Fanfics Brasil - Que vampiro? Quando o Helébore Florescer

Fanfic: Quando o Helébore Florescer | Tema: Crepúsculo


Capítulo: Que vampiro?

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Acordo sem fôlego, suada e muito assustada com o sonho perturbador. Levo um minuto para me situar e notar que estou ligada a diversos aparelhos de monitoração. Observo o quarto vazio sem entender que está acontecendo. Minha cabeça dói e meu rosto está molhado de suor. Sinto meu corpo mole e tenho dificuldade em manter os olhos abertos. Quando eu tento me sentar Alice, Rosalie e Emmett entram no quarto todos juntos com cara de assustados.


—Anne! Alice fala sorrindo. —você finalmente acordou! Ela me abraça, seu tom de voz aliviado.


—O que aconteceu? Pergunto olhando para os monitores ao redor de mim quando Esme e Carlisle também entram no quarto. Esme me olha boquiaberta por um momento e depois me abraça por um longo tempo, até que finalmente Carlisle começa a falar.


—Você passou boa parte da noite e o dia inteiro com febre. Estávamos preocupados porque sua febre não diminuía, e até alguns minutos atrás você estava inconsciente. Como se sente?


—Como se tivesse tomado um relaxante muscular forte. Falo com Esme ainda me abraçando. O cheiro do cabelo dela é como um buquê de flores.


Ela se afasta cedo demais e coloca as mão sobre meu rosto.


—Vai ficar tudo bem. Ela fala. —você vai ficar bem.


Ouvir ela falar assim comigo me aperta o peito. Eu não sei pelo que ela passou nas ultimas horas, mas ela parece cansada. Meu estômago ronca alto quebrando totalmente o clima.


Bem, é bom saber que seu corpo está se recuperando rápido. Carlisle fala sorrindo. —Esme, não acha que é melhor preparar alguma coisa para ela?


—Claro… claro. Eu já volto ok?


Esme e os outros saem do quarto. Emmett bagunça meu cabelo e Alice sorri antes de sair, mas Rosalie, como de costume, parece desinteressada, mesmo que tenha entrado correndo no quarto com os outros.


Quando fico sozinha me lembro o que o  dia de hoje é. Hoje é meu último dia.


Eu não tenho certeza de porque fiquei doente, mas desconfio que seja meu corpo arrastando os últimos momentos aqui e sinceramente quem pode me culpar? Me lembro do pesadelo que tive enquanto estava sobre a influência da febre. Aquelas mãos… ainda sinto o toque delas.


 


Eu me levanto com o corpo ainda mole e vou até o banheiro. Meu reflexo no espelho não é nada bom. Tenho olheiras fundas sobre os olhos e o suor ainda está acumulado na minha testa. Lavo o rosto e tento acordar meus músculos cansados. Nada de desculpas. Meu cérebro já estava se preparando para me boicotar. Você não pode ir embora hoje, você estava doente, é melhor esperar mais um dia ou dois, só mais um dia ou três. Ignoro as desculpas de formando e me agarro a minha decisão. Não importa o que aconteceu, eu poderia ter ficado doente morando aqui ou não. Não muda o fato de que eu não deveria estar aqui, colocando as pessoas que me ajudaram em tanto problema.


 


Me arrumo para descer observando cada canto do quarto. Em minha mente eu fico vendo imagens dos dias em que fiquei na casa dos Cullen. Via os olhos dourados de Esme que me encaravam no momento em que acordei aqui. Lembrava da voz que soava como sinos de Alice. Lembrava da beleza ameaçadora de Rosalie e como ela me encantava tanto quanto assustava. Sorri quando me lembrei de Emmett e da nossa comemoração com a vitória do time de futebol dele. Pensei em Seth. No quanto ele me acalmava. Na honestidade dele com seus sentimentos e pensamentos. No toque da mão quente dele. Da curva do pescoço ele quando tiramos as fotos juntos.


 


Dei um suspiro forte enquanto me recordava de cada um deles. Essas lembranças seriam a única coisa que poderia levar daqui quando eu for embora, eu as preservaria para sempre.


 


Procuro no closet a roupa mais simples que posso achar. Não quero levar comigo mais do que preciso. Tenho certeza que vão me dar roupas novas na prisão ou, no reformatório. Me vesti com uma calça jeans acolchoada, um moletom mais pesado e uma blusa de manga comprida por baixo. Olho para o nanotech na gaveta e não consigo me convencer de que está tudo bem usá-lo. Esse nanotech custa mais do que posso pagar. Não posso levá-la. Coloco duas meias e torço para que seja o suficiente para enfrentar o frio.


