Fanfic: Fique Comigo Dessa Vez | Tema: _ VonDy _
Sua mãe mandou uma mensagem...
Ela só viu quando já estava descendo da moto, bem em frente ao departamento de polícia de São Francisco.
Iria responder logo.
A viagem durou quase duas horas no dia anterior, quando veio de moto atrás do pessoal da mudança. As caixas ainda estavam abarrotadas no apartamento e esperando algumas mãos amigas ajudarem.
Talvez Maite quisesse lhe dar uma ajuda com suas coisas se estivesse no departamento aquelas horas da manhã, e se a encontrasse dando mole.
Ela sugeria uma bebida para por o papo em dia e convidaria a antiga parceira do trio, sutilmente, para a missão de organizar um pouco o novo lar.
Além do mais, arrumar o apartamento para ficar sozinha seria muito solitário já que Gwendollin, sua mãe, preferira continuar em Sacramento.
Ela achava que sua vida estava muito melhor na cidade onde nascera, obrigada.
A mulher era de fato teimosa quanto mudanças, segundo ela já houve trocas demasiadas de casa, o suficiente para sua vida inteira, e preferia permanecer na cidade natal agora.
— Eu já estou velha e cansada demais para as aventuras na sua moto, meu bem. E também, você nunca me escutou sobre comprarmos um carro... — ela não perdeu a oportunidade de alfinetar, após soltar o abraço da filha.
Dulce riu.
— Mamãe, eu não preciso de um carro. Afinal, nunca ando com mais de uma pessoa por vez, então para que algo grande como um carro?
— Para viajar, sua boba. E carros são mais seguros.
— Mãe... eu levei alguns tiros no trabalho, não foi no trânsito e estou bem, certo?
Gwendollin sentiu a espinha gelar.
— Eu sei, querida. Você é muito independente, até mesmo na hora de levar alguns tiros como uma heroína de T.V.
A ruiva suspirou, enfadada.
Talvez eu tenha pedido para ligarem para a senhora, mamãe.. pensou em dizer, mas ficou calada.
Sua mãe não gostava de lembrar da vida perigosa que a filha escolhera, não gostava nenhum pouco. Quase perdeu o chão sob seus pés ao receber a notícia de que a filha estava internada no hospital por conta de um tiroteio em um galpão de traficantes.
Um galpão de tráfico de drogas com bandidos altamente perigosos!
Dulce percebeu a tensão dela, e tentou conforta-lá.
— Gwenzinha... olhe só, eu estou bem. Eu sempre fico bem, lembra? — sua mãe a abraçou outra vez.
As vezes se sentia egoísta quando olhava para si mesma fazendo suas escolhas perigosas. E quanto a sua mãe, ela não importava? Quem cuidaria dela se por acaso morresse?
Não gostava de pensar naquilo..
Mas talvez Anahí gostaria de assumir o dever.
— Se você fizer trinta e oito anos e não se casar, eu mesma vou lhe caçar um marido — murmurou, irritadiça.
Dulce realmente riu forte naquele abraço.
Sua mãe nunca faria isso, ela sabia o quanto casamentos eram decisões errôneas e lamentava profundamente por Anie, a quem adotou como uma segunda filha ainda nos tempos da faculdade. Se fosse por ela, as três viveriam felizes na casa de campo e jogariam poker e carteado pelo resto da vida, bebendo uísque e vinho importado até cair bêbadas como gambás também.
Ela sempre arrastava uma grana preta das ditas filhas.
— Eu achei que me queria como uma mãe, não como uma peste de madrasta má. Me levou 5 mil em duas rodadas, Gwen! — Anie estava de fato emburrada naquela noite. Mas elas sabiam quem era o culpado.
Nesses dias Alfonso era apenas o novo integrante da equipe mas já abalava suas certezas, tão imperdoavelmente lindo ele era, a amiga dissera em particular.
Dulce achou que deveriam dar uma trégua. A mãe também lhe arrancou varias notas gordas naquela rodada.
— Se estivesse focada no jogo ao invés de em um certo moreno de olhos verdes, teria visto o rumo das cartas. As cartas sempre avisam, querida.
