Fanfic: Joe Yabuki x Mei Aihara | Tema: Romance
Ponte das Lágrimas - Japão - 5:30 - (OST Recomendada : Citrus OST - 30 - Jelly Waltz) <--- Colocar em Loop
Joe Yabuki, mais uma vez, acorda da manhâ de um sol pronto para nascer, o mesmo sol que significa o início de sua jornada e
todas as pessoas que o ajudaram a chegar até aqui, ele queima forte como sua paixão uma vez apagada, porém não mais oprimida
pelas particularidades da vida. De novo, uma nova chama acende em seu corpo, com energia para enfrentar o impossível e contemplar o
desconhecido, hoje é a última viajem de Joe antes da luta contra José Mendoza.
Danpei-JOE!! Vamos logo, essa é a sua primeira viajem sem mim, tudo bem que é pra um lugar perto porém um lutador de nível
mundial precisa saber os seus horários, e não esqueça do treino leve que criei para você!!
Joe- Ta bom velho, relaxe.
Joe prepara seu enxoval em seu compartimento clássico que se consiste em um pano em formato de sacola e uma corda fechando
a parte aberta deste pano, apenas 1 par de roupas porquê o plano é ser uma viajem breve apenas para distrair antes da luta,
já que infelizmente a casa de apostas que ele frequentava fechou, uma viajem rápida para o centro rico do Japão é a melhor
escolha.
Joe sai de seu antigo barraco debaixo da Ponte das Lágrimas, com um sorriso claramente não condizente com sua atual situação,
ele olha para a água suja do esgoto, fixa seu olhar por uns 5 segundos até olhar para a esquerda e perceber as crianças, elas
estavam todas bricando de lutar, praticando shadowboxing, o seu sorriso se expande um pouco, começa a caminhar se distanciando
de Danpei, ele sobe a ladeira do lado de sua casa e começa a caminhar de novo em direção ao ponto do trem que teria sua previsão para
sair as 6:45, supreso, ele ouve um grito já distante.
????- IRMÃOOZÃOOOOOO!! BOA VIAJEMMMMM!! FIQUE BEM!!!!
Joe vira para trás com os olhos bastante abertos, enxerga um pouco de longe que são as crianças gritando para ele, Joe acena
com uma mão pois a outra está segurando seu casaco.
Joe- Tchau, pessoal...
Joe fala em tom que dessa distância provavelmente eles não ouviriam, e continua caminhando. Chegando na estação de trém em meados de
6:30 ele aguarda sentado em uma cadeira de madeira, olha para todas aquelas pessoas das mais variadas classes sociais formando uma fila, e
ele decide que é uma boa ideia esperar o trem chegar para se juntar aos demais, observa o céu, os raios solares batem em seu olho, é um dia
normal para Joe, buscando uma posição mais confortável ele decide deitar na cadeira que caberia 2 ou até 3 pessoas dependendo da situação,
coloca sua boina laranja em seu rosto e fica assim por alguns minutos.
Hotel localizado em um lugar na classe média do Japão - 5:30 - (OST Recomendada : Ashita No Joe 2 Ending 1 (Hateshinaki Yami no Kanata ni)) <--- Colocar em Loop
Mei Aihara, mais uma vez, em um quarto de hotel luxuoso alugado pelo seu pai, acorda da manhã de um sol pronto para nascer, o mesmo sol
que seu pai com um sentimento de falsa compaixão traçou a vida de sua filha, de forma a controlar seus pensamentos, atos e sua vida, como um
eclipse a falta de luz na sua vida trouxe a uma necessidade irreversível de afeto, e a uma vida condenada de solidão e falsidade, sua chama
está apagada, hoje é a última viajem antes de sua ída para a escola só de meninas.
Mei se levanta da cama, toma seu banho de exatos 20 minutos, escova seus dentes e finalmente escolhe entre as dezenas de pares de roupas
que possui, uma em que agradaria aos olhos de seu pai, mesmo o responsável não estando presente, todo este processo depois do banho tem mais ou
menos 20 minutos assim como seu avô ensinou, nem um minuto a menos, nem um a mais.
