Fanfic: No seu olhar | Tema: Original

Amor Platônico

📢 Esta história, não será Vondy. Portanto, ela será baseada na história de uma conhecida minha, que está passando por isso.

Ela só tera dois capítulos.

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Catharina

Estou gostando de você em segredo, dentro de seus olhos há algo que eu não consigo decifrar. Quando você me olha, eu sinto algo dentro de mim, do qual eu não consigo explicar. Eu não sei se isso e empolgação, pois durante os meus vinte nove anos de vida, eu nunca me apaixonei por ninguém. Por que eu tinha que me sentir atraída por você?! E porque você tinha que ser casado?! Mas eu acho que mesmo que não fosse, jamais olharia para mim. Eu não sou bonita, tampouco interessante, sou esguia com os olhos grandes e castanhos, e a testa levemente avantajada. Cabelos crespos tingidos de vermelho, não fui a faculdade, e nem tenho recursos, resumindo sou pobre.

A primeira vez que o vi, que eu me lembre, foi na festa do marido da minha prima, me lembro na época, de eu lhe achar bonito, somente. Mas nunca dei importância, pois sempre fui muito displicente, e reservada. Ainda mais se tratando de relacionamentos amorosos. Tanto que eu só fui ter a minha primeira e desastrosa relação sexual aos vinte anos. Porém a única, depois dela, eu nunca mais me envolvi com ninguém dessa forma. Pois os envolvimentos, não passaram de beijos. Até cheguei a sair algumas vezes, com o professor, de logística, do qual eu fazia um curso na época. Mas depois de um tempo, eu só vi que era uma empolgação. Eu não sei se era por eu ser bem jovem boba, e inexperiente, mas eu nunca consegui segurar ninguém. Até o meu primeiro namorado, que foi aos dezessete anos do qual eu não gostava, eu não consegui, sendo que fui eu que terminei o namoro, pois eu não estava aguentando mais. Primeiro: Porque ele falava de querer casar-se comigo. E segundo: Por eu não sentir nada por ele, e querer curtir mais, pois eu ainda era bastante jovem imatura, e irresponsável para me casar.

Nesse mesmo dia, me lembro, de que eles tinham feito um churrasco, e que eu fiquei sentada no sofá da sala, mexendo no celular, provavelmente, vendo as coisas que as irmãs ou o que as meninas, estavam postando no grupo do WhatsApp. O das vocacionadas. Eu estava tão entretida e empolgada para entrar no convento, que você para mim, era uma pessoa comum, eu ainda nessa época não tinha te notado. Somente para mim, você era o esposo da filha da prima de minha mãe, e nada mais. Passei dois anos dentro de um convento, e lá vivi várias coisas boas, como também ruins. A distância da família era uma delas. Sentia muita saudade, de falar com os meus pais, mas infelizmente nós não podíamos ter celular. Por isso a congregação liberava uma ligação ao mês, era pouco sim. Mas pelo menos, dava para matar um pouquinho a saudade deles.

Quando retornei a casa da minha mãe, que foi no final de 2018, eu passei praticamente o ano inteiro de 2019 à procura de um trabalho. E foi aí, que me veio a ideia, de vender doces, já que eu tinha aprendido no convento. Mas no final desse mesmo ano, o destino, nos colocou no mesmo lugar. O casamento do meu primo, que foi em Guaratinguetá São Paulo. Me lembro, que dentro do ônibus, que nos transportava de Itaipava até lá, você me olhou nos olhos, algumas vezes em que eu fui no banheiro. Pois o jeito que me olhava, dava a entender, que estivesse interessado em mim. Entretanto como uma capricórniana nata, que eu sou não me iludi. Ainda mais você demostrando ser tão apaixonado pela sua esposa. E eu tenho certeza, que é. Eu acho isso bonito: Sim. Fico as vezes com uma pontinha de inveja: Também. Mas infelizmente cada um tem aquilo que merece. E se hoje eu estou solteira e não encontrei alguém, e porque era para ser assim.
Às vezes, eu queria está no lugar dela, e naquele dia não foi diferente.

Nunca paramos para conversar, e eu acho que não seria nada conveniente. Primeiro: Por causa da sua esposa, e do seu filho. E segundo: Por um certo medo e também vergonha. Pois eu costumo ser tímida com pessoas que eu não tenho tanta intimidade. E também por sentir essa pequena atração por você. Mas se eu tiver essa oportunidade, eu o farei, mas com cautela respeitando a sua relação com a sua esposa.

Na cerimônia, você a sua esposa, e a sua sogra, sentaram em uma mesa afastada da onde eu estava sentada. Mas nesse dia eu estava um pouco azeda, pois tinha discutido com a minha outra prima, e também minha mãe. O motivo, prefiro deixar em off. Mas eu não sei se novamente foi algo da minha cabeça, já que algumas vezes de relance, eu peguei você me observando. E aquilo me deixou um pouco feliz, e ao mesmo tempo triste e envergonhada. Passei praticamente, o casamento inteiro, um pouco tristonha, e como sempre comendo, pois isso e uma das outras coisas que me alivia.

Depois que a festa encerrou, e nós voltamos para o hotel, eu fui para o quarto descansar, e me recordei que era quatro horas da matina. No dia seguinte, eu levantei um pouco tarde, e fui a última a tomar café. Comi com cautela, pois logo pela manhã, o meu intestino, ficou um pouco desgovernado. Mas graças a Deus, com o tempo eu melhorei. Não me lembro se foi a minha mãe, ou a  minha tia que me deram mas eu sei que eu tomei um medicamento. E lá fomos nos de volta, para Itaipava. E já dentro do ônibus, passei a maior parte dele dormindo. E me lembro de ter acordado umas duas vezes para ir ao banheiro, e você novamente me olhando daquele jeito. Eu não sei se isso é coisa da minha cabeça. Risos. Talvez seja, porque eu costumo flutuar bastante. E depois quando o ônibus, parou em uma lanchonete, eu fui ao banheiro, e quando eu subi, e novamente desci do ônibus, você estava lá me olhando daquele mesmo jeito. Fiquei novamente mexida, sim. Mas como eu sou bastante pé no chão e firme, eu não me deixei levar.

Na segunda, quando vocês foram embora, na hora da despedida, você me cumprimentou com o abraço, e aquele beijo falso, sem encostar os lábios na minha bochecha. Eu também não fiquei atrás, e fiz o mesmo. E no ponto foi bom, pois ficaria super estranho. E quando eu o vi partir com a sua esposa, pela primeira vez, eu senti um vazio dentro mim. E mesmo não conhecendo o direito, e mal sabendo sobre você, aquilo permaneceu um bom tempo dentro de mim.

Continua...

E aí, o que acharam?