Fanfics Brasil - Quarto Como é que te esqueço?

Fanfic: Como é que te esqueço? | Tema: Dragon ball


Capítulo: Quarto

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Naquele momento era possível ouvir o alvoroço barulhento de alguns alunos ao lado de fora da enfermaria. Bulma agora estava sentada na cama, e no calor das emoções acabou acusando Vegeta diante de todos enquanto o enfermeiro a examinava. Seu carro junto com seus pertences haviam sido levados pelos bandidos. E ali sentada na cama começou a se lembrar de como tudo aconteceu; do som dos tiros e também da chegada do Vegeta para ajuda-la.


Após o enfermeiro aferir sua pressão ela começou a esfregar o braço com a mão livre ainda sentindo o toque das mãos dele. Porquê justamente "ele" foi ajuda-la? Depois de tantas intrigas por causa da briga entre os pais na justiça, alguma coisa não fazia sentido nessa história, e nada a fazia pensar o contrário...


ㅡ Mas o que está dizendo insolente!? Ta maluca!?


ㅡ Há dias atrás você me disse que aquela batida não ia ficar assim!!


ㅡ Quanta bobagem!! Eu jamais faria uma coisa dessas! ㅡ Vegeta esbravejou de raiva direcionando se até ela que descia da cama para também enfrenta-lo.


ㅡ Acalmem-se! Olha garota essas acusações são muito sérias. ㅡafirmou o diretor Daishinkan olhando para Bulma.


De repente todos os olhares se voltaram para a entrada da enfermaria onde dois policiais adentraram a sala para apurar os fatos. Bulma e Vegeta passou a trocar olhares enfurecidos enquanto os policiais percorriam os olhos por toda a sala.


ㅡ Quem é Bulma Briefs?


Desconfiada, ela ergueu uma das mãos sem tirar os olhos de Vegeta em sua frente.


ㅡ O que houve? Você sofreu algum ferimento?


ㅡ Fui assaltada, levaram meu carro na porta da faculdade.


Um dos policiais pediu para os outros saírem da sala exceto o diretor e o enfermeiro que ainda a atendia. Goku, Chichi e Lunch acenaram para a amiga antes de sair da sala, Vegeta muito indignado com as acusações seguia um pouco atrás de Goku a olhando pelo canto dos olhos ㅡ gesto que não passou despercebido por um dos policiais na sala.


ㅡ Conte-nos o que realmente aconteceu, você lembra de como eles eram?


ㅡ Eu não prestei atenção em quantos eram realmente, apenas em um deles que veio em minha direção e mandou eu sair do carro, ele foi agressivo e me jogou no chão ao me tirar a força de dentro do carro...


ㅡ Certo, você por acaso chegou a identificar o criminoso?


ㅡ Não vi o rosto dele estava encapuzado...deu pra perceber que ele tinha cabelos compridos. ㅡ Bulma passou a morder o lábio inferior entre os intervalos das perguntas...


ㅡ Você quer dizer mais alguma coisa que não esteja relacionada com as perguntas anteriores? ㅡ o policial continuava a fazer as anotações.


ㅡ Eu desconfio de alguém...


O diretor desviou os olhos do policial para ela.


ㅡ De alguém? Quem? ㅡ inquiriu o policial franzindo o cenho.


ㅡ Um mandante talvez.


ㅡ Bulma Briefs, pense muito bem antes de fazer acusações precipitadas. ㅡ recomendou Daishinkan cruzando os braços.


ㅡ Eu desconfio de uma pessoa, por que dias a trás eu discuti com ela por causa de uma colisão. Essa pessoa me disse que aquilo não ia ficar assim...


O policial se aproximou ainda mais dela. ㅡ Quem é? Estuda aqui?


ㅡ Sim inclusive acabou de sair dessa sala.


Foi possível ouvir a respiração pesada de Daishinkan dentro da sala. ㅡ Nome. ㅡ inquiriu o policial levando uma das mãos para a arma em sua cintura. Ela arregalou os olhos ao prestar atenção no movimento da mão dele a sua frente. Bulma chegou a hesitar em dizer por um momento, mas o nome saiu por impulso de seus lábios. ㅡ Vegeta.


