Fanfics Brasil - Aqui vamos nós Quando o Helébore Florescer

Fanfic: Quando o Helébore Florescer | Tema: Crepúsculo


Capítulo: Aqui vamos nós

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Alice. Esse é o nome mulher que entra no quarto. Ela também desliza a porta cuidadosamente e espia dentro do quarto por um momento. Um sorriso enorme se abre quando ela encontra meus olhos. Ela tem os mesmos olhos dourados de Esme. A pele dela é branca como porcelana e longos cabelos pretos estão presos em um alto rabo de cavalo com apenas uma franja sutil cobrindo sua testa. Ela parece muito mais nova que Esme e muito mais energética. Fisicamente, ela não se parece muito com Esme. O rosto alongado e nariz fino, os membros longos e movimentos leves não relembram a presença calma e acolhedora de Esme. Ela é filha dela? Ou parente? Penso enquanto observo Alice andar na minha direção com um sorriso maior que antes. 


Alice tem uma beleza de boneca. Olhos grandes, lábios rosados. Ela é graciosa quando me pergunta se estou me sentindo bem. 


 


Estou sim. Obrigado. Respondo observando o rosto dela. O sorriso largo dela parece iluminar o quarto. Não é como o de Esme, que faz meu coração apertar no meu peito, mas é quente e confortável.


 


Que bom! Alice responde com um sorriso largo e se vira para falar com Esme.


 


Posso deixar ele entrar? Está preocupado e quer examiná-la.


 


A menção dele faz Esme olhar para mim e sua expressão muda para algo parecido com calma. Ela me explicou que ele é Carlisle, seu marido, que também é médico. Ela me conta que foi ele que cuidou de mim depois que ela me encontrou na porta da casa deles.


 


Ele quer examinar você melhor agora que acordou. Tudo bem? 


 


Ela examina meu rosto esperando minha resposta. Me sinto ansiosa. Não quero que ela reaja da mesma forma que antes. Eu só quero que ela saiba que estou agradecida.


 


Tudo bem. Quero agradecê-lo por cuidar de mim.


 


As palavras que escolho com cuidado não têm o efeito esperado. Esme não parece ver minha gratidão. Ela me olha preocupada e talvez meio triste ao mesmo tempo, mais uma vez. Não é isso que eu pretendia


 


Estou realmente agradecida por ela estar me ajudando. Não sei o que eu faria se tivesse percebido minha condição atual sozinha naquela floresta. Talvez seja a calma na minha voz? Uma calma extremamente controlada e dosada com cada músculo do meu corpo. Estou assustada com minha situação, mas na frente de Esme eu também me sinto segura, de certa forma. Pelo menos sei que não vou morrer no meio do mato. Mas, outra parte de mim, sabe que rolar no chão e chorar não vai ajudar, por isso tento manter a calma o melhor possível. 


 


Esme deve ter visto o medo no meu rosto. Ela me observa por um momento e então desvia o olhar, o misto de emoções agora desapareceu do rosto dela e um pequeno sorriso se forma nos seus lábios. O sorriso errado. Eu não reagi àquele sorriso. Ela se vira para Alice e autoriza a entrada de Carlisle.


 


O Sr. Cullen tem uma presença diferente. Esme me faz sentir segura e Alice parece iluminar o quarto, já ele transmite uma sensação de calma. Os cabelos castanhos e curtos com um leve ondulado moldam os traços masculinos do rosto dele. A pele branca de aparência suave, os olhos cor de mel e o sorriso charmoso não parecem pertencer a um médico.


 


Ele é ligeiramente mais alto que Alice e usa um terno cinza que lhe dá um ar de gentleman.


 


Carlisle é a definição de bom partido. Um médico, com uma aparência dessas… não me surpreende que ele tenha sido o homem de sorte que casou com Esme. Eles parecem um casal direto de uma artigo de notícias. O tipo de casal que sai na capa de revistas de casamento.


 


Olá, senhorita, ele diz abrindo um sorriso na minha direção. Esme se levanta da cama e sorri ao lado dele. —Se sente melhor hoje? 


 


Existe uma calma na voz de Carlisle que só posso explicar como voz de médico. A expressão serena no rosto dele e o sorriso moderado passam uma sensação de acolhimento e distanciamento ao mesmo tempo. Não senti a mesma conexão com ele que senti com Esme, mesmo que ambos me façam sentir calma,  é diferente de quando Esme fala comigo.


 


Sim. Obrigado por cuidar de mim Sr. Cullen.


