Fanfics Brasil - O leonino dócil e a serpente O leão e a Serpente

Fanfic: O leão e a Serpente | Tema: Harry Potter Drarry


Capítulo: O leonino dócil e a serpente

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Embora eu gostasse da sua amizade ele era um saco e eu me irritava o suficiente para meter o pé na bunda dele. O problema é que aquele garoto é um leonino e leonino são dóceis e gentis de mais. Eu tinha vontade de soca-lo toda vez que ele falava comigo daquela forma preocupada ou tentava procurar amizade comigo.


Como certo dia...


Era um dia frio, o céu fora coberto de nuvens escuras e flocos de neve caiam solenemente no gramado da escola. Eu estava mais uma vez aproveitando o frio, sentindo a corrente de vento me envolver. 
Eu amava aquele tempo e por mim o inverno não precisava acabar nunca.


– Oi – A voz gentil me invadiu os pensamentos e me arranca dos meus devaneios. – Não acha que ficando aqui pode ficar gripado?
Leonino dócil e dramático. 


– Não precisa se preocupar – Digo de forma seca e grosseira, mas por alguma razão aquele leonino de quatro olhos sempre se aproxima.


– Eu estou bem, veja. – Toco em meu rosto e sinto o quanto está frio. Estremeço com o contato e aquilo foi o suficiente para o leonino se aproximar.


Seus dedos tocam meu rosto e no mesmo instante, a preocupação aparece na expressão do leonino idiota.


– Você está gelado Draco! – Ele retira seu cachecol, envolve meu pescoço e parte do meu rosto com ele. – Vai ficar gripado se continuar assim.


Eu sei que rolei os olhos, mas uma parte de mim sentiu-se quente e mesmo que o vento frio soprasse em meu rosto, eu o sentia fervendo. Harry, o leonino dócil e dramático, se aproxima e me envolve com seu braço forte e musculoso. Tensiono-me para baixo como se me encolhendo pudesse aproveitar mais daquele calor. Minha mente vaga e naquele momento eu não sinto raiva dele. Eu queria com todas as minhas forças aquele Leonino dócil, gentil, amável e dramático. E quando me lembro do que sou a serpente cruel, traiçoeira e nenhum pouco amável como aquele leonino, me afasto bruscamente. Eu não seria o certo para ele porque eu não era certo para ninguém, apenas para mim mesmo.


Harry me lança seu olhar preocupado, mas antes que ele possa questionar algo, fujo dos seus braços e de seu campo de visão.  Meu nome sai de seus lábios em gritos confusos e eu não volto atrás.
 
Harry Potter era o leonino doce e gentil e eu sou apenas uma serpente cruel, fria e sem coração. 
 



 



Já fazia uma semana que eu o evitava. Era quase cômico, eu o via por um corredor e entrava em uma sala até ele sumir. Quando ia ao vestiário depois das aulas de educação física e ele estava por lá, eu apenas me afastava e procurava outro vestiário. Eu tinha quase certeza que ele sabia que eu o estava evitando. Por motivos justos.


Quando Harry surgiu desde o começo com suas ideias leoninas e com seu jeito gentil eu me derreti. Até um tempo eu era uma pedra de gelo ambulante, mas Harry me derreteu com uma chama especial. Pode parecer dramático, mas eu sentia-me seguro e acolhido ao lado dele. Harry me fazia sentir que eu poderia confiar nele. Céus! Eu daria minha mão e iria ao fim do mundo com ele. Eu sentia a necessidade de estar ao seu lado, porque ele me fazia se sentir especial e que eu poderia confiar nele.