ㅡ Por acaso era aquele rapaz com cara de marrento que estava aqui encostado na parede de braços cruzados?


ㅡ Sim, ele mesmo.


 


...


Ao saírem da enfermaria Goku, Chichi e Lunch ficaram por ali próximos esperando o desenrolar dos acontecimentos, quando viram Lazuli correr ao encontro de Vegeta que saía da sala com cara de poucos amigos.


ㅡ O que foi? Porquê está assim? ㅡ Ela perguntou tentando segurar o rosto dele entre as mãos.


ㅡ Aquela maldita idiota, me acusou de ter sido o culpado do roubo! ㅡ ele respondeu esquivando se das mãos dela.


ㅡ Como é que é? Depois de você ter se arriscado indo ajuda-la? Olha sinceramente Vegeta eu não entendi até agora o que você fez!


ㅡ Eu procurei ajuda-la como a qualquer outro naquela situação! Mas pelo visto, ela não mudou nada, sempre foi ingrata!!! Arrgh...


ㅡ Vamos sair daqui...e vê se agora aprende a não ajudar gente como ela...vamos. ㅡ Lazuli segurou a mão dele e juntos seguiam até a saída da ala da enfermaria quando uma voz firme vinda de dentro da sala onde ele estava, chamou a atenção deles.


ㅡ Vegeta!


Ele olhou pra trás e viu o policial flexionando apenas os dedos da mão chamado o de volta para dentro da sala. Encolerizado internamente ele soltou a mão de Lazuli e seguiu pisando firme até o policial.


ㅡ Entre! ㅡ ordenou o policial o encarado seriamente.


Lazuli viu que seu plano de vingança contra Bulma podia acabar sobrando pra ela, pois diante da acusação, Vegeta passaria a ser investigado. Mas levando em conta isso não era de todo mal, essa desavença entre eles a manteria segura...pois sabia da relação de amizade que eles tinham antes e aquilo talvez poderia se transformar em outra coisa já que eram amigos inseparáveis.


"Maldita" ㅡ Ela pensou ao ver o namorado entrando na sala.


Conduzido pelo policial Vegeta retornou a sala e viu Bulma erguer os olhos para ele. Até onde ela iria com aquela acusação infundada? A vontade que ele tinha era de sacudir os braços dela e enfiar toda a verdade goela abaixo.


ㅡ Você conhece Bulma Briefs?


Com uma indiferença quase palpável ele responde. ㅡ Conheço sim.


ㅡ De onde se conhecem?


ㅡ Nos conhecemos desde crianças...olha precisa mesmo me fazer essas perguntas? ㅡ Vegeta perguntou impacientemente.


ㅡ Ela disse que você fez insinuações após ter batido na traseira do carro dela, isso é verdade?


ㅡ Ela quem bateu no meu carro!! Ela está enganada ao meu respeito...


ㅡ Bulma, vá até uma delegacia mais próxima efetue um boletim de ocorrência para dar procedimento as investigações... ㅡ o polícial voltou a encarar Vegeta. ㅡE você se chama Vegeta...


ㅡ Isso... ㅡ ele respondeu olhando desconfiado para as anotações do policial.


ㅡ Vegeta do quê?


ㅡ Eu não tô acreditando nisso! Você devia me agradecer em ter te ajudado sua ingrata!! Está maluca! Vai, pode ir em frente! Coloca meu nome lá no B.O...isso faz isso mesmo, quando eu provar que não tenho nada a ver com isso, saiba que vou te processar por calúnia daí vai se juntar ao seu querido paizinho. ㅡ vociferou Vegeta diretamente para ela.


ㅡ Cala boca! Não mencione o meu pai!!! Você não acha que sua família já nos prejudicou demais!!?


Nesse momento os policiais e o diretor da faculdade perceberam que eles dois tinham algum problema em comum.


ㅡ Vegeta do quê? ㅡ insistia o policial que anotava tudo em uma pequena prancheta em suas mãos.


ㅡ Sayajins...Vegeta Sayajins...já escreveu aí? Então muito bem; podem começar a me investigar eu não tenho nada a esconder!


