Fanfic: SE LEMBRE NOVAMENTE... | Tema: Inuyasha

Notas do Autor

Capítulo 11 - Em busca de mim

☙ ☙ ☙   KAGOME  ☙ ☙ ☙

Humm que sensação boa, pensei me mexendo, foi quando senti uma leve fisgada em minha cintura, abri meus olhos e de primeira não reconheci o local. 

“Não estou no meu quarto?”, logo após as lembranças do dia anterior começaram a retornar enquanto eu ainda despertava, lentamente me virei e prendi minha respiração, Inuyasha! Ele está deitado ao meu lado, meu coração começou a bater freneticamente. Quando ele se deitou aqui?  Provavelmente eu devo ter adormecido. Mas nossa! Essa noite foi um paraíso para mim, não tive pesadelos, então pude dormir e realmente descansar, foi um alívio e por isso devo ter dormido tão rápido, estava exausta de todo esse tempo sem dormir direito.

Fiquei o admirando por um tempo, seu rosto estava tão sereno, como era lindo! Eu estava praticamente babando, percorria meu olhar por todo seu belo rosto, seu queixo quadrado, seu nariz arrebitado, sua boca fina, as sobrancelhas grossas, sem falar naquele cabelo incomum que eu nunca tinha visto mais bonito na minha vida.

E por final, aquelas orelhas que me despertavam sentimentos estranhos, eu queria muito afagá-las e não consegui mais me conter, com uma das mãos comecei a fazer carinho e que sensação incrível, eram macias e aveludadas! Enquanto acariciava, vi aqueles mini sóis me encarando e me fazendo prender a respiração.

– Isso está muito bom… - disse, voltando a fechar os olhos, sua orelhas se mexeram como se estivessem pedindo mais, mas a vergonha me fez abaixar minhas mãos.

Tentei me afastar mas senti sua mão envolver minha cintura enquanto a outra acariciava meus cabelos, meu coração parecia que saltaria pela minha boca, o sentimento naquele momento era muito forte.

– Humm… - não aguentei e fechei meus olhos encostando em seu peito, sentindo o seu perfume único, que me lembrava o cheiro cítrico de orvalho numa manhã chuvosa, sua mão foi para minha nuca e da cintura desceu até minhas nádegas apertando, meu corpo todo reagiu e me fez chegar mais perto ainda, levantei meu rosto e lá estavam aqueles magníficos olhos dourados que eram minha perdição, acho até posso dizer que me apaixonei por eles assim que os vi, apesar do medo que senti na hora, os achei tão belos, me fazendo sentir um misto de sensações que agora sei, era meu coração disparando só por senti-los em minha direção. 

– Kagome… que saudades - Inuyasha disse, sua voz áspera me deixando arrepiada, me puxou até seus lábios, enquanto sentia sua língua se aprofundar em minha boca intensamente e com volúpia, suas mãos ficaram mais afoitas e agarravam minhas coxas, me fazendo sentir aquelas pinicadas gostosas  de suas garras. 

– Hummm… - eu não conseguia dizer uma só palavra, meu corpo ardia e clamava por ele, comecei a roçar em sua perna, pois minha intimidade queimava, quando senti ele me virar e ficar por cima.

– Eu não aguento… preciso… - disse, entre beijos cada vez mais afoitos e suas mãos que me apertavam cada vez mais forte – Preciso de você minha fêmea! 

As palavras roucas que saíam de sua boca eram como gasolina em um incêndio, meus olhos turvaram de desejo, ergui minhas mãos tentando desesperadamente abrir sua yukata, vi um sorriso surgir em seus lábios e ele começou a me ajudar a retirá-la.

Toc toc toc

– Maldição! - vejo Inuyasha parar e fechar os olhos mordendo os lábios, ele tentava se acalmar e controlar sua respiração, e logo após me olhou dando um beijo casto e levantando-se – Só pode ser Kami me punindo! - foi resmungando até a porta me fazendo segurar um riso.

