Fanfics Brasil - Quem está a favor? Quando o Helébore Florescer

Fanfic: Quando o Helébore Florescer | Tema: Crepúsculo


Capítulo: Quem está a favor?

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Vocês vieram. Carlisle diz recebendo Sam, Jacob e Seth. —Entre e sintam-se à vontade.


Todos os três entraram na casa, e como de costume, se reunem na sala de estar.


Vocês sabem porque estamos aqui. Sam fala decidido. Não tem ninguém naquela sala que não saiba o motivo da visita. O odor no ar responde à pergunta. O cheiro de um humano em uma casa de vampiros preocupa Sam profundamente.


Claro. Carlisle reponde com um pequeno sorriso. —E creio que você também saiba que não existe nada com o que se preocupar. Somos praticamente um hotel para humanos. A piada de Carlisle não faz ninguém sorrir.


Isso não é verdade. A situação aqui parece diferente. Essa humana não tem identidade, não é? Sam diz.


Ainda não temos certeza. Alice diz. —Estamos investigando.


É mesmo? Não vejo policiais em lugar algum Sam diz ligeiramente sarcástico.


A situação é.... complicada. Alice responde desviando o olhar para Esme.


—A situação sempre é complicada. Qual é a complicação dessa vez? Sam não esconde sua impaciência.


Ela apareceu de forma… incomum. A encontramos vagando na floresta e quando ela se aproximou da casa não podíamos deixa-la morrer de frio apenas para manter a discrição. Carlisle é quem explica para Sam. Ele sempre agiu como um bom mediador entre Sam e a família Cullen. Não que os problemas sejam frequentes, ao contrário, eles se tornaram muito mais amigáveis e próximos uns aos outros nos últimos anos, mas ignorar o instinto milenário as vezes é complicado.


Eu cuidei dela. Ela estava muito debilitada, mas não tinha ferimentos. Quando ela acordou descobrimos que ela não tem memória. Aparentemente ela não se lembra de absolutamente nada, mas notamos algumas singularidades. Ela parece ter memórias sobre conhecimento adquirido, apesar de não lembrar do nome ou idade. Carlisle fala tomando cuidado para deixar os detalhes mais críticos de fora. Ele não quer criar especulações desnecessárias sobre Anne. Ela é humana, até onde ele entende.


Ela ficou surpresa quando se olhou no espelho pela primeira vez. Ela não lembra de onde veio. Alice completa.


Ela não tem identidade. Ninguém sabe quem ela é. Se ela desaparecer ninguém vai notar não é? Sam diz usando um tom sarcástico.


Então, porque a mantiveram em segredo? O caso dela parece sério. Jacob pergunta tentando desviar um pouco da ideia “humana raptada para servir de jantar” que Sam parece ter. Jacob tem um relacionamento especial com os Cullens, mas seus irmão são importantes demais para ele arriscar a paz que conquistaram.


Porque fiz uma promessa para ela. Esme fala dando um passo a frente de Carlisle. —Assim que ela acordou prometi que iria cuidar dela e ajudá-la a encontrar a família. Ela estava muito assustada, e se fossemos chamar a polícia e entrega-la a eles, ela teria que passar pela experiência traumática de ser colocada em um abrigo de menores sem ninguém em quem ela pudesse se apoiar. Ela ainda está sensível sobre o assunto e no momento em que eu a vi sabia que ela não ia aguentar ficar sozinha. Esme fala a verdade até onde seu bom julgamento deixa.


Você parece entender bem ela. Sam diz. Ele não se lembra de ter visto Esme assim antes. Ela sempre foi uma presença pacífica na casa dos Cullen, mas a posição defensiva dela desperta a desconfiança dele.


Para Sam não importa se a tribo e o Cullens têm um estável acordo de paz. Seu instinto natural sempre lhe diz para não confiar em vampiro algum, seja lá quem ele seja. Por isso faz visitas regulares a propriedade dos Cullens, para manter a paz, mas também para mostrar que os lobos estão sempre os vigiando.


Eu sei o suficiente. Sei que uma criança como ela não merece ser traumatizada quando eu tenho a capacidade de ajuda-la e evitar mais sofrimento. Esme diz decidida.


Ela tem razão Sam. Não estamos fazendo nada de ruim. Ela está bem melhor e vem tentado recuperar a memória.  Alice diz tentando amenizar o clima pesado da conversa.


