Fanfics Brasil - Capítulo 14 - Difícil prova SE LEMBRE NOVAMENTE...

Fanfic: SE LEMBRE NOVAMENTE... | Tema: Inuyasha


Capítulo: Capítulo 14 - Difícil prova

16 visualizações Denunciar


Fanfic / Fanfiction Se lembre novamente... - Capítulo 14 - Difícil prova


 


 


 



Capítulo 14 — Difícil prova



 


— Kagome, você está bem? Quer parar um pouco para descansar? — ouvi Inuyasha me questionando preocupado.


Estávamos andando há horas e sentia minhas pernas trêmulas e o ar em meus pulmões queimavam, mas eu precisava continuar, tínhamos muito ainda pela frente e era meu teste também, eu não podia fraquejar, minhas memórias dependiam disso!


— Kagome, vamos dar uma parada, certo? — ouvi Inuyasha perguntar novamente, percebi que ele estava preocupado comigo.


— Só mais um… pouquinho, logo mais… à frente paramos tá? — respondi arfando, sentia estar chegando ao meu limite com minha respiração falhando.


Ouvi Inu bufar e continuar seguindo um pouco à minha frente, observei o quanto já tínhamos andado naquele que era o segundo monte mais alto do país, minha condição física sempre foi boa e hoje percebo o quão importante foi ser participante das aulas de educação física em minha escola. 


Voltei a me concentrar no caminho quando notei um nevoeiro denso formar-se rapidamente, me envolvendo e tudo à minha volta desapareceu, simultaneamente senti um cheiro extremamente doce e enjoativo que fez meu estômago revirar e uma tontura muito forte me derrubou ao chão. Nesse momento tentei chamar Inuyasha, mas minha garganta queimava e me impedia de falar, o que me deixou desesperada, o ar começou a me faltar e senti minha vista escurecendo e meu último pensamento era se veria meu hanyou novamente…



 


✺✦✹✦✺✹✺✦✹✦✺




 


"— Kagome acorde! —  escutei me chamarem.


— Ahhhh minha cabeça! Porque está gritando Souta?! — ralhei enquanto massageava minhas têmporas*.


— Mamãe mandou te chamar, está atrasada pra escola! 


Sentei-me rapidamente e isso fez minha cabeça rodar. “Que dor terrível, era ressaca? Não me lembro de ter bebido ontem.” 


— O quê? — Olhei no relógio em meu criado-mudo* que marcava 6:40! 


— Kami-sama porque não me acordaram antes?! — pulei da cama mesmo sentido como se meu cérebro recebesse milhares de micro-choques, argh!


— Como assim mana?! Estou há mais de 15 minutos te chamando e nada de você acordar! Já que acordou, vou indo, porque estou atrasado pra escola também. Ah! O café está na mesa, beijos!


Nem me dei ao trabalho de responder, tamanho era meu mau-humor agora, entrei no banheiro e tão rápido quanto pude, estava pronta e descendo as escadas. 


Não havia mais ninguém em casa, provavelmente mamãe saiu com o vovô para realizar mais exames médicos, é… chega uma certa idade e não tem como fugirmos dos problemas de saúde que vão surgindo e no caso de meu avô, a saúde dele estava bem preocupante. Tomei meu café em pé mesmo, tranquei a porta e saí na esperança de não me atrasar, pelo menos não muito, sabia que a próxima aula era daquele professor nada fácil de lidar.


(...) 


 


Subi correndo as escadas da faculdade e só parei quando cheguei na porta da minha classe, estava totalmente sem fôlego. Tentei entrar na sala de aula sorrateiramente para que ninguém percebesse meu atraso, mas era aula do professor Tenchi, o mais chato e certinho da escola, e claro ele não iria deixar passar meu atraso.


— Senhorita Higurashi, atrasada novamente? — ouvi o mais ranzinza dos professores chamar minha atenção, enquanto percebia a sala toda ficar em silêncio e me encararem.


— Professor, meu celular não despertou e acabei me atrasando, me perdoe! — tentei explicar.


— Suas desculpas estão ficando cada vez mais escassas, senhorita, vejamos quais serão as próximas! — respondeu cheio de ironia.


Abaixei minha cabeça entrando na sala de aula e sentei na primeira cadeira que achei vaga, tentando inutilmente me fazer passar despercebida, ainda pude ouvir risos de alguns idiotas próximo a mim. 