Naquele mesmo dia, eu não consegui fugir dele. No final da aula, quando estava saindo do laboratório de química, senti um puxão em meu braço e depois meu corpo se chocou em uma estrutura rígida e macia. Harry agarrava-me como se eu fosse virar geleia e escorrer por seus braços.  Levantei a cabeça e o encarei. Aquele foi o momento mais estranho da minha vida. Sabe aquele momento em que você olha o cara que gosta e ai você se sente hipnotizado pelo o olhar daquela pessoa?  Era assim que eu me sentia. Preso a um olhar intenso, lábios rosados, carnudos e convidativos.  A vontade de beija-lo foi acionada por uma parte inconsciente do meu cérebro e quando eu menos imaginei estava de frente a ele, minhas costas colidiram com a superfície metálica da porta de química e meus lábios foram esmagados pelos os deles.  Se antes o pensamento de virar geleia seria hipotético, agora eu tinha certeza. Eu me sentia mole, derretido por um calor intenso. Meu corpo parecia que ia explodir em êxtase e algo dentro de mim pulava e dançava ao som de uma música qualquer. Eu sentia meu interior explodir em sentimentos que eu não conseguia descrever.  Se isso é felicidade, eu iria morrer feliz porque estava beijando o leonino, Harry.


Potter encostou sua testa junto a minha. Seus olhos verdes se abriram lentamente. Encarar os glóbulos verdes daquele leonino era como encarar um mar em dia calmo. E realmente era assim que Harry transparecia com seu temperamento. Eu me sentia flutuando naquele mar, so que a diferença é que eu me tornei uma poça de Malfoy que viajava pelas leves ondas daquele mar.


– Leonino tarado – Me surpreendi com a minha a atitude. 


Não havia um diagnóstico certo, mas acredito que eu possa ser bipolar. Uma hora sentia vontade de beijá-lo e em outra hora queria soca-lo.


– Ei você me beijou também – Ele afirmou um tanto perdido pela minha reação negativa.


 Por mais que uma parte minha quisesse gritar que ele me usou e abusou da minha boca, ele estava certo. Eu correspondi.


O silêncio se instalou entre nós dois e eu já não tinha ideia do que fazer. Pensei em abrir a porta, me esconder ou fugir de Harry.


Porque eu era apaixonado por aquele leonino idiota e eu não tinha mais ideia de como faria para esconder isso.


– Sabe – Ele coçou a nuca e seu rosto foi tomando uma coloração rosada. Minha vontade era de apertar as bochechas de Potter ou beija-lo, mas me contive. 


Pensamentos leoninos como esses não combinam comigo.


– Eu pensei em sairmos juntos. Do que você gosta de fazer?


Pensei em dizer – ler e ouvir musica, mas como eu não era um completo tapado, eu sabia o que Harry queria. Ele estava me chamando para um encontro, embora eu não saiba se esse encontro seria apenas um encontro entre amigos. Eu adoraria que não fosse.


– Cinema – Comentei.


 Eu realmente gostava de assistir filmes principalmente no cinema.


O pensamento de ter Harry ao meu lado durante uma sessão de filmes em uma sala de cinema fazia meu corpo ferver. No entanto, esse pensamento me fugiu da mente quando ele falou o filme que queria ver. Toda a imaginação se apagou e agora eu encarava um palco escuro e vazio.  Não havia momento lindo no cinema com Harry.


– Eu pensei em vermos Rei Leão.
Como é que é? Talvez eu devesse escutar melhor, porque de alguma forma eu não entendi.


– Ver o que? – Perguntei e ao mesmo tempo torcendo para que Harry tenha dito alguma mentira.


– Rei leão – Ele disse como se fosse à coisa mais normal do mundo.
Nosso primeiro encontro e ele queria ver um filme infantil? Qual o problema dele?


Eu não tive como responder. Acho que naquele momento minha garganta se fechou e todo o som que poderia produzir não veio. Abri e fechei a boca, mas nada vinha a minha mente. Na verdade, apenas uma frase vinha à mente e foi ela que soou da minha boca.


– Leonino idiota – Digo depois de empurrá-lo e sair da sala.


Harry ficou lá me olhando como se eu fosse um louco e eu certamente não dava a mínima, porque estava cansado de leoninos e eles poderiam achar que eu enlouqueci porque jamais me apaixonaria mais por nenhum leonino.
 



