Fanfics Brasil - Piada Ruim Quando o Helébore Florescer

Fanfic: Quando o Helébore Florescer | Tema: Crepúsculo


Capítulo: Piada Ruim

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Bem, levou algum tempo para processar a informação. Tá, levou mais tempo do que eu gostaria. Vampiros. Era para isso que eu deveria abrir minha mente? pensei ainda esperando Carlisle falar te peguei e começar a rir, mas ele continuava sério esperando minha reação.


Meu primeiro instinto foi pensar ´Não´. Olhei em volta esperando alguém não aguentar conter o sorriso e estragar a pegadinha, mas todos estavam perturbadoramente sérios. Sinceramente, acho que ele está zoando com a minha cara por alguns segundos até finalmente entender que não foi uma piada.


Não me parece provável que eles sejam vampiros, mas eu vi com meus próprios olhos Rosalie partir uma mesa em duas e Esme se levantar sem nenhum arranhão depois de ter sido jogada sobre uma geladeira de metal. Também tinha o jeito feroz que Rosalie me encarava... Abaixei a cabeça tentando processar alguma coisa. Tentando fazer sentido de alguma coisa. 


Era coisa demais para um dia só! Passei o dia todo com uma febre inaplicável e agora, quando finalmente decido o que é melhor para a pessoa que mais importa para mim o céu trocou de lugar com o chão e chove bolhas de sabão. Tentei me convencer de que era verdade, mas não estava dando muito certo. Havia tanta coisa mais! Vampiros bebem sangue, dormem em caixões e tem presas e te encantam para tomar seu sangue e são sombrios e não saem de dia e são esquisitos e os Cullen estavam muito longe de terem quaisquer destas características!


Eram amáveis, hospitaleiros, tinham quartos confortáveis e comem comida normal, saem no sol.… bem eu acho que saem porque aqui não tem muito sol, mas mesmo assim essa história não se encaixa!


Mas eu começo a falar e me parece que eles ficaram um pouco aliviados por eu finalmente ter dito alguma coisa, —vocês não podem ser vampiros... vocês não dormem em caixões, vocês saem durante o dia e você é médico! eu exclamo apontando para Carlisle e usando os melhores argumentos que tinha, apesar de baseados em historias infantis, que me lembrava sobre vampiros.


Bem disse Carlisle, —as histórias de vampiros não são completamente verdadeiras...


O que é verdade então?


Bem nós bebemos sangue de fato e também somos imortais e não podemos nos expor a luz do sol, mas não que ela vá nos queimar, mas seu efeito na nossa pele revela que somos… bem, diferentes ...


Mas se vocês não podem sair a luz do dia então como você...


Moramos aqui exatamente por isso. Como você deve ter notado, não tem muitos dias de sol.… há raros dias em que temos de ficar escondidos, mas fora estes dias podemos sair normalmente sem sermos perturbados...


E quanto a beber sangue? Vocês, ahm, bebem sangue de… humanos? Fiz esta pergunta com um tom mais amedrontado do que pretendia.


Não. Nossa família é diferente dos outros da espécie. Nós nos alimentamos de sangue de animais e tentamos viver junto dos humanos...


Carlisle disse outros. Isso quer dizer que eles não são os únicos. Existem outros vampiros que bebem sangue andando pelo mundo. Deus sabe quantos.


Olho para Rosalie quando ouço as palavras de Carlisle. Se eles não bebem sangue humano porque ela me atacou? Ela evita meu olhar e parece pronta para fugir a qualquer momento.


 


Carlisle nota meu olhar para Rosalie e tenta se explicar —Bem as vezes pode ser complicado administrar a sede quando há sangue humano por perto, e se estamos sem nos alimentar por algum tempo pode ser mais difícil ainda, mas o que aconteceu com Rosalie não foi bem isso... estou certo?


Meu sangue fica gelado. É por isso que eu queria ir embora sem perguntas. O que ele vai fazer quando descobrir que foi culpa minha? Eles vão me expulsar se descobrirem! Não posso falar sobre isso!


B-Bem eu não sei o que aconteceu… eu… eu não me l-lembro e-eu... é com certeza eu minto muito bem! Nunca vão descobrir! Mas para minha surpresa Carlisle não faz pergunta alguma e apenas volta a falar como se a pergunta nunca tivesse surgido.