 


Respiro fundo mais uma vez e me recomponho. Ficar deitada tanto tempo e toda a atenção que recebi quando acordei enfraqueceram a minha determinação. Eu tentei tanto me convencer de que é melhor para eles se eu for embora, mas ainda existem duvidas na minha mente. Não exatamente dúvidas, mas esperança, o que é muito pior.


 


Repeti minha mentira algumas vezes, mas ainda faltava alguma coisa. Eu precisava de um jeito de evitar que eles me façam perguntas. Eu não posso olhar para trás e eles não podem achar que ainda preciso de ajuda. Palavras que eu não acredito que poderia falar me vem a mente. Eu não quero ficar aqui. Estou cansada de vocês. Vou cuidar de mim mesma agora. Não se atrevam a me procurar. Ri do discurso ridículo. Aquelas palavras são a mentira mais pesada que eu poderia contar. A mentira do tipo que não se perdoa. Tudo bem. Esse vai ser o plano B… talvez o C penso guardando algo assim como último recurso. Não espero Esme vir me buscar e saio do quarto assim que termino de me vestir. Olho mais uma vez no espelho e para o quarto, respiro fundo e abro a porta. É agora.


 


Seth não apareceu quando eu acordei então imaginei que ele não estivesse na casa. Talvez seja melhor assim. Eu penso muito mais… seriamente sobre ele do que gostaria de admitir e não sei se ele se sente da mesma forma. Para mim ele se tornou meu amigo, alguém com quem eu posso conversar sobre… bem, tudo que eu quiser. Eu não quero que ele ache que estou sendo esquisita sobre nosso… relacionamento, por falta de palavra melhor.


 


Desci as escadas com a cara mais indiferente que consegui fazer mas não tinha ninguém lá para ver. Desci até o final dos degraus e fiquei admirando a sala um tempo, apreciando o ar calmo e angelical daquele lugar. Senti o cheiro no ar das flores que Esme coloca nos pilares da escada. É um cheiro doce, agradável e familiar. Quando chego na cozinha Esme parece surpresa em me ver.


 


—Porque você desceu? Eu ia levar para você lá em cima. Você tem que descansar. A voz dela é séria, mas a aparência dela melhorou muito. Ela parecia extremamente cansada quando a vi alguns minutos atrás.


 


Eu estou me sentindo bem, minto sentindo minha garganta fechando. Meus braços e pernas ainda estão doloridos e minha cabeça lateja de dor. Esme obviamente não engole minha mentira, mas não faz perguntas. Ela sempre espera que eu fale primeiro. Eu sempre gostei disso nela, mas também sinto que ela não percebe que isso me deixa mais alerta sobre o fato de que estou escondendo algo dela. Ela coloca um prato fumegante de ovos e bacon na minha frente e um copo de chá. Do lado de fora já é noite, mas aparentemente vamos comer café da manhã para o jantar.


 


Comi em silêncio sentindo o olhar de Esme a todo tempo, me observando em silêncio. A expectativa dela tem um peso diferente hoje. Saciar a curiosidade dela não vai ser tão satisfatório quanto ela pensa.


 


O silêncio completo faz parecer que só eu e ela estávamos na casa. Bem, se Seth estivesse aqui seria um dia como qualquer outro. Me pergunto onde os outros estão, mas me sinto aliviada de poder falar com Esme sozinha. Ela é a única pessoa que eu preciso convencer.


 


Depois de eu terminar, Esme, pela primeira vez, me pediu para ajuda-la com a louça. Eu sempre tinha que insistir para que ela me deixasse ajudar com qualquer coisa e ouvindo ela me pedir ajuda… não pude deixar de sorrir um pouco. Enquanto eu lavo ela guardava os pratos no armário perto da geladeira. O silêncio é desconfortável, mas não consigo me obrigar a falar alguma coisa. Tenho medo de voltar atrás, de implorar para ficar como uma criança.


 


Quando estava terminando de lavar o último copo, Rosalie chama o nome de Esme me assustando um pouco. Eu e Esme nos viramos para ela. Ela, como sempre, não parecia feliz em me ver. Nunca senti raiva de verdade por isso. Até cheguei a dar razão a ela, mas agora eu não via o porque dela me odiar. Eu entendo a posição dela, mas ela nunca me deu uma chance. Ela me odiou bem antes dessa confusão começar. Dela eu não vou sentir falta eu penso agora que o preconceito dela por mim começa a virar raiva dentro de mim.