“Droga! Hoje definitivamente não era meu dia!”


Apesar de o início ter sido desastroso, o restante do dia transcorreu tudo bem e sem nenhum novo infortúnio. No horário do intervalo fui até a cantina comer algo, pois a fome já estava corroendo meu estômago, chegando lá encontrei minhas amigas que logo me colocaram a par das novidades do dia.


— Olá meninas, como estão? — disse desanimada comendo meu delicioso onigiri*. “Ahhhhh, pelo menos a comida estava animadora hoje”.


 — Credo Kagome, que desanimo é esse? — questionou Ayumi.


— É verdade! Você está muito aérea desde que chegou. Aconteceu algo? — desta vez era Yuka quem estava me olhando daquele jeito querendo desvendar meus pensamentos.


— Não gente, não aconteceu nada, só o dia que foi muito corrido e trágico desde que acordei — acabei contando todos os desencontros que aconteceram desde que acordei hoje.


— Nossa Kah, você mora num templo, aproveite e veja com seu avô algum amuleto para te ajudar nessa sua má sorte — percebi que Eri me sugeriu sua ideia com verdadeira preocupação.


Amuleto… quando Eri o mencionou senti um arrepio por meu corpo e uma estranha sensação como se algo estivesse me alertando… Devo estar muito cansada, pensei tentando dispersar meus pensamentos. Na realidade o stress estava acabando comigo pelos acontecimentos de hoje, não vejo a hora de chegar em casa.


— Amigas não se preocupem, prometo que irei direto para casa descansar, tomar um banho de sais para me ajudar a relaxar e mandar todo o estresse e cansaço para bem longe de mim.


Em seguida voltamos às aulas, cada uma em sua respectiva sala e após algumas horas, no final do segundo tempo, eu já me sentia esgotada e não via a hora de sair e poder deitar em minha cama e se pudesse dormiria por uma semana.


— Ei Kagome, já está indo para casa? — Yuka me abordou nos corredores da escola.


— Sim, vou direto para casa, estou exausta, hoje o dia foi muito estressante sabe? “Pensando bem, o dia até que fora normal, mas mesmo assim estava me sentindo sem energia, como se não dormisse há dias”.


Chegamos aos portões da escola e lá já estavam Eri e Ayumi nos esperando, quando sinto mãos segurando em minha cintura e beijos em meu pescoço.


— Oi minha linda, que saudades! — ouvi próximo ao meu lóbulo enquanto os beijos continuavam até minha nuca — um arrepio percorreu meu corpo, não sabia dizer se era bom.


— Houjo! — exclamei assim que me virei e o vi todo sorridente com seus profundos e brilhantes olhos negros.


Rapidamente seus braços aproximaram nossos corpos e desta vez uma das mãos foi a minha nuca e a outra fixou-se na base da minha coluna, senti seus lábios nos meus e sua língua adentrando afoita em minha boca, num beijo quente e cheio de saudade.


Nosso namoro começou há três anos, quando nos reencontramos em uma dessas festas universitárias, colocamos nossa conversa em dia desde quando deixamos a mesma escola para cada um cursar sua faculdade, e depois de muita conversa e algumas bebidas, os olhares se tornaram intensos e rolou um beijo, vários beijos e muitas mãos ‘calientes’; e logo após começamos a namorar.


— Houjo… estamos em público. — murmurei e delicadamente me afastei percebendo os olhares de minhas amigas e de todos ao nosso redor.


— Me desculpe linda, estava com muitas saudades — sussurrou próximo ao meu ouvido.


— E aí pombinhos… — chamou Yuka — Esse namoro, vai dar casamento? — perguntou cheia de malícia.


— Com certeza! — ouço meu namorado respondendo, e depois me olhando com intensidade.


Abaixei meus olhos sentindo meu rosto corar, no entanto, um sentimento desconfortável instalou-se em meu peito.


— Você não disse que viria me encontrar hoje, aconteceu algo? — comecei mudando de assunto.


— Ahhh sim, surgiu um assunto inesperado e não consegui te avisar — respondeu afastando-se levemente.


— Que assunto? Algo grave? — perguntei.


— Não, só um assunto que preciso conversar com você, pode me acompanhar hoje? 