Então o que aconteceu na fazenda do Sr. Petterson hoje foi o que? Não parecia que tudo estava sob controle. Sam presenciou o incidente com os cavalos e como a humana teve um tipo de crise no carro e Alice teve que carrega-la até a casa pelo meio da floresta.


Aquilo foi... Alice tentou se explicar e dizer que foi culpa dela, mas Carlisle à interrompe.


Não tem como saber o que pode acontecer. Ela perdeu a memória e é possível que um episódio de stress seja uma reação do corpo tentando se curar. Já vi casos como esse.


Tudo bem. Digamos que eu acredito nos seus motivos para não leva-la as autoridades. O que pretendem fazer se não conseguirem ajuda-la? Sam pergunta sério.


Como assim? Esme pergunta.


Quero saber o que vão fazer se ela não recuperar a memória e não achar a família. Você parece bem resoluta em não deixar outras pessoas cuidarem dela. Vocês pretendem mantê-la com vocês então? Talvez... Carlisle interrompe Sam.


Se você sugere que possamos vir a transformá-la eu te garanto que não vai acontecer. Confesso que não cogitei a ideia de ela não recuperar a memória ou a família, mas ainda é cedo para pensar de forma tão negativa. Mal começamos a investigar. 


O silêncio paira na sala por um momento. Fica claro para Carlisle que Sam não confia no que ele disse e que Sam sabe que Carlisle esconde alguma coisa.


Quais são as chances? Sam pergunta.


Dela recuperar a memória? Não tem como dizer exatamente, mas como ela parece bem fisicamente não deve demorar. Carlisle responde.


Existe alguma chance de que ela desconfie de vocês? Sam pergunta.


É uma pergunta vaga. Você quer saber se ela está apreensiva? Sim. Ela acha que está invadindo o nosso espaço e que é muito trabalho por alguém que não conhecemos. Se ela por acaso desconfia diretamente de quem somos nós? Não. Ela confia me nós. 


Carlisle tem a crise com Anne a poucos momentos atrás ainda fresca na memória e não sabe bem o que fazer, mas se nem ele sabe o que aconteceu não acredita ser prudente sair espalhando especulações quando a situação se tornou ainda mais delicada. Ele conhece Sam e sabe que se algo parecer que está dando errado ele não vai permitir que Anne fique na casa, e isso Esme não vai suportar.


E sobre contato com outros? Jacob pergunta. —Ela não sente que está engaiolada? Jacob sabe que a pergunta é arriscada, mas ele não pode ficar completamente oblívio a situação. Ele tem seu dever com a tribo. E mais, ele não acredita que tenha com que se preocupar.


Não estamos prendendo ela! Esme fala nervosa.


Eu sei Esme. Só quero dizer que se ela ficar muito tempo sozinha ou não ver e conversar com outras pessoas.... Só acho que ela pode vir a pensar demais se tiver o dia muito livre. Jacob acredita em Carlisle, Esme e Alice, mas quem precisa ser convencido é Sam. 


Sam não guarda rancor de nenhum deles, mas não é porque agora eles se tratam melhor que assuntos como esse possam ser tratados de forma leviana. Sam sabe que é preciso separar a amizade deles dos os deveres que ele tem como líder e Jacob entende onde a lealdade dele está. Mesmo que eles não pertençam a mesma tribo, ainda são irmãos.


Jacob tem razão. Vocês pensaram sobre isso? Sam diz.


Temos tentado distrai-la, mas ainda não temos uma solução definitiva. Alice diz. Ela sabe que aquele episódio pode se repetir, apesar das chances serem poucas. Expor ela a lugares e experiencias diferentes pode ajudá-la a se lembrar, mas se ela passar mal daquele eito em público…


Não é como se ela pudesse ir à escola, ou ficar em um lugar com muita gente. Ainda é necessário que ninguém saiba da condição dela, e mesmo que ela pudesse fazer tudo isso não teríamos como explicar que ela não pode falar com absolutamente ninguém sobre o fato dela não ter memória. Carlisle diz.


Eu sugiro um de nós então. Jacob fala chamando a atenção de todos. Os rostos na sala, inclusive Sam e Seth, parecem achar a idéia absurda. Um lobo vivendo em uma casa de vampiros? É como colocar dois leões famintos na mesma jaula e torcer para que eles não se matem. 


Jacob está apostando alto para tentar manter a paz, pelo menos até Edward e Bella voltarem. Com Edward aqui, talvez ele possa ler a mente da garota e nos ajudar a resolver a situação mais rápido.


