Fanfic: Entre Dois Mundos | Tema: Família, Homossexualidade, Sexo, LGBTQIA+, Witch, Bruxaria, Fantasia, Magia, Drama, Brasil, Adulto

"A magia não é sobrenatural. É realmente muito natural. Eu acredito que nós criamos nossas próprias realidades, e isso é realmente tudo o que a magia é" — Raymond Buckland

Zelda Spellman chegou no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, a qual se localizava bem no meio do coração da cidade de Deblin, na Amazônia, os bruxos do mundo inteiro vinham de vários países, só para a visitação dos pontos turísticos  do local, pois o lugar era conhecido por conta das suas famosas histórias sobre a origem da bruxaria e o quase trágico fim da cidade que hoje em dia é habitado tanto por bruxos quanto por imortais, que não sabem da existência deles, pois pensam que os últimos bruxos haviam partido ou morrido a séculos atrás, sendo que o lugar para a onde ela vai, fica um pouco longe do hotel, onde se hospedaria. Ao sair, notou que o clima era seco, para o vestido que estava usando, no qual não era adequado para aquele clima, a fazendo tirar seu o casaco que vestida, ao olhar ver que já havia um motorista a esperando, a agência havia mandado um especialmente para pegá-la, o mesmo pegou suas malas, as colocando no porta-malas do automóvel.

— Bom dia dona Zelda Spellman... — ele a conduz, abrindo a porta do carro — Lhe conduzirei até o hotel onde a senhora se hospedará.
— Bom dia... — olhando rapidamente, entrando em seguida dentro do carro — Por Satanás... — continua jogando as madeixas para trás dos ombros — Está muito calor — não ligando para a cara que o homem faz ao ouvir ela fala, revirando os olhos.

Ao saírem o motorista a conduziu durante vinte e cinco minutos do aeroporto, passando pelo centro, antes de chegar ao Hotel Tropical, durante esse percurso ela ver a Praça da Noite, na Igreja da Matriz, no embelezamento neoclássico do Relógio Meia Noite e por último algumas casas antigas que haviam pelo local, ficando maravilhada com a paisagem, até chegar no destino desejado.

— Que lindo... — sussurra ao sair do carro e ver o cenário do hotel por fora — Okay Zelda se comporte — pensa, se ajeitando.

Enquanto a ruiva ficava admirando o lugar, o motorista pega suas malas no porta-malas e sai, a mesma percebe e segue o homem que estava desajeitado com a quantidade de malas que estava carregando, ao notar, ela pega umas duas malas para ajudá-lo e ao mesmo tempo sai andando belíssimamente, enquanto ele a conduzia para o quarto no qual ficaria.

Já na praia...

Um pouco longe dali, a empresária Mary Wardwell, estava na parte baixa da Praia da Ponta Negra, na areia brincando com a sobrinha Leticia de cinco anos, que veio passar as férias com a tia, ambas se dava muito bem,  sendo que ela já havia aprendido a usar sua magia, mas de vez em quando errava, levitando coisas que não deveria ou ocasionando o sumiço e achado de objetos, utensílios e brinquedos em lugares diferentes uma semana depois, era normal para uma criança que estava desenvolvendo suas habilidades na magia, mas a tia a ajudava, mesmo não gostando de usar por conta dos mortais, a ensinando como e quando fazer, as duas estavam entretidas construindo um castelo de areia, entretanto a água estava meio tensa fazendo com que o castelo da menina seja logo derrubada pela água negra que vai e vem.

— Leti... — retirando um produto de sua bolsa — Venha aqui... — disse a mulher chamando a pequena garotinha que fazia bico ao tentar montar seu castelo de areia novamente.

— Oi tia — disse a menina se levantando com as mãos cheias de areia — Ta bom... — indo em direção a ela.

A menina para na frente da mulher que havia sentado por causa do mormaço, ao retirar os óculos seus lindos olhos azuis refletem no sol escaldante, fazendo a criança sorri admirandos os, mesmo elas estando debaixo de um guarda sol enorme, a morena sentia a temperatura abafada como todos os dias, Deblin era um lugar quente, parecia praticamente o inferno, principalmente no verão, raramente chovia, só nas épocas de inverno, mas a menina nem ligava para isso, o que ela queria mesmo era voltar a brincar pela areia molhada da praia. Terminando de lambuzar a pequena garotinha, que estava impaciente, a mulher de cabelos negros começa a rir ao se dá conta de como a menina estava.