 


Talvez seja o cansaço, talvez o desespero da minha situação atual, mas tudo que eu quero é enfrentar Rosalie. Quero perguntar qual era o problema dela comigo e exigir que ele peça desculpas pelo que falou quando me viu pela primeira vez. 


 


Os olhos dela me enfurecem ainda mais. Ela faz questão de deixar óbvio que ela não gosta de mim. Ela olha para mim levantando queixo, como se fosse superior a mim. A raiva vai borbulhando e eu sinto ela transbordar dentro de mim. O grito começa pequeno mas vai crescendo dentro da minha cabeça. ´ME DEIXE ME PAZ´ repete a voz cada vez mais alto, fazendo meu corpo tremer e queimar até que eu não aguento mais. Eu caio no chão e tapo meus ouvidos com as mãos tentando me controlar e silenciar a voz. O grito vibra por todo meu corpo eu não conseguia ouvir meus pensamentos. É como se um enorme alto falante no volume máximo estivesse grudado nas minhas orelhas. Senti sangue escorrer pelas laterais do meu rosto e olhei para Rosalie, ainda me encarando com os olhos aterrorizados. Talvez eu estivesse gritando. Sinto Esme me balançando pelos ombros e tentando chamar minha atenção mas meus olhos estão grudados em Rosalie. 


 


O olhar aterrorizado de Rosalie passou para vazio por um momento, como se ela tivesse se acalmado por um segundo e, enquanto eu encarava, seu belos olhos dourados foram perdendo a cor até se tornarem negros e grandes olheiras pretas aparecerem em volta deles. A voz continua a gritar estridentemente enquanto os olhos de Rosalie enegrecem. Quando ficam totalmente pretos consigo tirar os olhos dela e a voz fica em silêncio. Olho para minha mãos e elas estão vermelhas por conta do sangue que saiu das minhas orelhas. Meus joelhos doem. Me ajoelhei sobre os cacos de vidro do copo que estava em minhas mãos. Não notei mas, em algum momento, derrubei o copo que tinha nas mãos e caí em cima dos cacos. Olhei para Esme e de volta para Rosalie, a cabeça ainda girando e sem conseguir ouvir direito. Foi quando aconteceu.


 


Tudo parece acontecer um flashes e imagens em câmera lenta. Ouvi Esme gritar o nome de Rosalie. Rosalie caminha em minha direção com os olhos completamente pretos e sem vida. Rosalie parte a mesa de jantar em duas me encarando furiosamente. Esme pula por cima da ilha da cozinha e se joga em cima dela, mas Rosalie a arremessa por cima da ilha ela cai em cima da geladeira, destruindo-a. Eu observo desnorteada e sem conseguir gritar. 


 


Rosalie vem para cima de mim encarando minhas mãos manchadas de sangue. Eu estou paralisada, sem conseguir me mover ou respirar. Quando ela chega perto suficiente para me tocar meu instinto de sobrevivência move meus braços para frente do meu corpo em uma tentativa inútil de me proteger. Espio o corpo de Rosalie voar para atrás, mas não antes de sentir as unhas dela cortarem minha mão. Abaixo os braços e Emmett e Alice abraçam o corpo de Rosalie em uma tentativa de restringir seus movimentos e ela chuta e tenta se livrar sem sucesso. Eles a carregaram para fora da cozinha e vejo Carlisle aparecer meio segundo depois para ajuda-los, segurando as penar de Rosalie que continuam a chutar o ar tentando se libertar. 


 


Encaro a entrada da cozinha, agora vazia, sem piscar. Um barulho a minha direita me assusta. É Esme. Ela se levanta intacta jogando pedaços da geladeira destruída para os lados como se fossem pedaços de isopor e vem andando na minha direção. Vê-la sem nenhum arranhão sequer deveria me deixar feliz mas fico apavorada. Como ela conseguiu? A geladeira de metal totalmente destruída e ela sem nenhum arranhão. 


 


Meu estúpido instinto de sobrevivência e a adrenalina no meu sangue movem meu corpo para longe dela quando ela tenta me tocar. O olhar de Esme me acorda do meu transe de pânico. Nunca vi o rosto dela tão triste antes. Tenho certeza de que ela vai começar a chorar. Me forço a chegar mais perto dela mas meu corpo ainda está tremendo. Não consigo falar apesar de estar me esforçando.


