Fanfic: Nova Era | Tema: Família, Heterossexualidade, Homossexualidade, Sexo, LGBTQIA+, Mitologia Brasileira, folclore brasil

Em uma noite alegre de carnaval, todos estavam se divertindo, dançando, cantando, se pegando, até que um casal que estava no meio da multidão decidem sair para curtirem uma noite mais intima, decidindo irem até a pedra grande que ficava entre a floresta e o mar, a vista de lá era deslumbrante, podendo ver toda a praia e as luzes da cidade, junto com o barulho das caixas de som que tinham longe. O casal por sua vez, tinha levado consigo algumas bebidas, ambos estavam praticamente bêbados, ao começarem a se beijarem na pedra, o casal começa a desabotoar e tirarem as roupas, ficando só com as peças íntimas, enquanto a mesma o beijava, o próprio começa a escutar barulhos vindo da floresta, fazendo ambos pararem na hora.

— Quem está aí? — pergunta o homem, colocando a blusa que estava.

— Amor não vai... — diz a mulher puxando seu braço.

— Temos que sair daqui! — diz sussurrando para a mulher que estava atrás.

Cautelosamente, os dois adentram a mata fechada, para sair de lá, porém, algo estava os cercando, o mesmos sabiam que não estavam sós, sentindo em seu corpo um arrepio, o ar estava ficando cada vez pesado e o desespero deles só aumentava a cada vez que escutavam o barulho se aproximando, como estava escuro, ambos não conseguiam enxergar o que realmente era, no desespero, eles param, com a respiração ofegante, o homem pega um tronco para protege-los, contaram andando, até que o barulho já estava perto deles, ao olharem para saber de onde viam, o homem não teve nem tempo de se defender, sendo atacado, enquanto a mulher gritava, o homem não podia ter nenhuma reação, pois, já estava morto, fazendo com que a mulher corresse imediatamente, em um ato de desespero, ela se desequilibra em meio aos tronco das arvores e cai, a mesma tema manter a calma, e rapidamente se escondeu atrás de uma arvora, mas nada adiantou, a mesma sentiu que algo estava perto dela, ao olhar para cima, nota que aquela coisa estava lá, a fazendo gritar, enquanto era atacada.

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Naquela mesma noite, Inês estava em seu bar, junto com Ciço e com Camilla, conversando sobre Eric e os demais que se foram, eles queriam descobrir como conseguiriam inocentar o mesmo e trazer seus amigos de volta.

— Temos que fazer algo para livra o Eric e ao mesmo tempo não sermos descoberto! — diz a mais velha andando de um lado para o outro.

— Só se a Camilla encantar o policial que está investigando o caso! — diz o mais velho olhando para ambas.

— Não tem problema, eu posso fazer isso, sem deixar rastros — diz a morena confiante.

— Percebi que lá tem câmeras de segurança, vou bloqueá-las, enquanto você faz sua parte!

— Depois tratamos do Eric! — diz o homem as olhando — Temos que proteger a aldeia também, não esqueçam que somos de lá!

— Eu sei Ciço — a mais velha o olha calmamente.

— Nós teremos que ensina-lo — diz a morena, cruzando os braços.

— Ele a família dele, principalmente da pequena! Não se esqueçam que a menina também é uma de nós!

Camilla e Ciço concordando balançando positivamente a cabeça, mas ficam pensativos no que iriam enfrentar, nessa mesma noite, Márcia não estava conseguindo dormir, desde aquele dia em que Inês adentrou a sua mente e descobriu seu segredo, decidindo ir até o local, para espairecer e tomar uma bebida com a bruxa mais velha, enquanto ambos continuam discutindo o plano, a investigadora se direciona o local, a bruxa por sua vez, estava bebericando sua bebida, sente que a mais nova estava chegando, dando um sorriso discreto, fazendo ambos que estavam lá perceberem, mas não tocaram nesse assunto, pois estavam concentrados no que iriam fazer.

— Só sei que vamos enfrentar algo e vai ser pior que o outro! — a bruxa mais velha os encara.

— Não pode ser! — a morena passa a mão na nuca.

— É minha gente, eles não vão parar até conseguirem derrubar cada um de nós, temos que ficar espertos.

— Eu sei Inês, ultimamente estou sentindo algo ruim! Principalmente quando estou no mar! — a morena a olha pensativa.

— E eu na mata, tem algo ruim vindo de lá minha gente! — diz o homem em tom sério, estava preocupado com sua aldeia.

Inês por sua vez, leva seus olhos sedutores até a porta, não demorando muito a investigadora chega, ao estacionar seu carro, sai olhando para os lado e antes de tocar a campainha, a porta destranca por ela mesma, fazendo a própria se afastar, mas mesmo assim, decide entrar, já que não foi a primeira vez que ficou perto da mais velha, passando pelo corredor e pelo bar, a investigadora começa a seguir as vozes, até que ao passar pela cortina vermelha, sobe cautelosamente as escadas que davam aceso ao local da reunião, ao abrir a outra porta, pode ver a feição da mais velha que já a olhava, parecia que a estava esperando, enquanto Camilla e Ciço param de falar, sentando-se cada um em uma das poltronas do lugar.