Toc toc toc toc

As batidas ficaram insistentes:

– Kagomeeeee!!! - reconheci Shippou me chamando, então me levantei em direção a entrada.

Inuyasha abriu a porta já desferindo um golpe em sua cabeça.

– Aííííííí seu idiota! Porque me bateu?! - reclamou choroso enquanto massageava o lugar que já formava um enorme inchaço.

– Porque veio nos atormentar pirralho! - ralhou, ainda com a mão em riste.

– Está na hora de saírem, eu vim avisá-los e chamar Kagome - disse, entrando mesmo sem ser convidado, mas parando ao meu lado e erguendo seu nariz – Porque o cheiro dela está em você? - me olhou inquisitivo. 

– Keh! Não é da sua conta moleque! - Virou o rosto que já ficava vermelho.

– Inuyasha… - vejo o kitsune o encarando – Me diga… quão longe você foi com Kagome?! - perguntou apertando seus olhos.

– Mas que raios esse pirralho estava querendo com essas perguntas? - ouvi Inuyasha resmungando.

Percebi que ele começava a se preparar para socá-lo novamente, então resolvi interromper.

– Shippou, é você? 

– Kagomeee! - vejo ele correndo e se atirando no colo dela, me fazendo torcer o nariz.

– Ahhhh já chega dessa palhaçada! - Inuyasha gritou, indo em direção ao quarto, e voltando vestido já com seu manto de rato de fogo e sua espada, também trazia minha mochila. 

Eu notei que ele estava muito irritado, então o melhor seria ir logo para encontrarmos com Miroku.

– Espera um pouquinho Shippou - disse, colocando o youkai raposa no chão – Inuyasha, me dê a mochila, vou deixar algumas coisas aqui na casa, acho melhor só levar o necessário - pegou a mochila se encaminhando até o quarto, e voltando logo com a mesma bem menor e mais leve.

– Nossa, o que foi que você deixou aqui? Está muito mais leve! - Inuyasha perguntou curioso.

– Ah, foram algumas coisas que trouxe de casa, como não sei se conseguirei voltar, eu trouxe lembranças deles para não sentir muitas saudades - disse cabisbaixa.

    Inuyasha ficou cabisbaixo, percebi que ficou triste com minhas palavras, mas depois eu conversaria com ele, explicando da minha decisão.

    Então em silêncio nos encaminhamos até a cabana da senhora Kaede, chegando lá, Sango e Miroku, junto com seus filhos nos esperavam, eu me aproximei de Sango que segurava um lindo bebê em seus braços.

    – Sango, que lindo, são seus filhos? - Olhei para baixo e vi duas meninas lindas idênticas agarradas uma de cada lado à saia da mãe – São tão lindas as gêmeas! - me abaixei afagando suas bochechas gordinhas e rosadas.

    – É… você já os conheceu antes… - vi seu olhar confuso, mas continuou – O pequeno é Hisui, e as meninas são Gyokuto e Kin´u.

    – Você tem uma linda família Sango! - disse entusiasmada, e ela me retribuiu num abraço lateral, pude sentir toda emoção e amizade naquele abraço.

    Após mais algumas recomendações da senhora Kaede e de Sango, nos despedimos e logo partimos, pois quanto mais demorávamos, mais tarde seria o retorno. Foi difícil para Shippou se despedir, dizendo que sentiria muitas saudades, mas consegui convencê-lo que era muito novo para uma jornada tão longa e cheia de perigos. Eu mesma estava muito receosa, pois não sabia como me defender neste lugar, que para mim era tão diferente e até assustador.

    Enquanto caminhávamos rumo ao Monte Kita, eu me recordava do dia anterior, ainda na cabana da senhora Kaede, depois que Inuyasha tinha saído todo agitado, Sango me explicou que um tal de Toutousai, que é um ferreiro de espadas, o qual havia feito a espada de Inuyasha, disse que provavelmente esta mesma espada tinha salvo minha vida e eu poderia ter esperanças de recuperar minhas memórias, eu fiquei muito animada! Mas eles não sabiam como poderiam ser recuperadas as memórias, então o ferreiro indicou um eremita que vive neste Monte Kita, e que é um sábio e ajuda muito as pessoas necessitadas da região. Então com todas essas informações, lá estava eu, Inuyasha e Miroku, em uma jornada para recuperar minhas memórias ou quem sabe pelo menos, reencontrar minha verdadeira identidade.