Mei se dirige para fora de seu quarto, e se surpreende ao perceber 5 funcionários do hotel em frente a sua porta com expressões claramente preocupadas
Funcionário 1- Se-Senhorita Aihara, por favor espero que nossos serviços se mostraram de acordo com a importância de sua pessoa, por favor de
novo desculpe qualquer inconveniente!!
Funcionário 2,3,4,5- EXATAMENTE!! DESCULPE SENHORITA AIHARA!! (todos falaram juntos e ao mesmo tempo)
Infelizmente, para a preocupação dos funcionários, Mei se demonstra indiferente em relação a eles, ignorando-os e continua em direção ao
elevador, entrando neste meio de locomoção de frias portas de metal automático, dentro do elevador, checa seu celular, são 6:12, decide então
pedir um Taxi pelo aplicativo para levar ela até seu destino, precisaria estar na estação de trem as 6:45, o compartimento de metal abre e ela
sai para fora do hotel, olha para o céu, os raios solares batem em seu olho, fixa o olhar para uma mãe e uma filha se divertindo em um parquinho
do outro lado, fica olhando por uns 5 segundos e depois disso aguarda pacientemente seu taxi chegar, depois de um tempo o veículo para na frente
do hotel, ela entra e vai em direção a estação de trem, todo este processo até chegar realmente a seu destino leva alguns minutos, para Mei esta
variação de tempo não faz diferença, são apenas números, ela chega na estação as 6:40, todas aquelas pessoas em volta de Mei são apenas obstáculos
para ela, tudo que ela enxerga são almas sem propósito, ela depois de um tempo procurando acha sua fila de embarque e se junta ás dezenas de pessoas,
são 6:43 e ela é a última da fila, daqui a mais ou menos 1 dia sua vida seria de acordo com o planejado pelo seu pai, ela, então, aguarda seu destino.
Quase todos os passageiros a bordo, ela já sentada no primeiro vagão olha pela janela e reflete tudo oque a sua vida poderia ter sido, 6:45 o
trem começa a fazer barulhos estrondosos e uma cortina de fumaça surge na parte superior do veículo, todos estão preste a partir.
Estação de Trem - Japão - 6:45 - ( OST Recomendada Citrus OST - 13 -Never Be Just Right) <--- Colocar em Loop
Joe- Velho! Cala a boca! Você faz barulho pra caramba enquanto dorme seu saco de bebida. (joe fala com uma voz serena de quem acabou de acordar)
Joe acorda com um susto pelos barulhos do trem percebendo que não eram as roncadas do Danpei, ele esfrega os olhos e contempla aquela massiva e
grande peça de metal automotiva saindo sem ele e ela exclama :
Joe- OW!! ESPERA!! OW SEU MOTORISTA DE MERDA ESPERA!! EU PAGUEI ESSE TREM!!
Joe então começa a correr em direção a cabine de embarque do primeira vagão que é o mais perto, em uma tentativa de alcançar e pular para dentro
do trem, Joe continua correndo desesperadamente até que entra no campo de visão de Mei, ficando cada vez mais rápido o trem em uma tentativa desesperada ele bate
na janela em que Mei está encarando e grita:
Joe- OW ME AJUDA VOCÊ AI PATRICINHA DE OLHO ROXO!! POR FAVOR, É IMPORTANTE!!
Mei, então confusa com a situação, se depara com esse fragmento social totalmente fora da curva da normalidade em que se encontrava e se desespera
pois esta situação nunca á foi ensinada antes, fica encarando o homem de topete preto avantajado com olhos pretos arregalados e roupas totalmente
comuns de cores bege e vermelha, pela primeira vez em muito tempo fica exaltada, e faz um sinal de mão como se dissesse "CALMA", Mei então corre o mais
rápido que pode para alcançar algum funcionário do vagão, enxerga uma mulher alta com mais ou menos 1,80 de altura, loira e de pele branca e exclama:
Mei- PARE ESTE TREM!! TEM UM HOMEM LÁ FORA QUE PERDEU O HORÁRIO!!
