Fanfic: Desventuras no Dormitório Hirawa | Tema: Comédia Romântica
Em um determinado sábado, Junichirou saiu para atender um pedido que Makino fez insistentemente, mas, precisamente, seria em Akihabara. Ela não havia contado sobre o que se tratava exatamente e apenas lhe entregou um bilhete com o endereço e que devia comparecer por volta das 15 horas. Ele chegou meia-hora antes do combinado, mas ao avistar a frente do prédio, verificou o papel novamente e estava no lugar certo.
— Por que ela não falou sobre isso desde o início?
O estabelecimento estava com uma placa dizendo aberto para o público em geral e era uma espécie de Maid Café, que é um estilo de cafeteria, criado no Japão, cujo objetivo é oferecer refeições com entretenimento para todos os seus clientes. Mas Junichirou estava um pouco nervoso sobre o porquê de Makino não contar nada a respeito e hesitou antes entrar.
— Ela sempre faz essas coisas. Se eu disser que não achei o endereço, é capaz dela me importunar com perguntas e mais perguntas. Que seja. Vamos lá.
O lugar parecia bem calmo e não havia clientes ainda.
— B-Boa tarde — ele falou ao entrar.
Depois disso, uma empregada de cabelos castanhos longos veio em sua direção para o cumprimentar.
— Seja bem-vindo, mestre. Gostaria de um pouco de chá gelado?
— Bem, na verdade, uma amiga minha me chamou aqui e...
— Por favor, sente-se que eu irei servi-lo.
— Mas eu só vim porque minha amiga chamou...
— Vou providenciar o melhor para sua estadia.
Não havendo maneira de contrariar, Junichirou resolveu fazer o que ela dizia.
— Espere um momento que já providenciarei o seu chá.
— Sim, obrigado.
“Onde será que eu fui me meter?”, ele pensou.
— Junichirou-kun, bem-vindo — Makino falou vindo por detrás dele.
Quando ele se virou para olhar, ela estava vestindo a mesma roupa que a outra garota que o atendeu primeiro, só que com uma meia-calça preta.
— Makino-chan? — ele falou admirado e sem saber como se expressar ao vê-la daquele jeito.
— Que tal? O que achou da minha roupa de empregada? — ela perguntou rodopiando e depois fez uma pose. — É linda, não é?
— Er... bom...
— Não ficou bom? — ela perguntou com olhos meio abatidos.
— Não é isso, digo, ficou muito bom, quer dizer, combinou com você.
— Que bom, muito obrigada — ela falou lhe dando um abraço apertado.
— Não foi nada — ele falou tentando se recompor de seu nervosismo e depois se sentaram um de frente para o outro. — Então, por que você me chamou para vir aqui?
— Não fique tão angustiado.
— Não estou angustiado, só surpreso.
— Bom, eu descolei um trabalho de meio-período porque preciso de um pouco de dinheiro para aproveitar as férias de verão.
— Mas não entendi o que isso tem a ver comigo?
— P-Para quem é o chá gelado? — Hina apareceu para trazer os pedidos e também estava vestida de empregada, mas suas meias-calças eram brancas. — J-Junichirou-senpai, v-você a-aqui?
— Hina-chan, se aproxime mais — Makino se levantou e a puxou pela mão. — Deixe-o te ver mais de perto.
— N-Não precisa.
— Eu insisto.
Makino colocou-a de frente para ele e a segurou pelos ombros por trás.
— O que me diz? Não acha que a Hina-chan ficou muito fofa nessa roupa?
— Não, imagina. Eu só... Eu só... — ela falou olhando para o chão envergonhada.
— Sim, tem razão — ele falou sorrindo e tentando ser gentil. — Ficou bem fofo.
Mas ele deixou o rosto de Hina mais vermelho ainda.
— Não é mesmo? Eu te falei que estava tudo bem.
— Voltando ao assunto, por que me chamou aqui?
Makino começou a fazer uma cara de quem estava com tudo planejado.
— Por que está me olhando assim?