(...)

    Já haviam passado duas semanas que estávamos andando, segundo Miroku estava quase na metade do nosso percurso, eu penso, se não fosse tem que contornar várias montanhas e vales, acho que já teríamos chegado. Ainda bem que eu tinha levado sapatos adequados e roupas também, porque nossa! Minha mãe me contou que anteriormente eu passava vários dias aqui com meu uniforme da escola, aquela saia devia ser muito incômoda! Nesses dias, conversamos bastante a respeito dos costumes do pessoal local, fui conhecendo pouco a pouco os lugares que passávamos e os moradores locais, também tive minha primeira experiência com batalhas com um youkai que apareceu de repente, mas do jeito que Miroku e Inuyasha tomaram conta rapidamente da situação, deve ter sido um youkai dos fraquinhos, ele nem precisou usar sua espada que não saía de sua cintura, somente com suas poderosas garras exterminou-o.

    – Inuyasha, vamos precisar de uma cabana ou um lugar seguro para passarmos essa noite certo? - disse Miroku.

    Eu olhei para Inuyasha, ele só desviou seu olhar e balançou a cabeça. 

    – O que tem de especial essa noite? - perguntei me dirigindo aos dois, mas foi Miroku quem respondeu.

    – Hoje é um dia que Inuyasha fica vulnerável, então precisamos nos prevenir - me respondeu, mas percebi que ele ficou surpreso por eu ainda não saber dessa "vulnerabilidade" do Inuyasha.

    – Inuyasha? 

    Quando ele ia me responder, comecei a sentir um vento forte e um rodamoinho chegando próximo de nós, eu me assustei e cambaleei para trás, mas antes de atingir o chão, braços morenos me ampararam, levantei meu rosto e incríveis olhos azuis me fitavam intensamente.

    – Kagome! - disse, me colocando no chão – Você está de volta? Quanto tempo! Senti saudades!  – continuou ainda enlaçando minha cintura. 

    – Quem é você? - perguntei atordoada. O que ele é, um youkai? Só poderia ser para chegar daquele jeito.

    Inuyasha rapidamente se colocou entre nós, empurrando o moreno para longe.

    – O que quer aqui lobo fedido? - rosnou, mostrando suas garras.

– Qual é cara de cachorro, só estou conversando com minha amiga Kagome! - diz tentando se aproximar novamente.

– Calma meninos, vamos todos respirar profundamentes e nos acalmar - chegou Miroku, tentando apaziguar os ânimos - Kagome este é Kouga, ele é o príncipe dos Youkais Lobo - me informou e depois se dirigiu ao lobo – Kouga, como pode ver, Kagome não se lembra de você, ela sofreu um acidente e perdeu suas memórias, por isso ela não te reconheceu.

– Kagome… - um semblante triste se fez no youkai lobo, vi ele chegar mais perto e dar um empurrão em Inuyasha, e se aproximar novamente de mim – Me diga bela Kagome, quem fez isso com você? Irei matá-lo com minhas próprias mãos! - falava segurando em minhas mãos.

– Errrr… eu não me lembro também - respondi, essa situação estava muito constrangedora. 

Inuyasha pulou em cima do lobo o puxando pelo pescoço, fazendo os dois rolarem no chão, se atracando entre socos e pontapés, era uma cena cômica se não fosse trágica. Sinto Miroku me cutucando no braço, e sussurrando em meu ouvido.

– Kagome pspspsps…

– Tem certeza Miroku? - perguntei estranhando o pedido dele, olhei e eles ainda estavam naquela briga que agora começava a ficar mais séria.