 


Uso o mesmo tom de voz, que para mim soa como calmo e controlado, para falar com ele que usei com Esme e Alice. Todos reagiram de uma forma diferente. Esme, preocupada, Alice pareceu não notar nada de estranho e em Carlisle vejo de relance os olhos preocupados de Esme, mas não tenho tempo de confirmar. Quando olho de novo não vejo nada, só o sorriso.


 


Posso te examinar? ele pergunta calmamente e eu acendo que sim.


 


Ele abre o botão do terno e senta na cama do meu lado. Como um bom médico ele tem um estetoscópio digital no bolso do terno que o tira assim que se senta.


 


Está sentindo alguma dor ou mal-estar? Ele pergunta enquanto segura meu pulso. As mãos dele são frias como as de Esme, mas ele é médico. É de se esperar que as mãos dele sejam frias.


 


Não. Eu me sinto... bem. Falo demoradamente enquanto tento analisar meu próprio corpo procurando sinais de dor ou desconforto.


 


Mas? Carlisle solta minha mão e manuseia o estetoscópio. O pequeno circulo se ilumina e ele o coloca sobre meu peito. O aparelho faz sons de bipes suaves conforme as batidas do meu coração. Um bipe longo anuncia o fim do escaneamento e ele afasta o aparelho de mim, observando os resultados  enquanto me incentiva a continuar meu relato claramente incompleto.


 


Bem, eu não me lembro de como vim parar aqui. É estranho. Não lembro nem mesmo do meu nome ou minha idade. Está tudo em branco. Ele não tira os olhos do aparelho enquanto me ouve. Do ângulo em que estou não consigo ler os resultados e o rosto de Carlisle não demonstra nenhuma emoção.


 


Primeiro vamos tirar o soro. Carlisle estica-se para alcançar meu braço direito e cuidadosamente remove a fita que segura o tudo transparente. Não sinto dor alguma. Ele é gentil e rápido. —Eu gostaria de levá-la ao hospital para exames mais completos. Tudo bem? Carlisle me pega um pouco de surpresa com a pergunta. A idéia de ir até um hospital cria um desconforto no meu estômago.


 


Ahm… Não sei exatamente porque, mas a ideia de sair desse quarto e encontrar outras pessoas  me faz sentir ansiosa.


 


Não se preocupe. Carlisle fala em um tom descontraído. —São exames simples. Nada assustador ou doloroso. Vai ficar tudo bem. Ele sorri um pouco tentando me acalmar, mas o desconforto continua a borbulhar no meu estômago. Não é a ideia de sentir dor que me assusta.


 


Não sei se está tudo bem, mas eu tenho que tentar recuperar minha memória de alguma forma. O hospital é o lugar óbvio por onde começar, mas eu não tenho identificação alguma. Como vou receber tratamento sem um cartão de identificação? Eles vão ter que me levar até um posto policial e registrar minha situação? O que vai acontecer quando eles o fizerem? As autoridades vão me levar para longe deles pensei sentindo meu peito ficar pesado.


 


Como eu não respondo, Carlisle toca meu ombro de leve chamando minha atenção. Algum problema? Ele pergunta. 


 


Eu… eu não gosto de hospitais. Menti tentando evitar o assunto. Mal lembro meu nome, quem diria o que eu gosto ou não gosto, mas é uma verdade universal que ninguém gosta de hospitais então talvez não foi exatamente uma mentira.


 


Carlisle sorri e me dá uns tapinhas leves nas costas. —Não se preocupe. Prometo que não vai doer ok?


 


Minha mentira obviamente não ia funcionar. A imagem de policiais me arrastando para alguma sala de interrogação se formou na minha mente. Precisava de fatos mais concretos do que medo de agulha. Algo que faça eles hesitarem.


 


A verdade… a verdade é que eu não sei meu nome e não tenho um cartão de identificação. O hospital não vai me aceitar se eu não tiver um. Deixei a parte da polícia me arrastando para o fundo de uma cela de fora. Não fiz nada de errado, pelo menos acho que não, mas o governo não deixa pessoas andando por aí sem registro.


 


Carlisle me olha por um momento e diz —Não se preocupe. Coloque uma roupa confortável e me encontre no andar de baixo. Vai ficar tudo bem, eu prometo. Carlisle apertou meu ombro de leve e se virou para Esme. Ele sorri para ela e saiu do quarto.


 


Não tenho tempo de pensar ou perguntar como tudo ia ficar tudo bem pois assim que Carlisle se retira, Alice volta a falar.


 


Bem é melhor trocar de roupa então! Não pode sair daqui vestida assim.