* * *
Meio sem entender, Makino implorou muito para que Junichirou vestisse uma roupa de mordomo e para não causar uma confusão maior, ele só aceitou porque Hina lhe pediu também com os olhos suplicantes. No entanto, a roupa serviu perfeitamente nele e ele permanecia calado e envergonhado depois que se vestiu.
— Eu não falei? O Junichirou-kun ia ficar lindo nessa roupa! — Makino falou toda animada para Hina.
— Makino-chan. Poderia me explicar o porquê de tudo isso? Não sei o que está acontecendo?
— Não precisa ficar tão tímido.
— Explique-se.
— Ah, está bem — ela falou desanimada. — O funcionário masculino tirou o final de semana de folga e a gerente precisava de um substituto que fosse confiável. Por isso, indiquei você.
— Por que não me perguntou antes?
— Você ia responder sim, se eu pedisse?
— Acho que não.
— Por isso, não perguntei.
“Ai, ai, ai, essa garota ainda vai me dar muito trabalho”, ele pensou colocando a mão na cabeça.
— Mas espera aí. Por que a Hina-chan está aqui também?
— Ela queria adquirir mais confiança para interagir com as pessoas e lhe indiquei este lugar.
— Mas será que eu vou conseguir fazer tudo certo? — Hina perguntou.
— Não se preocupe! Pode contar sempre com Junichirou e eu.
— Você vai me ajudar, Junichirou-senpai? — Ela perguntou fazendo uma cara muito moe.
— S-Sim, vai dar tudo certo.
— Pronto, agora só tenho que explicar o que você precisa fazer.
Depois de uma série de recomendações, todos ficaram a postos para receber os clientes.
* * *
O movimento no Maid Café começou a aumentar pouco depois e Junichirou tentou ser o mais solícito possível, mas já que iria receber por isso, não considerou tão mal assim. Mas quando uma garota inesperada entrou, ele foi prontamente atendê-la.
— Bem-vinda, mestra — ele falou com uma pequena reverência. — Desejaria... Ah, Yumi?
— Ora, ora, o que temos aqui? Se não é o ser de escuridão — ela falou calmamente.
— Gostaria de se sentar e olhar nosso cardápio? — Ele perguntou para não chamar a atenção dos outros clientes.
— Claro, por que não? Me indique um bom lugar.
— Queira me acompanhar.
Makino cochichou com Hina por detrás de Junichirou quando ele ajudou Yumi a se sentar numa mesa.
— Será que Yumi-chan veio aqui porque eu a convidei? — Makino perguntou.
— Não sei.
— O que deseja primeiro? — Junichirou perguntou.
— Pernil de cordeiro.
— Não temos isso.
Ela fez uma expressão horrorizada e resolveu pensar em outra coisa.
— Lapin à la moutarde.
— Também não temos isso.
Ela fez a mesma cara de antes e depois se virou embravecida.
— Então apenas um café serve.
— Entendido.
— Ah, e também quero alguns terrines e patês acompanhados com...
— Não temos isso.
Ela fez uma expressão mais aterrorizada ainda.
— É a primeira vez que a Yumi-chan vem a um Maid Café, não é? — Makino cochichou para Hina.
— P-Parece mesmo.
— Só o café é suficiente — Yumi encerrou o pedido.
— Obrigado, vou providenciar.
Depois de se servir, Yumi recomendou a Junichirou que não contasse a ninguém o que escutou hoje ou então algumas desgraças iriam acontecer. Ele balançou a cabeça para indicar que havia entendido e depois ela foi embora.
* * *
Durante o expediente, Makino dava mais algumas orientações para Hina enquanto os clientes saíam e entravam.
— Há tantos tipos de pessoas que vem aqui... — Hina comentou.
— Sim. Todo mundo gosta muito daqui porque é bom para se distrair e descontrair! É por isso que é divertido vir aqui. Olá, bem-vindos!
— Obrigado, gostaríamos de fazer um pedido!
— Vamos nos esforçar, Hina-chan!
Ela saiu e foi atendê-los sempre sorridente enquanto Hina acompanhava de longe.