– Eu vou tirar esse sorrisinho da sua cara, lobo fedido - disse Inuyasha puxando sua espada, que cresceu astronomicamente, se transformando no formato de um canino, era linda e brilhava intensamente, eu ainda admirava a espada quando senti que boa coisa não ia sair dali, então… 

– Inuyasha… SENTA! - gritei a todos pulmões.

Imediatamente vejo o colar do Inu brilhar e forçar sua face em direção ao chão com muita força, fiquei de boca aberta e atordoada com o que aconteceu, o que eu fiz?

– Obrigado Kagome - disse Kouga – Vou ficar por perto se precisar é só me chamar, tenho uma audição muito boa - deu um beijo em minhas mãos e saiu correndo feito um tufão em seu redemoinho.

– Arghhhhh Kagomeee! Porque fez isso!

Vejo Inuyasha levantando e chacoalhando suas roupas e cabelos para tirar a terra e folhas que ficaram grudadas, pareciam um cãozinho, a imagem era tão fofa que não aguentei e fui até ele, comecei ajudando a tirar as folhas de sua roupa e de seus cabelos.

Ele me olhava com a cara amarrada e fazia um bico infantil, que eu amei, e sem me conter, fiquei nas pontas dos pés e o beijei rapidamente.

Vejo ele arregalando os olhos e depois seu rosto corar a ponto de ficar muito vermelho.

– Errrr… - ouço Miroku pigarejar – Melhor encontrar mesmo uma cabana logo para vocês dois né? - disse, se virando e continuando a caminhar.

– Keh! Vamos Kah - disse, pegando em minha mão enquanto me puxava para próximo dele e continuamos nossa caminhada.

Alguns metros adiante encontramos um vilarejo, Miroku estava conversando com alguns aldeões para encontrar onde iremos passar a noite.

– Inuyasha, acho que vi um riacho próximo daqui, preciso trocar essa roupa e tomar um banho, eu não demoro - disse, mas senti ele me segurar.

– Kagome, acho melhor deixar para amanhã… - vejo seu olhar vacilar, percebi que ele estava preocupado e ansioso.

– O que foi Inu? 

Inuyasha ia começar a falar, mas vimos Miroku chegando.

– Consegui uma cabana aqui perto, fica próximo do riacho, assim aproveitamos e fazemos uma fogueira e pegamos alguns peixes - falou, e assim o seguimos.

A cabana era bem pequena, entramos e estava bem limpa, tinha alguns futons enrolados num canto, coloquei minha mochila no chão, tirei meus tênis e coloquei um chinelo para relaxar meus pés que estavam doloridos, e saí a procura do riacho.

– Inu, eu já volto, só vou buscar água e lavar minhas mãos e pés

Vejo ele chegar e caminhar junto comigo,o olhei interrogativamente.

– Keh! Vou aproveitar para pegar uns peixes enquanto você se lava e enche as vasilhas de água - Kagome havia trazido da sua era várias vasilhas que carregavam água, e isso era muito prático para todos nós.

Percebi que logo o sol ia se pôr, então lavei minhas mãos e enchi as garrafinhas, me sentei e ergui minhas calças até próximo dos joelhos e coloquei os pés na água, e nossa! Estava gelada e deliciosa, enquanto refrescava meus pés, aproveitei e tirei aquele agasalho azul que estava vestindo e fiquei somente com um top preto que eu sempre usava por baixo, peguei um pano que trouxe e molhei passando em meu rosto, pescoço, nuca, minha barriga e entre meus seios, para tirar o suor e me refrescar.

Olho à minha frente e uma visão do paraíso me fez ter um pequeno sangramento nasal, Inuyasha estava somente com sua calça do manto no meio do rio, e com suas garras pegava os peixes e lá mesmo os limpava, jogando depois próximo a beira. Seu corpo bronzeado brilhava com o sol batendo em sua pele, ele estava totalmente alheio aos meus olhares, enquanto eu me refrescava para aplacar a quentura que estava me causando.