 


Olho novamente para o maiô que usava quando acordei na floresta. Na luz da madrugada não consegui enxergar o tecido, mas agora a cor azulada brilha sobre a luz artificial no quarto. Noto pequenos padrões no tecido parecido com escamas se espalhando por toda parte. 


 


Alice se vira e procura algo no enorme guarda-roupas do outro lado do quarto.


 


Consegue se levantar? Esme pergunta gentilmente. 


 


Sim, respondo mais confiante do que realmente me sinto. 


 


Sei que fiquei deitada por algum tempo, mas não sei quanto tempo exatamente. Meu corpo pesado se recusa a se mover por um segundo, mas com um pouco mais de esforço coloco minhas pernas para fora do cobertor e do colchão. A pele nas minhas pernas nuas é ligeiramente bronzeada e elas estão pesadas devido a fatiga.


 


Respiro fundo e empurro meu corpo para frente. Minhas pernas balançam por um momento e eu seguro na parede mais próxima evitando a queda. Antes que eu pudesse perceber Esme já está de braços abertos na minha frente pronta para me pegar caso eu não conseguisse me equilibrar. Envergonhada com a comoção eu largo a parede e me coloco de pé.


 


Ótimo. Alice diz chegando perto de mim. —Bem, isso é o que você vai precisar Ela fala me entregando uma toalha e uma bola de roupas. —E eu tentei adivinhar seu tamanho e coloquei roupas íntimas aí dentro.


 


A entrada para o banheiro é uma porta logo ao lado da cama. Caminho devagar até porta e quando Alice a abre, uma leve trilha de vapor flua no ar. O banheiro é quase tão grande quanto o quarto. Uma enorme banheira branca encostada na parede ao lado de um box de vidro fosco. Do outro lado, um espelho enorme com pequenas lâmpadas ao redor, agora coberto de água devido ao vapor, foi posicionado acima de uma pia de mármore com vários itens de higiene e uma privada no canto mais afastado da porta.


 


Eu liguei a ducha na temperatura perfeita. É só entrar e aproveitar.


 


Alice fecha a porta atrás de mim e eu estou sozinha. Melhor me apressar penso, não quero deixar Carlisle ou Esme esperando. Passo as mãos nas costas do maiô tentando achar uma forma de removê-lo. Toco o anel novamente e movo as laterais de um lado para outro. O tecido envolve meu corpo de tal forma que é impossível tirá-lo removendo as alças. Tudo está conectado no espaço entre meu ombro e meu pescoço e continua descendo pelo meu torço até meu quadril. Continuo mexendo no anel até ouvir um clique Finalmente! Penso aliviada. O tecido afrouxa e estica o suficiente para que eu possa finalmente me livrar dele. Olho para o anel novamente, mas não encontro nenhuma marca ou palavras escritas nele. Parte de mim achava que aquele anel era especial de alguma forma. Tão fora de lugar, tão misterioso, mas no final não era nada de mais. Porque eu estava usando isso? Mais uma pergunta sem resposta flutua na minha mente. Eu nem sei meu nome… como eu poderia saber o que é isso? Deixo as perguntas de lado e entro debaixo da água quente.


 


A água parece lavar minhas preocupações. Sinto meu corpo relaxar e a dor nos músculos  desaparecendo devagar. Carlisle me garantiu que tudo ficaria bem, mas eu não consigo deixar de sentir esse mal estar no meu estômago. Estaria mesmo tudo bem deixar que eles me ajudem?


 


Termino meu banho e me seco rapidamente. Não quero mais pensar e criar perguntas sem resposta. Termino de me secar e pego as roupas que Alice me deu.


 


Ela adivinhou meu tamanho perfeitamente. Eu deveria me lembrar do tamanho. Pode ser útil no futuro penso fazendo uma nota mental do tamanho escrito nas roupas. Enrolado junto com as toalhas, Alice acrescentou uma especie de roupa de baixo de um tom cinza claro. A parte de cima, uma blusa de manga comprida e a parte de baixo, uma calça longa. Acima do lado esquerdo do peito as letras costuradas leem nanotech em um cinza escuro. O nome familiar coloca imagens de propagandas na TV da nova tecnologia para controle de temperatura corporal no inverno. Nanotech é a última palavra em tecnologia na indústria de roupas. Quando visto a blusa o tecido fica largo e pendurado sobre meu corpo, obviamente largo demais, mas depois de alguns segundos o tecido vai apertando e abraçando meu corpo até ficar confortavelmente colado na minha pele. O mesmo acontece com as calças. A cor, antes cinza, vai se ajustando ao meu tom de pele pouco a pouco, testando os tons de marrom até ficar de uma cor bronzeada ligeiramente mais clara que a minha. 