“Que incrível... Quando a Makino-senpai conversa com as pessoas, elas sempre sorriem”, ela pensou distraída.
— Que foi? — Makino perguntou ao retornar para onde ela estava.
— É que... na verdade, estou com várias inquietações — Vitória falou olhando para o chão. — Sobre o que deveria fazer para interagir mais com as pessoas ou como posso deixar de andar tão cabisbaixa.
— Hina-chan...
Em seguida, ela começou a sorrir para Makino.
— Mas acho que essas ansiedades são pequenas, porque agora já sei o que fazer. Eu quero ser igual a você, Makino-senpai.
— É mesmo?
— Por favor, continue me ensinando como vem fazendo!
— Pode deixar! É pra isso que servem as amigas.
— Makino-senpai, posso te fazer uma pergunta?
— Claro.
— Você tem alguma inquietação?
— Tenho, sim.
— É mesmo?
— Tipo: “O que teremos para o jantar?”, “O que farei se errar uma questão que eu nem estudei?”, “O que vai ter para o café amanhã de manhã?”.
Hina ouviu isso e soltou uma leve risada.
— Ah, você riu de mim!
— Desculpe.
— Tudo bem, vamos continuar o serviço.
* * *
Ao final da tarde, enquanto Junichirou estava na cozinha lavando os pratos com a outra menina que lhe recebeu, Hina e Makino ficaram para fechar tudo, mas, antes que virassem a placa da porta, dois caras mal encarados entraram.
— Desculpe, estamos fechando.
— Quê isso, acabamos de chegar — falou o de cabelos ruivos.
— Ei, gatinha, me traga uma bebida — o de cabelos loiros falou segurando a mão de Hina.
— M-Me deixe ir.
— Ei, solte minha amiga.
— Calma, entre na nossa festa também — o ruivo falou e puxando Makino para perto dele.
— Garota, como você é cheirosa — o loiro falou cheirando os cabelos de Hina quando a puxou para sentar ao lado dele. — Acho que poderia até te dar um beijo.
— Hã? Isso, não — ela falou se levantado, mas ele não a deixou ir.
— Vem cá, só um beijinho.
— Pare com isso — Makino falou, mas não tinha como impedir nada com o garoto ruivo a segurando.
Quando o loiro estava prestes a dar um beijo, uma bandeja veio voando e acertou sua cabeça, fazendo-o soltar Hina.
— Quem fez isso? — O loiro perguntou tocando sua testa dolorida.
— Junichirou-kun, eles estão me assustando — Hina falou e se escondendo atrás dele.
Ele veio assim que escutou as vozes apreensivas das garotas.
— Não perdoarei ninguém que mexa com as minhas amigas.
— Quem é você?
— Não importa e saiam de perto de Makino.
— Está querendo bancar o durão, moleque.
O loiro partiu para cima dele, mas Junichirou o desequilibrou quando pegou o esfregão e o jogou de cara no chão.
— Ei, isso não fica assim — o ruivo falou soltando Makino, que o fez tropeçar e cair também.
— Ora, sua...
Mas ambos não tiveram tempo de revidar, já que ambos, Junichirou e Makino começaram a bater neles com os esfregões e os fizeram sair correndo.
— Está tudo bem, Hina-chan. Não tenha medo — Junichirou falou acariciando a cabeça dela depois que ela começou a abraçá-lo. — Desculpe por chegar tão tarde.
— Eu estava com tanto medo.
— Se eles aparecerem de novo, vou chamar a polícia — Makino falou embravecida. — Covardes, fizeram Hina-chan chorar.
— Entre em contato com a gerente sobre isso, quando puder. Não precisa se preocupar, Hina. Eu vou acompanhá-las até o dormitório.
— Obrigada — ela falou enxugando as lágrimas.
— Lembrem-se disso, caso tiverem problemas, não hesitem em me chamar. Eu farei o possível para ajudá-las. Farei qualquer coisa que me pedirem.
Ambas concordaram e, depois que fecharam o estabelecimento, retornaram para o dormitório com as duas pensando em algo que gostariam de pedir a ele.
Autor(a): Richard F. Writer
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