— Estou muito cansada, é tão importante assim? — Minha cabeça havia começado a latejar e doer.


— Sim, muito importante — disse me olhando intensamente.


— Ok… Bom, então tchau meninas, nos vemos amanhã! — Houjo segurou minha mão e fomos em direção ao seu carro.


— Amanhã nem pensar, hoje a noite quero saber tudinho desse assunto importantíssimo em nosso grupo — gritou Ayume enquanto nos afastávamos.


Olhei para meu namorado e ele sorriu desviando o olhar.


“O que era isso? Será que as meninas sabiam de algo?”


Assim que entramos no carro, perguntei:


— Houjo, o que você está aprontando? Para onde estamos indo? 


— Tenha calma minha linda, logo saberá… — então ele deu a partida no carro e seguimos sentido ao sul de Tóquio. 


(...)


 


    Alguns minutos após partirmos sem perceber acabei adormecendo, acordei quando senti o cheiro da maresia, olhei em minha volta reconhecendo o lugar, estávamos em Yokohama, capital da província de Kanagawa e bem próximo de Tóquio.     


Sempre que temos um tempinho Houjo me traz para jantarmos em nossos encontros românticos, aqui a diversidade de restaurantes é muito grande, como também o lazer com diversos parque e museus, então frequentemente voltamos para conhecer novos lugares.


Mas agora percebi que ele dirigia por um caminho diferente.


    — Houjo, para onde estamos indo? — “Onde será que ele estava me levando?”


    Meu namorado segurou minha mão e sorriu, mas continuou dirigindo, paramos enfrente a um grande e moderno edifício de no mínimo uns 30 andares, uau! Assim que os portões se abriram entramos em uma garagem subterrânea, em seguida estacionamos numa vaga.    


O suspense estava me deixando cada vez mais ansiosa e Houjo continuava sem dizer uma palavra. Ele saiu do carro e em seguida foi até minha porta abrindo-a estendendo sua mão, assim que me levantei sinto seus lábios nos meus rapidamente, então me guiou em direção ao elevador. Entramos e começamos a subir, senti suas mãos em minha cintura me puxando próximo a ele.


    — Fique calma meu amor, estamos chegando — sussurrou próximo ao meu ouvido enquanto subíamos, assim que as portas abriram, seguimos por um corredor e ao final dele Houjo pegou uma chave de seu bolso e abriu a porta, o que me fez perder o fôlego.


    Fiquei paralisada na porta, senti me puxarem pela mão enquanto analisava tudo ao meu redor, era um apartamento belíssimo com grandes janelas, uma sala com cozinha toda em ambiente aberto e um longo corredor a minha frente onde provavelmente seriam os quartos. Notei ser tudo novo e de excelente bom gosto, agora observei também que havia apenas um enorme sofá enorme na sala, onde nos sentamos após meu namorado me fazer entrar.


    — Está tudo bem linda? 


    — Sim… mas, pode me explicar onde estamos?


    No mesmo momento vi Houjo se ajoelhar à minha frente tirando uma caixinha do bolso, minha pulsação disparou e me senti zonza. “Era o que estava pensando?!” 


    — Kagome, desde o dia em que te conheci senti meu coração bater acelerado e no mesmo instante percebi que já estava interessado em você, depois fiz de tudo para te conquistar e fazer você me enxergar, e qual foi minha felicidade? Você me aceitou! Começamos a namorar e descobri que te amava como nunca amei ninguém! 


    “Eu tremia e minha respiração falhava, estava acontecendo o que imaginava mesmo?”


    — Meu amor, quero estar junto contigo até quando ainda tiver um sopro de vida, e por isso comprei este apartamento para vivermos nosso sonho… — olhando intensamente disse: — Aceita casar comigo? Viver o resto de sua vida com este que te ama mais-que-tudo?


    Meu corpo paralisou, meu namorado estava me pedindo em casamento? 


Ahhhhh minha mente estava muito confusa e meus pensamentos dispersos. “Eu o amava, certo? Certo… Era natural que casássemos certo?”


    —  Houjo… — olhei em seus olhos lacrimosos e suplicantes, cheio de carinho e amor e não consegui negar — Sim! Eu aceito!


    Senti seus braços me erguerem e minha boca ser beijada com fervor e urgência, Houjo segurava em minha nuca e cintura enquanto beijava meu pescoço com paixão e gemia ruidosamente em meu ouvido.