 


Já havia passado uma semana desde o último incidente e desde então eu tenho evitado Harry. Não é somente por causa do evento, mas eu me sentia um idiota. Quer dizer, surtar porque eu não queria ver rei leão?  Eu não tinha ideia do que eu queria, mas quando ele disse o nome do filme imaginei vários leões juntos e isso me causou certo desconforto. Harry era o leonino por quem eu era perdidamente apaixonado e não me cansava de admitir isso em pensamentos, mas o simples fato de pensar em outros leões me fazia imaginar vários Harry juntos. Um era o suficiente para a minha carga mental.


Naquele mesmo dia, sentei-me na arquibancada e o vi. Belo, brilhante e lindamente charmoso com aquele Short largo do time de futebol da escola, a blusa molhada de suor que agora grudava no corpo. Juro que os cabelos negros pareciam brilhar sobre o clarear do dia. Harry abriu um sorriso para um menino que cochichou algo em seu ouvido. Eu nunca pensei que meu coração fosse disparar quando seu olhar fixou-se em mim e o sorriso tornou-se mais largo. Harry acenou e eu não tive resposta para ele, mas sorri torto. Sentia-me petrificado e céus! Ele estava tão lindo com aquela roupa do time de futebol, o corpo suado, os músculos marcados pelo tecido fino da blusa do time. Eu estava tão ferrado.


Depois que o menino deixou de cochichar algo em seu ouvido, ele o deixou com dois tapinhas no ombro. Se meu coração pensava em fugir, agora eu tinha toda certeza que ele iria fugir para os braços de Potter. Seu sorriso aumentou e ele veio elegantemente até a mim. O tempo pareceu correr em câmera lenta, e eu quase podia ver as gotículas de suor escorrer de sua têmpora para o pescoço e se perder por dentro da blusa. CÉUS! Acho que eu estou ficando excitado. Controle-se Draco Malfoy você não é nenhum pervertido. Era aquela típica imagem de quando o homem lindo vai até você com um sorriso brilhante e com o corpo esbelto brilhando como se derramasse um litro de óleo.  Foco Draco!


– Oi – Ele começou.


Não pensei que Harry já estava tão próximo. Abri a boca e pensei em dizer algo, mas não tinha palavras. Eu o desejava de tantas formas que minha mente se tornou um pornô mental com várias formas de ter Harry Potter comigo entre quatro paredes.


– Sobre semana passada – Ele começou. E o encanto acabou. – Eu não sei se disse algo ou se fiz algo que você não gostou – Harry coçou a nuca e parecia um tanto desconfortável – Desculpa.


– Não é sua culpa – Eu falei de imediato – Espero que nossa proposta ainda esteja de pé.


Harry sorriu e aquele foi sorriso mais lindo que eu já presenciei. Meu coração disparou e eu queria beijá-lo, mas me contive.
No entanto, meu desejo foi atendido. Quase pelo menos.


Os lábios de Harry esmagaram os meus e embora fosse apenas um selinho eu juro que senti os fogos de artifícios estourarem ao nosso redor e várias borboletas bateram suas asas dentro da minha barriga.


Eu apenas sorri para ele.


– Te pego as sete hoje – Ele comentou. – Esteja pronto até lá.
Eu apenas acenei e o vi voltar ao jogo, o vi ser aplaudido e zoado pelos seus colegas de time, também vi Ginervra Wesley à ex-namorada de Potter soltar fogo pelo nariz e bufar como um touro raivoso. O rosto da ruiva estava tão vermelho que mal podia diferenciar o que era cabelo e rosto. Também vi Hermione Granger lançar-me um joinha com o polegar e um sorriso vitorioso.
Se eu estivesse sonhando que, por favor, não me acorde porque eu quero sonhar mais.
 



 



A escola nunca esteve tão barulhenta com os murmurinhos sobre o meu encontro com o leonino dócil. Eu realmente achava aquilo ridículo deles ficarem fofocando sobre minha vida com aquele leonino idiota. Ah sério! Eles não tinham o que fazer?


