arrasada.

— Meus pais nunca aceitaram o fato da filhinha deles ter engravidado aos quinze, sei que foi um erro, mas aconteceu, quando descobri, peguei uma surra do meu pai, apesar de sermos ricos, ele mesmo afirmou pra mim que se eu tivesse o meu bebê ele cortaria toda a minha mordomia, mas não me importaria com isso. Sei que pra ele foi um alívio a perda do meu bebê e desde lá, só vivo para o meu trabalho e de vez em quando para as minhas farras.

Depois disso nós não fomos mais os mesmos, mesmo nos casando e ficamos alguns anos juntos, nós brigávamos constantemente e isso já estava me cansando disso, até que me chamaram e decidir vim para o Brasil e pela primeira vez em sete anos que estou tendo paz na minha vida, não é fácil quando você sai de um relacionamento abuso, dei graças a Deus por terem me convocado, aqui estou tendo a oportunidade de aproveitar as coisas que não podia antes, como sair sem dizer pra onde vou, voltar a hora que quiser, não tem ninguém atrás de mim.

— Durante esses seis meses refletir em muitas coisas e pude perceber que a felicidade vem de coisas pequenas, só de estar vivo, poder andar, ter o que comer e o que vestir e ter um teto sobre a cabeça já torna uma pessoa feliz!

Desde quando comecei a trabalhar com a Dra. Grey, percebi algumas coisas, como, peguei ela me olhando dos pés à cabeça, no dia que fomos apresentadas, fiquei incomodada porque havia outros médicos que notaram, mas não falaram nada, porque sabem como eu sou autoritária, outras vezes, percebo ela me olhando, mas quando vou olha-la, ela desvia o olhar e na última vez, fui avisada pela minha amiga Callie Torres que ela estava olhando fixamente para a minha bunda, não sei se ela está fazendo isso para me provocar ou para me irritar.

— Acho que a Grey notou algumas olhadas que dei nela, mas eu sim soube disfarçar! Até que trabalhamos muito bem juntas! Está certo que sou bixessual, mas não vou sair por aí demonstrando, gosto de fazer minhas coisas discretamente! Não quero ser pega fazendo sacanagem com algum funcionário do hospital!

Mas com o tempo e com a convivência, mas também a gente meio que irrita uma a outra, comecei a sentir vontade estar com ela, mas sou discreta, menos quando bebo, tenho até que me policiar sobre isso, porque vai que ela descobre que estou afim dela.