Fanfics Brasil - [ Três — Traído ] Fique Comigo Dessa Vez

Fanfic: Fique Comigo Dessa Vez | Tema: _ VonDy _


Capítulo: [ Três — Traído ]

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É verdade, ele se sentia meio merda naquele momento.


Sem falar que ainda estava uma pilha por, mais uma vez, fechar o ano sem notícias da mãe depois da pista fria no México.


Todos os anos ele seguia alguma pista nova, e esteve achando no início daquele que conseguiria encontrá-la, mas a última se perdera.


Seu último endereço já não era mais usado havia cinco anos, pelo que disse a responsável pelo imóvel, na Cidade do México.


Um homem e uma mulher loura grisalha, de mais ou menos quarenta e nove anos cada, haviam sido os ocupante anteriores junto da família; se chamava Alexandra Cassilas, era casada e deixou a casa com o marido e as duas filhas tinha muito tempo.


O marido e as filhas...


Aquela informação, no entanto, o pegara desprevenido.


Mas o que ele esperava?
As pessoas se refazem com o tempo. Sua mãe também tinha esse direito.


Mas aquilo ainda doía.


Seu pai havia o alertado sobre a mãe ser uma mulher completamente fora de si, e ainda por cima egoísta, ainda que tenham vivido bons anos juntos antes de ela se rebelar e voltar a ser quem era; a que gostava de ser uma pessoa dona da própria vida e não se prendia a nada. Nem a ninguém.


Sua procura, no final só iria deixá-lo infeliz. Nada que pudesse ser descoberto sobre ela era bom, ele dissera também.


Ele descobriu que sim, era verdade.


Desde então, há dois anos, datas comemorativas sempre lhe causavam aquela sensação de vazio.


Apesar de saber da verdade agora, era difícil definir exatamente de onde vinha toda sua decepção com a vida.



A prima Maite havia conversado com ele há alguns dias sobre como a família as vezes pode nos magoar, e essa era a pior dor que poderia sentir, mas precisava manter o sangue frio ou aquilo acabaria com ele.


Maite era como uma irmã mais nova e estar sempre por perto também a tinha tornado alguém em quem confiava para desabafar, porquê se espelhava na dor dela.


Sua prima havia perdido os pais muito cedo então fora morar com ele e seu pai, aos quinze anos. Ele havia acabado de deixar Sacramento com o pai, na época, apenas para chegar em casa e descobrir que a menina estava sozinha no mundo.


Ela era uma boa menina, inteligente e mais forte do que o que parecia.


Tirando sua família, Derrick James era seu melhor amigo e o único que tinha no mundo.


Mas ultimamente aquelas constatações o estavam perseguindo demais. Ele nem sempre fora assim tão atormentado. Não notava mas os que estavam ao seu redor percebiam o quanto Christopher se esforçava para exergar a si mesmo como alguém significante. Como se nada do que fizesse fosse suficientemente bom.



Ainda que as vezes sua vida era meio fria, e a bem da distração, não importava com quantas mulheres dormia elas nunca o aqueciam nesse lugar específico de sua alma, a que o deixava tão miserável.


Quando parou na balaustrada do navio, ele pôde contemplar o mar azul escuro pela noite.


A água estava calma, o clima era agradável e apesar de frio, o meteorologista estava enganado porque não choveu pela tarde e consequentemente não havia chuva estendida até aquele horário da noite.


Ele soltou um meio sorriso.
Talvez Christopher não fosse o único mentiroso que acreditava nas próprias mentiras, afinal, o meteorologista errara feio.


Eram ambos uma farça.


Ta.. ele podia estar sendo um pouco injusto com o pobre homem do tempo, as vezes enganos meteorológicos aconteciam.


Mas desde quando ele havia se tornado aquele alguém tão cético e irônico ?



Seu pai era um homem bom e fez dele alguém na vida, tinha convicção de que metade do que era hoje devia-se ao caráter inquestionável de seu pai e a outra parte ao seu esforço para conquistar seus objetivos, também adquirido dele. Ainda que falhasse tão feio as vezes, era um bom resultado.


A história da sua vinda ao mundo e de quem o trouxera realmente o nocauteou feio e ele não sabia como voltar ao que era antes, na verdade não sabia como aquilo o confundiu tanto nem o porque.