Aquela seria a última aula e eu não aguentava mais de ansiedade. Vários pensamentos tomavam minha mente e eu imaginava como seria o nosso encontro. Ele iria me beijar mais vezes? Oh céus e se ele me odiar e nunca mais olhar na minha cara? A escola inteira vai saber o quanto eu sou um fracasso em relacionamentos. Droga! O que eu tinha na cabeça em aceitar esse encontro? Com certeza era uma pegadinha e depois ele iria contar o fiasco que foi! Harry Potter era o capitão do time de futebol da escola, o garoto estrela, o popular de toda Hogwarts, porque ele iria querer a serpente? Porque um leonino dócil iria querer fazer amizade justamente comigo? Havia algo errado e eu não deixaria que ninguém me humilhasse. De novo não.


Estava disposto a cancelar o encontro até que uma bolinha de papel pousa em minha mesa. Procuro pela sala e encontro os olhos esverdeados me encarando com expectativa. Seu olhar brilhava e ele tinha um sorriso maroto nos lábios. Os pensamentos anteriores fugiram da minha mente e eu me vi prendendo o ar. Ele gesticulou com a mão para a bolinha de papel. Eu desdobrei o papel e vi as letras garranchosas e tortas. Como alguém poderia ter uma letra terrível como essa?
 


Espero que não vá desistir, porque eu o encontrarei as sete na porta da sua casa.


Me encontra Depois dessa aula nas arquibancadas.


                                                                              HP.
 



Embora fossem apenas duas linhas aquilo foi o suficiente para o meu coração disparar e meu rosto corar intensamente. Aquilo foi o bastante para eu sentir o sangue ferver em minhas veias e eu me sentir um vulcão preste a entrar em erupção. Harry me causava essas sensações loucas. Quando levantei o olhar ele ainda me encarava. Com os braços apoiados sobre a mesa, quase todo seu corpo estava virado em minha direção e toda sua atenção fora posta sobre mim. O sorriso e o olhar de leonino dócil eram para mim. Só meu. O pensamento me fez sorrir e o meu sorriso alargou ainda o sorriso de Harry. Quando menos imaginei estávamos com sorrisos bobos e os olhares hipnotizados sendo lançado um para o outro. Eu poderia estar na sala de aula, mas me sentia tão perdido dentro daquela imensidão esverdeada. Eu me sentia completamente perdido naqueles olhos tão brilhantes e naquele sorriso maroto. Se isso é estar apaixonado, eu estava perdidamente apaixonado pelo o leonino Harry Potter.


Quando a aula acabou todos saíram apressados, espremendo-se no pequeno espaço da porta. Eu, no entanto, fiquei parado esperando os alunos saírem e eu sairia pela porta sem precisar me espremer. E quando eu estava pegando meus livros para seguir até a porta, vejo a sombra de uma mão vir até os meus livros e antes que eu pudesse tomar uma iniciativa os quatro livros estão espalhados no chão. Encaro furiosamente o ser a minha frente que sorria de forma debochada.


Eu a odeio.


– O que você quer? – Vociferei irritado. Quando estava para pegar os livros, ela os chuta para longe do meu alcance. Praguejo uma praga para aquela cabeça de cenoura.


– Quero que você fique longe do meu Harry – Ginervra Wesley diz e seu rosto estava tão vermelho quanto seus cabelos.


Encaro-a atordoado. Desde quando Harry se tornou dela?


– Desde quando ele se tornou sua propriedade?


Ela abre e fecha a boca e percebo que a deixei sem palavras. Sorrio e em minha mente grito eufórico sentindo-me vitorioso. No entanto, aquela tabua ruiva ainda se encontrava a minha frente bloqueando a minha passagem e impedindo que eu pegasse os livros.


– Saia da minha frente – Digo de forma quase ameaçadora. Meu sangue ferve quando ela sorrir. Uma parte de mim sente vontade de arrancar aquele sorriso de seus lábios e fazê-la engolir com todo aquele cabelo cor de cenoura.


– Ou o que? – Ela questiona de forma provocativa.


Sei o que ela pretendia. Se eu perdesse a minha sanidade ela correria até o Harry e me faria de vilão. E eu não seria o vilão que ela queria que eu fosse e eu não daria esse gostinho a ela.