Sua mãe era perversamente adorável.
Anie olhou a mulher como se soltasse fogo dos olhos.
— Chega de cartas hoje, dona Gwen. E chega de bebidas misturadas também, já está até falando besteiras, veja só.. — ela disse, como se aquele comentário não houvesse abalado suas estruturas — eu pensando em alguém..
— Eu vou me deitar mesmo. — anunciou Gwen após uns minutos. — Mas só porque já peguei uma boa grana de vocês, bobonas. E não acabem todo meu uísque.
Elas acabaram, no entanto. Mas a garrafa estava pela metade, em suas defesas.
Qualquer júri aceitaria aquele fato como prova irrefutável, lhe disse Anie quando perceberam o que fizeram.
Elas riram alto naquela noite, isoladas do mundo, alteradas pela bebida falaram até coisas sem nexo. E era sempre a maior piada.
Gwendollin ficou extremamente brava ao descobrir, na manhã seguinte, que seu uísque havia chegado ao fim. No entanto, dissera ela, não sabia se tinha mais raiva da cabeça dolorida ou por ser "traída" pelas próprias filhas.
— Suas bruxas más do oeste! Eu disse para não acabarem meu uísque! Foi caro, droga.
— Bem, aproveite que arrecadou bons fundos ontem e compre um estoque bem gordo dessa vez. Hum? Vamos ter que repetir essa noite.
Anie dissera, durante o café da manhã na mesma mesa onde jogaram a noite toda. A casa de campo era tão perfeita...
— Compre você o seu uísque, sua aproveitadora. Eu vou cuidar do meu próprio abastecimento, e de agora em diante, sugiro que façam o mesmo. — ela declarou.
Tomaram o café em meio a trivialidades, totalmente a vontade.
As vezes Gwen parecia sua irmã mais nova.. no entanto, como naquele momento, ela era cem por cento sua mãe. E na versão preocupada.
O abraço se soltou outra vez antes da ruiva partir.
Sobre a proposta para contrair matrimônio pra filha, Dulce lhe disse que poderia até pensar na possibilidade, desde que Stive MacGarret fosse o candidato.
[ Cuide-se bem meu tesouro. Não deixe os caras maus chegarem muito perto.
Ps. O gancho de direita é seu melhor amigo.
Mamãe ama você. ]
Também te amo, mamãe.. Ela pensou.
{...}
Sua primeira sugestão ao comandante do departamento de polícia seria o concerto do elevador, ela pensou, se fosse boba o suficiente ao ponto de acreditar naqueles trotes de boas vindas.
A placa de elevador quebrado estava exageradamente explícita, o que a levaria a subir dez lances de escada facilmente até o andar onde seria recepcionada.
Se fosse menor, talvez levasse com ela para exibir ao entrar no prédio pelo elevador, mas não poderia então apenas entrou e apertou os comandos.
Diria algo espirituoso quando chegasse, algo como " não sou tão novata assim, comandante seja lá quem pontinhos " ou talvez " nunca me pegarão em vida, amadores " com uma piscadinha marota.
Não. Aquilo era presunção demais de sua parte, certo?
Como iria causar boa impressão assim?
De repente um barulho chamou sua atenção, e ela notou que o elevador estava parando lentamente.
Merda.
O que raios tinha acontecido?!
O elevador estava realmente quebrado?!
Se era assim, como os pobres coitados daquele prédio suportava aquele péssimo destrato com o funcionário público?! Teria mesmo que subir dez lances de escadaria todos os dias?!
O elevador não deu sequer um sinal de que iria funcionar, e ela começou a ficar claustrofobica.
— Socorro! Estou presa aqui! Alguém?? Socorro! — gritar fora a única solução.
{...}
Christopher havia acordado bem tarde naquela manhã.
Diego estava pulando na cama como um macaco após uns goles de coca, mais que animado com o primeiro dia de aula.
— Vamos papai, já é hora da escola!
Ele não lembrava de ser animado assim quando tinha cinco anos, diante da ideia de ir para a escola. Nunca gostou da escola, na verdade.
As vezes no silêncio da noite se perguntava como acabara se tornando um policial tão competente, dado seu histórico...