Podia se sentir rejeitado.
Ele nem ousaria contar o que soubera para seu pai, sabia o quanto ela havia amado a mãe. Descobrir que ela seguiu em frente poderia magoar, mesmo que já fizessem tantos anos.


E ele tentou não a procurar outra vez. Todo ano tentava mudar seu rumo, mas no fim acabava da mesma forma e por fim teve o que mereceu por sua obstinação, há dois anos estava frustrado até a alma por não saber controlar a ansiedade de descobrir mais. E agora não conseguia se soltar daquilo que o magoou descobrir.


Merda! — socou um arco da balaustrada, irritado.


Por sorte, não tinha ninguém ali por perto para julgar sua fúria.


Ele pensava em ir dormir, mas em poucos instantes alguém apareceu ao seu lado, dizendo:


Com certeza o pobre navio não tem culpa dos seus problemas — uma voz feminina capturou sua atenção, e ele virou o rosto em sua direção — então vamos deixar de atingir o pobrezinho, sim?


O sotaque dela era italiano, mas seu aspecto lembrava o de uma indiana. Cabelo grande e volumoso até a cintura, olhos castanhos escuro, a boca bem desenhada, carnuda e rosada, ele observou, com a parca luz ambiente.



É. Algo assim. — arqueou os ombros, levemente. — Melhor eu ir dormir antes que quebre algo importante e faça todos naufragarem.


Ela, risonha, se apressou em detê-lo no lugar ao segurar seu braço.


Ei.. calma meu doce. Bem, eu também estou meio solitária.. hoje é um dia ruim para os dois, pelo visto.


Christopher não estava com paciência para a sedução nem nada do tipo.


Acho que não vou ser uma boa companhia hoje, senhorita..?


Rocx. Isadora Rocx, muito prazer. — estendeu a mão para ele.


Ele pegou, levemente.


Christopher Uckermann. É um prazer, igualmente, mas como eu dizia...


Oras, não seja tão arredio. Acredito que eu não vá conseguir dormir com tantos pensamentos na cabeça, o senhor tão pouco.


O que gostaria de sugerir? Que fiquemos para dividir os problemas um com o outro? Dois estranhos?


Credo, falando assim você até parece racional — debochou ela, bem humorada, esquivando-se para recostar-se contra a balaustrada do navio, onde ele estivera antes — quantos anos tem, oitenta e cinco?


Ele riu. Deveria ir embora, no entanto ele acabou ficando ali.


E eles dividiram um a historia do outro. Mesmo que ele tenha sido ríspido e superficial demais ao contar a razão de sua frustração.


Ela, por sua vez, era muito falante e compartilhou que havia perdido uma parte generosa da herança do pai, por conta de uma irmã perdida que nem sabia que existia, e agora, precisava suportar a mulherzinha insuportável mandando e desmandando em sua própria casa e nos negócios da família.


Ela é uma naja! Sabia que eu recusaria em outras circunstâncias, mas me ofereceu a viagem como presente de aniversário na frente de todos da diretoria, no final da reunião. Não tive como recusar.


Uma jogada bem ardilosa.


Muito conveniente para ela que eu passe um tempo fora de casa, não? Quero dizer, vai poder agir livremente seja pelo que quer que seja, sem mim a vigiando.


Ela estava uma pilha tentando decifrar seus planos.


Ucker só poderia supor que havia algo escondido na casa, pelo que ela já havia lhe contado, mas que era apenas de conhecimento da irmã dela e por isso a queria longe.
Ele compartilhou o que pensava.


Chego a pensar isso também, é a única explicação plausível. Mas não sei. — a morena comentou, o olhar era de quem estava com todas as engrenagens da cabeça a todo vapor, pensando incansavelmente — Ela é muito esquisita.


Seu jeito de falar era engraçado quando estava com raiva, ele notou. Aquilo, a forma como sua sobrancelha se arqueava e o canto da boca ia junto, o fascinou um pouco.


Tente trancá-la no banheiro da próxima vez. Talvez funcione e ela fique com tanta raiva que revele sua real face.


Divertida, ela o encarou.


Exatamente. Acho que farei isso quando voltar.