Agora você entende? Você não fez nada de errado ou está nos prejudicando ficando hospedada aqui. Na verdade, nós somos o maior perigo para você no momento e se você quiser ir embora eu entendo, mas se quiser ficar será um prazer recebê-la. Vai ser como antes. Vamos continuar a procurar sua família e te ajudar a recuperar suas memórias, isso se você quiser... A pergunta de Carlisle mexe comigo. Eu teria pulado de cabeça na proposta dele alguns minutos atrás sem nem pensar nas consequências, mas agora tudo está tão... tão confuso.


Mas e as pessoas que vieram ontem? Pergunto tentando entender melhor.


Elas vieram nos avisar que os vampiros que representam nossa raça podem se sentir inseguros sobre mantermos você por perto, mas não precisa se preocupar com eles daremos um jeito se você desejar ficar conosco ou não. 


Eles têm um representante? Tipo um presidente ou um rei? Nossa.... Isso só fica mais e mais esquisito.


Então eu vou ter que pedir permissão para eles? E se eles disserem não? O que acontece? Eu vou presa ou… 


Ninguém vai machucar você! Esme falou me dando um susto —eles não vão puni-la ou leva-la a lugar algum. Nunca vou deixar que cheguem perto de você, você decidindo ficar conosco ou não eles não irão ameaça-la.


Esme não soltou minha mão esse tempo todo. Senti o breve toque dela várias vezes e as mãos delas sempre estavam frias. Mesmo agora, depois de todo esse tempo segurando a mão dela os dedos dela ainda estão frios como gelo. Nunca pensei muito sobre isso. É inverno, então é natural que as mão dela estejam frias não? E Carlisle é medico. Todos os médicos tem mãos frias.


O formigamento na minha mão passou para dor quando a anestesia finalmente passou por completo. Sinto minha cabeça girar e doer e não consigo organizar meus pensamentos.


E-Eu não sei... não sei o que eu… Realmente não tinha palavras para começar a explicar o que eu sentia. Um misto de confusão, medo, alívio e incerteza.


Nós sabemos disse Esme. —Vamos, você precisa descansar. Assim que seu braço melhorar nós conversamos.


—Aqui Carlisle me entrega um copo com comprimidos azuis. —Essa é a primeira rodada de antibióticos. Tem um analgésico para dor também. Engulo as pílulas e mal posso esperar para que façam efeito.


Começo a me levantar do sofá para voltar para meu quarto, mas Esme me pega no colo sem muito esforço e me leva escada acima. Ela estar me carregando com tanta facilidade também é esquisito, mas nesse momento, tudo que está acontecendo é esquisito.


Esme me coloca na cama e me ajuda com os lençóis.


Descanse um pouco. Qualquer coisa é só chamar. Você não precisa se levantar, eu venho até você.


Hum… Eu respondo e Esme olha para mim mais uma vez antes de sair do quarto.


Fico encarando os lençóis de seda da cama por algum tempo. Não sei o que pensar. Eu deveria estar com medo deles? Eu eles com medo de mim? O que eu fiz com Rosalie não foi normal, mas eles não estão me questionando. Não pediram uma explicação. Vampiros. Pelo menos eles tem uma resposta para o que aconteceu. Já eu? Não faço ideia. Só sei que foi assustador e eu não quero que se repita.


Hoje eu me levantei desejando ficar com eles para sempre, mas agora não sei o que está acontecendo. Por algum motivo, mesmo depois de toda essa confusão, sinto uma ponta de alívio. Ridículo penso notando o sorriso no meu rosto. As palavras de Esme me deixaram feliz. Depois de tudo que aconteceu eu só posso ser louca para sorrir agora, mas é isso exatamente o que estou fazendo. Sinto um sorriso largo nos meus lábios e lágrimas de alívio se formando em meus olhos. Tudo em que eu pensava era que, pelo menos por agora, eu não tinha que ir embora.


Limpo meu rosto e comando as luzes a se apagarem. Meu corpo parece leve e eu mal sinto a dor na minha mão. Eu só posso ser louca. Penso fechando os olhos. Talvez amanhã tudo faça algum sentido.



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Autor(a): purplehelebores

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Quando eu acordo tudo continua na mesma. Nada faz mais ou menos sentido. Me sento na cama com cuidado sentindo minha mão arder. A essa altura, todo o efeito dos analgésicos já passaram. A dor não fica só na minha mão, ela também sobe para meu braço até meu ombro. Noto um pequeno oval branco segurando uma bandeja ...


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