— Pai, está ficando tarde!
— Que horas são, cara? — ele se rendeu, lquase levantando para espantar a preguiça.
— Não sei, papai. Vem, vamos!
Mas logo ele parou de pular, finalmente, desanimando-se com a lentidão do pai.
— Você já foi tomar banho? Aposto que ainda...
Quando Christopher se virou, no entanto, notou surpreso que o garoto já estava vestido e perfeitamente calçado.
Olha só..
Mas espera.
Calçado...
Estreitou os olhos para o garoto e desviou o olhar para os tênis dele, como se estivesse bravo.
— Diego, o que conversamos sobre pular na cama de sapatos, filho? Eu falei que não podia, lembra?
Ele arregalou os olhinhos cor de mel rapidamente, saindo da cama em um pulo.
Para o alívio de Christopher, era o tênis novo que seu pai deu de presente em comemoração ao início das aulas do neto, então não haviam germes ou sujeiras em sua cama. A não ser as que ele acarretou ao andar pela casa...
Não. Sua casa estava limpa, perfeitamente limpa.
— Detestamos sujeira nessa casa, esse é o lema dos homens Uckermann`s. — o garoto disse, como em um pedido de desculpas pelo ato anterior.
Chris riu, dessa vez.
— Certo, cara. É isso mesmo. — ele parabenizou e levantou-se, apenas com as calças do pijama.
— Já comeu, Diego?
— Já. A tia Mai e o tio Rick estavam aqui e me ajudaram um pouco, na verdade.
Maite e Derick? O que estavam fazendo ali?
— Estavam? Eles já foram?
— Não, mas queriam ver se o senhor estava bem da cabeça.
— Bem da cabeça?
Seu filhos as vezes não fazia muito sentido. Era emgraçado. Mas ele o amava assim mesmo.
— Depois de ontem, papai. — o garoto explicou, como se fosse algo óbvio — por causa da dor.
Ah. Bem.
A noite passada fora uma grande merda. Tinha certeza porque não lembrava de nada e sua cabeça literalmente doía como o inferno. Lauren, a babá que Maite lhe indicou, estava doente e não poderia ficar com o garoto durante as próximas duas semanas, o que significava que ele tinha que acordar mais cedo ainda e preparar o filho para a escola já que essa seria sua nova rotina, além de se aprontar para o trabalho. Precisava de alguma cuidadora fixa para a casa e para Diego, mas isso ficava em último caso desde Hadênia Wilson, ela ainda era um pesadelo para ele.
Em todo caso, ele não deveria ter ido mesmo naquela cervejada, ainda por cima com Mai e Derrick a tira colo.
— Não esquenta, eu passo aqui amanhã para verificar vocês. — Mai havia dito— Farei com que não percam o horário, mas não bebam mais tanto assim durante a semana, o trabalho é importante, entenderam? Vocês dois! — ela havia advertido, voltada para o primo e para o namorado com olhar cerrado — Estou de olho ein?!
— Certo, gatinha. Nós entendemos.
Ela ainda levantou o nariz, lembrou-se ele.
— Sargento, para você. Para ambos. Não estão merecendo pronunciar meu belo nome. — continuou seu delírio.
— Mas seu nome não é..
— Quietinho, meu dengo..— ela murmurou, sentando no colo do namorado.
Ele ficou pianinho.
E Christopher desconfortável, mas ainda lembrava de ter deixado a sala quando tudo começou a ficar meloso demais. Maite de certa forma parecia tão sóbria quanto ele próprio se considerava.
Ótimo. Ótimo!
— Não façam barulho para acordar o meu filho..
— Relaxa Ucker, a gente é consciente tá?— Mai disse .
Claro..
— ... e fechem a porta quando saírem. Ou quando entrarem. Sei lá o que vão fazer, só não fiquem pelados no sofá. Diego adora esse sofá.
E ele não teve mais respostas, foi totalmente ignorado mas não se importava mais. Se tratando dos dois, Diego e ele eram facilmente deixados de lado.