Pelos próximos dias, não havia um lugar sequer naquele navio que eles não tenham passado para explorar e desfrutar, apesar de ignorar as gracinhas de Maite e Derrick sobre como Ucker parecia viver uma história de amor Natalina.


Christopher tinha plena convicção de que aquela companhia era apenas aquilo que era. Uma companhia distrativa.


Ainda mais distrativa e interessante quando estavam no quarto. Isadora Rocx era uma mulher muito mais interessante entre quatro paredes do que o que ele poderia imaginar.


Trocaram o telefone no final do cruzeiro, ela ficou em Florença e ele seguiu para Roma.


Foi uma ventura legal mas insignificante, ele pensara. Totalmente sem importância.


Como estava enganado...



{...}


 


Maite e Derrick estavam na cozinha quando ele desceu, com Diego animado ao seu lado.


— Tia Mai, tio Rick, olha, meu pai já acordou! Eu já vou para a escola!


Ele anunciava, descendo as escadas.


Mai estava na sala lendo uma revista, e Derrick assistia o jornal matinal pela TV.


Mai largou a revista ao notar que o primo e o afilhado já estavam ali embaixo.


— Finalmente! Achei que teria que subir eu mesma para acordá-lo.


— Bom, aqui estou. Essa macaquinho não me deixaria dormir nem mais cinco minutos. — indicou o filho, que sorriu envergonhado.


— Eu estou um pouco ansioso. Quero conhecer logo a escola nova.


— Com certeza vai ser incrível, querido. Vamos comer mais um pouco, para você estar super disposto na hora das suas atividades.


Ela foi levando o menino para a cozinha, onde a mesa já estava posta para o café da manhã.


Derrick ficou de pé e tocou a mão do amigo, em um comprimento.


— Eai, soube da nova? Chávez não vai mais para o nosso departamento.


Ucker estranhou. Era claro que iria, afinal, o comandante não falava em mais nada a não ser montar a nova força tarefa, e tirando eles, sem modesta alguma, nenhum outro parecia disposto o suficiente para integrar aquele grupo.


— E quem ele vai trazer? Um Ceo do exército? Christian era o único interessado na vaga.


Derrick coçou a nuca. Sempre fazia isso quando estava nervoso.


— Aqueles veadinhos do distrito parecem ter mais medo dos caras do que eles deveriam ter de nós. Bando de cornos. — o moreno disse, sem saber bem o que fazer — Olha, eu não sei mesmo o que vai ser do comandante se isso falhar, mas se ele cair vai levar todo mundo que tá a frente no departamento pro buraco com ele.


— Eu só não entendo por qual razão Chávez está fora. Falei com ele a dois dias.


— Ele é esperto, aquele puto fez o que todos fariam, recebeu uma oferta do FBI e aceitou.


— FBI? Desgraçado, não me contou nada.


Derrick riu.


— Ele também não me contou nada, eu vi a foto que ele postou no Instagram chegando em Washington, Distrito. Depois postou uma foto com os novos colegas. Todos uniformizados.


— Puto! — murmurou, irritado. — Me sinto um pouco traído.


— Dois.


— Mas eu faria o mesmo. Exceto a parte de não contar nada a ninguém. Ao menos, contaria a você e a Mai. Agora mesmo não me imagino considerando-o igualmente.


— Bom, quanto mais rápido formos, mais rápido vamos descobrir o que vai acontecer com a nossa unidade.


Ucker olhou para o filho, feliz conversando com a tia, enquanto comiam alguma coisa.


O que seria de Diego e ele?


— Espero não perder meu emprego em breve. Infelizmente, temo que eu não sirva para mais nada.


Derrick também sentia um pequeno pavor. Talvez estivessem ferrados, então seguiram para tomar café juntos.


Diego que era todo sorrisos foi uma ótima distração, o garoto estava mais do que ansioso para o primeiro dia de escola e Maite se esbaldava descendo ao nível da idade dele para conversar sobre a nova rotina.



Ucker o olhava satisfeito.
Como era bom ver o filho feliz, a sensação era quase como uma brisa do mar pela manhã. O que seria dele se Diego não tivesse surgido em seu mundo, tão dominado por trevas?



Christopher olhou para Derrick e Maite, atônito. Ambos pareciam compartilhar da mesma preocupação que ele, sobre o departamento.