Mulher1- Desculpa senhora, mas a responsabilidade do horário para embarcar é de inteira importância para um bom-
Antes que pudesse acabar a sua fala a mulher loira foi interrompida por uma voz de ordem de Mei
Mei- Quem disse que foi um pedido?
Mulher1- Com quem a senhorita acha que está falando?
Mei- eu não faço ideia mas meu nome é Mei Aihara e é melhor a senhora parar este trem.
Surpresa, a mulher loira fica uns 3 segundos olhando para o atentado ao emprego dela que quase cometeu, depois de seu estado de choque, aciona o rádio em
sua cintura e fala com uma voz grave e clara:
Mulher1- Pare este trem imediatamente a pedido do surpevisor.
Mulher1- Desculpa Senhorita Aihara isto nunca vai acontecer de novo, tenho permisão para me retirar?
Mei- Vaza.
Depois de toda a movimentação no trem e os passageiros tentando entender oque houve junto de reclamações, o veículo trouxe a bordo Joe Yabuki, todos os olhares
eram direcionados para ele, claro, todos com raiva, então finalmente Joe embarca no trem e exclama:
Joe- Yahoou!! essa foi quase já pensou se eu perco o horário? HAHAHAHA
Enquanto limpa o suor em sua camisa e caminha entre os nervosos passageiros ela mostra um sorriso de confiança e se dirige para o vagão da classe baixa onde
comprou o seu assento, porém rapidamente é parado por uma voz aguda:
Mulher1- ESPERA AI SEU VAGABUNDO!!
Joe, olha para trás confuso e diz:
Joe- Opa eai senhora haha, obrigado por me deixar entrar.
Mulher1- Não pensa que você escapou não, você tem a obrigação de se desculpar com a senhorita Aihara que pessoalmente e educamente veio até mim pedir para
parar o trem, eu não sei oquê você-
Antes de deixar a mulher terminar a frase Joe já a interrompe e diz:
Joe- É verdade! manda um abraço para aquela mulher, diz que eu vou ficar feliz em ver ela na minha luta e-
Antes de terminar a frase Joe também é interrompido, pois a mulher começa a empurra-lo em direção ao vagão 1, um vagão particular para pessoas de classe alta
ela diz:
Mulher1- VOCÊ VAI PESSOALMENTE!! EU NÃO VOU PERDER MEU EMPREGO!!
Vagão 1 do Trem - Japão - 6:50 - (OST Recomendada Ashita no Joe 2 OST Twilight(o nome pode ser também crepúsculo))
Nervosa com a situação toda, Mei olha atentamente para a única porta do vagão, se perguntando do por que de ajudar este homem, ele não tem nada de especial
parece um trabalhador qualquer, a única coisa que destaca nele é ser desleixado, ela foca em seu reflexo na janela e contempla de novo, reflete outra vez, outra
pergunta se forma em sua mente, "é porque ele é tudo que eu queria ser? Só mais uma pessoa entre muitas, pois é chato ser sempre especial e ter todas as vantagens
possíveis na vida, ele é apenas uma história que certamente irá ser esquecida, e a minha vai ser marcada na história independente do que eu faça...", está pergunta
fica em sua cabeça, de novo olha para a porta do vagão e diz silecionasamente em uma voz doce:
Mei- ou talvez eu esteja pensando demais...
Seu raciocínio logo é quebrado com a entrada deste homem batendo a porta e fazendo um alvoroço dentro do vagão, tentando se rebater e xingando a funcionária
de todos os nomes possíveis, ele estava a mais ou menos 4,5 metros de Mei, o encontro destes seres tão diferentes é quase como uma piada feito pela própria
encarnação da vida, uma sátira da desparidade de classes sociais, Joe exclama:
Joe- ME SOLTA SUA VELHA!! EU PEÇO DESCULPAS PRA QUEM EU QUISER!!
Mei- Por favor senhora, pode solta-lo deixe ele dentro deste vagão.
Mulher1- Mas senhorita! é um absurdo alguém deste nível ficar em um vagão com alguém da família Aihara.
Mei- De novo, não foi um pedido.