    — Ahhh Kagome, como eu te amo! Hummmm… eu te quero muito! — disse enquanto enlaçava minhas pernas em sua cintura, me fazendo dar um gritinho. Ainda me beijando afoitamente, me levou até o final do corredor, onde me vi sendo deitada em uma enorme cama que ficava no centro de um belíssimo quarto com imensas janelas à nossa frente. 


    O quarto estava todo enfeitado com pequenas velas, dando um ar romântico e sensual ao ambiente. 


“Como assim tem uma cama aqui? Ele sabia que eu iria aceitar?”.


“Estávamos juntos há 3 anos, era o próximo passo a ser dado, não é?”


“Eu o amava… seria esse o sentimento que tinha por Houjo? Era amor?”


    Antes que continuasse com minhas dúvidas, senti um movimento na cama e Houjo, já sem camisa, estava deitando sobre mim, seus olhos estavam escuros de desejo e senti por meu corpo um estremecimento.


    — Meu amor, estou tão feliz! Logo seremos eu e você juntinhos, formando uma linda família, você será a mais nova senhora Akitoki! — disse, praticamente lambendo as palavras de satisfação. 


    Seus beijos eram vigorosos e quase violentos, suas mãos acariciavam meu corpo, fazendo um aquecimento surgir, comecei a respirar com dificuldades, Houjo era forte e viril, lindo e muito charmoso, sempre chamou minha atenção com suas doces palavras e cavalheirismo, sendo muito romântico e amável. Nunca havia visto este lado tão afoito dele, porque nós nunca havíamos chegamos a uma intimidada tão grande, eram somente beijos e ele sempre respeitava meus limites. 


    — Houjo… — tentei falar, mas novamente ele tomou meus lábios enquanto minha blusa era aberta, e meu sutiã puxado, liberando meus seios, ouvi o fôlego dele suspender enquanto me olhava com uma luxúria gigantesca.


    — Kah… você é linda! — disse roucamente, abocanhando em seguida meu seio.


    “Kah?” Meu corpo retesou. “Onde ouvi me chamarem assim?” Estremeci e senti um gélido calafrio. 


Sem que eu percebesse, habilmente minha saia com minha calcinha foi puxada para baixo e num sobressalto senti a mão de Houjo abrindo minhas pernas e seus dedos adentrarem em minha intimidade rudemente.


    — Pare… — sussurrei, parecia que tudo acontecia em outro plano, minha mente rodopiava e minha visão estava turva, eu não conseguia ter controle de meu corpo, sentia que algo tentava me controlar…


    Meu instinto me dizia que tudo estava errado, que mais ninguém além “dele” poderia mexer em meu corpo dessa maneira. “Mas quem era ele?” 


    — Não Houjo… — tentei fechar minhas pernas, mas foram impedidas.


    — Eu te quero Kagome, você me aceitou, agora você é minha! 


    Ouvi meu namorado dizer e quando olhei em seus olhos estavam enegrecidos e sombrios, então ‘olhos amarelos’ surgiram em minha mente, onde os havia visto?


 


“Eu te quero tanto meu amor, diga… diga que me quer também!” 


 


Onde ouvi isso? Essa voz não saía da minha mente!


Comecei a me debater, tentei empurrá-lo e consegui me soltar. 


— Não! Eu não sou sua! — sentei na cama ofegando e aquelas vozes continuavam sem parar…


 


“Que cheiro maravilhoso você tem mulher! Estou enlouquecendo de saudades de te beijar e lamber todinha…”


 


Quem me disse essas palavras? Estaria enlouquecendo?


Aquela voz mais uma vez se fez ouvir:


 


“Eu sofri tanto longe de você, todos esses meses te esperando… eu te amo tanto!”


 


    Meu namorado tocou em meu rosto tentando me beijar novamente, seu toque fez meu corpo todo tremer e nesse instante senti uma forte vibração, olhei e próximo a minhas roupas meu Katsumori(talismã) que levava sempre comigo, estava brilhando! 


    Rapidamente segurei-o e a tal voz novamente surgiu:


 


    “Te amo tanto, que desejo que você faça o que te deixa feliz…”


 


Desta vez tudo em minha mente desanuviou e fez sentido. 


 


INUYASHA!!!