ㅡEntão Bulma, procure fazer os procedimentos para poder achar seu veículo...e você Vegeta procure não sair da cidade durante as investigações... ㅡ disse um dos policiais ajeitando o colete a prova de balas no tórax e direcionando se até a saída da enfermaria acompanhado pelo diretor da faculdade que continuava a encarar Bulma antes de sair com eles, deixando os dois dentro da sala junto com o enfermeiro. Vegeta se aproxima dela lentamente até chegar bem próximo do seu rosto.


ㅡ Só pode estar louca mesmo...


ㅡ Posso até estar, mas de ódio! Eu sei que foi você! Você jamais ia me ajudar se não tivesse uma razão forte pra isso... ㅡ ela disse entre os dentes.


Vegeta pestanejou algumas vezes, após ouvir as palavras dela, aquilo pareceu mexer com ele de alguma maneira. Então ele a agarrou pelo braço com firmeza. ㅡ Vamos ver até onde você pode chegar garota.


ㅡ Eih! Solta o braço dela agora rapaz! ㅡ disse o enfermeiro aproximando se dos dois.


Vegeta soltou o braço dela que continuava sustentado o olhar desafiador. E antes de se virar em direção a saída ele lançou um olhar avaliativo sobre ela; olhos azuis visivelmente escurecidos pela raiva, a expressão dura nos lábios carnudos e rosados. A Bulma que conheceu antes havia mudado...Tudo havia mudado entre eles após o laço de amizade rompido. Ele saiu batendo a porta da enfermaria, Bulma olhou para o enfermeiro que ainda segurava uma ficha preenchida com os dados dela.


ㅡ Por gentileza da pra você assinar aqui pra eu poder te liberar?


Ela pegou a caneta e o papel apoiando a folha sobre a palma da mão e assinou o nome rapidamente.


ㅡ Eu não queria te dizer nada moça...mas é bom você ter provas contra esse rapaz...processo de calúnia custa caro hoje em dia, você foi muito corajosa em acusa-lo assim.


ㅡ Eu sei com quem estou me metendo...obrigada. ㅡ Bulma respondeu magoada saindo da sala sendo recepcionada pelos amigos que a aguardava ao lado fora.


ㅡ Miga sua louca! Como você faz uma acusação dessas contra alguém sem provas? ㅡ perguntou Chichi segurando as mãos dela.


ㅡ Você tá bem Bulma? ㅡ Goku aproximava se das duas amigas.


ㅡ Olha gente...eu tô nervosa, ainda preciso ir embora...eu nem avisei ninguém da minha casa, então tô precisando de ajuda. ㅡ Bulma respirava visivelmente cansada.


ㅡ Eu te dou uma carona amiga, vem! ㅡ se ofereceu Lunch ao tirar as chaves do carro dela da bolsa.


Bulma sorriu agradecida enquanto Lunch a abraçava e seguia com ela até a saída da faculdade, deixando Goku e Chichi sozinhos para trás. Durante o caminho de volta pra casa Bulma permanecia em silêncio lembrando se do momento em que Vegeta correu para ajuda-la com o olhar de alguém que parecia mesmo se importar. Lunch já se aproximava da rua de sua casa, pra onde havia se mudado há poucos meses, a casa era simples devido ao pai ter ido a falência e agora tentava se reerguer com uma pequena empresa de maquinários para indústrias.


Lunch estacionou em frente à casa da amiga e desligou o carro. ㅡ E aí amiga, o que vai fazer agora? Vai prosseguir com a acusação?


ㅡ Mas é claro que vou!


ㅡ Amiga, não faz isso...espera pelos resultados da investigações. ㅡ Lunch a viu tentar esconder as lágrimas que insistiam em molhar o rosto.


ㅡ Meu pai me deu aquele carro com tanto sacrifício...a gente só se deu mal depois que ele colocou tudo que tinha nas mãos daquele maldito do pai do Vegeta...minha mãe sempre o avisou que ele não era de confiança...


ㅡ Calma amiga...fica calma...


ㅡ Foi ele! Lunch!! Ele cresceu e se tornou igual ao pai!


ㅡ Bulma, pensa com calma...digamos que ele tenha sido o culpado...acusar publicamente alguém é perigoso, você deixou a emoção agir pela razão, se ele quiser te ferrar agora ele vai fazer isso...porque você o acusou diante de muita gente amiga.