 


O barulho dos passos de Carlisle chama a atenção de nós duas. Ele vem andando apressado na nossa direção e eu me encolho novamente.


 


Tudo bem. Vai ficar tudo bem, vou te explicar tudo mas me deixe cuidar da sua mão primeiro tudo bem?


 


Olho de volta para Esme e ela está olhando para os próprios braços com o olhar mais triste que eu já vi. Meu coração se parte em dois. Eu estico minha mão boa e toco nela. Ela me olha e segura minha mão perto do rosto dela.


 


Esme, tenho que fechar o ferimento. Carlisle fala com mais urgência. Achei que minha cabeça estava leve por conta do alívio de estar viva mas na verdade era culpa da poça de sangue no chão.


 


Esme acena com a cabeça e Carlisle me levanta delicadamente e me leva até a sala de estar. Um robô mais robusto mantém uma mesa larga sobre a cabeça e Carlisle me coloca devagar sobre ela.


 


Ele analisa minhas mão por um momento e vai até um dos armários e pega kit de primeiro socorros. Ele apoia a caixa perto de mim e tira vários instrumentos embalados em plástico, uma garrafa branca e um pacote de algodão. Ele molha o algodão com um liquido amarelo e passa sobre meu corte e a dor me deixa alerta. Ele se desculpa e diz que precisa aplicar anestesia para dar alguns pontos no corte. Ele observa o sangue nos meus joelhos e minhas orelhas por apenas um momento.


 


Os outros cortes são superficiais. Vamos cuidar desse primeiro ok? Carlisle procura alguma coisa dentro do kit de primeiro socorros. Eu olho de volta para a cozinha ainda destruída. Esme está do meu lado, segurando minha mão boa. Os cabelos dela estão bagunçados e as roupas rasgadas. Vejo Carlisle segurando uma agulha longa e preenchendo com um líquido transparente de um pequeno frasco. Ele olha para mim pergunta se estou pronta. Aceno com a cabeça e seguro a mão de Esme mais forte. Sinto a picada doída e depois de alguns segundos não sinto minha mão. A anestesia fez efeito.


 


Carlisle coloca a agulha em uma bandeja de metal e coloca luvas cirúrgicas antes de tirar um pedaço comprido de linha e uma agulha retorcida. Observo ele costurar o corte, minha cabeça ainda leve e girando um pouco, mas consciente o suficiente para pensar no que aconteceu. 


 


Me lembro da voz na minha cabeça, no jeito que os olhos de Rosalie mudaram, no ataque e na força impossível dela. Penso em como ela parecia normal antes da voz na minha cabeça gritar, em como os olhos dela estavam da cor normal antes de me encarar até ficarem completamente pretos e sem vida. Eu fiz aquilo? Não consigo tirar da cabeça aquela voz. Tenho a sensação de que aquela voz foi o motivo disso ter acontecido. Olho para Carlisle e ele mal parece abalado com o que aconteceu. Esme parece mais chocada, mas sem nenhum arranhão depois de ter sido jogada em cima e destruído uma geladeira de quinhentos litros.


 


Eu quero perguntar o que diabos foi aquilo, mas não sei por onde começar. Não consigo imaginar como ou porque aquilo aconteceu. Quem são eles? Como Esme sobreviveu aquilo? Porque Rosalie me atacou? E porque eu não estou mais assustada com essa situação como deveria? Porque não acho em mim o medo que deveria sentir por Esme estar bem ali, segurando minha mão e Carlisle estar segurando objetos pontiagudos perto de mim depois de tudo aquilo.


 


Tudo em que eu consigo pensar é se existe algum jeito de eu ficar. Mesmo depois de tudo isso, a idéia de que existe mais um motivo para eu sair dessa casa é o que mais me preocupa. Tudo em que eu consigo pensar é no fato de que, a pequena esperança que eu tinha de que tudo se resolveria, agora não existe mais. Só consigo pensar em como no fim das contas não existe outra opção a não ser o adeus. Sinto o toque de Esme, as mãos dela estão frias como gelo, provavelmente por causa do choque. A confusão na minha cabeça é esmagadora e eu não consigo conter as lágrimas. Sinto algumas rolarem pelo meu rosto. —Carlisle! Esme fala assustada.


 


Carlisle olha para cima e me vê chorando —Está machucando? Posso aplicar mais anestesia se quiser… ele fala preocupado. Eu balanço a cabeça que não, mas continuo a sentir as lágrimas rolarem pelo meu rosto. Esme limpa meu queixo sem soltar minha mão até Carlisle terminar.