Joe- HAHAHAHAHA! Você ouviu a patricinha né sua velha, agora vaza.
A mulher alta de cabelos loiros olha para Mei como se esperasse aprovação, até então que Mei faz um sinal com a mão como se dissesse "Vaza", então a mulher deixa o
vagão mais uma vez frustrada. Finalmente Juntos, o ar frio do vagão passa pelos rostos de Joe e Mei, seus olhos se encontram, de um lado um olhar feroz de uma besta
que uma vez já foi descontrolada, mas hoje busca a satisfação mais agressiva possível e do outro lado, um olhar quase morto como se a única chama que restou ainda estivesse
tão baixa que nem a própria representação do fogo poderia reacende-la, ainda sim, um clima calmo onde o sol fica cada vez mais alto de maneiro gradual, sem pressa, eles
se encaram aproveitando este momento, os assentos deste vagão sãos vermelhos, com uma cor viva, o chão é de madeira escura, uma cor elegante que não chama muita atenção,
os detalhes dourados tornam o ambiente extremamente confortável e propício para o mais belo romance, eles continuam se encarando até que Joe solta a primeira palavra:
Joe- Obrigado, deveria te chamar de excelência Aihara por acaso? Se espera que eu me deite e role para pedir desculpas por te tratar de maneira grosseira está enganada, porém
ainda sim agradeço sua preocupação em me deixar embarcar.
Mei- Você realmente tem coragem de falar assim mesmo sabendo quem eu sou né.
Joe- Já conheço seu tipinho que só se aproveita das outras pessoas e tenta sair bem na mídia, vossa excelência.
Joe termina esta frase e olha para o lado como estivesse certeza que estava certo sobre Mei, então ele volta seu olhar para ver a expressão de Aihara, esperando chocar
a patricinha e fica surpreso, ela graciosamente cobre a boca na mão enquanto seu rosto fica corado, e aparenta rir dessa situação com elegância, então depois de alguns segundos
ela tira a mão da boca e começa a rir mais alto com mais vontade, Joe arregala os olhos e então percebe a sinceridade em suas ações, desfere seu olhar para baixo por um momento
após isso olha para Mei e começa a rir também, os dois compartilham este momento de felicidade juntos de forma sincera e inocente como se eles se conhececem a tempos atrás,
a clara frieza da Mei e o preconceito estrutural de Joe foram quebrados em um lindo momento de sentimento mútuo. São 7:00 horas da manhã.
Depois de dividirem risadas juntos os dois voltam a se encarar, Joe coloca seus pertences no chão enquanto deita no assento em frente a Mei, ela pela normalidade não gostaria
e não aceitaria companhia, assim como Joe, aprecia quando está sozinha, mas aquele momento era diferente, especial para os dois, ela pega seu celular e começa a mecher na tela,
fazendo nada, apenas para se distrair, estranhando esta chuva de sentimentos repentinos que aconteceu Mei se questiona de novo se a decisão mais lógica foi realmente ajudar este
desconhecido trabalhador, Joe por uma vez se pegou pensando em José Mendoza de novo, porém ele percebeu que por um curto momento, toda sua atenção não foi direcionada para o boxe
e sim um momento especial que compartilhou com esta patricinha de olhos roxos, e ainda sim foi feliz, não foi uma distração qualquer, foi a do tipo boa, o mesmo sentimento de quando
conheceu Carlos, momentos mágicos e divertidos que poderiam durar para sempre.
Mei pensa tudo isso enquanto encara seu reflexo na janela olhando pra sua direita, e Joe encara essa situação toda olhando para o teto do trem focando nos detalhes dourados de asas
que foram moldados a mão, apesar de quase não se conhecerem alguma coisa já mudou em suas vidas, este sentimento que talvez antes foi perdido ou nunca tiveram, a atração de almas que
sentiram quando se encontraram, nenhum dois dois acreditava em destino, tinham opniões diferentes em muitas coisas, porém ao mesmo tempo, apenas por uma simples troca de olhares
eles se entenderam, como se o universo tivesse moldado este momento apenas para eles.