De repente vejo seus olhos se encontrarem com os meus e depois descerem analisando meu corpo, um sorriso malicioso surgiu em seu rosto, vejo ele pegar todos os peixes e trazer próximo a mim, colocou todos em um cesto e fechou, mas por algum motivo ele olha pra cima e depois seus rosto fica preocupado, ele rapidamente vestiu o restante de sua roupa, pegou o cesto e veio em minha direção.

– Precisamos ir Kah - disse estendendo sua mão, eu me levantei e seguimos até a cabana de mãos dadas.

Chegando lá, Miroku já tinha acendido a lareira, vejo Inuyasha deixar o cesto e rapidamente entrar na cabana. 

– O que está acontecendo com ele hoje? - perguntei ao monge, ele parecia tão diferente.

– Eu vou fazer a janta, esses peixes parecem muito bons - Miroku desconversou, eu intui que ele sabia de alguma coisa.

– Miroku, você sabe de alguma coisa né? - perguntei começando a ficar angustiada.

– Kagome, acho melhor você ir até a cabana e conversar com o Inuyasha, ele tem algo para lhe contar - esse monge conseguiu me deixar curiosa, então fui em direção a cabana e entrei – Inuyasha?

 ☙ ☙ ☙   INUYASHA ☙ ☙ ☙

Essas duas semanas junto de Kagome ainda me pareciam um sonho, tinha vezes que achava que iria acordar e não ter mais ela por perto. Mas não! Ela estava aqui, ela veio para recuperar suas memórias e depois ficar! “Ela vai ficar né?” Às vezes o pensamento que ela iria embora novamente me assombrava e me deixava inseguro.

Hoje Kouga apareceu de repente e já foi dando em cima da Kagome e a olhando como se a fosse devorar, isso me deixou furioso, mas não mais furioso do que quando Kagome me fez dar de cara com o chão, se não fosse por isso, acho que tinha conseguido matar aquele lobo desgraçado!

    Percebi que não tinha sentido o cheiro do lobo chegando, Miroku já tinha me alertado da noite de lua nova e Kagome ainda não sabia que eu me tornava humano nesse dia, desde que ela perdeu suas memórias eu resolvi não contar, acho melhor conversar com ela e esclarecer tudo. Depois ela me disse que queria muito ir no riacho tomar banho, mas eu estava receoso pois iria escurecer logo, então a acompanhei e aproveitei para pegar nosso jantar, estava tão entretido na minha caçada que não reparei nela me observando, quando vejo ela se esfregando com um pano molhado no pescoço, braços, entre o vão dos seios e barriga que estava à mostra, quase larguei tudo e avancei nela, mas olhei e vi que o sol estava para se pôr, então segurei meus instintos e a trouxe de volta, logo depois entrei na cabana, já estava sentindo minha energia demoníaca diminuir e logo depois o sol se pôs.

    – Inuyasha? - vejo Kagome entrando e me encarando assustada.

    – Kagome… - minha voz soou mais suave – Era sobre isso que estava tentando lhe contar.

    – O que aconteceu com seu cabelo? - começou chegando perto e passando a mão em meus cabelos – E suas orelhinhas? 

    – Sente-se aqui perto e te conto - disse, batendo no futon ao meu lado, respirei fundo e comecei – Quando chega a noite de lua nova eu perco minha energia demoníaca e fico somente na forma humana, que é o que você está vendo agora.

    – Isso desde que você nasceu?  - ela me perguntou, eu assenti – Deve ter sido muito difícil para você, sozinho e sem ter quem protegê-lo - disse, e nossa! Como as perguntas eram parecidas, quando ela me viu assim pela primeira vez, somente se preocupou comigo, mesmo ela estando em perigo.

    – Eu tive que me adaptar Kah, me escondi tanto dos humanos que não me aceitavam, como dos youkais que abominavam por eu ser um hanyou. Você foi uma das primeiras pessoas que nunca me olhou diferente e nem me tratou com ódio ou nojo.

    – Não! Nunca eu faria isso, e… tirando aquele dias que eu estava nos hospital eu te chamei daquelas coisas, mas eu estava muito confusa, eu… eu não queria ter dito aquilo -  ela me disse aquilo, eu não estava acreditando, ela… ela não me achava um monstro?