Administração nunca foi seu forte, mas caso perdesse o emprego teria que reivindicar sua posição na empresa da família. A que ele jurou para o pai que nunca se sentiria bem estando a frente, mas que o faria se era o necessário.


Mas ele não pensaria naquilo, ou acabaria em uma crise existencial bem ali na frente de todos.


Estava tão perdido em pensamentos que nem notou o rumo que a conversa estava levando na mesa.



— ... mas se seu pai tivesse uma namorada, com certeza ele seria um pouco mais feliz, querido.


Mas hein?!


Diego somente deu de ombros e disse:


— Pode ser. Mas meu pai não gosta muito de sair, não é pai? Nós assistimos filmes no sábado.


Maite não estava disposta a desistir.


— Bem, podíamos ir todos ao cinema então. O que acha, Ucker? Minha amiga é adorável, e ela disse que vai passar um bom tempo por aqui. Talvez definitivamente. Eu gostaria de introsa-la, não tem ninguém da família por aqui e ..


— Diego, porque não vai pegar suas coisas? Estamos ficando atrasados. — Ucker levantou, aquela não era uma conversa propícia aos ouvidos de uma criança. Maite perdera todo o juízo.


— Certo, pai.


Ele acabou de comer e logo ficou de pé. Ainda estava louco para ir para a escola e não via a hora de se dirigir para lá.
Diego correu da mesa até a sala, bem a frente, para pegar a pastinha com seu material de escola.


Enquanto isso, Christopher e os outros se levantavam.


— Maite, vou matar você em algum momento do dia então não chegue muito perto, combinado? — ele dissera, olhando seriamente em sua direção, os olhos cerrados — que história é essa de me arranjar uma namorada?!


— Hora, o que eu fiz de mais?! Não é minha culpa que você decidiu viver como um monge e não quis encontrar uma boa mulher para ser a mãe de Diego. — se defendeu, contra atacando.


— Ele não precisa de uma maldita mãe, é diferente. Meu filho já tem tudo que poderia precisar e eu estou aqui por ele — falou mais baixo, vendo que o filho já quase voltava para perto. — assim, nenhuma outra pessoa é necessária. Não precisa se preocupar quanto a isso.


Mai queria surrar o primo, mas se começasse não iria parar e não podia deixar o pobre menino órfão.


— Se mães não fossem necessárias, as pessoas seriam hermafroditas. — ela disse, simplesmente. Derrick não conteve o riso.


Ucker o fuzilou com os olhos. De que lado aquele traidor estava, afinal?!


— Talvez deveria conversar um pouco com a doutora Joana, a psicóloga dele — Maite prosseguiu — Iria descobrir coisas interessantes.


Ucker não disse mais nada. Estava atrasado demais para conversar um assunto sério.


Ano passado Maite havia insistido que o garoto deveria ter um acompanhamento psicológico, e desde então ela ia com ele quando tinha tempo ou então Derrick. Christopher não gostava de psicólogos, por isso nunca ia.


De repente, ele observou que os padrinhos do filho eram melhores como pais do que ele mesmo.


Aquilo o feriu um pouco, mas ele não ligou muito.


— Vou levar o Diego para o Colégio. Ao menos, acho que isso ainda sei fazer direito, e sozinho.


 


 


 



continua.


Passei o dia quase todo dormindo ontem kkkkk
Mas hoje sai maratoninha, venho jaja com mais um.


Bjin♡



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Autor(a): Tia_Lalau

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

  Mai não disse nada. Tinha que ir ao tribunal para representar contra um réu, infelizmente havia sido testemunha de um crime e, há alguns anos, aquilo quase a matou. Agora era hora de enterrar de vez aquele fardo e não poderia demorar muito mais, ou se atrasaria.   Ela pegou a bolsa e o casaco, junto das chaves do carro. Derrick iria ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 5



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  • candy1896 Postado em 09/02/2023 - 23:33:17

    Continuaa

  • candy1896 Postado em 09/02/2022 - 20:36:26

    Continuaa

  • candy1896 Postado em 08/02/2022 - 01:47:51

    Aguardando capítulo

  • candy1896 Postado em 05/02/2022 - 14:45:25

    Continuaa

  • candy1896 Postado em 04/02/2022 - 14:48:37

    Continuaa


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