— O que foi tia? — pergunta a menina cruzando os braços.

— Você está parecendo uma fantasminha, desse jeito... — a mulher gargalha, vendo a torcendo a boca.

— Isso não tem graça... — a pequena menininha observar o produto na mão da tia — Ahhh... É? — pergunta a olhando — Me dá isso aqui — estendendo a pequena e magra mãozinha.

A pequena Leticia pega o protetor solar das mãos da tia, despejando um pouco em seu pequeno dedinho, claro deixando cair algumas gotas no chão, não ligando, pois, na mesma hora ela passa a pontinha de seu dedo no nariz da mulher que rir com a ação da menina, que sorri, abraçando-a, sua raiva havia passado. Mary por sua vez olha para a cara da pequena garotinha que estava parecendo uma fantasminha, e tenta espalha-lo novamente para amenizar a aparência que estava muita engraçada por sinal.

— Deixe-me ver isso... — passando o creme em sua toalha — Pronto... Agora você está menos fantasminhas — rir.

— Ahhhh... Para... — ela olha para os seus braços — Ainda to parecendo um fantasma.

A garotinha nem ligou mais para isso e foi brincar na beira da praia, se enturmando com algumas crianças que estavam lá, alguns minutos depois, enquanto sua tia a vigiava, tomando um seu bom vinho francês, ao mesmo tempo, apreciando a vista e o hotel Amazon Tropical que ficava um pouco distante dali.

No prédio...

Naquele mesmo hotel, a ruiva já havia entrado em seu quarto, olhando cada detalhe, sua cama e seu closet eram enormes, principalmente o banheiro, que tinha hidromassagem, os cômodos era muito aconchegante e muito luxuosos, não se comparando com os de sua casa, que é maior pensa ela, ao olhar para a cama, sente falta do seu quarto e de dormir a vontade, da sua banheira com ducha para tomar seu banho demorado, das suas roupas chiques e delicadas, guardava no cabide, ao abrir o guarda-roupas, viu que ele acomodaria o suficiente,  minutos depois ao olhar bem ver que tem uma escrivaninha que dava em direção a pequena varanda, recua ao escutar o barulhinho na porta, mesmo assim ela adorou o quarto.

— Com licença Dona Zelda... — ele se afasta da ruiva — A senhora deve estar cansada, a deixarei para que a mesma possa descansar... — se retirando — Qualquer coisa é só ligar para o serviço de quarto, que viram imediatamente atende-la.

A mulher de aparencia americana acena positivamente com a cabeça, enquanto o homem sai fechando a porta delicadamente. Ela por sua vez, com sua mini mala nas mãos da alguns passos, colocando sua pequena maleta em cima da cama, a abre tirando de lá sua delicada máquina de escrever, se aliviando por esse objeto ser de valor sentimental, pois a suma sacerdotisa escrevia tudo artigos, críticas, jornais e até mesmo o que sentia, desabafando tudo para a sua amiga, a máquina de escrever, ao deixa-la em cima de sua cama, fica curiosa para ver como era a vista daquele lugar lá de cima, indo delicadamente em direção a varanda.

— Que lindo... — disse ela admirando a vista.

Lentamente ela sente o ar fresco batendo em seu rosto, a fazendo fechar os olhos lentamente, puxando o ar vagarosamente, o enchendo seus pulmões de oxigênio, em seguida os soltando lentamente, abrindo os olhos em seguida, dando um leve sorriso, estica os braços, os apoiando na sacada da varanda, vendo algumas pessoas na praia, com suas famílias ou amigos se divertindo em pleno dia ensolarado. Se deparando com uma menina que parecia uma fantasminha, a mesma começa acha estranho mas começa a rir, lembrando da sobrinha quando era pequena, que por um descuido, derramou trigo em se, quando foi ajudar Hilda com o bolo, pensa, achando uma graça aquela pequena garotinha que treinava atentamente, fazendo uma barreira para que a água não derrubasse seu pequeno castelo.