Joe se sentindo na obrigação de expressar este sentimento estranho vira o olhar para Mei, encara mais uma vez seus olhos roxos e seu cabelo preto, dessa vez prestando mais atenção em
seu corpo, agora notando um vestido claramente caro e elegante, sua cor era verde esmeralda e tinha um colar em seu pescoço dourado que refletia o sol pela janela, Joe não sabe o porque de ter prestado
tanta atenção em sua roupa, coisa que nunca faria em uma situação normal. Mei apesar das dicas de seu avô de deixar relacionamentos fúteis de lado, preferiu prestar mais atenção no
homem em sua frente, desferiu seu olhar para frente ao mesmo tempo que ele olhou para ela, percebeu seu casaco simples da cor bege, parece velho e surrado, junto de uma camisa simples
vermelha e uma boina laranja, era apenas uma escolha normal de vestimenta mas por algum motivo combinado com a face desse sujeito com seu grande topete preto, deixava Mei inquieta, e certamente
atraída pela sua simplicidade.
Joe- Ow vossa excelência eu não cheguei a perguntar seu nome, né?
Mei- Não. Nem eu o seu.
Joe- Joe, Joe Yabuki.
Mei- Mei Aihara.
Com esta simples troca de nomes os dois sentiram que começaram a história dos dois juntos, mesmo que esta história seja curta, pela duração da viajem do trem, os dois estavam dispostos a terem
um momento especial juntos, os dois estavam totalmente confortáveis e felizes, este simples momento que uniu duas pessoas de histórias totalmente diferentes não poderia ser mais perfeito.Mei volta a mecher
em seu celular, porém agora o Joe notou este dispositivo estranho em sua mão nunca visto antes por ele.
Joe- Oque é isso Mei?
Mei percebeu que Joe preferiu chama-la pelo primeiro nome, estranhou de primeira porém não deu importância pois é apenas mais um traço de sua personalidade estranhamente cativante.
Mei- É um celular, nunca viu um antes?
Joe- Hahahaha! Você é mesmo uma patricinha
Mei- E você é mesmo pobre
Joe ficou surpreso com o insulto repentino de Mei, apesar das várias tentativas de insulta-la que antes desferiu contra ela, com olhos arregalados ele olha para ela e ela devolve com uma expressão séria,
os dois ficam assim por mais ou menos 2 segundos, até então que Joe começa a rir batendo na mesa e exclama:
Joe- HAHAHAHA! Você até que é bem engraçada pra uma mimamada
Mei começa a esboçar um sorriso de canto de rosto de forma graciosa, então pelas batidas na mesa ela começa a perceber os calos na mão de Joe, surpresa começou a imaginar oque poderia ter
causado aqueles calos, as possibilidades começaram a vir na mente de Mei, porém ao contrário de antes, Mei decidiu se soltar mais um pouco e perguntou diretamente para Joe:
Mei- Yabuki-kun oque são esses calos em sua mão?
Joe- Hãn?
Joe olha pra suas mãos e percebe que aqueles calos de lutas e treinamento já viraram parte de sua rotina como lutador, ele acabou normalizando sua mão calejada pois além de marcas eram fruto
do mundos dos homens, ele desceu seu olhar para as mãos de Mei e percebeu o quão maciais elas pareciam ser, mãos tão elegantes e femininas que nunca atrairam ele antes, porém essas eram diferentes,
suas mãos pareciam ser de anjos, observou-as por mais um tempo. Mei olhou a direção dos olhos de Joe e percebeu que estavam direcionados a sua mão, além do que ele estava estático a alguns segundos já,
tentou perceber as intenções de Joe, e Mei graciosamente coloca sua mão em cima da mão de Joe, os dois percebem que esse sentimento de estarem se tocando trouxe uma sensação de conforto, afeto, compaixão,
proteção, serenidade, felicidade e o mais importante, amor. São 7:10 da manhã
Mei toma a primeira ação e começa a fazer carinho na mão de Joe por puro instinto e vontade, o corpo de Joe responde se arrepiando por inteiro enquanto olha fixamente para os grandes olhos roxos de Mei,
a mãos dos dois são quentes e boas de tocar, Mei coloca sua palma de mão sobre a palma da mão de Joe e fecha seus dedos, Joe instintivamente fecha os dedos também, agora os dois de mão dadas olhando um para
o outro estão contemplando sua beleza interior, todas as dores do passado são visíveis para os dois com apenas uma troca de olhar.