– Ginny – Ouvi uma voz rouca atrás de mim. Os pelos do meu corpo eriçaram. Senti-me arrepiar quando sinto uma estrutura sólida chocar junto as minhas costas. – O que pensa que está fazendo? – A voz dele parece irada. O sopro de sua respiração e a voz rouca está tão próximo que consigo sentir o contato com a minha pele e isso é o suficiente para me sentir excitado.


– Harry ele tentou me agredir! Como pode defendê-lo? – Ela grita e as lágrimas falsas descem por sua face.


Rolo os olhos para a sua atitude e ao mesmo tempo me desespero por pensar que Harry acharia que aquela cena era verdade.


– Harry eu...


– Fique quieto – Ele diz. Sua voz é rouca e o tom irritado ainda está ali tão presente que me encolho.  
Harry leva suas mãos até a minha barriga e me aperta em seu corpo. Sinto-me em chamas quando sua respiração entra em contato com os pelinhos da minha nuca. Minha mente fica uma loucura e eu esqueço a cabeça de cenoura e esqueço toda a confusão. Porque eu estou nos braços de Harry e sinto-me pequeno, seguro de qualquer que seja os olhares em chamas que me são lançados.


– Como pode ficar com ele e não comigo? – Ela está chorando e parece em prantos, mas eu não ligo porque tenho os braços de Harry estão me cercando. – O que ele tem que eu não tenho? – Ela grita e percebo que ela não está fingindo. Eu ainda não ligo, porque estou viajando em nuvens de algodão doce. Harry ainda está me cercando com seus braços.


– Ginny nós terminamos já tem um ano – Ele diz de forma cansada como se repetisse aquela cena várias vezes. – Você terminou comigo depois...  – Ele se interrompe. – Já foi passado e eu segui enfrente. Você deveria fazer o mesmo.


Ela parece petrificada, mas então Gina me lança um olhar assassino e um olhar magoado para Harry. Depois sai da sala como um furacão. Eu realmente senti pena dela. Se fosse eu no lugar dela estaria perdido. Esse é o preço de amar.


– Me desculpe por isso – Harry sussurra em meu ouvido. Inconscientemente solto um gemido esganiçado.


E foi nesse momento quando percebi que Harry agora abusava do espaço e roçava seus lábios pelo lóbulo da minha orelha arrancando suspiros da minha parte. Ele estava alcançando a barreira proibida. Estávamos na sala de aula e aquilo já era o suficiente...


Sinto-me rodopiar e antes que eu possa piscar surpreso, mãos fortes apertam a minha cintura e os lábios de Harry esmagam os meus em um desejo avassalador. O ar é sugado dos meus pulmões e me sinto zonzo, mas sei que não vou cair porque Harry me sustenta, principalmente porque meu corpo está agora sobre uma das mesas. Abrigo-o entre minhas pernas e agarro seus cabelos. Nunca pensei que aquele ninho de passarinho que Harry chama de cabelo fosse tão sedoso ao toque. Abro mais a boca quando sinto sua língua implorando passagem e não o deixo esperando. Quando nossas línguas se tocam, um choque corre a base da minha espinha e meu corpo desperta sensações diversas e uma delas eu reconheço. Prazer. Algo dentro de mim vibra e sei que estou extremamente excitado.
Eu particularmente não ligo para o ar, mas sei que Harry não quer me matar por falta de ar em um beijo, mas também ele não quer perder o contato dos lábios comigo. Por isso, seus lábios estão no meu pescoço, mordendo, beijando e chupando. E eu? Virei uma geleia que só sabe agarrar seus cabelos, bagunçá-los, soltar gemidos esganiçado e claro ficar excitado. 


– Harry – Seu nome sai da minha boca em um gemido sofrido.
Sei que isso o animou, porque agora suas mãos estão por dentro da minha camisa. Tudo bem, agora nós precisamos por limites, mas como posso ter controle da minha sanidade quando um homem como Harry está me beijando e me deixando uma bagunça.


– Já chega – Digo tentando afastá-lo e ele obedece como um leonino dócil.


– Desculpe – Ele diz e se afasta. Seus lábios estão inchados e entre abertos. Balanço a cabeça tentando afastar a imagem de um Harry bagunçado e amarrotado a minha frente. – Fui longe de mais? Machuquei você?