 


Carlisle me levanta da mesa e me coloca gentilmente sobre o sofá. Ele cuida dos pequenos cortes no meu joelho e limpa o sangue das minha orelhas. Não vi Esme sair do meu lado, mas quando olho para ela, ela já colocou um par de roupas novas e carrega um dos meus moletons limpos nos braços. Ela me ajudar a tirar o moletom ensanguentado com cuidado e colocar o limpo. Minhas calças ainda estão machadas de sangue e sinto a ardência onde o vidro me cortou. Sinto minha mão começar a formigar a medida que a anestesia vai passando e me arrependo de não ter pedido mais uma dose para Carlisle.


 


Ouço a porta se abrir e um por um os Cullens vão entrando na sala. Emmett e Alice ficam em pé na minha frente e Rosalie, a última a entrar, evita meu olhar e não entra na sala. Ela fica em pé perto da porta principal. Quando eu olho na direção dela noto que seus olhos estão brilhantes novamente e as olheiras sumiram. Ela parece… ela mesma.


 


Carlisle limpa a garganta, como se fosse começar um discurso, mas antes que ele começasse a falar eu o interrompi. Pensei bastante sobre o que deveria fazer e se eu tenho que ir embora não quero levar os segredos deles comigo. Tanya tinha razão. Eu não deveria estar aqui. Nada disso estaria acontecendo se eu não estivesse aqui.


 


—Não precisam me explicar. Não precisam se explicar. Eu vou pegar minhas coisas e ir embora. Não sei o que aconteceu aqui, mas talvez seja melhor assim. Não é seguro para vocês enquanto eu estiver aqui.


 


Eu falei o mais séria que pude mas como eu previ não consegui deixar de chorar. Eu pronuncio as palavras entre soluços altos e me pergunto se eles conseguiram entender tudo o que eu falei.


 


De onde você tirou a idéia de que não estamos seguros? Carlisle perguntou confuso.


 


Não queria responder perguntas. Não foi assim que vi isso acontecer. Bem, nem em um milhão de anos poderia imaginar que meu último dia aqui seria… bem… assim.


 


Ontem eu… ouvi vocês conversando… Com Tanya e outra mulher eu respondi envergonhada de estar bisbilhotando.


 


O que exatamente você ouviu? Agora quem fala é Alice , ela parece tão confusa quanto Carlisle.


 


Eu ouvi elas dizendo que não era seguro para vocês me manterem aqui. Que eu era problema e deveriam se afastar. Eu entendo. Eu vou até as autoridades e talvez eles passam me ajudar. Eu juro que não vou mencionar vocês.


 


A reação deles não foi exatamente o que eu esperava. Emmett começou a rir seguido por Alice. Carlisle segurou o riso e Esme segurou minha mão mais forte e falou sorrindo:


 


Querida não é nada disso. Você entendeu as coisas errado.


 


Olho para Esme e de volta para Carlisle. Tinha certeza de que ouvi direito.


 


Para você entender o que aconteceu ontem e o que aconteceu aqui hoje você precisa entender quem somos, o que nós somos... Carlisle disse seriamente.


 


Eu ficava cada vez mais confusa com o que estava acontecendo. Não existia perigo? A segurança deles não estava ameaçada comigo ali? Não foi por isso que os amigos deles vieram avisá-los sobre mim?


 


Agora Carlisle continuou, —preciso que fique com a mente bem aberta para entender o que esta acontecendo aqui. Você, como deve ter percebido ontem, deve saber que o que está acontecendo aqui é delicado e precisa ser mantido em segredo. É de extrema importância que você não fale para ninguém o que aconteceu aqui. Eu estou bem atenta as palavras de Carlisle e tento abrir minha mente para todas as possíveis explicações sobre o que aconteceu a menos de dez minutos.


 


Pode parecer confuso agora, mas se você analisar toda a situação vai perceber que é verdade, disse Carlisle, —A verdade é que eu e todos os membros desta família somos… vampiros.



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Autor(a): purplehelebores

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Bem, levou algum tempo para processar a informação. Tá, levou mais tempo do que eu gostaria. Vampiros. Era para isso que eu deveria abrir minha mente? pensei ainda esperando Carlisle falar te peguei e começar a rir, mas ele continuava sério esperando minha reação. Meu primeiro instinto foi pensar ´Não´. Olh ...


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