 


É obvio que eu estou vestida quando olho para meu corpo, mas assim que colocar outras roupas a cor vai ficar menos óbvia e mais natural. Como uma segunda pele O trecho do slogan flutua na minha cabeça quando olho para a nova cor do tecido.


 


Pendurei a toalha usada, recolhi meu maiô e sai do banheiro com os cabelos ainda pingando.


 


—Ótimo! Alice falou jogando algumas roupas na cama. —Você sabe usar o nanotech.


 


Aceno que sim e olho para as roupas na cama. Esme também esta segurando algumas camisas de cores diferentes.


 


Qual cor você prefere? Verde escuro ou o vermelho? Eu recomendo o vermelho, mas é você quem decide é claro. 


 


Alice empurra duas peças de roupa bem em frente ao meu nariz, sua voz mais animada e aguda do que antes.


 


As duas parecem iguais para mim. Dois vestidos, não muito curtos com mangas compridas e gola alta. Ambos tem dois tons da mesma cor em cada metade. Na metade de cima um tom mais claro, na metade de baixo, mais escuro com vários “V’s” um dentro do outro formando um padrão por toda roupa.


 


A recomendação de Alice, o vestido vermelho, está obviamente na frente do verde. Ela me disse para escolher mas… 


 


Olho para Esme e ela sorri como que me encorajando a escolher um dos dois. O sorriso dela é tão… quente. Eu não tenho idéia do porque ela me afeta assim. Porque cada gesto ou palavra dela faz meu peito apertar? Desvio o olhar dela e escolho o vestido recomendado por Alice.


 


Tudo bem. O vermelho então falo apontando para o vestido já praticamente na minha cara.


 


Isso! Tenho certeza que acertei no tamanho, Alice diz orgulhosa, —anda logo, deixa eu te vestir!


 


Hum? Falo olhando confusa para ela e depois para Esme, mas antes de conseguir processar a situação Alice já começa a colocar as roupas mim. A coisa toda acontece rápido demais. Um minuto eu escolhi a roupa e no outro já estou vestida.


 


Eu sabia! Ficou perfeito! Cadê? Alice diz enquanto procura por alguma coisa.


 


Ela arrasta um espelho comprido que estava encostado na parede e coloca na minha frente. Não cheguei a me olhar no espelho do banheiro. Me troquei de frente a ele, mas nunca me ocorreu de limpar o excesso de água e olhar para meu reflexo. Só que agora, com esse espelho enorme na minha frente, não tem como não olhar.


 


Alice coloca o espelho a minha frente e se afasta, andando para o lado de Esme.


 


Olho para o espelho demoradamente. Essa sou eu. Não pensei muito sobre minha aparência. O choque de não saber quem eu sou me desviou da pergunta de como eu sou.


 


Analiso cada pedaço do meu reflexo no espelho. A pele bronzeada das minhas pernas cobre meu rosto. Um rosto não muito alongado com traços suaves. Meus olhos são de um castanho claro e meu nariz curto e empinado. Meus lábios arredondados e cheios. Algumas sardas se espalham pelo meu nariz e depois do banho quente minhas bochechas estão rosadas e a pele brilhante. 


 


A julgar pela minha aparência não tenho mais de 17 anos e eu mal posso acreditar que sou tão nova assim. Não quero me gabar e dizer que sou madura demais para ser tão nova, mas em algum lugar na minha mente eu me imaginava, bem, pelo menos uma adulta.


 


Observo meus traços tentando me familiarizar com o que vou ver para sempre no espelho daqui para frente. Tentei procurar uma palavra mais definitiva para definir minha aparência, mas não achei nada melhor que normal. Para falar a verdade, perto de Alice e Esme eu diria que sou abaixo da média. A expressão no espelho que me encara de volta é dura e séria. À quanto tempo eu tô fazendo essa careta? Enquanto observo minha aparência percebo minhas sobrancelhas juntas demais formando rugas na minha testa e me deixando com cara de brava. Coloco o dedo entre elas tentando relaxar os músculos e voltar minha cara para o estado normal. Não acho que tenha sorrido desde que cheguei aqui. Provavelmente foi a expressão no meu rosto que deixou Esme preocupada pensei me lembrando de como Esme pareceu perturbada pelas minhas palavras quando acordei.


 


Respiro um pouco mais fundo do que o normal, desvio o olhar do espelho e noto Esme e Alice observando minhas expressões. Ambas parecem estar perdendo a respiração esperando para ouvir minhas primeiras palavras após me olhar no espelho.