As palavras de Lunch soaram pesadas na mente de Bulma, e a convencia de que tinha feito besteira, ela debruçou se sobre o painel do carro e começou a chorar. Dentro dela havia uma tempestade incessante querendo transbordar de dentro para fora. ㅡ Droga!!


ㅡ Calma...amiga essa raiva e esse ódio que passou a sentir por ele vai te fazer mal...


Bulma ergueu a cabeça já secando as lágrimas. ㅡ Eu não mudei em relação a ele Lunch...obrigada pela carona...provavelmente amanhã eu não vou aparecer na faculdade tenho que resolver esse assunto.


ㅡ Eu passo aqui pra te pegar qualquer coisa...


ㅡ Obrigada, eu te ligo...tchau... ㅡ Bulma a beijou no rosto e desceu do carro, logo em seguida bateu no portão de casa, pois já não tinha mais as chaves com ela. Lunch esperou o portão ser aberto para depois dar a partida no carro e ir embora.


Sra Briefs abriu o portão e se deparou com a filha nervosa em sua frente. ㅡ Mas o quê houve? Que carinha é essa filhota? Cadê o carro?


ㅡ Aí mamãe eu fui assaltada, levaram ele...


ㅡ Ai minha nossa!! Te fizeram mais alguma coisa? Pelo amor de Deus! ㅡ perguntou a mãe toda aflita.


ㅡ Não...mãe...o papai já chegou?


ㅡ Sim, está lá dentro...mas me conta como foi isso?


ㅡ Preciso tomar uma água primeiro...


A mãe de Bulma colocou a cabeça para o lado de fora antes de fechar o portão e seguir a filha que caminhava pensativa e cabisbaixa pelo corredor estreito que dava acesso a entrada principal da casa. Entrando em casa ela foi direto até a cozinha tomar um copo com água e olhando por sobre o copo viu o pai sair do banheiro enxugando o cabelo com a toalha.


ㅡ Bulma, filha você demorou hoje, já estava ficando preocupado, você não ligou...aconteceu alguma coisa?


A água quase não desceu em sua garganta ao ouvir a pergunta do pai, ela não sabia como dar a notícia sobre o assalto, então colocou o copo sobre a pia da cozinha e aproximou se do pai lentamente.


ㅡ Pai, levaram o meu carro...tenho que fazer o B.O...


ㅡ O que? Eles fizeram alguma coisa com você!? ㅡ ele disse andando apressado até ela.


ㅡ Graças a Deus não, mas levaram o carro com todos os meus pertences... Bulma deixou os braços caírem na lateral do corpo totalmente desanimada. ㅡ Aí papai eu não consegui evitar que o levasse...eu tô achando que tudo foi premeditado, eles vieram direto no meu carro, o porteiro havia acabado de abrir a cancela...


ㅡ Oh Meu Deus, já deviam estar de olho em você... ㅡ disse Sra Briefs colocando as mãos nos ombros da filha. ㅡ Já haviam batido na sua traseira dias atrás, aliás você não nos contou como isso aconteceu.


Bulma arregalou os olhos ao se lembrar de que não havia mencionado o incidente com Vegeta para não preocupar o pai, mas dessa vez teria de contar sobre isso e também sobre suas suspeitas.


ㅡ Papai...aquele dia da batida...é...eu não contei porque não queria te preocupar...


ㅡ Me diga agora o que houve Bulma!


ㅡ Se o senhor ficar calmo eu conto...


Sr Briefs começou a andar de um lado para o outro olhando para a filha. ㅡ Vamos estou esperando... ㅡ ele disse parando de frente para ela.


ㅡ Pai foi o Vegeta. ㅡ ela falou tão rápido que ele quase não conseguiu entender.


ㅡ O Vegeta? Mas o que ele tava fazendo lá na faculdade?


ㅡ Ele começou a estudar lá...


Senhor Briefs voltou a caminhar de um lado para o outro com o olhar de preocupação para ela. ㅡ E como ficou isso Bulma?


ㅡ Ele bateu no meu carro e nós discutimos...nada ficou resolvido, então ele disse que aquilo não ficaria assim...ficamos esses dias sem nos falar.