    – Não precisa se preocupar com isso Kagome, já ficou tudo no passado - falei enquanto alisava sua bochecha, então vi lágrimas caindo e seus lábios tremerem – Ei! Não fique assim - puxei-a para um abraço.

    – Obrigado Inuyasha… - falou entre soluços – Não sabe como é bom ouvir isso, porque estava corroendo meu coração o que tinha feito e… 

    Sem esperar ela terminar de falar, selei nossos lábios, pude sentir o gosto salgado de suas lágrimas então puxei ela para o meu colo enquanto aprofundava nosso beijo, ficando mais urgente e afoito, minha língua sentia o sabor embriagante de sua boca enquanto eu segurava sua nuca, minha outra mão apertava sua cintura, e dessa vez eu não me segurava, não sentia medo de machucá-la com minhas garras.

    – Ahhhh Inuyasha… eu quero muito você - reclamou entre nossos beijos, segurando em meus ombros e começou a esfregar sua intimidade em meu membro, que esta hora já estava vigoroso entre minhas pernas. 

    – Tem certeza, Kah? - perguntei, eu estava exultando com o pedido dela. Deitei ela no futon, olhando aquele corpo que me fazia arder de tanto tesão.

    Ela só balançou a cabeça, confirmando. Então segurei na lateral de sua calça e fui puxando, a calcinha vindo junto, eu estava com pressa, meu desejo já era imenso, vi ela tirando aquela pequena peça acima, e seus lindos seios saltarem à minha vista, até me afastei um pouco para observar aquela obra de arte a minha frente, meu corpo queimava, então comecei tirando meu manto, minhas calças e logo após minha yukata, vi seu olhar escurecer sobre mim, fazendo meu desejo aumentar.

    Me deitei sobre seu corpo, sugando seus seios e mamilos que já estavam duros, eu não tinha o meu olfato mais apurado, mas ainda pude sentir o cheiro forte de sua excitação, que chegava até mim me deixando enlouquecido, empurrei sua perna para a lateral, me encaixando entre elas, e introduzi meus dedos na sua carne encharcada, seus líquidos lambuzaram meus dedos e eu os lambi, lembrando daquele gosto que pra mim hoje era o meu preferido.

    – Inu… que delícia ahhh… 

    Ouvir seus gemidos era um combustível para a minha excitação, então segui em direção àquela cavidade que brilhava e me seduzia, minha boca salivou, nessa hora fiquei feliz por estar em minha forma humana e sem minha pressas, então peguei seus grandes lábios abrindo-os até ver toda sua fenda totalmente descoberta para mim, e caí nela de boca, minha língua alcançou seu mais profundo interior, senti o quão quente e pulsante estava, eu golpeava sua gruta fortemente, enquanto a sugava, subindo e descendo, voltando a aprofundar novamente, fiquei neste vício delicioso, enquanto meus dedos deslizavam por suas laterais, subindo e descendo, chegando àquele pontinho duro e inchado, onde eu friccionava e apertava, e voltava a para as laterais novamente, que agora estava totalmente encharcada, foi onde comecei a ouvir a respiração de Kagome ficar cada vez mais rápida e descompassada.

    – Ahhhhh não estou aguentado… ahhhh - Kagome gemia e gritava, enquanto mexia seu quadril, esfregando cada vez mais forte em minha boca.

    Logo após começou a tremer, seu quadril ficou enlouquecido, eu segurei em suas nádegas e afundei mais meu rosto em sua fenda, me deliciando com aquele vai e vem de seu corpo, suas mãos seguraram em meus cabelos, forçando ainda mais como se fosse possível eu estar mais fundo nela. Então senti minha língua esquentar e um sublime gosto agridoce chegar, era o mais doce sabor que já senti, sorvi todo o seu néctar divino até a última gota.

    Levantei meu rosto e vi a mulher mais linda, de olhos fechados, toda ofegante, com a boca semi aberta e com um filete de saliva, seu corpo ainda convulsionava e tremia, resultado do intenso orgasmo. 