Joe- Sabe um lutador pode ver as amarguras da vida de outros lutadores com apenas seu olhar.
Mei- Eu não sou uma lutadora, mas eu consigo ver atráves de você Yabuki Joe.
Joe- E qual sua conclusão senhorita patricinha?
Mei- Eu...eu....acho que consigo...te entender...perfeitamente.
Joe- Eu duvído muito disso, você realmente não sabe como é o mundo dos homens, não sabe oque é queimar tudo até que oque sobre é apenas cin-
Mei no meio da frase de Joe puxa ele pela gola de seu casaco bege, suas faces estão a mais ou menos 5 centímetros de distância uma da outra, seus olhos se encontram de novo, porém agora os dois estão em
sintonia, os dois são apenas um, o sol bate pelo vidro refletindo a enorme atração que estes corpos quentes e carente estão sentindo a muito tempo por motivos diferentes, a luta pelo significado da vida
dos dois ainda permanece uma incógnita, porém pela primeira vez na vida os dois estão sentindo verdadeiramente a liberdade na sua mais pura forma, a arte pelo amor e a serenidade no rosto dos dois é clara,
este é um momento entre 1 milhão que por acaso trouxe almas distintas e ainda sim tão empáticas, é impossível explicar com lógica ou palavras a sensação passada atráves de uma simples troca de olhares entre
almas que se amam.
A boca de Joe é a primeira a se aproximar, uma pergunta debate em sua cabeça, "Por que eu estou fazendo isso? Essa patricinha não tem nada de diferente da Yoko, porque ela consegue acender minha chama e
torna-la tão alta que pode alcançar os céus?", logo em seguida ele fecha seus olhos, Mei não precisou esperar mais, finalmente seu desejo selvagem e repentino por esse simples garoto trabalhador que não
sabe nem sua origem nem onde trabalha e nem o porque de estarem no mesmo vagão, nada disso mais importa, pois a única prova real que o sentimento é verdadeiro já foi provada, ele fechou seus olhos e sua boca
está indo em direção a Mei, não existe boxe, não existe Ordens do Pai, não existe Jose Mendoza, não existe Shou Aihara, a única coisa em foco naquele momento é a boca de Joe Yabuki, Mei fecha seus olhos e direciona
sua boca para a de Joe, os lábios, que neste momento são instrumentos sagrados, finalmente se encontraram, não há mais ódio, não há mais tristeza, o amor prevaleceu, os lábios dos dois começam a se mover em sintonia
a chama de Mei queima mais alto do que quando era uma criança inocente e feliz, este sentimento quente e confortável nunca será esquecido, Joe por outro lado já havia experimentado este sentimento antes, Rikiishi,
porém ele não lembrava dele agora, pois ele foi completamente substituído pela sensação calorosa e doce que os lábios de Mei proporcionava, este momento de puro prazer não pode ser estragado pois desde o momento que
os dois se conheceram eles perceberam que já havia valido a pena.
O celular de Mei começa a tremer e rapidamente os lábios dos dois se separam, ela olha o horário, são 7:20, rapidamente Mei olha pela janela e percebe que está quase chegando em seu destino, a casa de seu avô,
tem duas notificações de menssagem que apareceu em seu celular sendo as duas de seu pai perguntando se ela chegou bem. Mei contempla mais uma vez a face de Joe, que naquela hora estava confusa, faz carinho no rosto
de Joe e passa os dedos nos lábios de dele, fixa seus olhos no olhar de Joe, corando mais uma vez ao apreciar sua beleza e sua personalidade selvagem, Joe nunca havia presenciado prazeres sexuais com uma mulher antes
porém esta patricinha de olhos roxos não era apenas uma mulher, ela era a pessoa que mais entendia como Joe se sentia no momento atual de sua triste vida, e mais importante a pessoa que reacendeu sua chama a seu
ápice, oque estava na sua frente não era apenas uma pessoa e sim uma fonte generosa de entendimento sobre a vida e sua filosofia.