ㅡ Parece que temos outro problema com essa família. ㅡ lamentou Sra Briefs cruzando os braços.


ㅡ Papai, eu fiquei tão nervosa na hora do assalto, o bandido me empurrou e eu acabei caindo no chão, e quando dei por mim vi o Vegeta me ajudando e depois vi tudo escurecer...acordei minutos depois na enfermaria e ele estava lá olhando pra mim...eu não tive dúvidas foi ele quem mandou! Ele mandou roubar o meu carro!! Por que justo ele foi me ajudar? Foi pra disfarçar!


ㅡ Deus do céu Bulma! Você não o acusou não é? ㅡ perguntou Sr Briefs arregalando os olhos com medo da resposta da filha.


Ela encolheu os ombros ao ver o pai ficar mais nervoso. ㅡ Aí papai...talvez eu tenha me precipitado como disseram meus amigos...


ㅡ Talvez? Eu sabia! Bulma não se acusa alguém diretamente sem provas, onde você estava com a cabeça menina? Espero que ele tenha relevado isso...droga parece uma maldição! Ainda tenho problemas com o pai dele! Devia evitar mais um, não acha!?


ㅡ Me desculpe...mas quem me garante que não foi ele!? Hein?


ㅡ Ai Bulma minha filha... ㅡ Bufou Sr Briefs erguendo as mãos até a cabeça.


ㅡ E agora? Já fez o B.O?


ㅡVou fazer, Lunch me orientou a fazer pela internet...vou agora mesmo. ㅡ Bulma seguiu em passos rápidos direto para o quarto dela.


ㅡ Espero não ter outro problema com a família Sayajins depois disso... ㅡ disse Sr Briefs para a esposa indo até a cozinha procurar pelos remédios de pressão.


ㅡ Deus te ouça meu bem...


 


...


 


Dia seguinte...


Bulma passou boa parte da noite acordada, levantou se da cama logo pela manhã e após escovar os dentes e trocar a roupa saiu do quarto ainda esfregando os olhos encontrando o pai lendo o jornal sentado em sua velha poltrona. ㅡBom dia pai...


ㅡ Bom dia minha filha...conseguiu fazer o B.O? Eu fiquei aqui um bom tempo a noite, a espera de alguma ligação...e nada.


ㅡ Aí papai esquece o carro...eu vou ver se consigo resolver o problema dos meus documentos, meu dia pelo visto será longo e com assuntos bastante burocráticos...cadê a mamãe?


ㅡ Ela foi ver um emprego.


ㅡ Aí mamãe...assim que eu chegar te ajudo com a papelada da empresa tabom.


ㅡ Está bem minha filha...eu já estou voltando pra lá, só passei aqui pra tomar café...se cuide, eu deixei um dinheiro pra você em cima da mesa...


Bulma olhou para a mesa da cozinha e viu uma quantia enrolada em um pequeno elástico, ela sabia que aquele dinheiro fazia parte das economias dele, estavam passando por momentos difíceis financeiramente e que talvez tivesse que trancar a matrícula da faculdade por causa disso. Ela aspirou o ar profundamente antes de se por a caminhar até a cozinha.


ㅡPreciso arranjar alguma coisa papai, não quero que mexa em suas economias...


ㅡ Não se preocupe filha, pode usar, você vai precisar...


Ela viu o pai caminhar devagar pelo corredor do quintal da casa, até ele abrir o portão e fechar indo a pé em direção à empresa que fica a dois quarteirões de casa. Andando de volta para cozinha, ela pegou o dinheiro e o fechou na palma da mão, quando ouviu o barulho de motor de carro parar em frente à sua casa. O som do freio de mão sendo puxado fez ter a certeza de que o veículo havia mesmo estacionado em frente à sua casa. Desconfiada ela foi até as janelas da sala espiar por trás da cortina, quando sentiu o coração acelerar ao ver a sombra dos pés de alguém parar em frente ao portão, ela não conseguia ver quem era, devido a ele ser totalmente fechado. A campainha tocou.


ㅡ Aí será que acharam meu carro!? ㅡ Ela correu apressada até o portão ajeitando a blusa rosa de alças finas que estava usando.