Estava tão distante o leonino dócil e agora ele estava de volta. Eu adorava sua forma doce de agir, mas ao mesmo tempo odiava. Era incrível a raiva que eu sentia quando seu lado leonino dócil despertava.  


– Estou bem – Digo e percebo então que o meu tom foi seco. Isso parece que assustou Harry.


Ele se afasta e então coça a nuca como se procurasse um argumento que sua mente se recusava a dá-lo. Não sei se ele está envergonhado pelo o momento ou se ele está tentando arrumar algo para dizer.  Só sei que eu não tinha o que dizer. Estava com raiva de Harry e com raiva de mim mesmo. Raiva por Harry ser esse homem de tirar o fôlego e eu não poder tocá-lo como eu bem gostaria e raiva de mim mesmo por ser tão covarde. No entanto, entendo a aflição que me atingia toda vez que ele me beijava e sua mão corria pelo o meu corpo. Eu sou virgem e Harry era um homem experiente que já tivera homens e mulheres em sua cama e eu não queria ser mais um, o virgem que Harry levaria para cama e depois seria vangloriado por ser o primeiro.


Com a fúria e o medo me atormentando, pego minha mochila. No mesmo instante em que estou para deixar a sala, Harry segura meu antebraço. Seu aperto é forte e seu olhar era uma imensidão esverdeada que parecia suplicar uma explicação, parecia um culpado que de todas as formas procurava saber onde errara.


– Eu estou bem – Digo de novo e tento não me estapear pela raiva de sentir minha voz sair trêmula e falha.


Harry parece perceber meu desconforto. Ele puxa meu corpo com gentileza e me abraça. Embora eu soubesse que deveria me soltar e fugir dali sentia que ao mesmo tempo não podia, porque Harry fizera um refúgio para mim e me deixara preso, ao mesmo tempo em que me sentia seguro dentro das barreiras de seus braços. Minha mente era uma loucura e os meus sentimentos se misturavam em uma salada de frutas.


– Se eu fiz alguma coisa eu peço desculpas – Harry sussurrara. Sua boca soprava as palavras por cima do meu cabelo e embora eu tivesse um bom tufo de cabelos eu podia sentir o calor de seu hálito no meu coro cabeludo. – Eu não sei o que você imagina, mas eu prometo não lhe fazer mal – Ele ainda soprava aquelas palavras que me faziam derreter e se transformar em uma poça de geleia. – Me dê uma chance Draco.


Quando ele me desprendeu de seus braços, segurou-me possessivamente pela cintura e me encarou. Naquele momento, eu tinha certeza que meu coração disparou e eu nunca o tinha sentindo tão desesperado antes. Meu coração era um retumbar descontrolado e desesperado, assim como o olhar que Harry me lançava. Eu me sentira tão preocupado em não mostrar o quão poderia me tornar vulnerável na frente de Harry, que esquecera que naquele momento Harry era quem estava se tornando vulnerável e eu estava pisando em seus sentimentos com medo de ferir os meus.


– Tudo bem – Eu digo incapaz de pensar em como respondê-lo.
E sou mais uma vez recebido por um beijo que dessa vez parece estourar fogos em meu interior.


Agarro-me em Harry como se ele fosse meu porto seguro ou como se o fato de soltá-lo poderia transforma-lo em pó. Agarro seus cabelos e o bagunço. Nunca imaginei que aquela cabeleira rebelde de Harry fosse tão sedosa ao toque. Quando puxo levemente os cabelos de sua nuca ele geme em minha boca. Sinto uma pontada em meu intimo e estou excitado mais uma vez. Roço o começo da minha ereção em Harry e aquilo parece despertar sua atenção porque ele aperta-me mais e suas mãos viajam para os meus cabelos agarrando-os e aprofundando o beijo. Em questão de segundos nos tornamos uma bagunça de gemido e não sei quem está mais excitado se é eu ou Harry, mas isso não me importa porque eu o quero de todas as formas possíveis. Eu o desejo e a forma como esse desejo me consome é desesperadora e dolorosa. Eu não sei se há caminhos para onde eu fugir, porque sinto que cada minuto que passo naquela sala eu estarei perdendo minha sanidade.