Mei- Eu tenho que ir agora Joe
Joe- S-sim...
Mei- Espero ver você de novo
Mei lacrimejando se despede de Joe enquanto pega sua Mala guardada na parte de cima do trem, cada passo que Mei se distância de Joe parece que uma parte de sua alma é quebrada, ela sabe que talvez nunca
reencontrará aquele jovem trabalhador, que por uma pura coincidência passou a ser sua fonte inspiradora para continuar lutando e para manter sua chama acessa, nem que seja minimamente, ela sabe que precisa
se afastar dele o mais rápido possível, não queria sequer pensar na consquência de entrar diretamente na vida de Joe, ela não quer que sua falta de chama desencoraje Joe a viver do jeito que ele gosta, como
uma fera, Joe por outro lado, não está lacrimejando pois sabe que depois de sua luta a primeira coisa que fará é encontrar Mei, e aproveitar cada momento de sua chama com ela, pra que juntos formem um fogo tão
alto que nenhum oceano poderá apagar, ao contrário de Mei, Joe enxerga aquele momento como o ponto inicial de suas histórias, finalmente ele encontrou o seu motivo no mundo, não é boxe, não é a luta, não é
nada tão razo quanto isso, é algo muito mais grandioso, que só eles conseguiam entender.
Joe- Ei vossa excelência...
Mei fica estática na frente da porta do vagão quando ouve Joe, ela vira para trás com os olhos encharcados de água.
Mei- Joe...
Joe- Depois da minha luta contra Jose Mendoza, pode ter certeza que eu vou até você.
Mei não entendeu o sentido das palavras de Joe, ela não sabia o porque de lutar contra alguém e não sabia quem era Jose Mendoza, porém o fato das últimas palavras de seu amado serem "pode ter certeza que
eu vou até você", fez Mei sentir sua chama queimando de novo e esboçar um pequeno sorriso de canto de rosto, que logo depois se transformou em risadas altas e escandalosas, algo totalmente atípico de alguém
com a personalidade de Mei, Joe logo depois não podendo se conter soltou a sua clássica risada sincera e também muito escandalosa, aquele último momento que os dois tiveram juntos, foi para marcar um fim de um
era, eles não eram ninguém em relação ao tamanho do mundo, porém por algum motivo sabiam que suas ernegias estariam entrelaçadas pelo resto das suas vidas não importando onde estivessem, terminando de rir e
contemplar um ao outro, Mei virou de costas e foi embora do trem enquanto Joe observava ela pela janela, quando o trem estava preste a sair da estação uma última troca de olhares fez os dois já sentirem saudade
um do outro.
Joe olhava para o chão enquanto o trem se distanciava cada vez mais de sua alma gêmea, todos os pensamentos e risadas trocadas juntas foram embora junto com Mei quando a mesma partiu. Mei compartilhava do
mesmo sentimento, porém com um certo alívio, pois sabe que não vai estragar a vida de uma pessoa tão boa quanto o Joe, na cabeça dos dois não cabia maldade nenhuma, apenas o amor na sua mais pura forma, Mei
olhava ao seu redor e o sentimento de indiferença mais uma vez consome Mei, ela anda em direção a saída do terminal de trem, percebe que não há pessoas em volta dela na saída, provavelmente não há ninguém perto dela,
até então que ela se apoia em uma parede de costas, desce esfregando seu vestido na parede até o chão, uma sensação certamente nada confortável, então desaba no choro, seus olhos continuam soltando lágrimas sem parar
molhando o concreto frio das ruas do Japão, seu rosto está extremamente vermelho, e ela grita de dor, claro, a sensação de perder seu amado é cruel e nada confortável, esse processo é demorado, ela fica algus minutos
até que se recompõe e vai em direção a casa de seu avô, agora ela enxerga que o destino dela não pode ser mudado, porém pelo menos ela pode escolher sofrer sozinha e não levar alguém como Joe.
Autor(a): wolfer
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
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