 


— Pare de lutar Kagome, eu sei que você também quer, eu sei que você me ama! — Tentou novamente me beijar.


    — Está errado, eu não te amo!  — respondi enquanto o empurrava e me colocava em pé procurando minhas roupas.


    Houjo me cercou e segurou em meus ombros.


    — Amor, você deve estar cansada e estressada, vamos conversar e depois planejar nosso casamento.


    — Não temos mais nada pra conversar! — disse enquanto me vestia, peguei minha bolsa e me dirigi a saída, senti-o segurar em meu braço fortemente — Houjo está me machucando…


    — Kagome não me venha com essa, eu disse pra ficar e conversarmos, estamos juntos há 3 anos e vamos nos casar e formar uma família, você entendeu? — sua voz saiu autoritária e grosseira.


    Puxei meu braço, mas ele me apertava cada vez com mais força me arrastando até ele: — Você é minha Kagome! Entenda de uma vez, você me pertence! — Seus olhos, agora sem emoção, pareciam um poço vazio e obscuro.


    Eu sentia o ar denso e rarefeito à minha volta, a ponto de me sufocar, Houjo voltava a me abraçar e minhas energias estavam sendo sugadas pouco a pouco e minhas forças esvaindo-se. 


Nesse instante meu talismã voltou a vibrar em minha mão e uma coragem surgiu em meu âmago, uma voz muito queria chegou até mim:


“ — Minha netinha querida, vou sentir muitas saudades, guarde este talismã sempre junto a você, e ele te ajudará a passar por uma difícil prova que surgirá em sua jornada!” 


Imediatamente lampejos de pessoas que não me lembrava, mas sabia que amava, surgiram em minha mente e me deram certeza de que não estava no lugar certo, de que aqui não era meu lar.


— Nunca te pertenci, não sou sua! Eu não te amo… tenho uma pessoa que amo me esperando em outro lugar! — Exclamei, com toda a certeza do meu coração.


    Senti minhas emoções descontrolarem e minhas mãos aquecerem, olhei e elas estavam iluminadas, Houjo no mesmo segundo se afastou me olhando assustado, foi quando uma intensa luz rosa fluiu de minhas mãos, iluminando tudo ao redor me cegando também, ouvi um zumbido e em seguida senti meu corpo amolecer e caí na escuridão."



 


✺✦✹✦✺✹✺✦✹✦✺



 


Abri minimamente meus olhos evitando a luz que me incomodava, coloquei minha mão na frente bloqueando enquanto me sentava e olhava ao meu redor me fazendo perceber estar de volta ao monte. 


Não sei determinar quanto tempo havia passado desde que fiquei desacordada, então enquanto tentava me colocar de pé, as lembranças do que havia ocorrido voltaram, deixando um sentimento doloroso em meu coração, estava me sentindo angustiada e deplorável com tudo o que havia acontecido.


“Porque não me lembrei de Inuyasha?”


“Como deixei Houjo, ou quem quer que fosse, me tocar daquele jeito?!”


Sabia que tinha sido um teste e que provavelmente havia conseguido passar e por esse motivo estava de volta ao monte, mas um gosto amargo estava em minha boca, gosto de quem havia fracassado e falhado miseravelmente em sua única tarefa!


Esperei ainda alguns minutos, respirando fundo e estabilizando minhas emoções e meu corpo, que ainda estava fragilizado pelas intensas sensações vividas há pouco, então comecei a subir o monte em direção ao topo, onde provavelmente Inuyasha já estava me esperando. “Inu estou chegando…”


 


(...)


 


Continuei subindo essa desgraça de monte já faz mais de uma hora, não aguento mais, minhas pernas doem e sinto meus pulmões queimarem pela falta do ar rarefeito, mas também não é pra menos, estou há quase 3 mil metros de altura! Kami me ajude! 


Mais alguns passos e avistei o que me pareceu o cume do monte envolto em nuvens densas, senti uma energia sombria, parecia desorientada e com muita raiva.


Com cautela fui me aproximando quando de súbito surgiu à minha frente a imagem de um jovem com longos cabelos e vestimentas muito antigas, ele me olhava fixamente e eu só aguardava qualquer movimentação dele.


— Até que enfim chegou, senhorita Kagome, estava à sua espera — ouvi sua voz arrepiante. Ele falava, mas percebi que sua boca não se mexia, então deve ser um espírito com que estava mantendo esta conversa.