Quando me dou conta estou com as mãos enfiadas por baixo de sua blusa beliscando um de seus mamilos e sentindo-os enrijecer ao meu toque. Ele sopra um gemido em meu rosto e não deixo de sorrir. Aproveito o momento para quebrar o beijo e beijar-lhe a curvatura do pescoço e sentir a maciez e o gosto da sua pele. Harry está de olhos fechados, a boca entre aberta e a cabeça levemente inclinada para trás.  A visão é um deleite para mim. Suas mãos estão apertando e quase esmagando meu traseiro, mas eu não me importo. Eu o desejava e estava jogando as inseguranças para o inferno. O desejo dói, o desejo te deixa louco e quando menos esperamos estamos sucumbindo a ele.


– Draco – Meu nome soa de sua boca com um gemido sofrido.
Para minha surpresa e infelicidade, Harry me afasta.


– Aqui não.


Eu queria perguntar aonde, porque eu estava desesperado para tê-lo de todas as formas. Eu queria que Harry me desse amor, me preenchesse e me amasse de todas as formas. Embora eu fosse virgem, conseguia sentir perfeitamente o desejo de tê-lo e era agonizante.


– Melhor sairmos dessa sala – Ele acariciou a minha bochecha. O calor de seu polegar em minha bochecha era reconfortante e eu apenas fechei os olhos me entregando aquela carícia. Se não fosse tão constrangedor eu poderia até ronronar. Céus eu estava tão vulnerável. – Você me deixa louco e se continuarmos aqui eu não sei por quanto tempo manterei minha sanidade.


Dei a ele um aceno e confirmo que realmente estávamos passando dos limites. Eu deveria culpá-lo, porque Harry me transformava naquela poça de prazer e não me dava chances a não ser me entregar completamente a ele.


Ele me deixa com um selinho que eu adoraria aprofundar, mas sabia que se o fizesse não teríamos o mesmo controle para interromper o beijo e nos afastar. Então, eu apenas deixei ele me dar aquele beijo singelo e o deixei sair pela porta da sala, enquanto permaneci ali um tempo olhando-a agora tão vazia e fria. Harry se fora e eu agora iria sair da sala como se nada tivesse acontecido. Céus como poderia fazer isso?
 



Depois do nosso breve amasso na sala de aula, Harry não voltou a falar comigo e eu como orgulhoso não lhe dirigi uma única palavra. Depois da nossa última aula daquele dia eu ainda não havia falado com ele. Nesse tempo eu tentei evitá-lo a todo custo até eu ver que não tinha mais como.


Estava saindo do banheiro masculino quando vi a silhueta de Harry cruzar o corredor a minha frente. Tentei voltar para o banheiro sem que ele me visse, mas dessa vez não consegui. Hermione Granger, aquela fofoqueira, abriu a boca e apontou para a porta meio aberta do banheiro, indicando a minha presença que dificilmente eu tentava ocultar. Não tive outra escolha a não ser correr e me esconder em uma das cabines. Imaginei que Harry desistiria de mim e daria meia volta, mas Harry Potter não é o tipo de homem que desiste fácil. Assim que ele me viu foi correndo até o banheiro e mesmo eu estando escondido ele foi abrindo cada uma das cabines.


Eu o odeio e amo ao mesmo tempo.


– Draco eu sei que está ai! – Ele gritou o óbvio.


Rolei os olhos. Continuei sentado encima do vaso evitando o máximo minhas pernas caírem e denunciar minha presença.


– Eu não sei o que fiz para você estar me evitando, mas me desculpe.


Tentei conter um leve resmungo que quase saiu um grunhido. Odeio leoninos, são tão dóceis que podem se tornar perigosamente diabéticos.


– Draco? Podemos conversar? Se eu fiz algo de errado podemos tentar consertar.