— Ora, ora investigadora... — a mais velha dá um singelo sorriso, enquanto inala o cheiro forte de ervas que se encontrava no local — O que faz horas dessas na rua? — pergunta a provocando.

— Resolvi fazer uma visita — diz revirando os olhos — Do que estão conversando? — pergunta a investigadora os olhando.

— De como vamos livrar o Eric de tudo isso — diz o mais velho suspirando.

— Espero que o que estamos planejando dê certo! — diz a morena, encostada no bar.

— Vai sim, pode contar comigo também, vou ajudar meu amigo a se livrar disso — diz a delegada colocando as mãos no bolso.

Depois de meia hora discutindo sobre o assunto, já haviam formado o plano, para não levantarem suspeitas e nem darem brechas para a morte, Camilla e Ciço decidem irem embora, enquanto ambos saem, o caboclo iria voltar para a sua vila e a sereia iria voltar para a sua casa, deixando Márcia e Inês sozinhas, a investigadora ainda fica com o pé atrás, já que conheceu a bruxa recentemente e não sabe o que a mais velha faria com ela, mas a investigadora sabia que a noite para elas seria longa, tratando logo de escolher a bebida que a bruxa estava lhe oferecendo, mas fica com receio de tomar.

— Bom, só ficamos eu e você, Márcia — diz a bruxa a chamando para sentar-se ao seu lado — Ainda está com medo de mim?

— Claro que não, como vou saber que você não vai me matar ou algo do tipo? — pergunta a desafiando, mas ao mesmo tempo que sente receio, gostava do perigo que havia por vim.

— Eu não sou tão má, como falam — sussurra — Você viu que eu não mordo, só entrei em seus sonhos. — Rindo, parando em frente a morena, que sente o coração acelerar — Até nos sonhos mais profundo — mordendo os lábios, em tom de provocação.

Márcia por sua vez leva seus olhos para os lábios macios de Inês, a própria não sabia do porque aquele sentimento que estava sentindo pela outra, lhe despertou uma vontade imensa de tê-la para ela, mas porquê? Será um joguinho de Inês para controla-la, ou para fazer algo pior, nem a mesma sabia o porquê isso, ao mesmo tempo que sua alma recuava, seu corpo físico queria de todas as maneiras se impulsionar para cima de Inês, que a encarava, pois, a mesma também estava sentindo a mesma coisa, apesar de ser arriscado, queria se jogar nesse jogo, para saber até onde isso iria dar, ambas sabiam que era uma jogada sem volta, como Inês sabia que Márcia não iria avançar, foi até a investigadora, ficando em cima dela, podendo sentir o corpo da mesma pulsar, enquanto chegava seu rosto mais perto do dela e ao mesmo tempo sorrindo para a própria, que não recuou, sentindo a respiração da mais velha perto da sua boca, enquanto a mais velha sorria, dando um beijo logo em seguida, a investigadora acompanha os movimentos dos lábios macios e doces da bruxa, que a incentiva na investida, deixando por ambas o clima acontecer.

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Já pela manhã, Eric por sua vez, havia se levantado cedo e foi logo ver sua filha, que ainda estava dormindo, sentando-se ao lado da garota que estava em um sono tranquilo, recebe uma ligação, era Camila e pelo tom de voz, a mesma estava assustada.

— Oi Camilla? — diz estranhando o tom de voz da sereia — O que foi?

— Eric, você precisa vim aqui na praia — suspirando — E tem que ser agora!

— Ta bom! — diz o próprio pegando seus pertences — Tchau Vó... — dando abraço na senhorinha, que fica sem entender pela presa do homem.

— Eric você já vai sair? — pergunta a senhora apreensiva — Você sabe que está sendo procurado pela morte do rapaz.

— Eu sei vó — diz engolindo seco — Eu vou tomar cuidado, prometo!

— Olha lá em Eric, qualquer coisa te aviso!

— Tudo bem vó... — diz dando um singelo sorriso e saindo logo em seguida com a sua camionete.

Não demorou nem uma hora para que o mesmo chegasse no local, ao deixar o seu carro estacionado, Camilla aparece de surpresa, o espantando.

— Eric, você precisa ver isso!

— Camilla, pelo amor de Deus... Vou acabar morrendo desse jeito — diz se recuperando.

Camilla revira os olhos, o pegando pela mão, aponta para onde ela o levara, ambos adentram na água, já que o lugar é um pouco complicado de chegar por terra firme, não demorou muito para que ambos chegarem lá, adentrando na mata, pode ver uma cena horrível, o homem estava pendurado enforcado na arvore, enquanto a mulher estava totalmente queimada, seria mais outro caso para Eric, Inês, Camilla e Ciço resolverem.