Fiquei ali, a admirando até que se acalmasse, seus olhos abriram direto para mim, e o mais belo sorriso surgiu, Kagome sentou-se ainda toda trêmula, e veio até mim, engatinhando com um felino, os chocolates de seus olhos agora totalmente escurecidos de tanto desejo. Suas mãos acariciaram meu rosto e depois me beijou lenta e profundamente até nosso ar nos faltar.

– Isso foi tão incrível! Nunca pensei sentir uma sensação tão prazerosa em minha vida! - seu sorriso ficou mais intenso – Eu quero muito, mas muito mesmo retribuir…  Inuyasha - completou, enquanto descia suas mãos por meu torso, barriga, chegando até meu membro, esfregando e espalhando meu pré-gozo que escorria por minha glande.

Meu corpo se arrepiou todo ante ao que estava por vir, e como em câmera lenta ela foi se abaixando em direção ao meu falo que neste momento estava duro como pedra, minha respiração falhou e meu coração começou a bater num ritmo frenético, seus olhos ainda me seguiam quando um calor úmido chegou a cabeça do meu membro e descendo até final, depois voltando até o início, num ciclo infinito de tesão crescente, deixando minha mente enevoada. Eu já não conseguia pensar direito, era uma sensação maravilhosa, aquela boca quente e muito molhada, aquela língua que hora estava na ponta, hora estava embaixo, segurei em seus cabelos, ajudando ela naquele vai e vem sensacional, senti-me todo quente, fervendo!

– Ahhh Kagome… que boca maravilhosa! Você é toda deliciosa! - disse, sentindo cada vez mais meu membro endurecer a ponto de doer de tanto tesão, então num movimento rápido, deitei Kagome de lado e me posicionei entre suas pernas.

– O que? Inuyasha, o que está fazendo? - disse, sua cabeça estava entre minhas pernas, aquela visão era tão excitante!

– Não consigo deixar de prová-la também, então somente continue e aproveite… - sorri ladino e me abaixei empurrando suas grossas e belíssimas coxas e me afundei em seu núcleo, sorvendo seu gozo anterior em busca de mais, introduzi minha língua e continuei naquele movimento que minha boca já estava acostumando e não queria parar mais.

Enquanto isso sentia Kagome me sugando e sua língua explorando todo o meu comprimento, sua boca quente e sua saliva me deixando cada vez mais enlouquecido e sem controle, eu mexia meu quadril em direção a sua boca cada vez mais rápido e forte, enquanto introduzia cada vez mais fundo minha língua em seu interior, chupando mais forte e mais rápido, apertando junto seu botão novamente duro de desejo, e ao mesmo tempo eu sentia que estava chegando em meu limite.

– Ahhhh Kagome… vou gozar! - rosnei, voltando a sugá-la violentamente e metendo cada vez mais forte meu membro em sua boquinha deliciosa.

– Hummm… hummmm - só pude ouvi-la gemendo sem parar.

Senti seu corpo começar a vibrar em minha boca, enquanto ela investia sua vulva cada vez mais rápido em minha direção me fazendo saborear novamente aquele mel quente e com sabor doce e salgado tudo em minha boca.

– Grrrrrrrr ahhhhh!!!! Maldita gostosaaaaaa!!!!!!!! - urrei e gritei ao mesmo tempo, não aguentando mais, e algumas estocadas depois, naquele canal quente e molhado me deixei jorrar todinho dentro, e continuei entrando e saindo até que todo o meu gozo preenchesse sua boca.

Desabamos os dois cada uma para um lado, com as respirações falhando e nossos corações disparados num ritmo vertiginoso, ainda no mesmo lugar, senti ela pegar em minha mão e apertá-la. Não conseguíamos nos mover, o sentimento era de total arrebatamento, então fechei meus olhos e num último fôlego consegui dizer:

– Eu te amo Kagome! - disse, praticamente desmaiando em seguida.

Mas infelizmente Inuyasha não pôde ouvir sua amada também se declarar:

– Também te amo …