Como assim um de vocês? Alice pergunta. Se ela pudesse ler os lobos seria tão mais fácil. Se bem que ela anda perdendo algumas coisas ultimamente, como o que aconteceu com Anne. Ela já está preocupada com coisas demais e adicionar um lobisomem a mistura é o que ela menos precisa agora.


Alice sempre confia em suas visões porque elas não mentem. Podem ser interpretadas de forma equivocada, mas elas estão sempre certas. Isso a deixa ainda mais preocupada. Porque, se as visões nunca erraram, como agora tudo parece bagunçado? Ela teve uma visão clara. Anne na fazenda, Anne sorrindo, Anne voltando para casa. Esse era o plano, esse era o futuro. Como tudo mudou para um cenário totalmente diferente? O pior, um cenário que ela não previu, uma possibilidade que ela não viu no futuro de Anne.


Ela não pode ter contato com humanos, mas ela poderia ter com um de nós. Assim ninguém fica comprometido e é possível controlar a situação. Nós ficamos sabendo como ela anda e vocês continuam junto dela. Certo?


A ideia de Jacob não agrada todo mundo na sala. Carlisle parece ver sentido na ideia, mas Alice e Esme trocam olhares desconfiados. Elas estão apreensivas com a possibilidade de algo acontecer com Anne enquanto ela está perto de um lobo em uma situação tão estressante quando essa.


Já Sam não gosta da ideia, mas admite que existe sentido. Seth acha tudo loucura, mas como o mais novo do grupo não está a ponto de dizer que Jacob e Sam são loucos por cogitar a possibilidade.


Então? Jacob pergunta. —Quem é a favor?


A ideia não é ruim, mas precisamos discutir melhor. Carlisle diz. Existem muitas questões a serem levantadas sobre a estadia de um lobo em uma casa de vampiros. Tantos problemas que podem acontecer....


Vamos para cozinha então. Enquanto vocês discutem eu vou preparar um chá. Esme diz seguindo para cozinha. Ela está cansada da situação tensa e quer amenizar o clima pesado da conversa. Tudo que ela quer é ficar do lado de Anne. Não existe ameaça ou perigo, mas diplomacia sempre foi o melhor caminho então vamos conversar. Carlisle segue atrás dela junto com os outros.


Todos se sentam à mesa e Esme prepara a comida para os convidados. A discussão vai bem até que Esme percebe a presença na porta da cozinha. Anne está lá em pé com os olhos arregalados. Ela balança a cabeça um pouco e cumprimenta a todos com um tímido Olá.


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Minha cabeça está doendo. Abro os olhos e vejo o teto de seda da minha cama. Estou no meu quarto?


Não consigo entender como cheguei ali. Talvez eu tenha cochilado no carro, mas não tenho certeza. Não estava tão cansada assim. 


Olho em volta e percebo que estou sozinha. Sei que é bobagem, mas sempre espero que Esme esteja esperando logo ao meu lado quando acordo assim perdida. Sempre espero que ela esteja lá para me explicar o que aconteceu e cuidar de mim.


Me levanto da cama agora usando o moletom e a calça jeans que usei antes de sair de casa. Eu com certeza dormi no carro e fui carregada para o quarto. Argh!


Lavo meu rosto e me sento no sofá logo embaixo da janela. Apesar de não querer admitir, estou chateada por acordar sozinha. Eu espero alguns minutos, mas ninguém vem. Será que tem alguém em casa?


Saio do quarto e ando pelo corredor devagar. Não quero fazer barulho. Caso tenham convidados na casa, prefiro ficar no meu quarto e passar desapercebida.


Desço as escadas devagar e ouço vozes vindo da sala. É a voz de Carlisle e de Alice. Carlisle em casa? Ele voltou mais cedo? 


Continuo seguindo até a sala, mas não encontro ninguém. Ainda ouço as vozes de Alice e de Carlisle, mas dessa vez vindo da cozinha. Não ouço mais ninguém. Eles devem estar conversando. Penso aliviada com a ideia de que talvez não haja visitas. Sigo até a porta da cozinha de cabeça erguida e andando mais rápido, mas paro antes de entrar. 