 


A roupa ficou perfeita. Eu falo sem muita emoção.


 


Nenhuma das duas mostra uma reação significativa o que me preocupa ainda mais.


 


Esme dá um meio sorriso e Alice também. Nada mais. Ficamos em silêncio por um momento até que Esme resolver falar. 


 


Alice é melhor secar logo o cabelo dela. Carlisle deve estar cansado de nos esperar.


 


Ah é. Só vai levar um minuto. Senta aqui. Alice diz colocando um dos robôs na minha frente. Ao deslizar de um dedo o pequeno servo abre um quadrado grande o suficiente para uma pessoa sentar sobre sua cabeça e três pernas prendem seu corpo oval firmemente ao chão. O corpo em formato de ovo desaparece embaixo do quadrado, mas sei que é perfeitamente seguro me sentar. 


 


Sento de frente ao espelho e Alice coloca meu cabelo dentro de uma grande touca com as palavras stylizer estampadas na frente. A touca rosa claro se enche de ar quente e posso ouvir um zunido leve perto dos meu ouvidos. Não consigo ver mas sinto o calor indo para todos os lados dentro da touca e ar quente secando meus cabelos rapidamente. Depois de 3 minutos o zunido pára, a touca fica flácida novamente e quando Alice remove o dispositivo meu cabelo está perfeitamente liso e seco, apesar de não estar exatamente penteado ou estilizado como o nome sugere.


 


Ah… Eu amo esse negócio Alice fala em voz alta. —Não sei com sobrevivi antes de comprar um desses.


 


Olho para ela meio confusa. Esse aparelho é pelo menos 50 anos mais velho que ela. Como assim ela não sabe como sobreviveu antes dele? Alice percebe meu olhar e fala rapidamente.


 


Eu quero dizer, não sei como sobrevivi sem o modelo novo é claro. O modelo anterior era… ahm… muito mais lento sabe? Levava tipo… 10 minutos.


 


Não tenho certeza do porque ela parece nervosa. Ela dá risadinhas enquanto arruma meu cabelo com quem quer disfarçar um comentário embaraçoso ou uma piada ruim.


 


Ela está perfeita Alice. Carlisle está esperando. Esme fala colocando sapatilhas de algodão na minha frente, do tipo que se usa somente dentro de casa, e me colocando de pé com um puxão leve.


 


O pequeno robô recolhe meu assento e se dirige para seu lugar original, na frente do closet, pronto para qualquer outra ordem. 


 


Esme vai me empurrando de leve por trás até a porta da frente, mas a voz de Alice faz ela parar por um momento.


 


Espera Ela fala dando alguns passos na nossa direção. Porque você perguntou sobre o cartão de identificação? Ou melhor, como sabia que não tem um cartão de identificação?


Encaro ela sem entender a pergunta.


 


É só que, foi uma pergunta bem específica. Eu entendo com você poderia lembrar de coisas como, como usar a nanotech ou como os robôs funcionam, mas porque você tem certeza de que não tem um cartão de identificação? Alice elaborou a pergunta quando eu não respondi.


 


Bem… a roupa que eu estava usando não tinha bolsos… não achei que estivesse carregando o cartão comigo. Respondi ainda não entendendo a pergunta perfeitamente.


 


Mas você disse ´eu não tenho um cartão de identificação` ao invés de ´eu não tenho um cartão de identificação comigo´


 


Pensei nas palavras que disse e percebi que Alice tinha razão. Eu nunca cogitei a idéia de ter perdido o cartão. Talvez… eu não achava que tal documento existia? Mas porque achava isso?


 


Antes que pudesse dizer alguma coisa Esme abriu a porta a nossa frente e nos apressou.


 


Como eu disse, Carlisle está esperando Esme falou entre os dentes olhando para Alice com os olhos semicerrados, como se estivesse irritada.


 


Claro Alice fala. —Vamos! Ela também se apressa rumo a porta. O choque de finalmente estar saindo daquele quarto limpa minha mente das perguntas de Alice. Eu encaro o longo corredor para qual estou sendo empurrada e seguro a respiração. Aqui vamos nós.


 



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Autor(a): purplehelebores

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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E lá vamos nós. Respiro fundo enquanto Esme me empurra para fora do quarto com um toque gentil. Admito que sair do quarto me deixa ansiosa. Essa é a primeira vez que saio desse quarto e não tenho certeza sobre o que esperar. Um longo corredor se estende a minha frente e minha cabeça está girando a mil quilômetros por hora. Eu ...


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