Respirei fundo sentindo-me derrotado. Desci do vaso e abri a porta da cabine. Harry me encarava deslumbrado os olhos brilhando como duas esmeraldas expostas ao sol. O encarei com o cenho franzindo e cruzei os braços esperando sua resposta. Harry tinha aquele sorriso de criança quando recebe seu doce depois de uma boa ação. Pigarreei. O sorriso de Harry se desmanchou e sua expressão tornou-se serena.


Automaticamente me perguntei onde o leonino de sorriso infantil estava, mas foi então que notei que ele estava a minha frente, perto o suficiente para eu tocá-lo e me aninhar em seus braços. Foco Draco!


– Harry você não tem culpa – Quando menos esperei havia desmanchado todas as minhas defesas e estava sendo amparado pelo os seus braços.


Harry era diferente de todos os garotos que um dia eu já conheci.  Eu não tinha certeza ainda, mas sabia que Potter tinha um efeito sobre mim. Ele aparecia de repente e desabava facilmente todas as defesas que eu demorei anos para construir. Às vezes, para superarmos uma dor igual ou pior do que já sentimos antes, criamos uma fortaleza quase indestrutível. Eu disse quase, porque elas não são cem por cento indestrutíveis. Há uma rachadura nessas defesas e acredito que foi por uma dessas rachaduras que Harry destruiu em um só golpe toda murada que eu demorei anos para erguer. Quando menos esperei eu estava em seus braços sendo beijado e mimado.
Agarrei-me aos seus cabelos e os baguncei – não sei se há como bagunçar mais ainda aquele ninho de passarinho. Agarrei-me em seu tronco e o empurrei até dentro da cabine onde antes eu me escondia de Harry. Empurrei Potter até ele estar sentado sobre o vaso. Seus olhos brilhavam em desejo e sua boca entre aberta, os lábios inchados e molhados parecia uma tentação lindamente convidativa. Eu não podia deseja-l0 mais? Não podia o querer de todas as formas possíveis?


Sentei-me em seu colo e descaradamente eu rebolei sentindo o volume de sua excitação roçar com o meu. Agarrei-me mais a Harry sentindo a urgência de tê-lo dentro de mim. Meu corpo ardia de desejo ao mesmo tempo em que parecia terem me jogado em brasas. O meu rosto parecia um tanto molhado e vermelho. Não sei por quanto tempo ficamos naquela última cabine com todos aqueles estímulos, os beijos molhados e as mordidas no ombro, no pescoço, o calor dos nossos corpos tão próximos. Não sei se tem como morrer de tanta excitação ou se há como gozar com tanto estímulo, porque quando Harry passou a pressionar ainda mais nossas excitações, a beliscar meus mamilos, a me beijar, morder e chupar meu pescoço eu senti que não aguentaria mais. O calor se tornou intenso, um frio correu pela minha espinha e um alívio se apossou do meu corpo. Joguei minha cabeça para trás e gritei o nome de Harry em um gemido obsceno.


Estávamos ofegantes e eu me sentia sujo e melecado. Precisava de um banho urgente. Tentei levantar, mas Harry me impediu fazendo-me sentar em seu colo mais uma vez. Ele agarrou-me fortemente pela cintura e acomodou sua cabeça na curvatura do pescoço. Seu nariz roçou pela base do meu pescoço e foram até meu ombro em uma carícia suave.


– Você me deixa louco Draco – Ele sussurrou próximo ao meu ouvido.
Eu queria poder dizer o mesmo, mas preferi manter o silêncio. Apenas me aproximei mais do seu corpo e deitei minha cabeça em seu ombro. Seu cheiro era maravilhoso e seus cabelos sedosos ao toque só me fazia querer ficar ali, sentindo seu cheiro e acariciando sua cabeleira rebelde.


Eu estava tão ferrado, porque definitivamente eu não poderia me apaixonado.


De novo não.


 



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Autor(a): 0alpha

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Não tinha a certeza de quantas vezes conferi meu cabelo e roupa. Se bem que eu não tinha nenhum senso de moda e a única pessoa que tinha esse prazer em me vestir era Pansy, minha colega de apartamento. Pansy era um pouco mais adiantada do que eu, ela já cursava faculdade e eu ainda estava no ensino médio. Na verdade, era para eu já e ...



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