Eu só ouvi as vozes dos Cullens porque os outros estavam totalmente calados, ouvindo. E por “outros” eu me refiro a três homens enormes sentados na mesa da cozinha. Todos eles têm o mesmo tom bronzeado na pele e se vestem muito leve para o frio que eu sei que está fazendo lá fora. O primeiro tem o cabelo bem curto e um olhar sério. Ele não sorri quando me vê. O segundo tem o cabelo um pouco mais longo e jogado para trás tem um olhar muito mais amigável. Ele sorri quando me vê e acena de leve. O último parece mais novo que os outros. Ele tem o cabelo quase igual ao do segundo e me olha de olhos arregalados. Não sei dizer o que ele pensa de mim quando apareço. A expressão dele parece congelada.


Ahm… Olá. Eu falo depois de voltar a mim mesma. Estou tremendo de nervoso dos pés à cabeça.


Anne! Você acordou! Esme vem correndo na minha direção e fica bem na minha frente.


Hum… O que aconteceu? Eu dormi no carro? Pergunto baixinho para ela.


—Que nem uma pedra. Emmett te carregou para o quarto, mas você não acordou.


Eu sabia! Ser-a que eu babei? Acho que babo quando eu durmo.


—Você tem convidados…Falei dando alguns passos para trás. Me pergunto se deveria voltar para o meu quarto.


Ah! Eles são nossos amigos. Esse é o Sam, Jacob e Seth. Esme diz apontando para cada um deles.


Sam ainda não sorri, Jacob diz um “oi” amigável e Seth continua a ficar parado.


Ah…. Muito prazer. Eu falo tímida, tocando de leve no braço de Esme, só para garantir que ela não me deixe sozinha na frente deles.


Essa é a Jullianne e como eu disse ela ainda está cansada do passeio então Alice, porque não leva ela lá pra cima? Esme diz chamando Alice.


Claro! Vamos Anne. Alice diz se levantando da mesa e vindo ao meu encontro. Ela logo trata de me empurrar para fora da cozinha.


Nós paramos por um momento, perto das escadas, e ela olha para trás dando um suspiro que para mim parece de alivio.


Desculpe, eu não queria interromper. 


Se eu tivesse percebido a presença de convidados teria voltado direto para meu quarto e não entrado no meio da conversa.


Hã? Não, não é isso. É que aquela conversa estava me cansando. Alice diz sorrindo.


Vamos pro quarto. Lá eu te conto tudo. Alice continua a subir as escadas junto comigo e até meu quarto. Assim que entramos ela começa a falar.


Você dormiu bem? Você dormiu a viajem toda e como você estava cansada não quis te acordar. Alice diz sentando na minha cama.


Você devia ter me acordado, assim ninguém ia precisar me carregar. Falo com a cabeça baixa de vergonha.


—Não se preocupe.Emmett que te carregou e ele te devia uma mesmo. Alice diz rindo e me fazendo lembrar do dia em que aprendi que tinha que tomar cuidado com o combo Emmett + Futebol Americano.


Mas, quem são aquelas pessoas lá em baixo? Pergunto esperando ter uma resposta melhor do que somente seus nomes.


Ah, eles são velhos conhecidos da família. Somos amigos a muito tempo e hoje eles vieram fazer uma visita. Não é nada demais. Alice disse se estirando na minha cama.


—Ah… Alice não parece muito confortável com a visita. 


Um deles vai ficar aqui em casa por um tempo. Alice diz distraída.


Hã?! Eu falo surpresa demais.


Eu sei. Repentino, não é? E sabe o que é pior? Ainda não sei quem vai ser. Alice diz sorrindo para o teto. 


Alice pode ser bem aleatória e ela geralmente faz o que quer, imagino eu, em qualquer situação. Tenho a impressão de que ela acha que o que ela falou agora faz sentido e ela não precisa explicar mais nada. Talvez seja melhor falar com Esme depois.


Alice passa tempo demais falando sobre combinações de roupas e cores e como eu posso usar a maquiagem e produtos de beleza no banheiro. Ela está obviamente evitando falar sobre o que está acontecendo no andar de baixo ou ela não quer que eu sabia sobre o que eles estão falando. De qualquer forma, estou quase pedindo mais detalhes sobre o tal futuro hóspede quando Esme entra no quarto. 


 


 



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Autor(a): purplehelebores

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

—Eles já foram. Esme diz entrando no quarto. —E o que ficou decidido? Alice pergunta apressadamente. —Quero dizer, como foi conversa? —Anne você deve estar confusa não? Esme diz olhando para mim. Não é preciso ser um detetive para notar que eu estou totalmente por fora da conversa. —Bem, um pouco. —Jac ...


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