O quarto do filho e o dele ficava ambos em cima, o que dificultava ouvir ruídos de baixo de qualquer forma, e se houvesse, ainda mais estando posicionados os quartos em ângulos diferentes.
Enquanto Christopher e Diego tinham os quartos na direita, no andar de cima, o quarto de hospedes ficava a esquerda, embaixo.
Para ser sincero, casa era quase deles também visto que Maite passava mais tempo ali do que na própria casa por conta do sobrinho/afilhado. Era mais frequente quando o mesmo era mais novo e necessitava de muita atenção, sendo assim, Derrick decidiu que dividiria as noites de babá com ela e era até que legal a forma como Diego começara a interagir com eles.
Christopher não viu problemas.
Mas isso foi há quatro anos.
Hoje em dia eles não passavam mais tanto tempo juntos, era fato, seus trabalhos os mantinham ocupados de mais e Mai já não vinha mais com tanta frequência verificar Diego, os seus plantões no departamento não permitia.
Infelizmente Diego não pensava assim pelonlado racional, e apesar do filho ser as vezes um pouco fechado, conseguia entender que aquela falta de constância na próximidade deles com o menino o afetava. Ele se sentia sozinho, passando de babá em babá.
Ele queria ter um trabalho mais calmo, mas as vezes até conseguia tirar algumas folgas e passava todo o tempo do mundo que podia com o filho, mas no fim, era tão pior quanto a mãe dele, pois não conseguia deixar o trabalho por outro para ficar mais perto do filho.
É, até que ele era um bom/péssimo pai - voltou a pensar. Mas naquela noite fora péssimo ao quadrado , e esse era um fato terrível.
Ele bservou o filho dormir tranquilo, como um bosque silencioso, antes de seguir para o próprio quarto e fazer o mesmo. Só que como uma pedra.
Diego era um garoto legal e compreensível.
Nunca precisava levantar muito a voz para que o filho entedesse o que estava certo ou errado, e no geral, não era como as crianças chatinhas que ele havia conhecido ao longo da vida, o que só por isso ja o tornava apto a merecer uma vida mais feliz. Ainda mais se tratando da sua infância.
Mas claro, toda criança mereceia ser feliz.
Ele fazia o que podia e até mais pelo filho.
Após conseguir por um milagre não voltar para a cama e aguentar um banho gelado, para despertar, ele começou a lembrar do trabalho que fora acostumar-se com a ideia de que teria um filho.
Ainda lembrava de quando Isadora simplesmente chegara em sua porta com a notícia, alguns anos atrás, e a ideia mais absurda do universo de brinde.
Ela era uma modelo Internacional, se conheceram em um cruzeiro de féria que ele contratou para o Natal.
Certo era ter ido com o pai, seu irmão Luis e a cunhada, Bianke, juntos dos amigos e a prima Maite, mas o pai estaria com a nova namorada para conhecer a família dela (ao qual Christopher recusou o convite do pai, educadamente, assim como Louis também, provavelmente, alegando que não tinha interesse algum em entrar numa nova família). Claro, seu irmão e a cunhada estariam em uma viagem romântica, a dois, tinham uma desculpa mais válida, então não sobrou muito além dele, Derrick e Maite.
Ambos não tinham planos mesmo...
Seria legal.
E de fato foi, até que eles beberam demais e começaram a confessar seus sentimentos um pelo outro.
Ele ficou como?
Invisível.
Malditos apaixonados de uma figa...
Autor(a): Tia_Lalau
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Não tive tempo para escrever no fim de samana por estar me preparando para uma reunião importante de hoje, mas vou postar três (que já estão quase prontos ) amanhã, pq hoje eu tô um caco gente, é serio, ta deplorável meu estado e minhas bolhas nos pés 😪 Agora eu só quero dormi, foi bem ...
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Comentários da Fanfic 5
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candy1896 Postado em 09/02/2023 - 23:33:17
Continuaa
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candy1896 Postado em 09/02/2022 - 20:36:26
Continuaa
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candy1896 Postado em 08/02/2022 - 01:47:51
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candy1896 Postado em 05/02/2022 - 14:45:25
Continuaa
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candy1896 Postado em 04/02/2022 - 14:48:37
Continuaa