— Olá senhor, estava me esperando? Posso saber qual seu nome? — tentei soar o mais calma e tranquila possível, mas por dentro estava tremendo.


— Sim Kagome, meu nome é Takashi*, mas por favor não precisamos de formalidades, então não me chame de senhor.


— Takashi, a quanto tempo está aqui me esperando? — Notei a confusão em seu semblante para me responder.


— Não sei dizer exatamente quanto tempo senhorita Kagome, mas sinto ser muito tempo — noite seu semblante ficar triste.


— Você está sozinho? Não tem ninguém te acompanhando?


Observei Takashi me olhar atentamente por um bom tempo e depois suspirar.


— Estava decidindo se contava… sim estou sozinho, vim em busca de um prêmio para conquistar o coração de minha amada. Mas acabei me perdendo no caminho e…


    — E? Pode continuar Takashi… — Ele olhava além de mim, me virei sentindo uma energia conhecida por mim.


    — Inu…


 



 


Notas Finais


 


*Têmporas — [Anatomia] Conjunto das partes situadas na região lateral da cabeça, entre os olhos e as orelhas; fonte. Conhecido também como Osso temporal, é um osso par que forma as laterais do crânio ou têmporas. É um osso irregular e situa-se ínfero-lateralmente a caixa craniana.


*Criado-mudo — Um criado-mudo é um pequeno móvel auxiliar usado para aparar objetos, geralmente colocado ao lado da cama, servindo sobretudo para guardar os objetos que podem ser necessários durante a noite. É também designado de mesa de cabeceira e donzela. A palavra criado-mudo tem origem provável na tradução literal da palavra inglesa ‘dumbwaiter’. Embora atualmente signifique um pequeno elevador doméstico de carga, já teve o significado de móvel auxiliar para dispor de pratos e talheres. Segundo a Enciclopédia Britannica (edição de 1911), tais móveis tiveram origem na Inglaterra no final do século XVIII. Na língua inglesa, essa palavra é atestada desde 1749.




*Katsumori — [勝守] É um talismã do sucesso. Potencialmente um dos mais procurados, é provável que seja encontrado em quase todos os santuários e templos. Muitas vezes, eles carregam a imagem de uma flecha, sendo um símbolo comum no xintoísmo para apontar para uma meta. Embora o “sucesso” possa ser vago à primeira vista, ele possui uma promessa: o usuário canaliza sua energia em um único objetivo e o talismã garante que isso acontecerá.



*Onigiri — O oniguiri (em japonês: お握) também conhecido como nigiri, omusubi ou bola de arroz, é um bolinho de arroz japonês, geralmente em forma de triângulo, ou de forma ovalada, envolto por uma folha de nori.

Ele pode receber vários tipos de recheio, mas é tradicionalmente recheado com salmão frito, umeboshi, katsuobushi, ou qualquer outro tipo de ingrediente salgado, ou azedo. No Japão o oniguiri é encontrado em uma infinidade de lugares que vão desde lojas de conveniência, supermercados, feiras livres, casas de sushi ou até mesmo estabelecimentos especializados em oniguiri chamados onigiri-ya.



*Takashi (たかし) — Takashi nesta estória é o nome do agricultor que subiu o Monte Kita para conquistar o direto a se casar com a princesa que amava, mas acabou não voltando e foi dado como desaparecido. O nome Takashi significa “próspero”, “obediente” ou “intenção nobre”, “precioso com ambição”. Ele tem mais de seis combinações de kanjis.

takashi (隆) — prosperidade;

takashi (孝) — obediência;

taka (寡) — nobre, precioso/ shi (志) — intenção, ambição.


Obrigado por acompanhar e comentar, até o próximo!

Beijos no coração!

 

 


Compartilhe este capítulo:

Autor(a): Carlinha

Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

Notas do AutorOlá, meus amados leitores, voltei já me desculpando pelo imenso atraso!Justificando, estou em uma nova empreitada, tentando realizar meu sonho que é o desenho e agora também as fanart´s. Estive estudando muito e por isso ocorreu o atraso da fic.Consegui criar minha primeira fanart e espero que logo muitas surgirão, ela f ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 0



Para comentar, você deve estar logado no site.


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais