Fanfics Brasil - Leoninos com raiva é igual a nariz quebrado O leão e a Serpente

Fanfic: O leão e a Serpente | Tema: Harry Potter Drarry


Capítulo: Leoninos com raiva é igual a nariz quebrado

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Depois de contar a minha história para Harry, me senti mais leve, mas isso não mudava o medo que eu sentia. Temia que Harry me odiasse ou sentisse nojo de mim, temia tantas coisas que nem eu mesmo sabia o porquê. E ainda assim eu entendia parte daqueles sentimentos. Eu era apaixonado por Harry e o medo de perdê-lo era devastador.


Não sei por quanto tempo ficamos calados, mas eu sentia que já deveria falar alguma coisa. Harry não dizia nada e aquilo me preocupava. Por outro lado, eu não tinha coragem de quebra aquele silêncio.


Para a minha surpresa Harry se levantou. Os punhos cerrados e o maxilar travado só me deixavam com apenas um pensamento: Harry estava puto. Encolhi-me quando vi seus olhos verdes brilharem em fúria.


—Desculpa — Ele disse de forma gentil. — Não quis assustar você.


Eu ia perguntar do que ele estava falando, mas então eu percebi que estava encolhido no sofá. Harry percebeu minha esquiva e se aproximou. Seu semblante mudou e aquela natureza de leonino dócil voltou com força total. Jamais imaginei que amaria tanto ver a expressão do leonino dócil de Harry.


— Está tudo bem — Digo tentando amenizar o clima que criamos.


— Eu não vou fazer o mesmo.


Franzo o cenho e o encaro sem entender exatamente o que ele disse.


— Eu não serei como esse garoto. Jamais vou machucar você.


Suas palavras são sinceras e ao mesmo tempo me pegam de surpresa. Sinto-me inebriado por aquele homem e não vejo motivo para me encolher ou me afastar dele. Levanto-me em um salto e o beijo. Sei que Harry não esperava por essa atitude, mas ele corresponde o beijo e me prende em seus braços. Sou jogado contra a parede, mas não ligo para isso. Harry me aperta contra a parede e junta nossos corpos. Suas mãos que agora percorrem meu corpo descem pelo meu abdômen e depois vão até meu mamilo. Quando Harry os beliscou, não consegui conter um gemido. E isso o excita, porque ao colar o corpo no meu, senti sua excitação em minha coxa.


Harry iria me matar de desejo. Não via outra forma a não ser me entregar para ele. O fato de ter Harry dentro de mim, ou Harry me amando com todo fervor, me faziam tremer.


Desfiz o beijo e o encarei pedindo por mais. Harry parece entender o que eu sinto, porém ele não corresponde aos meus sentimentos. Ele se afasta e passa a me encarar como se eu fosse um estranho. Não entendo sua atitude e quando estou para perguntar o que aconteceu, mas Harry se pronuncia, ignorando o que eu iria falar.


— Antes de fazermos isso, quero estar namorando com você — Sua voz é suave e gentil. – Não quero ficar com você dessa forma.


Ergo o cenho e tento entendê-lo, mas não faço ideia do que ele quer dizer. Fico irritado e o afasto com um empurrão.


— Então eu não posso ficar com você se não pudermos namorar? — Pergunto para ter a certeza se foi o que eu acho que entendi.


— Não é exatamente isso. Draco eu não quero ser um aproveitador, eu realmente gosto de você e quero estar em um compromisso sério para depois pularmos para essa parte.


Fecho os punhos para conter a raiva e evitar gritar com Harry.


— Não é como se eu fosse casar de véu e grinalda! — Tudo bem, eu estou berrando, mas a fúria queima dentro de mim. – Harry você não é um aproveitador! Pelo amor de deus! Eu quero fazer sexo com você! Será que isso é difícil de entender?


Eu não acredito que eu disse isso. Meu rosto está em chamas. O que um leonino idiota não faz com você.


Ele abre e fecha a boca diversas vezes. Seus olhos transmitem um brilho selvagem. A chama da esperança cresce em meu peito, mas ela não dura muito tempo. A expressão leonina dócil faz a pequena chama da esperança se apagar repentinamente.


—Então não vou poder ficar com você se não estivermos namorando? Não vou poder beijar você?


— Draco, é só até você se decidir. Quero que tenha certeza se é comigo que você quer estar. Podemos ficar abraçados, andar de mãos dadas e dar uns selinhos ou beijinhos que não atiçam tanto.


Harry deu um passo atrás quando eu rangi os dentes. Eu odeio leonino! Porque eu me apaixonei por um?


Uma serpente jamais ficará com um leonino, porque são completos opostos. São inimigos declarados.


— Beijinho? — Rio de escárnio. —Para não atiçar? Quem você acha que eu sou? A virgem Maria? Vai embora daqui seu leonino idiota!


Estou empurrando Harry e gritando a pleno pulmões. Ignoro se Pansy está acordada ou não, mas sei que ela está descendo as escadas nesse exato momento. Pansy para entre os dois últimos degraus e me lança um olhar questionador e ao mesmo tempo furioso. Talvez ela estivesse irritada por eu estar gritando tarde da noite.


— O que você está fazendo? — Ela pergunta a me ver empurrar e esmurrar Potter até a porta.


— Colocando o Leão para dormir na casinha! —Grito.


Estou com tanta raiva que não escuto os protestos de Harry e as incontáveis vezes que ele chama meu nome.


— Draco eu posso tentar amenizar!


— Não! — Grito enfurecido. —Porque não pergunta a sua ex-namorada ruiva se ela não quer voltar, já que eu não sou o suficiente para você em nada.


Harry abriu e fechou a boca. Seu semblante se tornou sereno e os olhos verdes brilhavam em pura raiva. Suas bochechas estavam vermelhas e sei que Harry está mais uma vez irritado. Eu conhecia perfeitamente um leonino irritado. Harry era um exemplo. Seus olhos possuíam um brilho raivoso, suas sobrancelhas pareciam se unir e seu rosto ficava adoravelmente corado.


Acho que eu pisei em uma ferida antiga.


— Draco, por favor, vamos tentar nos explicar sem nos alfinetar — Ele diz e sei que Harry tenta conter sua fúria para não me assustar.


Leonino idiota! Eu odeio leonino! Porque eu tinha que me apaixonar logo por um?


— Não! Volte para sua ruivinha que você tanto gostou. Afinal, ela parece ser o suficiente para você. Ela tem tudo o que eu não tenho e você pode transar com ela dias e noites, porque vocês namoravam. No fim, eu sou apenas um quebrado que não serve nem para um beijo... Sou um péssimo namorado e jamais chegarei aos pés da sua rui...


Fui jogado pela terceira ou talvez quarta vez pela parede. Mas dessa vez, não recebi um beijo. Tusso quando sinto o impacto em minhas costas. Harry cerca-me com seus brancos fortes e me prende contra a parede. Sua respiração é descompensada como se acabasse de vir de uma maratona entre corredores. Seu olhar me queima e as esmeraldas contém um brilho furioso.


Aquela foi a primeira vez que Harry tinha sido bruto comigo. Ele não me bateu ou me machucou. Mas eu entendi no exato momento em que vi raiva e mágoa em seus olhos, percebi que havia passado dos limites.


— Você não entende o que ela fez comigo — Ele sussurra. — Não diga besteiras. Eu sou e sempre fui apaixonado por você, mas parece que isso é impossível para você entender. Você é perfeito para mim e por isso, estou pedindo você em namoro, mas parece que para você isso é impossível. Sei que machucaram você de todas as formas, mas eu quero reconstruir tudo que destruíram em você. Nem que eu tenha que montar peça por peça. Eu não vou desistir de você, Draco. Eu sei que sente o mesmo. Vou dar o tempo que quiser, mas saiba que eu não vou desistir de você e quando estiver pronto estarei esperando. — Harry passou o indicador em meu queixo, elevando-o gentilmente. Uma carícia suave correu de minhas bochechas até a curvatura do meu pescoço. —Eu nunca vou te machucar e não deixarei que lhe machuquem. Eu prometo.


Tento conter as lágrimas. Aperto os lábios e encaro meus sapatos. Sinto que estou prestes a desmoronar. Sei que agora Harry derrubou completamente minha defesa e agora eu estou exposto. Não há como me cobrir ou me esconder. Harry me ver como estou, quebrado e destruído. E quando não aguento mais, choro descontroladamente, com soluços furiosos. Harry me cobre em um abraço quente e isso só serve para eu me agarrar em sua blusa e chorar desesperadamente. Sons e soluços saem da minha boca. Sou devastado por lágrimas e isso não importa para Harry, porque ele me aperta ainda mais no seu abraço e isso só me trás a sensação de segurança. Agora, outra barreira é erguida, mas dentro desses muros Harry está comigo e esses muros tem a proteção de Harry também. Ele me protege e eu o protejo. Somos guardas da nossa própria fortaleza.


—Fica comigo – Peço de forma manhosa e ainda soluçando. —Dorme comigo.


—Tem certeza? — Ele pergunta, enquanto apoia o queixo em cima da minha cabeça.


— Absoluta — Sussurro, porque não tenho voz para dizer algo diferente. – Por favor.


— Tudo bem.


Impressiono-me quando ele me ergue em seus braços e carinhosamente me mantém alinhado em seu peitoral. O cheiro de Harry me preenche de forma a me deixar ainda mais calmo. Sorrio contente.


— Onde fica seu quarto? — Ele pergunta.


Aponto a porta branca com a pintura de pássaros ele segue comigo em seus braços.


Não sei por que, mas aquela proteção era melhor do que a que eu tanto me esforcei para erguer.


Aquela proteção me trazia felicidades e me fazia apagar as memórias ruins.


Acho que estou muito mais que apaixonado, talvez eu o ame, mas não conheço esses sentimentos e ainda tenho medo deles. Vou esperar até onde vão esses sentimentos.


 



Dormir com Harry foi a melhor coisa que eu poderia fazer. Primeiro porque Harry é quente e acolhedor. Acho que é a característica de todo leonino. Eu amava sua forma de me abraçar e me manter seguro em seus braços.


Acordei sentindo-me preso em um calor acolhedor. Harry estava ao meu lado, ressonando baixinho próximo ao meu ouvido. Acariciei seu rosto e notei apaixonadamente os cabelos caírem em mechas curtas por sua testa e bochecha. Adorei ver de perto seus olhos pequenos, nariz aquilino, lábios finos e não tão carnudos, mas bem rosados. Sobrancelhas grossas e bem desenhadas. Em contraste ao tom de pele estava a cicatriz em forma de raio. Harry era lindo dormindo e mais parecia uma criança do que um adolescente.


—Bom dia — Ele sussurrou.


Surpreendo-me por ser pego o encarando. Harry ainda permanecia de olhos fechados, mas ele sorria contente. Talvez porque eu o encarava descaradamente.


Sento-me na cama e tento disfarçar, principalmente porque estou corado. Encaro meus dedos.


Harry se aproxima de mim e não deixo de sentir o formigamento na barriga e o choque de sua aproximação. Engulo a seco e ao mesmo tempo tento disfarçar o nervosismo.


—Como se sente? — Ele pergunta de forma gentil.


—Estou bem.


Viro-me para encara-lo e a visão que encontro me faz dar um pulo para fora da cama. Agarro-me a parede como se a estrutura sólida pudesse manter-me longe de Harry. Estou quente, se é possível. Todo o quarto parece uma fornalha e sinto mais uma vez as borboletas baterem furiosamente na parede do meu estomago.


— P-Porque você e-está só de cueca? — Aponto para a silhueta de Harry encima da minha cama, de joelhos e somente de cueca BOX preta.


Desço meus olhos por todo seu corpo e não deixo de olhar os músculos bem marcados em seu abdômen. O peitoral definido só mostrava o quanto Harry se esforçava para o futebol. As pernas torneadas e de musculatura firme. E embora Harry fosse uma camada tentadora e perfeita de músculos, ainda tinha mais. O volume na BOX preta. Eu espero que aquilo esteja duro, porque se estiver mole não consigo imaginar o tamanho quando duro. O volume era bem marcado pela BOX e aquilo só contribuiu para acordar o Draco safado.


—Draco? Você está bem?


Não percebi meus pensamentos pervertidos até ter o corpo de Harry tão próximo do meu.


Tarde de mais o Draco safado está desperto e eu perdi o controle da minha sanidade mental. Convenhamos, eu estou com um Harry Potter em meu quarto, cheio de testosterona e de cueca BOX preta em minha frente e para melhorar, ou então piorar minha sanidade mental, Harry tinha um volume bem recheado marcado pelo tecido fino da BOX. Quem teria sanidade nesses momentos?


Quebrei o espaço entre nós e o beijei. Não foi um beijo calmo e muito menos romântico. Aquele beijo só demonstrava o quanto eu estava transbordando em desejo.


E Harry não estava diferente.


Harry ergueu-me pelas coxas e me jogou contra a parede, ao lado da estante de livros. Agarro os cabelos macios e desalinhados de Harry. Diabos! O som do gemido rouco que escapou dos lábios de Harry só contribuiu para eu me sentir mais quente.


Não deixo de correr minhas mãos por suas costas. Ao mesmo tempo, adoro sentir a musculatura enrijecer sobre o meu toque. Os músculos firmes, ombros e costas largas e bumbum firme. Harry era uma perdição que me tinha sobre a parede e eu era uma poça de Draco que o prendia a um beijo necessitado.


As mãos de Harry descem até a minha bunda e as agarra com firmeza. Sua boca deixa meus lábios e agora se ocupam em marcar a pele do meu pescoço. Deixo a cabeça pender para o lado e exponho meu pescoço. Aquilo parece alegrar Harry, porque ele simplesmente se afoga na curvatura do meu pescoço. Seu corpo tenciona para frente e sinto o volume de sua o BOX em minha coxa. Solto um gemido abafado quando nossas ereções se chocam. Um arrepio corre por minha espinha e me faz jogar a cabeça para o lado e expor meu pescoço, meu ombro. Eu daria meu corpo para Harry só para manter aquele prazer mais intenso.


Deixo escapar alguns gemidos e não sei como os esconder, porque estou fervendo por dentro. Estou perdido em um desejo que me consumia fervorosamente. E Harry era o homem que me deixava perdido dentro daquele fervor.


— Draco, você não vai acreditar quem... Potter? — A voz de Pansy é distante, mas é o suficiente para quebrar o torpor que era estar nos braços de Harry.


E antes que eu possa conter meus atos impulsivos, desço dos braços de Harry de forma brusca. Ele não pôde assimilar o que eu fazia antes de eu cair de bunda no chão. Solto um gemido baixo por sentir choque correr até a base da minha lombar. E isso não me abala. Não mais do que o homem que estava atrás de Pansy, o homem que me encarava surpreso e depois dirigia a Harry um olhar de ódio.


—Eu tinha minhas suspeitas, mas não sabia como você era uma puta, Draco — A voz é carregada de ódio só faz com que eu me encolha ao lado da estante.


— Nott — Sussurrei seu nome. O medo em minha voz era tão evidente que até o leonino idiota ao meu lado notou. — O que faz aqui?


Seu sorriso era sombrio e repleto de uma malícia doentia. Eu não conseguia pensar ou fazer nada. Apenas me encolhi contra a estante.


— Então você é Theodoro Nott? — A voz doce do meu leonino é carregada de uma raiva que eu nunca vi.


Ergui o rosto e notei que Harry já vestia sua calça e uma camisa branca social que ainda estava desabotoada. Ele tinha o olhar fulminante para Nott e o verde de seu olhar mais parecia um mar tempestuoso. Aquilo deveria me causar medo, mas só me fez se sentir mais seguro. Por alguma razão Harry criou uma defesa anti Nott e eu estamos dentro daquelas barreiras. Um protegendo a fortaleza do outro.


— E você? — A voz de Nott era serena e fria.


A tensão no ar era esmagadora e até constrangedora. Eu queria me encolher, porque já imaginava a luta entre gigantes. Harry estava com raiva e Nott era a reencarnação da raiva. Ambos se encaravam como se com o olhar pudessem se matar.


— Sou Harry Potter, o namorado de Draco.


Como é? Desde quando eu me tornei namorado do Harry e quando eu disse sim ao seu pedido de namoro? O lancei um olhar de dúvida e solicitando explicação, mas Harry não desviava o olhar e ainda travava uma batalha interna contra Nott.


—O que você quer? — A voz de Harry era carregada de uma frieza um tanto sombria. Cadê meu leonino dócil? – Você é não é bem vindo aqui.


No momento fiquei bravo, porque Harry não tinha o direito de chegar a minha casa e dizer quem é ou não é bem vindo.


Notei a mandíbula de Nott travar e mesmo com a nossa distância, consegui ouvir o seu trincar de dentes.


Se jogasse uma bomba entre aqueles dois, não seria o suficiente para quebrar aquela tensão.


— Você não tem esse direito – Foi Nott quem respondeu.


— E quem é você para dizer qual meu direito?


Nott e Harry deram um passo à frente. Agora era hora de interromper essa confusão.


— Já chega! —Gritei, me erguendo do chão onde antes estava sentado. Ou eu acabava logo com isso, ou então teria dois homens brigando no meu quarto. — Harry essa é minha casa e eu decido quem entra ou sai.


Harry abriu a boca para retrucar, mas eu o calei ao erguer o indicador.


— Theo, você não é bem vindo aqui e tenho certeza que entrou sem ser convidado – Pansy confirmou em um aceno. — Dou dez minutos para você sair da minha casa ou então chamo a polícia.


Harry puxou-me de encontro a ele e embora eu quisesse me soltar não fiz. Eu me sentia forte e decidido a expulsar Nott a pontapé. No entanto, Harry havia se tornado o meu porto seguro e ele parecia me dar uma força extra.


— Então você está com esse ai — Ele aponta para Harry e sua expressão de nojo é mais do que evidente. – Eu sempre soube. — Uma puta não muda, não é?


Minhas defesas foram para o inferno. Tremi e me encolhi nos braços de Harry.


Embora o tempo passasse, ele ainda me assombrava com essa frase.


Uma puta não muda, não é?


Aquele foi à última coisa que ele me disse quando eu o chupava e foi à frase que foi dita no vídeo espalhado por toda a escola. Aquela mesma frase foi a minha decadência, porque muitos meninos na escola me taxaram de puta e até mesmo tentaram me abusar. Se bem que Nott não se importava de me dividir com seus amigos.


Toda a minha vida foi arruinada por causa daquele babaca. E anos de terapia foram gastos e ainda assim eu não conseguia dispersar os pesadelos.


Não percebi que mordia o lábio até sentir o gosto de sangue e muito menos percebi que eu chorava. A última coisa que eu queria era demonstrar fraqueza para o imbecil de Nott.


Antes que eu pudesse notar o que acontecia, fui deixado pelos braços de Harry e o baque surdo preencheu todo o quarto. A tensão se quebrou em milhões de pedaços quando Nott caiu sentado depois de um soco certeiro de Harry.


Agora Theodoro Nott segurava o nariz quebrado e sangrando. Ele encarava Harry com os olhos esbugalhados e a boca aberta em um "o" mudo. Ele trincou os dentes e até pensou em se levantar, mas ao se apoiar na porta, Theo usou a mão encharcada de sangue e escorregou, caindo mais uma vez.


—Some da minha frente ou então a próxima coisa que vou quebrar é os seus dentes — Harry vociferou.


Parecia loucura. Nott se levantou apoiando-se no umbral da porta. Ele lançou um olhar para mim e depois a Harry.


— Isso não vai ficar assim, Potter.


Depois dos abusos e violência de Nott, eu não conseguia presenciar brigas ou ver pessoas com raiva ou irritadas, o meu extinto era me encolher e chorar, mas daquela vez era diferente. Eu não sentia medo de Harry e não queria me encolher ao ver o verde de seus olhos tão frios ou ver sua expressão banhada em raiva. Eu só pensei em abraçá-lo.


E foi o que eu fiz.


Abracei Harry pelas costas e apertei a musculatura firme do abdômen do meu leonino.


—Agora sua blusa está suja — Digo com o rosto afundado em suas costas.


Notei que sua tensão se dissipou e mesmo não vendo sua expressão, eu sabia que meu leonino dócil voltou.


—Vou lavar não se preocupe — Sua voz é quase um sussurro gentil e com isso, dispenso todas as lembranças dolorosas que me atormentava.


— Eu aconselho queimar, pode ter veneno.


Harry rir e mais uma vez eu sinto uma pedra gigante ser tirada do meu peito e pela primeira vez depois de anos sinto o ar adentrar meus pulmões. Parece que eu respirava um ar tóxico e só agora posso respirar um ar mais puro.


Harry me agarra pela cintura e me roda sem me desprender de seus braços.


— Ei...


Eu sinto seus lábios nos meus e é tão quente e acolhedor que me faz querer viver cada minuto daquele momento. Rodeio meus braços pelo seu pescoço e apenas me entrego aquele beijo, calmo, romântico e apaixonado.


Um beijo que eu sempre procurei. Um beijo repleto de paixão.


A mão de Harry agora acaricia suavemente minha bochecha e meu queixo. Apenas fecho os olhos e me permito sentir aquela carícia. Se eu fosse um gato, certamente estaria ronronando.


— Porque bateu no Nott? — Perguntei ainda de olhos fechados, apreciando suas carícias.


Harry desce a mão até meu queixo. Abro os olhos e encaro aquela imensidão verde que muitas vezes me perco ou então me hipnotiza.


— Porque eu prometi que não deixaria ninguém te machucar — Ele me abraça forte e sou arremessado para as suas defesas. Não me sinto invulnerável dessa vez e muito menos sinto medo. Sinto-me acolhido e seguro. Acho que com toda essa defesa do Harry sei que consigo me tornar mais forte sem ser frio ou ser uma serpente venenosa.


— E seu eu tiver que quebrar uns narizes, não tem problema se isso for deixar você seguro.


Eu não conseguia ver onde eu estaria seguro com um monte de cara de nariz quebrado, mas eu aprovava a ideia. Conseguia imaginar um leonino irritado socar os caras que me fazem chorar e conseguia ver seus narizes quebrados. Talvez namorar Harry não fosse uma má ideia.


—Eu aceito— Digo de imediato.


Harry ergue o cenho e me lança um olhar de dúvida.


— Aceita o que exatamente? Quebrar nariz?


Ri com sua lerdeza leonina. Não sei como Harry fez isso, mas agora eu não tinha mais vontade de soca-lo por sua lerdeza.


—Eu aceito ser seu namorado.


Harry sorrir e foi o sorriso mais lindo que eu já vi em meu leonino quebrador nariz.


— Eu não vou te decepcionar — Ele acaricia com as costas da mão minha bochecha.


Eu sei que não vai, leonino idiota.



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Autor(a): 0alpha

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