Seus olhos se arregalaram no mesmo momento em que abriu o portão e encontrou Vegeta em pé parado segurando algumas folhas na mão.


"Mas como ele soube onde ela estava morando agora? O pai fez questão de ir morar longe da última cidade onde moravam desde que ela nasceu." Bulma notou que ele olhou para a fachada da casa antes de voltar a atenção para ela.


ㅡ O que e-esta fazendo aqui...? ㅡ as palavras saíram tão devagar quanto seu raciocínio ao vê-lo de cara fechada em sua frente.


ㅡ Não foi difícil te encontrar...


Bulma olhou por sobre os ombros dele e viu Sr Vegeta sentado ao volante do carro acendendo um cigarro. Ela engoliu a saliva como se um bolo caísse direto em sua garganta. Vegeta arqueou as sobrancelhas. ㅡ Ficou surpresa? Eu vim trazer pessoalmente uma cópia do processo pra você ver...


ㅡ Processo...? ㅡ ela sentiu um calafrio lhe percorrer a espinha quando ele fez menção de entregar os papéis em sua mão.


ㅡ Este aqui... ㅡ ele estendeu o papel diante dela. ㅡ Saiba que eu estou processando você por calúnia e difamação.


Ela quase parou de respirar quando ouviu. ㅡ Isso mesmo...isso é pra você aprender a não me acusar de uma coisa que não fiz me chamando de ladrão e fez isso na frente de todo mundo, não imaginou como fiquei? Ainda mais depois de tê-la ajudado? Agora já sei com quem estou me metendo de verdade, com uma oportunista!


ㅡ Cala boca! Eu não vou permitir que fale comigo desse jeito na minha casa!


Ele se aproximou ainda mais dela ficando apenas alguns centímetros de distância. Era inevitável não sentir o perfume doce vindo dela, do nervoso fluindo pelo poros. Bulma espremia os lábios enquanto o ouvia falar. ㅡ Aqui está o que você procurou com sua ignorância...


Vegeta voltou a ergueu as folhas diante do rosto dela. ㅡ Pegue. Ele a viu hesitar em pegar das mão dele. ㅡ Vamos pegue logo!


Um certo pânico começou a crescer dentro dela no momento em que o viu estreitar os olhos. Ela deu dois passos para trás acuada encostando se no muro um pouco deteriorado de sua casa. Sr Vegeta que estava dentro do carro viu o filho dar dois passos para dentro do quintal da casa dela. ㅡDroga o que esse garoto está fazendo? ㅡ ele disse abrindo a porta do carro.


Vegeta cercou a apoiando as mãos contra a parede atrás dela que passou a respirar ofegante. Uma sensação estranha começou a envolve-los naquele momento, seu olhares estavam perdidos um no outro, quando de repente a voz do pai dele os trazem para a realidade.


ㅡ Vegeta sai já daí!! O que está fazendo aí dentro?


Bulma desviou os olhos arregalados para o pai dele parado em frente ao portão e logo depois voltou a olhar para Vegeta novamente, ㅡ e o viu passar a língua ligeiramente entre os lábios antes de tirar as mãos da parede e se afastar dela entregando as folhas do processo. Ela estendeu a mão sem dizer nada pegando as folhas e logo depois o viu sair apressado para fora seguido pelo pai que já foi abrindo a porta do carro para entrar nele.


E como se estivesse anestesiada ela ficou olhando o pai dele ligar o carro, e notou que Vegeta a olhava pelos ombros sentado no banco do passageiro. O carro se afastou rapidamente até virar a rua sumindo de vista deixando a parada em frente ao portão de casa.


" O ferro só é ferro por causa do fogo, não só pela têmpera que o calor da ao metal, mas também pela maleabilidade que o ferro tem que adotar na presença do fogo"


 


             Bulma e Vegeta...


 


 


 



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Autor(a): vanessabella

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  Vegeta olhava para a movimentação de pessoas atravessando a rua no momento em que o pai freou o carro parando em um farol vermelho. Seus pensamentos vagueiam agora para os minutos anteriores onde estava com Bulma dentro do quintal da casa dela quase em ruínas. Ele cogitou por um momento a idéia de entregar as cópias do processo ao o ...


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